Tópicos | Supercopa da Espanha

Neymar foi decisivo nesta quarta-feira para dar o Barcelona o empate em 1 a 1 contra o Atlético de Madrid, no Vicente Calderón, no primeiro jogo da Supercopa da Espanha. O brasileiro entrou no segundo tempo, no lugar de Pedro, e fez o único gol catalão, completando de cabeça um cruzamento perfeito de Daniel Alves, oito minutos depois de entrar em campo.

E o craque brasileiro quer que esse seja só o seu cartão visita: "Espero que seja o primeiro gol de muitos gols", disse Neymar, na saída do gramado do Vicente Calderón. "Estou muito feliz por ter ajudada a equipe. A partida estava muito difícil, o Atlético é uma grande equipe. Foi uma partida muito emocionante. A volta é no Camp Nou e temos que ser campeões", destacou o atacante.

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Na partida em que marcou seu primeiro gol oficial pelo Barcelona - havia balançado as redes num amistoso, apenas -, Neymar não teve a oportunidade de jogar ao lado de Messi. O atacante saiu no intervalo, com uma lesão na perna esquerda.

"Messi foi substituído por precaução depois de sentir dores no músculo superior esquerdo, provocadas por uma contusão. Nesta quinta serão realizados exames para conhecer a profundidade da lesão", explicou o clube, em nota.

Gerardo Martino sabe da responsabilidade que tem em mãos. Pelo Newell's Old Boys, chegava sempre como azarão. Mas no Barcelona tem que entrar em toda competição com uma obrigação de pelo menos brigar pelo título. Nesta quarta-feira, ele terá a experiência de disputar sua primeira final pelo clube, na primeira partida da Supercopa da Espanha, contra o Atlético de Madrid, na capital espanhola.

"Dirigindo o Barça, as aspirações e obrigações passam sempre por ganhar. Assim, vamos tentar fazer o nosso melhor para podermos chegarmos ao título", disse Martino, nesta terça-feira, em entrevista coletiva pré-jogo. "No Barça é difícil não assumir o rótulo de favorito. Mas isso não significa que o título está garantido", completou ele.

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A primeira decisão do ano na Espanha vai confrontar dois treinadores de estilos muito parecidos e do mesmo país, os argentinos Simeone e Martino. O técnico do Barça conhece bem seu adversário. "O Atlético de Madrid, por tudo que fez nos últimos tempos, por como joga, por como pressiona seus rivais, é um adversário duríssimo. É uma equipe muito intensa, tipicamente vertical", comentou Martino.

Questionado sobre a aguardada titularidade a Neymar, se esquivou: "Terá que esperar até a hora da partida", disse, respondendo aos jornalistas. A dúvida é principalmente porque Alexis e Pedro se saíram muito bem jogando junto com Messi nos 7 a 0 sobre o Levante, na estreia do Campeonato Espanhol, domingo.

Outro tema levantado na coletiva foi a substituição do craque argentino na primeira partida do ano, o que levantou dúvidas sobre a real condição física de Messi. "Está claro que falamos come ele e que eu também terei que ser cuidadoso o suficiente para não substituí-lo cinco vezes seguidas. É uma questão de equilíbrio", explicou Martino.

Cada um dos dois grandes da Espanha já havia feito três jogos na temporada. O Real Madrid ainda não vencera. O Barcelona só colecionava triunfos. Mas, nesta quarta-feira, tudo mudou. Na segunda partida da final da Supercopa da Espanha, em Madri, o time da casa aproveitou-se das falhas da defesa catalã, venceu por 2 a 1 e conquistou o primeiro título da temporada, exatamente sobre o maior rival.

O jogo ajudou a mudar o conceito sobre as duas maiores equipes do futebol espanhol. O Barcelona, sempre tão preciso, viu sua zaga falhar feio três vezes. Duas se transformaram em gols; outra, em expulsão de Adriano. Tito Vilanova até conseguiu recompor o time, que depois jogou de igual para igual.

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Já o Real Madrid, que ainda não havia convencido, agora tranquiliza a sua torcida com um título que não vinha desde 2008. Esta é a nona conquista na competição, contra dez do Barcelona, que era tricampeão consecutivo.

O primeiro gol do jogo entra na conta de Mascherano. Pepe deu um chutão desde a zaga madrilenha, o argentino tentou cortar e chutou o ar. A bola sobrou livre para Higuaín, que saiu na cara de Valdés e tocou no canto para abrir o placar aos 10 minutos de partida.

