[@#galeria#@]
Neste domingo (27), aconteceu, durante o Game Festival, o 1º Campeonato Pernambucano de League of Legends (LoL), game mais jogado do mundo atualmente. A “febre” de jogar reuniu cerca de 700 pessoas no auditório Tabocas, localizado no Centro de Convenções de Pernambuco. Por lá, quatro times se enfrentaram nas semifinais da competição, onde a equipe Lemon Gaming East se consagrou como a grande campeã, levando para casa R$ 1 mil. Durante as partidas, o cenário poderia ser confundido facilmente com o de um grande clássico do futebol: narradores empolgados, plateia torcendo de pé e jogadores com estratégias afiadas.
##RECOMENDA##Cada partida durou, em média, 40 minutos. Na grande final, os times Lemon Gaming East e Neo Llamas & Friends se enfrentaram em uma melhor de três, sendo que a primeira equipe venceu as duas primeiras rodadas. A estrutura do evento ajudou os presentes a entrar no clima dos grandes campeonatos realizados em outros países. Dois telões de LED e cabines personalizadas para os jogadores faziam o público delirar a cada champion (personagem do jogo) derrotado.
Pernambuco, um estado de eSports
O capitão da Lemon Gaming East, Junior Kaphwan, estudante de 20 anos, explicou que a vitória não foi por acaso. Afinal, a equipe treinou cerca de 6h diárias para a competição. “Muitos integrantes precisavam estudar, mas a gente sempre arranjava um tempo para alinhar as estratégias. Agora vamos começar a nos preparar para o campeonato brasileiro”, explica.
A Lemon Gaming East já é uma equipe consagrada no cenário local. Seu elenco incluí desde jogadores, até motorista e fotógrafo próprios. E, apesar da carreira no ramo do esporte eletrônico ser uma escolha que está dando certo, Junior explica que nem sempre foi assim. “No começo minha mãe não aceitava que jogar poderia ser uma profissão, mas depois que ela percebeu como o eSport realmente é ela começou a me apoiar”, complementa.
O estudante e capitão da equipe Llamas & Friends, Thiago Melo, por sua vez, explica que nem sempre é possível encontrar tempo para treinar. “Todos os integrantes fazem faculdade e alguns trabalham, muitas vezes tivemos que faltar um compromisso para treinar. A falta de patrocínio pesa muito neste ponto. Mesmo assim, acredito que nosso desempenho foi além do esperado”, ressalta Thiago.
Participante da organização do evento e jogador de League of Legends, Leonardo Almeida, de 23 anos, analisa que o cenário do eSport no Brasil ainda é descriminado. “As pessoas não conseguem encarar que jogar pode ser uma atividade séria e racional, que tem um nível de estratégia muito maior do que muitos esportes populares. Na minha concepção, League of Legends é muito mais estratégico que um jogo de xadrez”, pontua.
Como jogador, Leonardo explica que o atrativo de League of Legends é justamente a mistura de ação com estratégia. “A forma competitiva do game é extremamente interessante. Ele força o trabalho em equipe, onde é necessário ter um bom planejamento antes e durante as partidas. Sempre é empolgante jogar, já que sempre existe a chance dos times virarem as partidas de maneira inesperada”, complementa.
Para que não compareceu ao evento, o organizador, Harlans Fagundes, promete voltar com a competição em 2015. “Queremos incentivar o eSport em Pernambuco. Por aqui o público é grande e muito treinado. Por isso, pretendemos aumentar também o leque de jogos e transformar o Game Festival em um evento de jogos eletrônicos”, finaliza.