Tópicos | Troféu Maria Lenk

Luiz Rogério Arapiraca e Poliana Okimoto, ambos da Unisanta, venceram neste sábado (26) a maratona aquática de 5 quilômetros do Troféu Maria Lenk de Natação. A prova foi um evento-teste e não valeu pontos para a competição, sendo realizada na raia olímpica de remo da USP. Arapiraca, que passou mal após a chegada, com hipotermia, venceu a disputa masculina com o tempo de 58min02s05. Já Poliana registrou o tempo de 58min38s80, o que inclusive a colocou na sétima colocação na classificação geral.

O pódio masculino foi completado por Samuel de Bona, do Grêmio Náutico União (RS),(58min07s87), e Victor Colonese, também da Unisanta. Entre as mulheres, a segunda Betina Lorscheitter (1h00min03s38) ficou em segundo lugar, enquanto Gabriela Ferreira (1h00min22s60), foi a terceira colocada, ambas são do Grêmio Náutico União.

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Sem a presença de Ana Marcela Cunha, Poliana colocou como meta nadar próxima dos homens, o que conseguiu e a deixou satisfeita. "A minha intenção era chegar o mais próximo deles, sei que o ritmo deles é muito forte. Era um treinamento, porque não valia pontuação. Fiquei feliz de chegar junto", disse.

Assim, ela usou a disputa como treino, já que a sua principal concorrente não esteve presente. "Quando ela está, a disputa sempre é boa. Mas como hoje era só um evento-teste, o que valia para mim é o treino, algo que quase nunca consigo fazer", comentou.

Arapiraca celebrou a realização da prova no Maria Lenk, que valerá pontos em 2015. "Não passei entre os primeiros no começo, pois a primeira volta foi pra estudar a prova, que é de estratégia. No final, vem o arremate, quando forçamos o ritmo. Gostei muito de ter esta prova no Troféu Maria Lenk pois ajuda a engrandecer as maratonas aquáticas", afirmou,

Todos os nadadores saíram "verdes" da água por causa da alta concentração de musgos. A CBDA informou que a água da raia olímpica da USP está mais limpa que a da represa Billings. "É um bom local, vamos ver se ninguém vai passar mal", disse Poliana, brincando com a situação dos competidores após a maratona aquática de 5km.

Matheus Santana poderia ter sido campeão mundial júnior dos 100 metros livre no ano passado se não tivesse tido mais uma crise de diabetes, doença contra a qual ele luta desde criança. Ele foi cortado às vésperas da viagem a Dubai, mas a volta por cima veio neste sábado (26), quando se tornou o recordista mundial dos 100 metros livre na categoria júnior ao ser o segundo mais rápido das eliminatórias do Troféu Maria Lenk, em São Paulo, com 48s85. A marca corresponde ao 13º melhor tempo do ano entre os adultos.

Só neste mês a Federação Internacional de Natação (Fina) passou a considerar recordes mundiais juniores. Como parâmetro, tomou os tempos feitos nos mundiais da categoria. Assim, o primeiro recordista foi o norte-americano Caeleb Dressel, campeão em Dubai ano passado com 48s97. O posto, porém, agora é do atleta da Unisanta, tratado como "o novo Cielo".

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"Depois do corte para o Mundial eu fiquei bem chateado. Mas isso me deu muita motivação para continuar treinando e melhorar os tempos. Nadar pra 48s era uma coisa que já estava nas metas do meu treinamento. Errei a passagem, mas consegui voltar forte e estou super feliz por ter conseguido bater o recorde. Hoje a tarde pode melhorar, mas vai ser uma prova muito forte e não posso garantir que vou bater na frente", comentou Matheus, de 18 anos.

As eliminatórias da manhã deste sábado, apesar do tempo frio, tiveram bons tempos e algumas surpresas. Só Marcelo Chierighini (48s72, oitavo do mundo) e Matheus nadaram abaixo do índice para o Pan-Pacífico. Cesar Cielo, do Minas segurou e fez a quarta marca (49s20). Também estão na final Nicolas Nilo Oliveira (Minas), que representou o Brasil ano passado no Mundial, João de Lucca (Pinheiros), campeão norte-americano universitário, e as surpresas Marcos Antônio Macedo (Minas), Leonardo Alcover (Pinheiros) e Vinicius Waked (Unisanta).

Bruno Fratus (Pinheiros), segundo mais rápido do mundo nos 50 metros livre, Nicholas Santos (Unisanta) e Fernando Ernesto (Corinthians) estavam entre os favoritos mas não pegaram nem final B. Alan Vitória, do Botafogo, ficou doente na véspera do Maria Lenk e não está em São Paulo.

OUTRAS PROVAS - Tão forte quanto foi a eliminatória dos 50 metros peito, que aconteceu sem surpresas. Foram quatro tempos abaixo do índice para o Pan-Pacífico: Felipe França (27s44), João Gomes Júnior (27s50), Raphael Rodrigues (27s74) e Felipe Lima (27s90). Mas, para conseguir a vaga para ir em agosto à Austrália é necessário superar o tempo de João Gomes no Open: 27s40. Felipe França, com 27s03, dificilmente será alcançado.

Nos 100 metros livre feminino, Larissa Oliveira (Pinheiros) foi a mais rápida entre as brasileiras, ainda longe do índice, enquanto que nos 50 metros peito, prova não olímpica, Ana Carla Carvalho (Pinheiros) e Juliana Marin (Minas) empataram em 32s02, a dois centésimos do índice.

Para fechar a manhã, nos 200 metros costas, só Katinka Hosszu, húngara do Corinthians, forçou a ponto de bater o recorde do campeonato. Os outros tempos foram bem acima do padrão. No masculino, situação foi a mesma, com liderança de Leonardo de Deus, do Corinthians.

Homem mais rápido do mundo nos 50 metros livre, com folga sobre qualquer outro estrangeiro, Cesar Cielo é agora também o mais veloz de 2014 nos 50 metros borboleta. Mas ele não gostou nada do seu desempenho na final do Troféu Maria Lenk, nesta sexta-feira (25) à tarde, no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo. De qualquer forma, o tempo de 23s01 o coloca no topo do ranking mundial da prova nesta temporada, à frente do sul-africano Roland Schoeman, que tem 23s07.

