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Em Pernambuco, o mercado de trabalho segue amargando os efeitos da pandemia da Covid-19. Nesta terça-feira (28), a Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação (STEQ), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informou que 20.651 trabalhadores foram desligados no mês de junho, enquanto o número de contratados com carteira assinada foi de 17.387.

O saldo entre admissões e demissões ficou negativo: -3.264 postos de trabalho. Para termos uma noção mais clara acerca da séria crise econômica no Estado, o saldo em junho de 2019 ficou em –253 empregos.

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De acordo com o secretário da STEQ, Alberes Lopes, o atual cenário apresenta resultados que divergem entre os setores da economia. "Tivemos um saldo positivo de empregos na área de agricultura, na indústria, de modo geral, na construção, na saúde e nos serviços sociais. Mas continuamos com perdas no comércio. Um exemplo é o Polo de Confecções do Agreste do Estado e a área de serviços, que inclui o setor de alojamento e hotelaria. Temos a esperança de que todos os profissionais e empresas estão dando o seu melhor para ter segurança na retomada do seu trabalho para que possamos recuperar os empregos e a vida com a normalidade possível.  O governador Paulo Câmara e toda equipe dele estão empenhados nesse objetivo todos os dias", comentou Lopes, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria.

O levantamento do Caged mostra que, no acumulado do ano, 214.144 pessoas foram demitidas em Pernambuco. O número de contratações, por sua vez, ficou em 146.248. Nesse recorte geral, o saldo é de –67.896 postos de trabalho. “O maior impacto engloba os meses de março e abril, os de maior isolamento social, quando 55.630 pessoas ficaram desempregadas, no auge do contágio provocado pela Covid-19, associado à sazonalidade negativa da agroindústria canavieira”, acrescentou a STEQ.

Cenário nacional

Ainda segundo o Caged, o Brasil teve, em junho deste ano, 906.444 desligamentos e 895.460 contratações. O salto negativo foi de 10.984 empregos. “No acumulado do ano, houve 6.718.276 admissões e 7.916.639 demissões, resultando um total de 1.198.363 empregos perdidos. Os setores de maiores perdas foram serviços (-507.708), comércio (-474.511), indústria em geral (-246.593), construção (-32.092). Em relação ao mês de junho de 2019, o País sofreu perdas. Naquele ano, o saldo foi positivo de 48.436 empregos formais gerado”, concluiu a Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação.

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