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Pedir aumento não é uma tarefa fácil, assim, para facilitar, um homem preparou uma espécie de manual com dicas para evitar o famigerado "não". Eis o ponto de partida de "A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento", monólogo com Marco Nanini que estreia nesta sexta-feira, 01, no teatro do Sesc Vila Mariana, depois de cumprir temporada por diversas capitais brasileiras.

"O desafio é apresentar um texto que não tem narrativa e com falas que são basicamente as mesmas, sempre repetidas, com variações que demonstram os diferentes estados de humor do personagem", conta o ator, que participou nesta quinta-feira de uma entrevista ao vivo na TV Estadão. Em cena, ele vive um instrutor que, diante de uma plateia imaginária, apresenta as diferentes formas de se pedir um aumento de salário.

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Por conta disso, Nanini oferece ao público generosas doses de seu grande talento, pois ora apresenta um homem honrado pela posição em que ocupa na empresa, ora um empregado desgastado, que se julga desprestigiado pelo patrão.

O texto da peça foi originalmente publicado em livro em 1968, por Georges Perec (1936-1982), um dos mais brilhantes escritores franceses contemporâneos, e lançado no Brasil em 2010 pela Companhia das Letras, com tradução de Bernardo Carvalho. Trata-se de um intrincado manual combinatório de probabilidades para o momento em que um empregado decide procurar seu chefe e pedir a retribuição que considera justa. No decorrer das muitas tentativas, o texto sublinha o ridículo da situação e, ao retratar os meandros de uma grande empresa, ironiza a vida moderna e o mundo corporativo.

"A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento traz algo totalmente diferente do que estamos acostumados a fazer. O texto não tem narrativa, não existe uma história clássica, mas tem aquilo que sempre nos ligou: o humor", comenta o diretor do espetáculo, Guel Arraes, em seu terceiro projeto teatral com Nanini, depois de "O Burguês Ridículo" (1996), codirigido por João Falcão, e "O Bem Amado" (2007), em que dividiu a direção com Enrique Diaz.

Para o encenador, mais que autoajuda, o que se vê no palco é uma palestra de 'antiajuda'. "O livro tem um esquema matemático bem ao gosto de Perec, o que permite também exercitar a linguagem teatral de forma estimulante", comenta Guel, que partiu de uma versão feita pelo próprio Perec para o rádio para montar o espetáculo.

"Guel sempre se interessou pela obra de Perec e acabou me apresentando a ela", conta Nanini, que apresentou o monólogo em diversas cidades e capitais brasileiras, colecionando experiências diversas. "Notei que as pessoas para quem um aumento salarial provocaria uma mudança significativa em suas vidas é que entendiam melhor o texto", observa o ator que, em cena, conta com recursos visuais - criados por Batman Zavareze, são projeções que ajudam a identificar o organograma de possibilidades apresentado pelo palestrante, além de reforçar os prós e os contras com o surgimento das palavras "sim" e "não". As imagens também permitem que o ator saia de cena por alguns momentos, marcando a mudança de cena. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ARTE E A MANEIRA DE ABORDAR SEU CHEFE PARA PEDIR UM AUMENTO

Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141). 6ª e sáb., 21h; dom., 18h. R$ 6,40/ R$ 32. Até 1º/12.

O cantor e compositor Lenine precisou cancelar os shows que faria neste sábado (6) e domingo (7), no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, por não ter se sentido bem. Ele foi internado no Hospital Albert Einstein com suspeita de dengue hemorrágica.

No site oficial de Lenine e em sua página no facebook, foi postada a seguinte mensagem: "Olá pessoal, infelizmente os shows agendados no Sesc Vila Mariana hoje e domingo, dias 6 e 7 de abril, estão cancelados. Após o show do projeto Chão nesta sexta-feira, dia 5 de abril, Lenine deu entrada na emergência do Hospital Albert Einstein e foi internado com suspeita de dengue hemorrágica. Os shows dos dias 11 de abril em BH e 12, 13 e 14 de abril em São Paulo acontecerão normalmente. Os ingressos podem ser reembolsados até 5 de maio em toda a rede IngressoSesc."

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Antes chamariz, símbolo de vigor autoral, o disco duplo parece nascer derrotado. Em tempos de single no Soundcloud, clipe no YouTube e da estratégia de divulgação pulverizada, como acreditar no sucesso de uma obra com quase duas horas de duração? Kevin Johansen não ligou para isso quando formatou Bi, álbum duplo com vinte seis canções. São treze em cada CD, divididas por balizas estéticas distintas - um é mais acústico e outro é mais roqueiro. Na sua mente, só pesou o fator artístico. Sobre a questão mercadológica, preferiu jogar a toalha. "O disco físico hoje é para poucos", cravou, em entrevista por telefone. O músico se apresenta amanhã e sexta no projeto Caros Hermanos do Sesc Vila Mariana.

No Brasil, além da tiragem sem sobressaltos, ela surge incompleta. A Sony lançou uma versão condensada, num único CD, com quinze músicas. Kevin não se mostrou incomodado, preferiu valorizar o raro ingresso de um produto cultural argentino. "É uma linda carta de apresentação e até pode ser melhor digerida", afirma o cantor nascido no Alasca e radicado em Buenos Aires. "Quando as pessoas gostam, elas investigam mais e vão buscar as outras músicas no iTunes e na Amazon", acredita.

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Apesar de Bi ser o primeiro trabalho de sua discografia a ganhar uma edição brasileira, o artista já transita por aqui há algum tempo. As parcerias com Moska e Vitor Ramil permitiram essa aproximação. Em seu novo registro, Daniela Mercury divide os vocais com ele na suingada Apocalypso. Moska, que conheceu por recomendação do uruguaio Jorge Drexler, está na melancólica Tan Fácil.

A formação cosmopolita permitiu que o milongueiro de veia roqueira não só compusesse um álbum em três línguas (espanhol, inglês e português) como garantiu um retrato fervilhante da atual cena latina. Nomes como Lila Downs e Natalia Lafourcade (México), Rubén Rada e Fernando Cabrera (Uruguai) e Lisandro Aristimuño (Argentina) são algumas das atrações que demonstram o poder agregador de Kevin.

Serviço

Show de Kevin Johansen

Quinta (7) e sexta (8), às 21h

Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 Vila Mariana - São Paulo)

(11) 5080 3000

R$ 24

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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