"A prova foi bem nadada. Saí bem atrás do Nicholas (Santos). A saída não está acontecendo e é um dos meus pontos importantes da prova. Foi uma saída bem ruim", disse Cielo, em entrevista ao SporTV, reclamando mais uma vez dos blocos de partida do parque aquático inaugurado na última segunda-feira. Por isso, ele admite que poderia ter sido melhor. "Juvenil que está assistindo (pela TV): A gente também erra bastante. Fui muito de lado", avisou.

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Para o atual campeão mundial dos 50 metros borboleta - também ganhou ouro nos 50 metros livre no ano passado em Barcelona -, dois centésimos a menos já teria feito diferença. Na natação, existe sempre o conceito da barreira dos segundos. Na prova desta sexta-feira, a ideia era completar na casa dos 22 segundos. "Tinha o objetivo pessoal de fazer o primeiro tempo do mundo e querendo nadar para 22 segundos. A saída me comprometeu", lamentou Cielo.

Com o tempo, porém, Cielo se garantiu entre os quatro melhores índices técnicos de provas não-olímpicas para nadar o Pan-Pacífico (ele já tinha o índice, mas a CBDA só vai levar quatro atletas no masculino). Nicholas Santos também garantiu passaporte, mas pelo tempo que fez no Open do ano passado: 22s95. Nesta sexta-feira, completou com 23s23.

Como os índices técnicos dos atletas classificados nos 50 metros peito até agora (Felipe França e João Gomes Júnior) também são altos, os atletas classificados nos 50 metros costas após as finais de quinta-feira (Guilherme Guido e Daniel Orzechowski) não irão para o Pan-Pacífico. Eles só terão vaga se Cielo confirmar as expectativas e rejeitar a convocação para focar na temporada de piscina curta.

NOVO TÍTULO - Também nesta sexta-feira, Thiago Pereira ganhou medalha de ouro no Troféu Maria Lenk pela 31ª vez na carreira. O atleta mais completo da natação brasileira reclamou do cansaço no quinto e penúltimo dia de provas, apesar da vitória e do índice para o Pan-Pacífico nos 200 metros medley.

"Começou a doer ontem (quinta-feira) de noite. Comecei a sentir o corpo mole, dor no corpo. Natação é isso. A gente tem que se superar. Se eu tiver isso aí em competição importante vou ter que chegar lá e nadar. Aí falei: 'Ah, última prova individual, vamos dar a raça'. Foi bom. Podia dar mais, mas já dá bastante confiança para o restante do ano", contou.

Thiago Pereira, que ganhou bronze nessa prova no último Mundial, foi único que conseguiu índice nos 200 metros medley, com 1min57s98. Thiago Simon foi o segundo colocado nesta sexta-feira com 2min00s37, ficando 38 centésimos abaixo do índice para ir ao Pan-Pacífico.

O frio voltou a atrapalhar a tomada de tempos nas eliminatórias do quinto e penúltimo dia do Troféu Maria Lenk, nesta sexta-feira pela manhã, no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo. Entre os brasileiros, o melhor foi Nicholas Santos, da Unisanta, com 23s50, para ser o mais rápido nos 50 metros borboleta, à frente até de Cesar Cielo, atual campeão mundial da prova.

No total, quatro atletas nadaram abaixo do índice para o Pan-Pacífico, em agosto, na Austrália: além de Nicholas, também Cielo (23s81), Marcelo Chierighini (23s85) e Felipe Martins (23s89). A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), porém, limita o número de atletas a dois por prova. Além disso, a CBDA só levará um total de quatro homens à Austrália em provas não olímpicas. Como já são seis índices (três por prova de 50 metros), o critério será o índice técnico, um numeral correspondente a cada tempo, a partir de uma tabela pré-determinada.

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Hoje os melhores índices são de Felipe França (988, peito), Nicholas Santos (976, borboleta), João Gomes Júnior (968, peito), Guilherme Guido (956, costas), Daniel Orzechowski (929, costas) e Cielo (922). As provas de 50 metros peito ainda serão realizadas no Maria Lenk, no sábado. Assim, a disputa da turma do borboleta é contra Guido.

No feminino, a CBDA só irá levar duas atletas para as provas não-olímpicas. Uma será Etiene Medeiros, nos 50 metros costas. A outra vaga está em aberto. Daynara de Paula, do Sesi, já havia feito o índice no Open, em dezembro passado, e avançou com o quarto melhor tempo nas eliminatórias dos 50m borboleta (27s13), atrás de duas estrangeiras e de Daniele Paioli (26s87), do Pinheiros.

Nas outras provas do dia a ordem foi poupar para a noite. Thiago Pereira (Sesi) liderou as eliminatórias dos 200 metros medley no masculino, enquanto a húngara Katinka Hosszu, campeã mundial, não teve problemas para bater o recorde do campeonato pelo Corinthians. Detalhe: entre os homens, só 10 atletas competiram. O Maria Lenk distribui pontuação para os 16 primeiros.

Com apenas 17 anos, Bruna Primati (Sesi) fez o melhor tempo nos 400 metros livre, com Poliana Okimoto em quarto. Entre os homens, Leonardo de Deus (Corinthians) liderou, seguido da grande revelação desse Maria Lenk, Miguel Leite Valente, do Minas, campeão dos 800 metros e dos 1.500 metros.

A repercussão pode não ser a mesma, mas se há uma prova no Brasil que pode ser comparada com a dos 50 metros livre pelo nível técnico, hoje, ela é os 100 metros peito no masculino. Por isso, era grande a expectativa para a final do Troféu Maria Lenk, nesta quinta-feira à tarde, no Parque Aquático do Ibirapuera. Numa disputa acirrada, Felipe Lima, que ganhou bronze na prova no Mundial de Barcelona, no ano passado, terminou só em quarto e não vai ao Pan-Pacífico, em agosto, na Austrália.

Foi o troco de Felipe França, que ficou fora do Mundial do ano passado. De volta à boa forma, agora no Corinthians, o nadador campeão mundial dos 50 metros peito em 2011 fez 59s91 para ser ouro no Maria Lenk e se garantir no Pan-Pacífico. A marca é a quinta melhor do mundo no ano.

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Quem também vai ao Pan-Pacífico é João Gomes Júnior, que já havia consigo classificação para o Mundial. Ele foi prata no Maria Lenk, com 1min00s40. Raphael Rodrigues surpreendeu no terceiro lugar, também pelo Pinheiros, nadando abaixo do índice, mas o Brasil só pode levar à Austrália dois atletas por prova. Assim, ele fica fora. Felipe Lima foi só o quarto, com 1min00s90, à frente de outro atleta de ponta da prova, Henrique Barbosa.

