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Os donos dos melhores resultados brasileiros na natação dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 são também aqueles que agora sofrem na pele as consequências do fracasso coletivo. Bruno Fratus, Thiago Pereira, Felipe França e Leonardo de Deus estão entre os nadadores que não tiveram contratos renovados pelos seus clubes na virada do ano. Desses, só Léo de Deus achou uma nova casa, a Unisanta, porque aceitou um corte salarial. Os demais convivem com o fantasma do desemprego.

A conjuntura econômica e o fracasso da natação brasileira no Rio-2016 fizeram o orçamento das três grandes equipes do País ser reduzido para o próximo ciclo olímpico. Com o cobertor mais curto, Pinheiros, Minas Tênis e Corinthians baixaram o teto salarial, atingindo os mais bem remunerados. Cesar Cielo, Thiago Pereira, Felipe Lima (todos do Minas), Leonardo de Deus, Thiago Simon, Felipe França (do Corinthians), Bruno Fratus, Henrique Rodrigues, João de Lucca e Joanna Maranhão (do Pinheiros) estão entre os que não tiveram contratos renovados.

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Joanna, Leonardo e Thiago Simon acertaram com a Unisanta, única equipe que ampliou investimentos no novo ciclo - também a única que ganhou medalha no Rio, com Poliana Okimoto, na maratona aquática. Henrique Rodrigues topou ganhar menos no Sesi-SP, que manteve Etiene Medeiros. Os demais estão desempregados e com mercado reduzidíssimo.

O Corinthians, por exemplo, pagava até R$ 20 mil a um nadador de ponta. Hoje, tem orçamento total na casa de R$ 25 mil por mês. Em nota, Oldano Carvalho, diretor de Esportes Aquáticos do clube, disse apenas que o Corinthians está "se reposicionando" e que não pretende deixar de formar atletas.

No Pinheiros, os cortes atingiram até Bruno Fratus, prata no Mundial de Kazan, na Rússia, em 2015. Ele reclama por não ter sido nem chamado para conversar. "Achei esquisito depois de 10 anos de clube e inúmeras conquistas, uma história toda dentro do clube, ser apenas avisado que não renovariam o meu contrato. Depois de 10 anos dando o sangue pelo clube, ser descartado deixa um gosto amargo", lamentou o nadador, sexto nos 50 metros livre no Rio.

Ele treina nos Estados Unidos e costuma voltar ao Brasil só para competir pelo Pinheiros. O clube não tem mais interesse neste tipo de relação. "Optamos por não renovar com alguns atletas, por vários motivos, sendo o principal deles o de concentrar os maiores investimentos no grupo que está treinando na sede do clube, em São Paulo e ajudando na formação das novas gerações", explicou Alberto Silva, o Albertinho, supervisor técnico do Pinheiros.

Por causa desta nova diretriz, João de Lucca também não teve seu contrato renovado, assim como Joanna Maranhão, agora casada com o judoca Luciano Corrêa, do Minas. Ela fechou com a Unisanta, mas treinará em Belo Horizonte.

A diretriz é a mesma no Minas Tênis Clube, pelo que explica Hélio Lipiani, novo diretor de natação. "O atleta tem que estar treinando com a gente. Não queremos mais atleta que venha para nadar na competição e ir embora", disse. Apesar de Thiago Pereira ter voltado ao Brasil de mala e cuia depois de longo período morando e treinando nos Estados Unidos, o medalhista olímpico sequer foi procurado para renovar contrato. Até Cesar Cielo, que ainda não decidiu se para ou se continua na natação de competição, foi embora sem que o Minas lamentasse.

O cenário para nomes como Thiago, Fratus, França e Felipe Lima é incerto. "Tenho tentado diálogo com alguns clubes, mas o cenário não está animador", admitiu Fratus.

Thiago Pereira está fora da primeira seletiva da natação brasileira para o Mundial de Esportes Aquáticos do ano que vem, em Budapeste, na Hungria. Não só ele, mas o Minas Tênis Clube como um todo não se inscreveu no Campeonato Brasileiro Sênior/Torneio Open, que começa na próxima quarta-feira (23) em Palhoça, em Santa Catarina.

A reportagem da Agência Estado apurou que Thiago de qualquer forma não planejava participar da competição, uma vez que está nos Estados Unidos. Depois da Olimpíada, ele esteve no Troféu José Finkel, em Santos (SP), mas só para vencer os 100m medley.

