Apesar da pequena divulgação midiática, o MMA pernambucano conta com talentos que, quando ganham espaço em transmissões, mostram sua força. E o panorama empolgante da modalidade no Estado não estaciona na dedicação dos atletas: assim como no UFC, maior franquia do mundo na atualidade, a rivalidade entre os lutadores é grande. Uma mostra desse acirramento de ânimos veio à tona nesta quinta-feira (10), na apresentação do Shooto 62, marcado para o dia 2 de abril, no Clube Português do Recife. Escalados para a terceira luta do card principal, Fábio Aguiar e Thawã Rill protagonizaram uma sequência se provocações intensas durante as entrevistas concedidas sobre o evento. Com direito a ameaças e uma encarada das mais tensas diante do público presente.

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Fábio foi o primeiro a assumir o microfone e disparar a seguinte frase: “É bom vocês tirarem foto dele (Thawã Rill) logo agora, porque depois da luta, o rosto não estará da mesma forma”. Na sequência, o rival tomou a palavra e rebateu assim: “Tenho uma matemática para essa luta. Na trocação, ele será nocauteado. Ele também não me coloca para baixo de jeito nenhum, e é o único jogo que tem. No chão? Ele será finalizado. Sou faixa preta de jiu-jitsu! Entendeu?! No octógono, vou para a guerra”.

A partir daí, o clima ficou ainda mais quente, com as provocações intensificadas, e Thawã continuou, em tom de afronta. “Quero saber como Fábio fará para burlar o antidoping, já que toma anabolizante. Se depender de mim pode tomar o que quiser, que eu luto, mas regra é regra. Ele vai bater o peso e vai ser reprovado nos exames. E, se passar, vai apanhar”, disse o lutador. Do outro lado, a resposta foi essa: “Treino musculação desde os 16 anos e nunca tomei anabolizante. Não gosto do Thawã. Inclusive, ele chegou falando comigo. Quer fazer amizade? Não estou aqui pra isso. Nunca tive medo de ninguém. Cara, eu vou te matar. Vou te bater tanto que, na sua casa, ninguém vai te reconhecer”.

Paralelamente à troca de ofensas, o produtor do Shooto 62, Bruno Novaes, que também é lutador, previu um combate ‘pegado’ entre os atletas. “Essa luta já era pra ter acontecido em algumas oportunidades. Fábio até já ficou perto de lutar com alguns atletas da academia de Thawã. Então, criou-se uma rivalidade”, introduziu. E finalizou: “No evento, vamos ver quem chega em quem. Será uma luta bem polêmica. São dois lutadores bastante aguerridos. Gostam de brigar com força. Fábio tem um cartel bom, com quatro vitórias e uma derrota. Já Thawã é mais experiente, começou mais cedo”.