O Corinthians dominou o dia no Maria Lenk. Sem Thiago Pereira, que fez o melhor tempo da manhã, quando nadava em observação, sem poder se classificar à final, Leonardo de Deus venceu os 200m costas com 1min56s21, abaixo do índice para o Pan-Pacífico, mas acima da meta de nadar na casa de 1min55s. Luiz Altamir, de apenas 17 anos, pelo Flamengo, foi segundo.

No feminino, Katinka Hosszu, a húngara contratada pelo Corinthians especialmente para nadar o Maria Lenk, foi ouro nos 200m costas, sete segundos à frente de Giovanna Diamanti, garota de 16 anos do Sesi. Nos 100m peito, ganhou a argentina Julia Sebastian, que é radicada no Unisanta. Pamela Alencar, pelo Corinthians, foi prata. Os índices, porém, passaram longe.

Nesta quinta começaram a ser disputadas as provas de 50 metros nos estilos, que não são olímpicos. A distância do dia foi os 50 metros costas, com vitória de Guilherme Guido (Pinheiros) no masculino e Etiene Medeiros (Sesi) no feminino. Os dois já tinham índice para o Pan-Pacífico e nadaram acima do que haviam feito no Open, em dezembro do ano passado.

Se o critério for o ranking mundial dos 400 metros medley no masculino, Thiago Pereira não fez uma boa prova na final do Troféu Maria Lenk, nesta quarta-feira (23), no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo. Afinal, o tempo de 4min15s45 é correspondente apenas ao 10º do ano na prova em 2014. Mas o ouro obtido pelo atleta do Minas teve um gosto especial: foi a 30ª vitória dele no Maria Lenk, a 12ª seguida nesta prova.

"Foi uma novidade que fiquei sabendo hoje. Minha 30ª vitória, é um dado que eu não sabia. Pelo que entendi, me tornei o maior vencedor que está na ativa. Estou bastante feliz. Desde que entrei na seleção, desde que estou nessa fase competitiva estou sempre me mantendo em alto nível. São mais de 10 anos de seleção, cada vez me sentindo mais jovem", comentou Thiago, que completou 28 anos em janeiro.

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Apesar do foco estar nas provas de 200 e 400 metros medley, nas quais ganhou medalha de bronze no Mundial do ano passado, Thiago Pereira quer voltar a ser aquele atleta que nadava diferentes provas: 200 e 100 metros costas, 200 metros peito, 100 e 200 metros borboleta, 400 metros livre. "Continuo nadando várias provas, com o programa carregado para mim. Quero fazer um volume grande e ir afunilando. Pegar muitas competições esse ano e a partir do ano que vem diminuir pelo meu foco. Vamos ver até onde meu corpo vai aguentar essa quantidade de prova, mas tenho me sentido cada vez melhor", afirmou.

Com o tempo desta quarta-feira, Thiago se garantiu no Pan-Pacífico, que será em agosto, na Austrália. Antes, vai nadar o Meeting de Charlotte, nos Estados Unidos, onde deverá encontrar seus principais rivais: o japonês Kosuke Hagino, o norte-americano Ryan Lochte e, quem sabe, Michael Phelps, que volta à natação competitiva nesta quinta-feira.

No Maria Lenk, ele já ganhou ouro nos 100 metros borboleta e prata nos 100 metros costas e é favorito nos 200 metros medley. Como há um limite de quatro provas por atleta na competição, Pereira nadará os 200m costas e 200m borboleta apenas em observação, sem contar pontos para o clube e sem poder disputar finais. Em Charlotte, deverá acrescentar ao programa os 400m livre e os 200m peito.

Seja na França, nos Estados Unidos, na Rússia ou na Austrália, o recado se não chegou está a caminho: os dois homens mais rápidos do mundo nas piscinas são do Brasil. Nesta quarta-feira (23), Cesar Cielo e Bruno Fratus fizeram os dois melhores tempos de 2014 para serem, respectivamente, ouro e prata na prova dos 50 metros livre no Troféu Maria Lenk, disputado no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo.

Cielo, pelo Minas, venceu com 21s39, enquanto Fratus, nadando pelo Pinheiros, completou a prova em 21s45. De longe, deixaram para trás o norte-americano Eamon Sullivan (21s65), o francês Florent Manaudou (21s70) e o australiano James Magnussen (21s77). Dos principais nadadores do mundo, só Vladimir Morozov, da Rússia, ainda não nadou "raspado" - como os nadadores chamam a preparação específica para uma prova.

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Após completarem a prova e verem seus tempos, Cielo e Fratus se abraçaram como dois amigos que alcançam um feito juntos. "Os tempos falam mais do que qualquer coisa. Fazer primeiro e segundo tempos do mundo do jeito que foram... Se fosse o Mundial eu seria ouro e o Bruno empatado em segundo. Não há mensagem melhor que essa", comentou Cielo, depois da prova. Derrotado no Open, no fim do ano passado, mas campeão do Maria Lenk agora, o recordista olímpico nega qualquer rivalidade com Fratus, que hoje treina na Universidade de Auburn, que formou Cielo. A disputa entre os dois é apenas nas piscinas.

"Tem rivalidade dentro da piscina com todos do bolinho: Manaudou, Morozov, Magnuessen. Todo mundo é profissional. É uma competição saudável, os dois estão satisfeitos com o que a gente fez. Todo mundo quer ganhar a prova, mas mais importante é ganhar bem. A gente quer mandar uma mensagem para o mundo: 2016 está chegando a gente está ficando cada vez melhor", disse Cielo. O recordista olímpico, que havia vencido o Mundial com 21s32 no ano passado, comemorou nadar pela terceira vez sem trajes tecnológicos na casa de 21s3: "Agora é começar a nadar cada vez mais para 21s3, ficar confortável nesse 21s3, não achar que foi um momento de sorte. Dá para fazer toda hora, então dá bastante confiança."

Cesar Cielo foi o mais rápido das eliminatórias dos 50 metros livre, prova mais esperada do Troféu Maria Lenk, que acontece no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo. O recordista mundial venceu sua bateria nesta quarta-feira pela manhã com 21s79, ficando oito centésimos acima do tempo que fez para abrir o revezamento 4x50m livre do Minas, na segunda.