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O Minas Tênis Clube, que ele defende, não vai levar equipe para o torneio. Os mineiros não fizeram planejamento para participar da competição, que só há poucas semanas foi aceita como seletiva para o Mundial, e preferiram não mudar o que tinha programado.

Inicialmente, o clube havia informado que nenhum de seus atletas estariam na competição, mas a lista de inscritos, disponível no site da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), mostra sete atletas minastenistas, entre eles o olímpico Henrique Martins e a promessa Carolina Bilich.

A ausência em peso do clube mineiro deve ser sentida no Open, uma vez que, no ano passado, o Minas só teve menos inscritos que Corinthians e Pinheiros. Ficam fora da competição olímpicos como Ítalo Manzine, Daiene Dias, Nicolas Oliveira, Kaio Márcio, Marcos Macêdo e Miguel Valente, além de Felipe Lima, que ganhou duas dezenas de medalhas em etapas de Copa do Mundo neste segundo semestre.

Quem também fica fora é Cesar Cielo, que tem contrato com o Minas até o fim do ano, mas já havia anunciado que não sabe se continua na natação competitiva. O campeão olímpico de 2008 não tem previsão de retornar.

O Open terá congresso técnico na terça-feira e começa às 9h de quarta-feira. Como de costume, pela manhã é disputado o Campeonato Brasileiro Sênior. Os oito melhores tempos, entre adultos e atletas de categoria de base, podem disputar o Open, à tarde.

O Brasil vai levar apenas um velocista para o Mundial de Natação em Piscina Curta, que será realizado em Windsor, no Canadá, de 6 a 11 de dezembro. Nicholas Santos fez índice nos 50m borboleta e também pode ser inscrito nos 50m livre. Nomes como Bruno Fratus, Matheus Santana e Marcelo Chierighini, que estiveram no Rio-2016, não conseguiram vaga na equipe a partir dos critérios da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Já Thiago Pereira deveria estar na convocação, após fazer bom índice técnico ao vencer os 100m medley no Troféu José Finkel, em setembro, em Santos (SP), mas não aparece na lista. Nicolas Nilo Oliveira, segundo colocado aquela prova, é outra ausência entre os que tinham assegurado a vaga.

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A CBDA cobrou índices fortíssimos para Windsor. O parâmetro foi o quinto lugar das provas individuais do último Mundial em Piscina Curta, realizado em Doha, no Catar, em dezembro de 2014. Nos 50m livre, por exemplo, foi exigida marca equivalente ao sétimo tempo do ranking de dois anos atrás. E só havia um torneio para obter os índices, o José Finkel.

Naquela competição, só cinco nadadores alcançaram as marcas mínimas exigidas: Thiago Simon (200m peito), Felipe França (100m e 200m peito), Felipe Lima (100m peito), Nicholas Santos (50m borboleta) e Etiene Medeiros (50m costas e 50m livre).

A entidade, entretanto, tinha 16 vagas na equipe, completada com os melhores índices técnicos do Finkel. A partir deles, foram convocados Leonardo de Deus (200m borboleta), Lucas Kanieski (1.500m livre), Brandonn Almeida (1.500m livre), Kaio Márcio Almeida (200m borboleta), Guilherme Guido (100m costas), Henrique Rodrigues (200m medley) e Fernando Scheffer (200m livre) no masculino. A principal novidade é exatamente Scheffer, de apenas 18 anos, revelação do Grêmio Náutico União.

Diego Cândido, João Luiz Gomes Jr e Pedro Cardona tinham marcas para serem chamados para os 100m peito, mas foram mais lentos que França e Lima. A situação é a mesma de Guilherme Costa nos 1.500m livre.

No feminino, foram chamadas Manuella Lyrio (200m livre), Viviane Jungblut (400m livre), Larissa Oliveira (100m livre) e Daiene Marçal (100m borboleta), apenas. Ao menos por enquanto, não houve desistências.

Atual campeão mundial dos 100m livre e dono de 10 medalhas nos Mundiais de Piscina Curta, Cesar Cielo é a ausência mais sentida na equipe. O astro está afastado das piscinas desde que falhou em se classificar para o Rio-2016, não participou da seletiva e sequer sabe se volta à natação competitiva.

O último encontro entre Thiago Pereira, Michael Phelps e Ryan Lochte numa Olimpíada acabou sem medalha para o brasileiro, mais uma vez. Nesta quinta-feira, na prova dos 200 metros medley, Pereira ficou na sétima posição, com o tempo de 1min58s02, para decepção dos torcedores.

