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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou nesta quinta-feira, 12, que vai recorrer da decisão judicial que autorizou a progressão da pena de Suzane Von Richthofen, condenada pela morte dos pais em 2002, para regime aberto.

Suzane foi solta nesta quarta-feira, 11, e transferida para o regime aberto após a decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.

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O alvará de soltura foi cumprido às 17h35 desta quarta pela Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, de Tremembé (SP), onde ela estava presa.

De acordo com o TJSP, a decisão de conceder a progressão ao regime aberto para Suzane foi determinada "após ser verificado o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela Lei de Execução Penal". O órgão não detalhou os motivos da soltura. O caso tramita em segredo de Justiça.

Relembre o crime

Em julho de 2006, Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão, junto com Daniel e Cristian Cravinhos. Os três foram considerados culpados pelo assassinato do casal Marísia e Manfred Von Richthofen, em outubro de 2002, há pouco mais de 20 anos.

Daniel, namorado de Suzane na época do crime, recebeu a mesma pena que a jovem, enquanto Cristian foi condenado a 38 anos e 6 meses. Os três confessaram o crime poucos dias depois de cometerem o homicídio.

Considerado um preso de comportamento exemplar, Daniel passou para o regime semiaberto em 2013 e progrediu para o regime aberto em 2018. Já seu irmão, Cristian, foi flagrado com munição de uso restrito após uma confusão, em um bar de Sorocaba, quando cumpria o regime semiaberto e voltou a ser preso

Suzane Von Richthofen, que quase 19 anos quando cometeu o crime, obteve progressão para o regime semiaberto em 2015, quando conseguiu o direito também a cinco saídas temporárias. Em uma delas, a jovem foi presa e levada para a cela solitária após fornecer endereço errado à administração penitenciária.

Posteriormente, a Justiça avaliou que tinha sido apenas uma falha formal e restabeleceu os direitos da presa. Atualmente com 39 anos, ela voltou a estudar com autorização da Justiça e faz graduação em biofarmácia em uma faculdade particular de Taubaté.

Um dos assassinatos que mais chocou o Brasil faz aniversário de 20 anos neste 31 de outubro: o caso Suzane von Richthofen, que matou seus pais, o casal Marísia e Manfred von Richthofen na mansão onde moravam, em São Paulo. 

O casal foi morto na cama onde dormiam por Suzane, pelo namorado dela, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos. Marísia e Manfred foram assassinados a pauladas, por um crime arquitetado pela filha, que forjou um latrocínio junto ao namorado e ao cunhado. Dez dias depois da investigação minuciosa da polícia o duplo homicídio foi confessado, em 2002.

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De acordo com as informações da perícia da investigação, Daniel Cravinhos desferiu pauladas em Manfred, o pai de Suzane, e seu irmão, Cristian, em Marísia, a mãe. As pauladas foram tão fortes que os ossos e massa encefálica espalharam-se pelo quarto. 

Além disso, para certificar-se das mortes, Cristian enfiou uma toalha na cabeça de Marísia e a envolveu com um saco plástico, e Daniel, uma toalha molhada para cobrir a cabeça e impedir a respiração de Manfred. Depois, foram em busca de um revólver e deixaram ao lado do corpo de Manfred. 

Enquanto isso, Suzane tentava criar o cenário do roubo para qualificar o latrocínio. Ela espalhou joias da mãe da casa, entregou algumas para Cristian, além de dinheiro, já que sabia onde tudo estava guardado.

Após isso, se desfizeram dos vestimentos cheios de sangue, dos porretes e foram embora da casa. Cristian foi deixado próximo à sua casa, e Daniel e Suzane foram para um motel e, uma hora depois, Suzane pegou o irmão mais novo num cibercafé, que havia sido deixado lá por ela para que não atrapalhasse os planos. 

De volta para casa, Suzane encenou ao ligar para o namorado e, em seguida, para a polícia. A conclusão da denúncia é que Suzane e Daniel agiram por motivação torpe: ela, para se vingar dos pais por conta da proibição do namoro, e ele, com o objetivo de ter uma vida confortável com a herança que receberia. Já o irmão de Daniel, Cristian, agiu motivado pelo pagamento em dinheiro prometido pelo casal. 

Onde estão os acusados

Suzane e Daniel foram condenados pelo júri em julho de 2006, à pena de 39 anos e 6 meses de prisão, com cumprimento total da pena finalizado em 2041, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo. No entanto, Daniel Cravinhos teve a concessão do cumprimento em regime aberto em janeiro de 2019 e atualmente tem uma vida discreta com a esposa, enquanto Suzane está em regime semiaberto. 

Cristian, por sua vez, recentemente foi flagrado com uma munição de uso restrito em uma confusão num bar em Sorocaba, quando estava no semiaberto. 