Ainda assim a marca é boa, equivalente ao quarto tempo do ranking mundial. Hoje a lista tem Eamon Sullivan (Austrália), com 21s65, Florent Manaudou (França), com 21s70, e James Magnuessen (Austrália), com 21s77, além do próprio Cielo (21s71).

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Bruno Fratus, pelo Pinheiros, fez o segundo tempo das eliminatórias, com 22s09, abaixo do índice de 22s33 exigido para nadar o Pan-Pacífico, em agosto. Mas ele, assim como Cielo, já tinha índice, garantido no Open do ano passado, quando venceu com 21s80.

A surpresa das eliminatórias veio com Guilherme Ocampo, de apenas 17 anos, do Corinthians, que avançou para a final com o sexto tempo. Marcelo Chierighini foi só o sétimo. Matheus Santana, também de 17, revelação da natação brasileira, ficou fora da final A.

OUTRAS PROVAS - A prova dos 50 metros livre feminina também foi boa, com Graciele Hermann nadando pela segunda vez na carreira na casa dos 24s. Ela foi a mais rápida da manhã, com 24s96, pelo Grêmio Náutico União. Na segunda, já havia nadado para 24s76, se garantindo no Pan-Pacífico. Na final, terá a forte concorrência de a holandesa Inge Dekker, do Minas, e Jeanette Ottsen Gray, dinamarquesa do Corinthians.

Nos 400 metros medley, Thiago Pereira, medalhista de bronze no Mundial do ano passado, não forçou e foi surpreendido por Gabriel Ogawa, de apenas 19 anos, que está no primeiro ano como adulto. O garoto do Pinheiros fez 4min27s76, ficando oito centésimos à frente de Thiago, que nada pelo Minas. O corintiano Brandonn Pierry, revelação do Corinthians, ficou quatro centésimos atrás do ídolo, mesmo tendo apenas 17 anos.

Já a prova feminina dos 400 metros medley, como previsto, foi dominada por Katinka Hosszu, húngara que é campeã mundial da prova e foi contratada pelo Corinthians. Com 4min34s91, ela nadou bem abaixo do recorde sul-americano e deixou o time paulista ainda mais perto do título geral graças à bonificação em pontos que ganhou. A melhor brasileira chegou 24 segundos atrás (praticamente uma piscina inteira).

Se no primeiro dia do Troféu Maria Lenk um dos destaques foi Cesar Cielo, no segundo dia de competições no Parque Aquático do Ibirapuera, nesta terça-feira (22), as atenções estavam voltadas para Thiago Pereira. Depois da prata nos 100 metros costas na segunda, o medalhista olímpico soube dosar melhor a passagem dos 50 metros para vencer os 100 metros borboleta em 52s37 e alcançar o índice para nadar o Pan-Pacífico, em agosto, na Austrália.

"Mais importante (que o índice) é a maneira como venho nadando. Meu objetivo é as competições internacionais. A gente usa essas competições (como o Maria Lenk), que a gente já vem raspado, para dosar a maneira de nadar. Ontem (segunda) queimei muito nos 100m costas para passar, desperdicei energia. Hoje o objetivo era ter calma. O tempo foi maravilhoso. Estou muito satisfeito", comemorou Thiago.

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A festa era, principalmente, porque ele conseguiu nadar duas vezes na casa dos 52s - pela manhã, fez 52s93. O tempo da tarde é correspondente ao 11.º lugar do ranking mundial. A meta, porém, é conseguir o índice nas duas provas em que Thiago é mais forte: os 200m e 400m medley, onde espera encontrar seus principais adversários.

Apenas Thiago conseguiu o índice nos 100m borboleta (o pódio foi completado por Marcos Antônio Macedo, do Minas, e Arthur Mendes Filho, do Corinthians), mas não foi o único a ser obtido nesta tarde no Ibirapuera. Nos 200 metros peito, Thiago Simon, do Corinthians, nadou para 2min11s99 e melhorou o tempo da manhã, reafirmando o índice.

Henrique Barbosa, do Pinheiros, também nadou abaixo do índice de 2min12s78, completando a prova em 2min12s54, mas não vai para o Pan-Pacífico porque Tales Cerdeira, do Unisanta, venceu o Open do ano passado com 2min11s16 e tem prioridade na convocação. Nesta terça, Tales foi terceiro.

As provas femininas tiveram vitórias estrangeiras. Nos 200 metros peito, ganhou a argentina Julia Sebastian, do Unisanta. A melhor brasileira foi Pamela Alencar, do Corinthians, com 2min30s34, mais de dois segundos acima do índice necessário. Já nos 100m borboleta feminino, ouro para a dinamarquesa Jeanette Ottsen Gray, do Corinthians, e prata para Inge Dekker, holandesa do Minas. Daynara de Paula fez 58s49 e reafirmou o índice que ela tinha desde o Open, quando fez 58s35.

Para fechar o dia, Miguel Leite Valente, de apenas 21 anos, do Minas, venceu os 1.500 metros com 15min28s87, acima do índice de 15min14s38. Juan Pereyra, argentino do Minas, e Luiz Rogério Arapiraca, do Unisanta, completaram o pódio. Destaque também para a revelação Brandonn Pierry, de 17 anos, do Corinthians, no quarto lugar, a apenas 7 segundos do campeão.

Mais dois brasileiros alcançaram índice para o Pan-Pacífico na terceira etapa do Troféu Maria Lenk, na manhã desta terça-feira, no Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo. Nos 200 metros peito, Thiago Simon, corintiano de 24 anos, marcou 2min12s74 para ser o mais rápido das eliminatórias e baixar o índice em meros quatro centésimos.

À tarde, na final, porém, ele precisa ser mais rápido. Isso porque o Brasil tem direito a levar apenas 21 atletas em provas olímpicas ao Pan-Pacífico, que será em agosto, na Austrália, sendo 14 homens. Assim, caso um número maior de nadadores consiga a classificação, a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) levará apenas os de melhor índice técnico.

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Nas eliminatórias dos 100 metros borboleta, Daynara de Paula marcou 58s83 e ficou perto do recorde do campeonato. Ela nadou seis centésimos abaixo do índice, mas já havia feito 58s35 no Open do ano passado. Assim, só ratificou a vaga.