Phelps, que já avisou que não estará nos Jogos de 2020, em Tóquio, conquistou o tetracampeonato da mesma prova individual, com o tempo de 1min54s66. O japonês Kosuke Hagino faturou a medalha de prata, com 1min56s61, e o chinês Shun Wang ficou com o bronze, com 1min57s05. Ryan Lochte foi apenas o quinto colocado, com 1min57s47.

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Desde os Jogos de Atenas-2004, eles se encontram nos 200m medley. Na Grécia, o trio esteve na final, mas Thiago ficou apenas na quinta posição e viu o ouro de Phelps e a prata de Lochte. Quatro anos depois, em Pequim-2008, o brasileiro foi quarto colocado e viu mais um ouro de Phelps, com direito a recorde mundial, e o bronze de Lochte.

Já nos Jogos de Londres-2012, eles continuavam juntos nas raias da prova final. E por pouco Thiago não beliscou uma medalha de bronze. Ficou mais uma vez em quarto lugar, atrás de Phelps (ouro), Lochte (prata) e do húngaro Laszlo Cseh (bronze). A decepção só não foi tão grande porque Thiago, naquela edição da Olimpíada, conquistou a medalha de prata nos 400m medley.

Aos 30 anos, o atleta nascido em Volta Redonda (RJ) optou por nadar apenas uma prova individual na Olimpíada, pois sabia que se optasse por competir em muitas baterias não estaria com fôlego. Como as finais são disputadas à noite no Rio, após às 22 horas, a ideia foi se preparar e apostar todas suas fichas nos 200m medley.

Thiago nadou as eliminatórias e fez o quinto melhor tempo com a marca de 1min58s63. Na noite de quarta-feira, foi ainda melhor nas semifinais e fez 1min57s11, avançando na terceira posição geral, atrás apenas de Phelps e Lochte. Ele sabia que tinha chance de pódio, mas precisava ter cuidado com o japonês Kosuke Hagino, quarto colocado nas semifinais.

Como de costume, Thiago começou forte a prova, no estilo borboleta, e virou na primeira posição. Depois, no nado costas, passou em segundo empatado com Phelps. A cada virada a torcida se levantava e gritava mais alto, transmitindo energia para o nadador da casa. No peito, ele subia a cabeça e todos empurravam. Virou em segundo e foi para o tudo ou nada no livre. No final, ficou com a sétima posição.

Com o terceiro melhor tempo, o nadador brasileiro Thiago Pereira se classificou hoje (10) para a final da prova dos 200 metros medley no masculino. Thiago ficou atrás do multicampeão olímpico Michael Phelps e do também norte-americano Ryan Lochte.

O brasileiro alcançou a vaga na segunda semifinal, em que também ficou em terceiro lugar, com o tempo de 1:57.11, atrás de Phelps e Lochte.

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A prova final dos 200 metros medley no masculino será disputada na noite desta quinta-feira (11). O Brasil ainda não conquistou nenhuma medalha nas piscinas olímpicas da Rio 2016. 

O brasileiro Thiago Pereira fechou com vitória a sua participação no Pro Swim de Santa Clara, nos Estados Unidos. Na noite deste domingo, ele venceu a disputa dos 200 metros medley com o tempo de 1min57s77, com uma vantagem de quase cinco segundos para o medalhista de prata.

Quem mais se aproximou de Thiago Pereira foi Max Williamson, com 2min02s38, mas, claro bem distante do tempo do brasileiro, o terceiro melhor do mundo em 2016, aumentando as esperanças de conquistar uma medalha nos Jogos do Rio.

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Além do ouro de Thiago Pereira, os nadadores do Brasil conseguiram mais duas medalhas neste domingo em Santa Clara. Gabriel Santos foi o terceiro nos 100m livre, com 49s44, em prova vencida por James Magnussen, com 48s99 - Nathan Adrian, o melhor das eliminatórias, com 48s17, não participou da final.

Já Miguel Valente foi o terceiro nos 1.500m livre, com 15min24s43 - Ryan Cochrane levou o ouro com 15min09s57. Leo de Deus, por sua vez, foi o quarto colocado nos 200m costas, com 2min01s19.

Nos dias anteriores, o Brasil faturou três medalhas em Santa Clara. Kaio Márcio foi ouro nos 200m borboleta, Leo de Deus levou a prata na mesma prova e Tales Cerdeira garantiu o bronze nos 100m peito.

