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O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Diniz Junqueira, afirmou nesta quinta-feira, 16, ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), que a Medalha Mérito Rural entregue no ano passado ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi uma forma de "empossar o general" para tentar tirar Dilma Rousseff da Presidência da República.

"Aquela homenagem foi um ato de guerra. Não discutimos os crimes pelos quais ele (Cunha) venha a ser denunciado, porque naquele momento as circunstâncias eram totalmente diferentes", justificou Junqueira, que participou do Seminário Perspectivas para o Agribusiness 2016/17, promovido pela BM&FBovespa, em São Paulo.

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Ao lado de outras entidades do agronegócio, a SRB apoiou o afastamento de Dilma do cargo. Em 2016 a Medalha Mérito Rural foi para o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que recebeu a homenagem na última segunda-feira, 13.

A cassação do mandato de Cunha foi aprovada nesta semana pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por 11 votos a 9. O processo se arrastou por oito meses.

Temer

Sobre o governo do presidente interino Michel Temer, Junqueira avalia que foram tomadas medidas corretas, seja em termos de políticas econômica e externa ou mesmo em relação ao agronegócio. Entretanto, acrescentou que a interinidade é um problema para a tomada de decisões e para a retomada de investimentos. A expectativa é de que a votação final do impeachment de Dilma ocorra em agosto.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Junqueira defendeu nesta sexta-feira, 4, durante encontro em São Paulo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que o Brasil leve aos demais países do mundo regras semelhantes às estabelecidas pelo Código Florestal brasileiro.

Dentre outras medidas, o Código determina a preservação de 20% da área de propriedade rural (área chamada de reserva legal, cujo porcentual varia de acordo com a região em que se encontra a propriedade) e proteção de margens de rios. "Se nós no Brasil concordamos com estas regras, não entendo por que não levar às demais nações as mesmas propostas. Caso contrário, vamos estar impondo a nosso produtores requisitos e não encontraremos meios de manter o compromisso de pé", disse.

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Junqueira viaja nesta sexta para Paris, onde participará de eventos relacionados à COP-21. Segundo o presidente da SRB, a principal mensagem que ele levará a Paris é a de que o "agronegócio brasileiro é o mais sustentável do mundo" e que preserva suas áreas naturais.

Junqueira declarou, ainda, que a discussão climática não pode ser feita dissociada de questões relativas ao comércio internacional. "Os que comandam o comércio internacional precisam estar alinhados com os custos e os riscos associados ao clima".

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no Brasil em 2014, de 0,4%, reflete a instabilidade política do País e a falta de previsibilidade de investimentos, avaliou Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). "Sempre se tem a expectativa de que o agronegócio brasileiro vai 'salvar a lavoura' na economia, mas o setor ficou mais cauteloso neste ano e reduziu os investimentos", afirmou ele. "Se compararmos com o ano de 2013, quando o agronegócio cresceu 7%, podemos falar até mesmo em estagnação".

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB da agropecuária subiu 0,4% no ano passado em comparação com 2013. Considerando-se apenas o quarto trimestre do ano passado, houve avanço de 1,2% na mesma base de comparação e de 1,8% em relação aos mesmos três meses de 2013.

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Para o ano de 2015, a expectativa de Junqueira é de que o resultado fraco se repita. Segundo ele, o setor tem duas grandes preocupações neste ano, o possível corte nos investimentos do governo e o aumento das taxas de juros. "A ministra [da Agricultura] Kátia Abreu tem afirmado que vai conseguir pelo menos manter o Plano Safra no mesmo nível do ano passado, mas minha percepção é de que isso não deve se materializar". Além disso, ontem, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) teve elevada de 4,5% para 7,5% ao ano a taxa de financiamento.

Junqueira lembra também que o fraco desempenho da economia brasileira no ano passado afetou mais as culturas voltadas para o mercado interno. A soja, que é voltada principalmente para a exportação, em compensação, cresceu 5,8% no ano. "Como os produtores de soja vendem para o mercado externo, tiveram como se programar melhor, o que fez com que a produção fosse mantida, inclusive com maior área plantada", explicou Gustavo Junqueira. Para o ano de 2015, com a depreciação do real, ele espera que o resultado para a soja se mantenha bom, "mas ainda temos que contar que, ainda que a receita do produtor seja maior, muitas das despesas são em dólar, como insumos, sementes e diesel, além do endividamento em dólar".

A SRB avalia que houve também um forte crescimento na pecuária, com forte demanda interna pela carne no primeiro semestre do ano. "Na segunda metade de 2015, mesmo que a inflação tenha reduzido o consumo interno, houve uma demanda muito grande pela carne brasileira no mercado internacional", disse Gustavo Junqueira.

Ainda segundo a avaliação de Junqueira, o desempenho do setor sucroalcooleiro foi afetado pela manutenção dos preços do petróleo. Além disso, a forte estiagem afetou a produção no centro sul do País. Considerando apenas a cana-de-açúcar, houve uma retração de 6,7%.

Commodities

De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o recuo generalizado dos preços das commodities agrícolas foi o que mais impactou o desempenho do PIB da agropecuária em 2014. "E isso vai continuar em 2015, vai 'descolorir' o câmbio", acrescentou, referindo-se à apreciação da moeda norte-americana ante o real, que torna os produtos brasileiros mais competitivos no exterior.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho da Silva, considerou o novo Código Florestal, aprovado ontem à noite no Senado, "como a melhor coisa já feita pela agricultura brasileira". O projeto agora segue para a Câmara dos Deputados, onde terá de ser aprovado ainda antes do recesso parlamentar.

Ramalho considerou o novo Código Florestal como "equilibrado", pois mudanças foram feitas para atender a pressão de ambientalistas em detrimento do projeto original desejado pelos ruralistas. "Um exemplo é o prazo de cinco anos para o agricultor se adequar às novas regras ambientais, o que vai incluir na legalidade os produtores rurais", disse. "O Código dá tranquilidade ao produtor que sustenta o país desde sempre, especialmente nos momentos de crise, como ocorre a partir de 2008", concluiu.

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