A mais rápida das eliminatórias, porém, foi Jeanette Ottesen Gray (58s56), dinamarquesa campeã mundial dos 50m borboleta no ano passado e que reforça o Corinthians no Maria Lenk. A equipe paulista, aliás, lidera a competição, ainda que, dos oito índices já alcançados só um (de Thiago Simon) seja do clube.

Depois de ficar com a prata nos 100 metros costas, segunda Thiago Pereira foi o mais rápido das eliminatórias dos 100m borboleta, nesta manhã, com 52s93, acima do índice. Nos 200 metros peito para mulheres, a mais rápida foi Renata Sander, do Minas, com 2min36s56, a quase 10 segundos do índice para o Pan-Pac.

Desde o fim da era dos trajes tecnológicos, apenas duas brasileiras haviam conseguido atingir recordes sul-americanos em piscina longa. A terceira é, finalmente, Graciele Hermann. Depois de muito tempo batendo na trave, a gaúcha do Grêmio Náutico União finalmente conseguiu quebrar a casa dos 25s.

Mais do que isso. Abrindo o revezamento 4x50 metros livre da sua equipe, ela igualou, nesta segunda-feira, o recorde sul-americano dos 50 metros, com 24s76, mesma marca que a venezuelana Arlene Semeco fez no Mundial de Roma, em 2009.

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Assim, a nadadora de 22 anos acabou sendo o grande destaque do primeiro dia de provas do Troféu Maria Lenk, que inaugura a reformada piscina do Parque Aquático do Ibirapuera, em São Paulo.

"Eu estou muito feliz. Olhar o tempo e ver que saiu o 24, ver que todo o trabalho deu certo. A prova foi perfeita, só dei uma respirada, mas agora é focar nos mínimos detalhes e querer sempre mais. Esse primeiro é o 24 de muitos", festejou - e muito - a gaúcha, que tinha 25s02 como melhor marca e volta a nadar os 50m livre na quarta-feira.

Mas ela não foi a única boa surpresa do Maria Lenk. Nos 100 metros costas, os favoritos eram Thiago Pereira, pelo Sesi, e o recordista sul-americano Guilherme Guido, do Pinheiros. Mas Fábio Santi, na raia 2, venceu com 54s32, melhorou em 61 centésimos o seu recorde pessoal, e conquistou o índice para o Pan-Pacífico.

"Foi melhor que eu esperava, com certeza. De verdade não esperava. A gente virou os 50 metros todo mundo junto, vi o Thiago um pouco na frente, e pensei: 'Ah, faltam 50 metros. Foram 15 semanas de treino, o que são mais 50 metros?'", festejou o incrédulo Fábio Santi, terceiro nome do Pinheiros na prova e agora único brasileiro classificado para nadá-la na Austrália.

Na prova feminina dos 100 metros costas, nenhuma surpresa. Etiene Medeiros (Sesi), que já havia feito o índice para o Pan-Pacífico pela manhã, não repetiu o tempo 1min00s77, recorde pessoal, mas garantiu o ouro.

Nicolas Nilo Oliveira (Minas) conseguiu evoluir da manhã para a tarde e venceu nos 200 metros livre com 1min47s17, baixando em mais de um segundo o índice, que ele já havia feito pela manhã. Bicampeão universitário nos Estados Unidos, João de Lucca estreou pelo Pinheiros com a prata, sem repetir o tempo que o colocou no Pan-Pacífico.

Em prova de nível técnico mais fraco, Larissa Oliveira (Pinheiros) venceu os 200 metros livre feminino, mas ficou a 2 segundos do índice. Poliana Okimoto, ouro nos 1.500 metros na volta à Unisanta, fez o papel dela para o clube, mas tem como foco as maratonas aquáticas. Ana Marcela Cunha foi prata.

Já o Corinthians superou o recorde sul-americano no revezamento 4x50 m livre no feminino, com 1min40s03, mas a marca não tem validade porque foi feita com a ajuda de duas estrangeiras, as campeãs mundiais Katinka Hosszu, da Hungria, e Jeanette Ottsen, da Dinamarca, que passaram desapercebidas diante do recorde de Graciele. De qualquer forma, é o novo recorde do campeonato.

Depois de seis dias de disputa, o Troféu Maria Lenk terminou na noite deste sábado, no Rio, com 15 nadadores brasileiros com índice para o Mundial de Esportes Aquáticos, que acontecerá de 24 de julho a 4 de agosto, em Barcelona, na Espanha. Para as provas ainda com vagas abertas - o Brasil pode levar até dois atletas em cada uma -, haverá mais uma seletiva, o Campeonato Brasileiro de Inverno, de 14 a 19 de maio, em Curitiba.

Os dois principais nomes da natação brasileira na atualidade garantiram vaga no Mundial de Barcelona. Cesar Cielo confirmou presença nos 50 metros livre, mas não obteve índice nos 50 metros borboleta - ele não quis disputar os 100 metros livre. E Thiago Pereira se classificou tanto nos 200 metros medley quanto nos 400 metros medley.

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Nas finais deste sábado, o grande destaque foi João Gomes Júnior, que conseguiu o índice dos 50 metros peito e ainda fez o melhor tempo do mundo deste ano na prova, com 27s20 - superou o italiano Mattia Pesce, que tem 27s32. Assim, ele vai para sua segunda disputa no Mundial de Barcelona, pois já tinha garantido vaga nos 100 metros peito.

"Só felicidade! Trabalhei bastante pra isso. Agora é trabalhar mais. Trabalhar para pegar uma medalha, ganhar a prova, quem sabe. Penso aos poucos. Pensar em ganhar é ótimo, mas tem um trabalho do dia a dia ainda. A gente tem que conquistar. Vou batalhar bastante para isso", afirmou João Gomes Júnior, após a vitória nos 50 metros peito.

Nos 100 metros livre, mesmo sem a participação do astro Cesar Cielo, também teve índice para o Mundial. Marcelo Chierighini venceu a prova com 48s11, segunda melhor marca do mundo em 2013, atrás apenas do russo Vladmir Morozov (47s93). E outros dois ainda nadaram abaixo, mas ficaram empatados: Nicolas Oliveira e Fernando Ernesto.

Nicolas Oliveira e Fernando Ernesto fizeram o mesmo tempo de 48s72, mas apenas um deles disputará a prova no Mundial de Barcelona, junto com Marcelo Chierighini, porque são dois nadadores por país. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) ainda vai definir como será o desempate - ambos, porém, estarão no revezamento 4x100 metros livre.

