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O chefe do conselho militar do Exército Livre Sírio afirmou nesta sexta-feira (29) que tropas do governo da Síria estão se mobilizando perto da fronteira com a Turquia. As relações entre os dois países estão cada vez mais tensas desde a destruição de um jato turco na semana passada.

"Unidades militares estão concentrando-se a 15 quilômetros, ou pouco mais, da fronteira com a Turquia, na região noroeste da Síria", afirmou para a Agência France-Press, Mustafa al-Sheikh. De acordo com ele, cerca de 2,5 mil soldados e 170 tanques e outros veículos estão estacionados na área, cerca de 25 quilômetros distante da cidade de Alepo.

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Forças do governo "reagruparam-se e deixaram alguns dos postos nos arredores de Alepo, indo em direção a outros locais, próximos a fronteira", afirmou o comandante rebelde. A Turquia enviou baterias de mísseis, tanques e tropas para a região, visando formar um "corredor de segurança", após a Síria ter derrubado o avião militar, afirma a imprensa local.

Sheikh diz que a acumulação de tropas pode ser "uma demonstração de força contra o Exército turco". Mas a movimentação também pode ser em preparação para operações dentro da Síria, ainda mais levando-se em conta os intensos bombardeios realizados pelo governo contra a região nas últimas semanas. "Outra possibilidade para esta mobilização pode ser um ataque na região de Alepo", disse Sheikh. As informações são da Dow Jones.

O chefe das Forças Armadas do Paquistão, Ashfaq Pervez Kayani, fez uma visita hoje ao presidente do país, Asif Ali Zardari, num encontro que pode sinalizar uma conciliação entre ambos os lados depois de uma semana de crescente tensão e rumores de um golpe de estado. Ambos os líderes discutiram "a atual situação da segurança" do país, de acordo com a agência estatal de notícias.

O atrito entre os militares e o governo civil aumentou depois que um memorando não assinado foi enviado a Washington no ano passado, pedindo ajuda dos EUA para um suposto golpe. A nota enraiveceu o Exército, que ainda não tinha se recuperado do humilhante ataque norte-americano a uma localidade ao norte de Islamabad, que terminou na morte de Osama bin Laden. O governo de Zardari elogiou o encontro de hoje e disse que ajudará nas relações com as Forças Armadas.

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O presidente da secretaria de informação do governo, Qamar Zaman Kaira, disse que não foi uma reunião de rotina, "dada a situação do Paquistão, do calor que está sendo sentido." Ele disse à TV paquistanesa que "certamente essa reunião tornará as coisas melhores... Melhorará a tensão". Nas seis décadas de história do Paquistão, as Forças Armadas empreenderam três golpes e ainda se consideram as guardiãs dos interesses do país.

O Paquistão, uma potência nuclear, enfrenta uma série de problemas, como o colapso econômico, insurgentes da Al-Qaeda e do Taleban, e uma crise diplomática com seu principal aliado, os Estados Unidos, depois que a força aérea americana matou 24 soldados paquistaneses na fronteira com o Afeganistão. As informações são da Associated Press.

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