Os irmãos Cravinhos, como são conhecidos, chegaram a conviver na Penitenciária 2 de Tremembé com outros presos de crimes conhecidos, como Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos e 2 meses de prisão pela morte da filha, Isabela Nardoni, em 2008; Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a advogada Mércia Nakashima e Lindenberg Alves Fernandes, condenado pelo cárcere privado e morte da namorada, Eloá Pimentel. 

Carla Diaz estreou nesta sexta-feira, dia 24, na plataforma de streaming Prime Video, como estrela dos filmes A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais. As duas obras são baseadas nas versões e nos processos do crime que mais chocou o Brasil: o assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen - a jovem, de classe média alta, com a ajuda do namorado e do cunhado, em 2002, armou a morte dos pais dela.

Carla teve o desafio de dar vida à Suzane Von Richtofen nas telinhas e contou, para o jornal Extra, que a preparação para o projeto foi desafiadora:

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- Eu precisava do distanciamento do meu julgamento pessoal em relação ao crime e à história real porque, se não, eu não conseguiria interpretar essa personagem em dois filmes que contam a mesma história mas com olhares totalmente diferentes. Os roteiros foram nosso norte mais importante, revelou.

Já para interpretar o namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, ficou sob a responsabilidade do ator Leonardo Bittencourt, que definiu o processo de construção do personagem como muito intenso:

- A imagem do Daniel é menos formada na cabeça das pessoas porque o caso se concentrou muito na Suzane e, por isso, eu tinha um pouco mais de liberdade de criação. Mas os roteiros eram muito ricos em detalhes de comportamento, personalidade, de como eles eram antes de o crime acontecer. Então, tínhamos que nos guiar por eles e sabíamos que eram 100% fiéis ao que estava nos autos do processo, explicou.

 

A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais em 2002, desistiu de usar o financiamento do governo federal para estudar em uma universidade privada. Ela teve o custeio do estudo aprovado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no último dia 13, mas não concluiu o processo de habilitação, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O prazo para confirmar a inscrição em curso superior terminou à meia-noite de segunda-feira, 20.

Suzane havia pleiteado uma das vagas no curso noturno de Administração da Faculdade Dehoniana, uma instituição católica de Taubaté. Para conseguir o Fies, ela usou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prestado na penitenciária de Tremembé, onde cumpre prisão em regime semiaberto. Nesse regime, ela teria direito a deixar a prisão durante o período destinado ao estudo. Isso porque o curso é presencial. Com a nota 675,08 que obteve no Enem, ela poderia financiar integralmente o curso, que tem mensalidade de R$ 496. O valor seria pago após a conclusão do curso.

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A instituição informou que a candidata não confirmou a inscrição para o curso e a vaga destinada a ela não está mais disponível. Em abril de 2016, Suzane já havia sido autorizada pela Justiça a fazer o curso superior de Administração, mas manifestou receio do assédio e pediu para fazer a modalidade de ensino a distância.

Como não havia recurso tecnológico e equipamentos, o curso não foi autorizado. Desta vez, embora tivesse o custeio garantido pelo Fies, Suzane não chegou a pedir autorização à Vara de Execuções Criminais para estudar fora da prisão. Procurado, o defensor público de Suzane informou que não se manifestaria.

A presa Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, pode sair da prisão para fazer um curso superior com financiamento do governo federal. Ela está na lista dos candidatos aprovados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e pode obter recursos do programa para custear a faculdade.

Suzane se cadastrou para o curso noturno de administração na faculdade católica Dehoniana, que é privada e presencial, ou seja, ela precisa comparecer às aulas. A detenta entrou na lista do Fies graças ao desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prestado em dezembro, na Penitenciária Feminina de Tremembé, onde cumpre pena desde 2006.

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Em 2015 ela passou para o regime semiaberto e, em outubro, a justiça autorizou a frequentar faculdade. Suzane tem até o dia 20 para confirmar a inscrição no curso.

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, condenados por matar os pais de Suzane Richthofen, em 2002, voltaram à prisão após uma permissão de saída temporária para a comemoração de Dia da Mães. A informação é da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A saída foi autorizada pela Vara de Execução Criminal de Taubaté. Eles deixaram a penitenciária P2 de Tremembé, na zona norte de São Paulo, na manhã da sexta-feira, 10, dia 10, e retornaram nesta quarta-feira. À época do crime, Daniel Cravinhos era namorado de Suzane Richtofen. Os pais dela, Manfred e Marísia Richthofen, eram contra o relacionamento. O crime aconteceu na casa da família, uma mansão na zona sul de São Paulo, enquanto Manfred e Marísia dormiam. Após o assassinato, os três foram presos e levados a júri popular, em 2006. Suzane continua em regime fechado. Os irmãos tiveram a progressão para o semiaberto autorizada em fevereiro.

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