O dia ainda teve índice para Leonardo de Deus nos 200 metros costas, depois da vitória com o tempo de 1min57s77. "Estou bem para chegar nesse Mundial com um trabalho novo e melhor do que nos outros anos. Peguei meus índices", comemorou o nadador, que, anteriormente, já tinha garantido presença em Barcelona também na prova dos 200 metros borboleta.

Confira os nadadores com índice no Mundial

Feminino

50m livre - Graciele Hermann e Alessandra Marchioro

100m costas - Etiene Medeiros

200m medley - Joanna Maranhão

400m medley - Joanna Maranhão

Masculino

50m livre - Cesar Cielo e Marcelo Chierighini

100m livre - Marcelo Chierighini e Nicolas Oliveira/Fernando Ernesto

200m livre - Nicolas Oliveira

50m costas - Daniel Orzechowski

200m costas - Leonardo de Deus

50m peito - João Gomes Júnior

100m peito - João Gomes Junior e Felipe Lima

200m medley - Henrique Rodrigues e Thiago Pereira

400m medley - Thiago Pereira

50m borboleta - Nicholas Santos

200m borboleta - Leonardo de Deus

Sem a concorrência de Cesar Cielo, Nicolas Oliveira liderou a eliminatória dos 100 metros livre neste sábado e faturou o índice para o Mundial de Barcelona, em julho. O velocista marcou o tempo de 48s93 e virou o favorito para a medalha de ouro na final a ser disputada na tarde deste sábado. Foi o único índice obtido nesta manhã.

Nicolas, que já garantiu índice nos 200 metros livre, não contou com a rivalidade de Cielo nos 100m porque o recordista mundial da prova desistiu de competir nesta distância no Mundial. Ele vai focar somente nos 50m livre e nos 50m borboleta. Bruno Fratus também não competiu para poder tratar uma lesão no ombro.

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Na prova feminina, Daynara de Paula fez o melhor tempo, com 55s48, mas não obteve o índice. Nos 50 metros peito, João Gomes Júnior liderou a eliminatória com 27s41, sem índice. Ele já tem a vaga garantida nos 100 metros do mesmo estilo. Felipe França, que decepcionou na maior distância, fez o terceiro tempo nos 50 metros. Entre as mulheres, Ana Carla Carvalho liderou com 31s70.

Nos 200 metros costas, Joanna Maranhão bateu na frente, com 2min15s86, mas ficou sem índice nas eliminatórias. Ela poderá conquistar a marca na final - já tem classificação garantida nos 200m e 400m medley.

Na versão masculina da prova, Leonardo Fim liderou com 2min02s94, deixando o favorito Leonardo de Deus em segundo, com 2min03s00. O nadador, porém, acredita na vaga à tarde. "Segurei nas eliminatórias para não acontecer o mesmo dos 200m borboleta, na qual forcei na manhã, e quase não consigo o índice à noite. Vai dar pra conseguir a marca na final", disse.

Nicholas dos Santos surpreendeu nesta sexta-feira ao superar Cesar Cielo, atual campeão mundial, nos 50 metros borboleta no Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Além de faturar a medalha de ouro, ele garantiu o índice para disputar a prova no Mundial de Barcelona, em julho.

Nicholas marcou o tempo de 23s05, abaixo do índice de 23s11. Cielo fez 23s16. "De manhã, eu não tinha nadado tão bem. Não tinha encaixado bem a braçada", avaliou o nadador, satisfeito por bater o campeão dos 50m borboleta no último Mundial. "Ele é o atual campeão. Vamos tentar fazer uma dobradinha lá", disse, em entrevista à Sportv.

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Mesmo sem obter o índice, Cielo tem boas chances de disputar a prova em Barcelona, por causa dos critérios da Federação Internacional de Natação (Fina) que leva em conta o ranking do ano. Com o resultado desta sexta, o brasileiro tem o quarto melhor tempo da temporada até agora.

Confiante na classificação, Cielo já faz coro com Nicholas dos Santos e projeta dobradinha nos 50m borboleta. "Estou muito contente por ele. Vamos ver se conseguimos fazer uma dobradinha no Mundial", disse o nadador, que fez avaliação positiva de sua prova.

"Acho que fiz uma boa prova. Na saída não fui tão bem, fiquei atrás do Nicholas. Tive que buscar no braço e cheguei pertinho dele", comentou Cielo. Ele atribuiu a ausência do índice aos poucos treinos no estilo. "Está faltando um pouco de confiança no borboleta. Não treinei direito neste ano. Mas vou tentar defender meu título".

Cielo também disse ter ficado feliz com sua participação no Maria Lenk. Ele encarou a competição como um "teste" para seus joelhos, operados no fim do ano passado. "Fiz o que tinha que fazer nesse campeonato. Vim aqui, testei o joelho e garanti minha classificação", disse o nadador, que não vai disputar os 100m livre no sábado.

Antes de Cielo e Nicholas, Henrique Rodrigues e Thiago Pereira também garantiram vaga no Mundial na prova dos 200 metros medley. Rodrigues surpreendeu ao derrotar Pereira, quarto colocado nos Jogos Olímpicos de Londres, com o tempo de 1min57s37. Pereira anotou 1min57s48.

Com o resultado, Rodrigues confirmou o bom momento na prova. Ele já havia faturado o índice na eliminatória, pela manhã, com 1min57s37. "Estou muito contente. Esse tempo é bom não só para o Mundial, mas para minha preparação para a Olimpíada de 2016. Estou me focando na parte final da prova, que foi o que eu tive dificuldade em Londres, e é assim que vou ganhar", afirmou Rodrigues.

Na versão feminina da prova, Joanna Maranhão conquistou o índice ao levar o ouro com o tempo de 2min14s29. Ela já estava garantida nos 400 metros medley. Ao fim do penúltimo dia de competições no Maria Lenk, 14 brasileiros já faturaram índice para o Mundial de Barcelona.

A manhã não foi das melhores para os dois medalhistas olímpicos da natação brasileira. Nesta sexta-feira, César Cielo e Thiago Pereira caíram na piscina do Parque Aquático Maria Lenk e não conseguiram o índice para nadar o Mundial de Barcelona respectivamente nos 50m borboleta e nos 200m medley. Os dois terão nova chance à tarde, quando acontecem as finais do quinto dia do Troféu Maria Lenk.

