Tópicos | Som da Rural

O Cais do Sertão sai para passear pelo Recife, na companhia da Rural de Roger de Renor. O conteúdo do museu irá ser exibido também em espaços públicos do Recife no próximo domingo (16) e no dia 23 de novembro. As atividades são para comemorar o mês da consciência negra e reúnem atrações musicais e grupos representativas da cultura afrobrasileira.

Amanhã, o Parque da Macaxeira recebe às 16h dois filmes exibidos diariamente no Museu: Lua, de Paulo Caldas e 4 Kordel, de Lírio Ferreira. Além disso, também haverá apresentações da Companhia de Dança Daruê Malungo e do percussionista Toca Ogan.

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Lua fala sobre a influência da história de Luiz Gonzada na formação da identidade brasileira. Já 4 Kordel narra a história da literatura de cordel no Sertão: desde suas origens europeias até seu momento atual.

No dia 23 é a vez do Parque Santana receber o evento, com os filmes, o Som da Rural e também Zé Brown e Afoxé Oxum Pandá. 

Conexão Cais

No dia 30 de novembro, o Museu realiza o projeto Conexão Cais, promovendo atividades que conectam a cultura literânea a do sertão. Na ocasião o Parque do Juazeiro, nas dependências do museu, recebe show solo de sanfona de Heleno Truvinca. Além do forró, os visitantes também podem conferir a apresentação da Ciranda Imperial da Bomba do Hemetério.

 


 

 

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O programa musical Som da Rural levou ao movimento Ocupe Estelita mais atrações musicais neste domingo (22). As apresentações são abertas ao público e o clima no local é de total tranquilidade, mesmo após o uso de força policial na última terça-feira (17). Tibério Azul, Fabio Trummer, Silvério Pessoa, Rogerman, Ortinho, Isaar, Areia e Projeto da Música Aberta, João do Cello, Banda Palafita, Graxa Katarina de Jáh, DJ Dolores e Yuri Queiroga são os artistas que animam desde a tarde o Estelita.

O artista plástico Flávio Emanuel se voluntariou para organizar as apresentações. "Eu achei que estava na hora de ter uma movimentação cultural mais precisa aqui. Tem o pessoal da Rural aqui, então a gente juntou forças e isso aqui é uma espécie de revide a ação que a polícia fez", explica. "Estamos dando este revide com arte, com música, com poesia e artes visuais". O cantor Rogério Cavalcanti, mais conhecido como Rogerman,  é uma das atrações do dia. Para ele, se apresentar lá é um ato de apoio depois das ações policiais. "Tinha um acordo de em 48 horas sairem pacificamente, mas um dia antes eles vieram e arrebentaram todo mundo. Tive amigos que foram perseguidos a um quilometro de distância daqui", afirma o cantor. "Não foi uma reintegração de posse, foi uma tentativa de abafar, na base da violência, as ideias."

Rogerman acredita que o movimento, e as pessoas que ali, representam coisas boas. "Eu tenho comentado muito com amigos. Qualquer país, qualquer estado, qualquer dirigente, qualquer político inteligente gostaria de ter pessoas assim dentro de seu país e da sua cidade. Destas pessoas saem líderes, saem pensadores, saem ideias incríveis que podem mudar muito a cidade".

O contrabaixista Walter Areia acredita que este é o momento certo para as apresentações. "Não adianta ocupar o espaço e não ter o que fazer. Eu acho que a iniciativa de promover o Som da Rural é perfeita para este momento." "Uma coisa muito importante que tem ser frisada neste momento é a confraternização, essa luta é uma luta ideológica, não física. Isto é uma coisa que a gente tem que fazer com arte", conclui o músico pernambucano, parte do projeto Areia e Grupo de Música Aberta.

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O programa Opinião Brasil dessa segunda-feira (12) apresenta os problemas encontrados na hora da realização de eventos culturais. Para falar sobre o assunto, o apresentador Álvaro Duarte recebe os produtores culturais Roger de Renor e Alfredo Albertini. Os dois profissionais comentam sobre os problemas que ainda encontram na elaboração dos seus produtos, sobretudo nesse ano de Copa do Mundo.

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Conhecido por divulgar a cultura pernambucana em programas de TV e rádio, atualmente Roger de Renor está com o Som da Rural, projeto musical que circula pelas ruas do centro do Recife e que frequentemente esbarra em empecilhos burocráticos. "A gente vai pra rua com um patrocínio básico das pessoas que vão lá assistir. Mas, é claro, que quanto maior a crise, mais estratégica tem que ser a política de cultura federal, estadual e municipal. E isso é onde a gente tem a maior dificuldade", explica Roger. Além disso, o produtor também fala sobre a "falsa felicidade" da Copa do Mundo no Recife, que, segundo ele, é muito mais uma questão comercial do que cultural.

À frente da produção do Cine PE há 18 anos, Alfredo Bertini comenta sobre as dificuldades quanto às políticas públicas e os problemas econômicos. "A lástima é geral. Ao lado dessa crise econômica se desenha um quadro de política pública, no âmbito federal, extremamente difícil. O  ministério tem enfrentado dificuldades com contingenciamento de verbas. Na área dos festivais de cinema, por exemplo, toda a política de apoio ao festivais de cinema há três anos não há liberação de recursos. A gente tem os projetos aprovados, ganha-se edital e não se paga. A gente vê que é uma coisa muito mais complexa e que vai muito além da Copa do Mundo", comenta Bertini.

A produção do programa também conversou com o organizador da tradicional Festa da Lavadeira, Eduardo Melo, que comentou sobre a não realização do evento que já existe há quase três décadas. Confira o programa completo no vídeo acima.

O Opinião Brasil é exibido toda segunda-feira no Portal LeiaJá.

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