Sem Daniel Alves, com Adriano na lateral direita e Jordi Alba na esquerda, o Barcelona estava perdido. Tanto que levou o segundo gol em mais uma falha. Piqué ficou olhando a bola e deixou Cristiano Ronaldo dominar, driblá-lo com um toque de calcanhar e, mesmo errando o domínio depois, chutar rasteiro, no meio do gol. Valdés pulou errado e aceitou.

A coisa só não ficou pior aos 22 minutos porque o árbitro marcou falta polêmica e anulou o gol de Pepe, de cabeça, após cobrança de falta da esquerda. Mas aí Adriano foi quem falhou. Ele perdeu para Cristiano Ronaldo na corrida e teve que derrubar o português, que invadiria a área sozinho. Com justiça, recebeu o vermelho.

Só Messi mesmo é que poderia fazer o Barcelona respirar. Aos 44 minutos, o argentino bateu falta com perfeição, tirando da barreira e do goleiro Casillas, para fazer 2 a 1 e dar uma esperança para o time catalão.

O segundo tempo foi mais equilibrado, com boas chances para os dois lados. Aos 16, Pedro recebeu longo lançamento, fez domínio perfeito, chutou bem, mas Casillas fez grande defesa. Valdés também trabalhou, pegando um chute de Khedira.

Mais perto do fim, Jordi Alba recebeu em profundidade, driblou Casillas, mas foi desarmado. O Real Madrid respondeu com Higuaín, que perdeu chance incrível cara a cara com Valdés. Permitiu a recuperação de Mascherano e a batida, travada, acabou indo na trave.

Nos acréscimos, muita emoção, com o Barcelona perdendo duas boas chances. Montoya, que entrou no time para recompor a defesa quando Adriano saiu, ficou cara a cara com Casillas, mas bateu em cima do goleiro. Já no último lance, bom passe de Song para Messi, que jogou para a perna esquerda e bateu tirando tinta da trave.

Não poderia começar melhor a "Era Tito Vilanova" no Barcelona. Nesta quinta-feira, na segunda partida oficial do novo treinador, a segunda vitória, e exatamente sobre o arquirrival. O Real Madrid até saiu na frente no Camp Nou, com Cristiano Ronaldo, mas levou a virada na segunda etapa e saiu derrotado por 3 a 2 no jogo de ida da Supercopa da Espanha. No fim, Valdés deu um gol a Di Maria e manteve viva a disputa pelo título.

Com a mesma equipe base que fez sucesso sob o comando de Guardiola (com Mascherano no lugar de Puyol e Villa no banco de Pedro), o Barcelona foi muito melhor o tempo todo e dominou as ações ofensivas do clássico desta quinta.

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Messi criou as duas primeiras boas chances de marcar, mas mandou os dois chutes para fora, um aos 19, outro aos 29 minutos. A melhor oportunidade, porém, foi de Pedro, que exigiu grande defesa de Casillas aos 32. Quase no fim, Xavi arriscou e mandou por cima do travessão.

Os gols que faltaram na primeira etapa, sobraram na segunda. E começou pelo Real Madrid, que tinha criado quase nada nos primeiros 45 minutos. Aos 10, Ozil bateu escanteio da esquerda, Cristiano Ronaldo se antecipou à marcação e fez de cabeça.

Só que já no lance seguinte o Barcelona deixou tudo igual. Mascherano deu uma de Iniesta e acertou lançamento de mais de 40 metros para Pedro, que dominou nas costas de Coentrão e bateu para deixar tudo igual.

A virada veio aos 25, num pênalti de Sérgio Ramos sobre Iniesta. Chance de Messi bater e fazer o segundo do Barcelona, o terceiro gol dele em dois jogos da temporada - na estreia, foram dois nos 5 a 1 sobre a Real Sociedad.

Soberano, o Barcelona fez o terceiro aos 33, quando Iniesta fez o que dele se espera e encontrou um buraco entre Khedira e Albiol para deixar Xavi na cara do gol. O volante tocou na saída de Casillas e ampliou.

Mas nem tudo foi perfeito para o Barcelona. A cinco minutos do fim, Valdés recebeu uma bola recuada, tentou driblar Di Maria e perdeu a bola. O argentino só empurrou depois para o gol vazio, descontando para 3 a 2 e ampliando as chances de reverter o resultado no jogo de volta, quarta-feira que vem, no Santiago Bernabéu.

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