O único índice das eliminatórias veio nos 200m medley, com Henrique Barbosa, do Pinheiros, que nadou a prova em 1min58s93, enquanto o mínimo necessário era 1min59s99. O resultado obriga Thiago Pereira (Sesi-SP) a nadar abaixo do índice na final para poder competir na sua prova favorita em Barcelona.

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Já Henrique Barbosa era todo felicidade: "Para ser sincero, esse tempo é abaixo do que esperava até! Fiz uma fechada de prova muito boa e deu quase o meu melhor. É dentro do esperado e a partir deste ano começou o trabalho para 2016. Estou focado e com vontade de nadar. Só tenho a agradecer a equipe do Pinheiros, que me acolheu este ano e está fazendo um trabalho muito legal".

Cesar Cielo também não conseguiu o índice na prova que nadou nesta manhã: os 50m borboleta. O agora atleta do Clube de Campo de Piracicaba não se frustrou. "Dentro de uma nadada de manhã deu pra dar uma relaxadinha no final. Não treinei muito essa prova este ano e para ser sincero essa era a prova que eu não sabia o que esperar porque a ondulação é o que está sendo mais difícil na recuperação do joelho (operação dos joelhos, em outubro). Agora estou fazendo o que dá mesmo", disse ele.

Nas provas de 50m nos três estilos (costas, peito e borboleta), a CBDA decidiu dificultar a obtenção de índices, já que elas não são olímpicas. Por isso, colocou como tempo mínimo o do quarto colocado do ranking mundial de 2012. Assim, nem Nicholas Santos, campeão mundial em piscina curta no ano passado, conseguiu baixar os 23s11 necessários. O atleta da Unisanta fez 23s26 contra 23s62 de Cielo.

Após bater na trave nas eliminatórias, pela manhã, o nadador Leonardo de Deus conquistou a vaga no Mundial de Barcelona na tarde desta quinta-feira ao faturar o índice nos 200 metros borboleta com a medalha de ouro no Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro.

Leonardo obteve as duas conquistas ao completar a prova com o tempo de 1min56s85, abaixo do índice de 1min57s03. "Eu nadei forte pela manhã e fiquei um pouquinho perto. Esperava fazer esse índice para treinar mais tranquilo para Barcelona", disse o nadador, que fez 1min57s87 na eliminatória, pela manhã.

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Na versão feminina da prova, Joanna Maranhão levou o ouro com facilidade, mas não conseguiu o índice. Ela registrou 2min10s27, acima dos 2min09s38 exigidos para a classificação.

Nos 100 metros peito, João Gomes Júnior surpreendeu ao superar Felipe Lima, dono do melhor tempo da eliminatória, e faturar o ouro. Os dois nadadores voltaram a nadar abaixo do índice, assegurando a vaga no Mundial de Barcelona, em julho. Gomes Júnior nadou para 1min00s21, enquanto Lima fez 1min00s23. O tempo de corte era 1min00s86. Na prova feminina, Beatriz Travalon venceu, mas não obteve o índice.

Nos 50 metros costas, Daniel Orzechowski confirmou o favoritismo ao repetir o índice e conquistar a medalha de ouro. Ele fez o tempo de 24s70, abaixo dos 24s81 requisitados para o Mundial. O nadador catarinense já havia alcançado a marca na eliminatória. Entre as mulheres, Etiene Medeiros ficou muito perto da classificação. Ela completou a distância em 27s88, acima do índice de 27s84.

As eliminatórias do quarto dia de disputas do Troféu Maria Lenk, no Rio, nesta quinta, garantiram a classificação de mais três brasileiros para o Mundial de Barcelona, em julho. Duas das vagas vieram nos 100m peito masculino, com Felipe Lima e João Gomes Júnior. Nos 50m costas, Daniel Orzechowski fez o segundo melhor tempo do mundo no ano, além do índice.

Uma das provas mais fortes da natação brasileira, o 100m peito masculino teve apenas dois atletas com índice (outros quatro tinham reais condições de nadar abaixo dos 1min00s86 necessários). Felipe Lima, do Minas, foi o mais rápido, com 1min0042, enquanto João Gomes, do Pinheiros, veio na sequência, com 1min00s60.

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A maior decepção foi Felipe França (Pinheiros), que fez o nono melhor tempo e não conseguiu avançar à final A - ele ainda pode tentar o índice na final B. Raphael Oliveira (Pinheiros), Henrique Barbosa (Flamengo) e Tales Cerdeira (Unisanta) são outros tentam ir ao Mundial. Mas eles terão que superar, pelo menos, o tempo que João Gomes fez nesta manhã.

A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) fez de tudo para limitar a ida de brasileiros ao Mundial nas provas curtas de estilo, colocando como índice o equivalente ao quarto melhor tempo de 2012 no ranking mundial. Mesmo assim Daniel Orzechowski vai a Barcelona nos 50m costas. Nesta manhã, o atleta do Pinheiros nadou as eliminatórias em 24s68, 13 centésimos abaixo do índice. O tempo o coloca como segundo do ranking mundial.

Guilherme Guido, seu colega de Pinheiros, é outro que pleiteia nadar os 50m costas no Mundial. As eliminatórias, foi o segundo mais rápido: 24s87. Na prova feminina, Etiene Medeiros (Sesi) bateu o recorde do Maria Lenk, com 27s95, mas ficou a 11 centésimos do índice. O tempo é o 33.º do mundo em 2013. Como vai ao Mundial nos 100m costas, pode também ser inscrita para a prova curta.

Nas demais disputas da manhã não houve índice para o Mundial de Barcelona. Nos 200m borboleta, o melhor foi Kaio Márcio Almeida (Cabo Branco-PB), com 1min57s33, ficando a 0s30 do índice. Leonardo de Deus (Corinthians) foi o segundo. Os dois são favoritos a conseguir se classificar para o Mundial na final, à tarde.

Na mesma prova feminina, Joanna Maranhão liderou as eliminatórias, nadando mais de 3s acima do índice. Por fim, a série fraca dos 800m masculino viu o argentino Martin Naidich voltar a surpreender. Depois de bater o recorde sul-americano dos 1.500m, ele fez também a melhor marca da história do continente nos 800m, com 7min57s60.

