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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), recebeu nesta terça-feira (28) produtores de açúcar de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e outros estados do Nordeste. No encontro, os empresários entregaram ao petebista  um documento que formaliza  a proposta e busca viabilizar as quotas de exportação de açúcar para os Estados Unidos e países da União Europeia.

De acordo com o documento, os produtores teriam acesso ao financiamento privado e contariam com o seguro de crédito no âmbito do Fundo de Garantia às Exportações (FGE). Segundo o Ministro, a proposta está em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Exportações e representaria um alívio financeiro para o setor, viabilizando a produção e as exportações para os próximos anos.

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*Com informações da assessoria

 

O setor sucroalcooleiro espera que a ex-senadora Marina Silva mantenha o discurso de Eduardo Campos se decidir - com o apoio do partido - ser a cabeça de chapa da candidatura do PSB à Presidência da República. "Campos fez defesas também em nome de Marina, então acreditamos que ela dará continuidade ao que estava sendo dito", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e também sócio-diretor da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho.

Segundo ele, Campos, que morreu na queda do avião que o levava a Santos (SP) ontem, via o agronegócio como "plataforma para desenvolvimento do País". A mesma avaliação é feita pelo presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha. "Não acredito que qualquer que seja o substituto, a própria Marina ou outra pessoa, irá rasgar o discurso que Eduardo Campos construiu nos últimos tempos", afirmou. "Qualquer setor espera isso, e se ela (Marina) vier, terá de procurar interlocução."

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Caio Carvalho lembrou que, especificamente em relação à cadeia produtiva de açúcar e etanol, o ex-governador de Pernambuco pregava o crescimento da produção como meio de tornar a atividade mais rentável. "Acreditamos que os compromissos estão de pé. Na minha cabeça, ela (Marina) só tem chances se mantiver o discurso de Eduardo Campos", comentou Corrêa Carvalho. Rocha, que lidera a única entidade sucroenergética com representação federal, ponderou que "ainda é cedo para especular qualquer coisa". "Se ela for escolhida, passará a ser protagonista e só aí conseguiremos saber qual será o diálogo dela com o setor", comentou.

Desde que ocupou o Ministério do Meio Ambiente no governo Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva enfrentou resistências no setor do agronegócio, em especial durante a discussão do Código Florestal. Eduardo Campos defendia sua candidata a vice e buscava uma reaproximação. Durante sabatina na sede da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), no dia 6, criticou o "ambiente de desentendimento" a partir da oposição entre produção agrícola e sustentabilidade. "É uma agenda que parece que quem está no campo está derrubando Mata Atlântica e defendendo trabalho escravo e sendo contra a reforma agrária. Esse ambiente não é de futuro", disse.

O agronegócio via em Eduardo Campos uma alternativa para a eleição deste ano. Em abril, reportagem do Broadcast mostrou que o setor sucroenergético caminhava para assumir posição contrária à reeleição de Dilma Rousseff (PT). Na ocasião, Rocha disse que o setor tinha "simpatia" por Aécio e Campos. O apoio aberto à oposição veio em junho.

A cadeia produtiva de açúcar, etanol e eletricidade a partir da cana critica a política energética do atual governo. Os produtores dizem que os subsídios à gasolina retiram a competitividade do álcool, impactando na geração de caixa e, consequentemente, nos investimentos. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), no Centro-Sul do Brasil, que concentra a produção nacional, mais de 40 usinas fecharam as portas desde 2008, número que pode se aproximar dos 60 até o final da safra 2014/15.

Os prejuízos causados pela seca nas regiões canavieiras da Zona da Mata de Pernambuco foram discutidos entre o governador em exercício João Lyra Neto e dez representantes do setor sucroalcooleiro na noite desta quarta-feira (22). O encontro aconteceu na Sede provisória do Governo, no Centro de Convenções e durou cerca de uma hora. 

A preocupação dos representantes do setor sucroalcooleiro se deve a redução de 35% na safra 2012/2013 que causará um prejuízo estimado em R$ 500 milhões nos negócios da cana, além da dispensa antecipada de 45 mil trabalhadores, segundo indicam estudos.

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João Lyra garantiu que está solidário a causa, destacando que o setor é essencial à economia e a história do Estado. “O problema tem pressa e por isso não podemos fazer as ações fora do tempo”, defendeu o governador ao garantir que analisará os pedidos do setor ainda este mês. 

Os representantes da categoria reivindicam uma pauta capitaneada pela indústria e outra pelos fornecedores de cana. O SINDAÇÚCAR, representado pelo presidente Renato Cunha, solicitou a articulação do Governo do Estado junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional no apoio a três propostas. A primeira delas é a redução do IPI do açúcar de 5% para 0% por um período de um ano. Outra demanda da indústria canavieira é a redução dos atuais 3,5% para 1% do INSS sobre o faturamento, à exemplo do que é praticado com a indústria têxtil. E por fim, a isenção ou redução do PIS e COFINS sobre o açúcar e etanol com aproveitamento dos créditos de mão-de-obra que hoje são vetados pela Receita Federal.

A solicitação dos fornecedores da cana foi o apoio do Governo de Pernambuco no Programa de Manutenção da Atividade Canavieira (PROMAC). A ação prevê investimento emergencial de R$ 55 milhões para socorrer as regiões canavieiras da Zona da Mata. O programa está divido em duas frentes de atuação. A primeira envolve a construção de pequenas barragens na Mata Norte. O segundo braço de atuação prevê a distribuição entre os produtores de cana de kits contendo herbicidas, fertilizantes e mão-de-obra.

 

Com informações da assessoria

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, disse hoje que apresentou, em reunião realizada segunda-feira com participantes do governo, uma proposta que visa a resolver os problemas de conexão enfrentados pelo setor sucroalcooleiro para ligar às redes distribuidoras a energia produzida por biomassa nas usinas.

A proposta tem como objetivo distribuir os custos da conexão, que hoje ficam concentrados nas usinas. O custo da conexão seria repassado para todo o sistema, incluindo usinas produtoras, distribuidoras e transmissoras. Segundo o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, os investimentos em conexão somam hoje 30% dos investimentos necessários para a cogeração de energia de cana-de-açúcar. "É um investimento que tem de ser feito pela usina mas que pertence ao sistema elétrico", afirma.

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Aníbal disse também que está pleiteando a realização de leilões regionais de energia elétrica, divididos por fontes. "É necessário que os leilões sejam regionais e que as fontes sejam diferenciadas porque seus custos são desiguais", explica. O secretário acredita que a energia cogerada de bagaço é ainda pouco utilizada no Estado de São Paulo e poderia ser melhor aproveitada.

Uma das medidas de José Aníbal foi a desoneração de ICMS que permitiu a realização do retrofit nas usinas, o investimento na modernização das caldeiras de usinas antigas para que aumentassem sua capacidade de produção de energia a partir do bagaço. Foi adotado um diferimento de ICMS para os bens de capital necessários para o retrofit das usinas.

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