A manhã foi boa para os jovens que tentam índice para Mundial Júnior de Dubai. Felipe Monni, Pedro Cardona, Andreas Mickosz e Gabriel Freitas (100m peito), Giovanna Diamante, Mariana Souza e Gabriela Mello(200m borboleta) e Matheus Isidro (200m borboleta) nadaram abaixo do índice. As vagas (duas por prova) serão decididas nas finais.

Thiago Pereira confirmou presença no Mundial de Barcelona, em julho, ao faturar a vitória nos 400 metros medley e nadar abaixo do índice no Troféu Maria Lenk, na tarde desta quarta-feira. O brasileiro, que faturou a medalha de prata na prova nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado.

Pereira foi o único a obter a classificação durante a disputa no Rio de Janeiro, ao marcar o tempo de 4min15s87. O bom resultado compensa a frustração por não ter obtido a vaga na prova dos 100 metros borboleta, na terça.

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Na versão feminina dos 400 metros medley, Joanna Maranhão venceu com tranquilidade, mas nadou acima do tempo registrado pela manhã, com o qual fez o índice. Nesta tarde, completou a distância em 4min44s96, acima dos 4min43s70 das eliminatórias.

Cesar Cielo confirmou o favoritismo nesta quarta-feira e conquistou a vaga no Mundial de Barcelona e a medalha de ouro nos 50 metros livre no Troféu Maria Lenk. O principal nadador do Brasil terá a companhia surpreendente de Marcelo Chierighini, que desbancou Bruno Fratus na prova mais rápida da natação e se garantiu na competição internacional.

Sem respirar, Cielo bateu na frente com o tempo de 21s57, mais baixo que os 21s58 que registrou nas eliminatórias, pela manhã. Com este resultado, ficou mais perto do melhor tempo do ano, estabelecido pelo atual campeão olímpico Florent Manaudou, da França, com a marca de 21s55, também registrada neste mês.

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"A prova foi muita boa, consegui baixar um pouquinho. Estou muito contente por ganhar de novo, mesmo voltando de cirurgia", declarou Cielo, em entrevista à Sportv. "Agradeço aos patrocinadores, que acreditaram em mim. Deu tudo certo. Fico feliz por estar conseguindo superar as expectativas".

Cielo se surpreendeu com o bom resultado por causa da cirurgia a qual se submeteu em outubro. Ele precisou operar os dois joelhos para corrigir uma inflamação atrás do tendão patelar. "Ainda não estou 100%. A ondulação ainda não está certa, está um pouco dura. Vou acertar estas coisas agora para o Mundial", avaliou o nadador, que vai buscar o tricampeonato nos 50m livre no Mundial de Barcelona, em julho.

A medalha de prata e a vaga restante na prova ficou com Marcelo Chierighini. Ao marcar o tempo de 21s88, ele superou Fratus (21s92) e melhorou seu desempenho em relação às eliminatórias (22s33). "Estou muito satisfeito com este tempo. É muito bom quebrar a barreira dos 22 segundos. Fazer 21 é muito especial para os velocistas. A sensação é muito boa", comemorou Chierighini.

A final serviu de desempate para a definição das vagas nos 50m livre. Nas eliminatórias, pela manhã, Alan Vitória (22s21) e Nicholas Santos (22s33) também haviam obtido índice para o Mundial. No entanto, acabaram sendo superados por Cielo e Chierighini na prova disputada nesta tarde.

Na prova feminina, Graciele Hermann confirmou o bom momento e faturou a vitória. Além de levar a medalha de ouro, ela melhorou seu tempo, baixando de 25s32 para 25s10. Graciele, que já havia conquistado o índice nas eliminatórias, ganhou a companhia de Alessandra Marchioro, que garantiu a classificação com 25s17.

O Troféu Maria Lenk começou na última segunda-feira, mas Cesar Cielo fez sua estreia apenas na manhã desta quarta. E, ao cair na piscina pela primeira vez, o astro da natação brasileira já mostrou porque está entre os melhores do mundo. Mesmo estando ainda em fase de preparação na temporada, ele cravou o segundo melhor tempo do planeta nos 50 metros livre neste ano, conseguindo o índice para o Mundial de Barcelona.

Durante as eliminatórias dos 50 metros livre, cinco nadadores fizeram o índice para o Mundial, que acontecerá em julho, na Espanha, ao superarem o tempo de 22s33 que era exigido. Cielo foi o mais rápido deles, com a marca de 21s58, seguido por Bruno Fratus (21s98), Alan Vitória (22s21), Marcelo Chierighini (22s33) e Nicholas Santos (22s33). Mas apenas dois nadadores por país poderão disputar a prova no campeonato em Barcelona.

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Assim, a definição dos dois classificados do Brasil para os 50 metros livre ficou para a final da prova no Troféu Maria Lenk, que acontecerá na tarde desta quarta-feira, no Rio. Cielo volta para a piscina para buscar o título do campeonato e ratificar sua vaga no Mundial. "O tempo foi bom. Até porque a temperatura está agradável, não está frio. Se continuar assim, tenho tudo para fazer melhor", contou o astro.

Até então, Cielo tinha apenas o 17º melhor tempo dos 50 metros livre no ano, com os 23s20 que fez em março nos Estados Unidos. Agora, porém, ele aparece em segundo lugar no ranking mundial da temporada, atrás apenas do francês Florent Manaudou, atual campeão olímpico, que cravou 21s55 em abril. E, como está voltando de cirurgia, o brasileiro ficou satisfeito com o resultado que conseguiu na manhã desta quarta-feira.

"Os meus maiores adversários eram os meus joelhos. Eu não sabia como iam reagir", contou Cielo, que passou em outubro por cirurgia nos dois joelhos, para corrigir uma inflamação atrás do tendão patelar. Dono de duas medalhas olímpicas nos 50 metros livre (ouro em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012), ele disse ter se inspirado no tenista espanhol Rafael Nadal e no ex-atacante Ronaldo para se recuperar do problema.

Além de Cielo e Bruno Fratus, que ficaram provisoriamente com as duas vagas brasileiras dos 50 metros livre, outros dois nadadores conseguiram índice para o Mundial de Barcelona durante as eliminatórias desta quarta-feira. Graciele Hermann fez 25s32 na versão feminina dos 50 metros livre, superando os 25s34 exigidos, e Joanna Maranhão cravou 4min43s70 nos 400 metros medley (abaixo da marca estabelecida de 4min44s53).

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