INDIANÁPOLIS - A natação do Brasil subiu duas vezes ao pódio neste domingo em Indianápolis. Marcelo Chierighini foi o segundo colocado na disputa dos 100 metros livre, com o tempo de 49s27, seguido do compatriota João de Lucca, com 49s62. Só o canadense Santo Condorelli nadou abaixo dos 49s, fazendo a marca de 48s34 para faturar o ouro.

Com isso, o Brasil encerrou a sua participação em Indianápolis com quatro medalhas. As outras foram obtidas na disputa dos 50m livre, com Chierighini levando a prata e Bruno Fratus ficando com o bronze.

PHELPS DESISTE - O astro Michael Phelps optou por não participar na noite deste domingo da final da prova dos 200 metros medley do Longhorn Elite Invitational, em Austin, após ficar em quinto lugar nas eliminatórias dos 200m medley, com a marca de 2min05s89.

O dono de 18 medalhas de ouro olímpicas fechou a disputa em Austin com uma vitória nos 100m livre, o segundo lugar nos 100m borboleta e a quarta posição nos 200m livre.

A noite de sexta-feira foi bastante movimentada para os fãs da natação nos Estados Unidos. Três eventos importantes aconteceram no país, com destaque para a etapa de Santa Clara do Arena Pro Swin, que contou com diversos brasileiros nas piscinas. O único a subir ao pódio, no entanto, foi Tales Cerdeira, terceiro colocado na prova dos 100m peito.

Depois de conseguir índice olímpico nos 200m peito, o nadador confirmou a boa fase neste estilo para ficar com a medalha de bronze nos Estados Unidos com o tempo de 1min01s59. Ele ficou somente um pouco atrás do norte-americano Josh Prenot, que cravou 1min01s11 e foi o campeão.

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Atrás de Tales, na quinta colocação, apareceu outro brasileiro, Thiago Pereira, que cravou 1min02s02 e obteve sua melhor marca pessoal. Vale lembrar, no entanto, que nenhum dos dois disputará esta prova na Olimpíada.

Ainda em Santa Clara, Marcos Macedo ficou na quinta colocação dos 100m borboleta, prova que disputará no Rio, com o tempo de 53s43. Kaio Márcio foi o sétimo, com 53s63, enquanto Leonardo de Deus veio um pouco atrás, em 11.º, com 54s15. A medalha de ouro ficou com o norte-americano Seth Stubblefield.

Encerrando a participação da equipe brasileira em Santa Clara, Brandonn Almeida foi desclassificado na prova dos 400m medley, vencida pelo norte-americano Mitchel Larkin, que anotou 4min23s34.

INDIANÁPOLIS - Na etapa de Indianápolis, apenas um brasileiro entrou na piscina na sexta-feira. Classificado para os Jogos Olímpicos nos 200m livre, João de Lucca disputou esta prova e ficou apenas com o quinto lugar na final B, com o tempo de 1min50s81. Jay Litherland fez 1min48s41 e foi o campeão.

AUSTIN - Em Austin, no Texas, Michael Phelps entrou em ação na sexta-feira e não se mostrou em seus melhores dias. O norte-americano recordista de medalhas de ouro em Jogos Olímpicos venceu os 100m livre com o tempo de 49s49, mas foi apenas o segundo colocado nos 100m borboleta, atrás de Joseph Schooling, que ficou com o ouro.

Quem também decepcionou nas águas texanas foi a norte-americana Missy Franklin. Dona de quatro medalhas de ouro em Londres, nos Jogos de 2012, ela não passou da segunda colocação dos 100m livre. A nadadora anotou 54s56 e ficou atrás de Allison Schmitt, que venceu com 54s30.

Thiago Pereira começou bem a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. Na noite dessa sexta-feira (27), o brasileiro venceu os 200 metros medley no Grand Challenge Irvine, evento regional disputado em Irvine, na Califórnia. O torneio não reúne os principais nadadores norte-americanos, mas conta com nomes como Jessica Hardy e Vladmir Morozov.

Depois de ser o mais rápido pela manhã, nas eliminatórias, Thiago melhorou na final para vencer com o tempo de 2min00s24. De qualquer forma, ainda ficou distante da marca feita no Troféu Maria Lenk: 1min57s91. O brasileiro volta a cair na piscina neste sábado para os 100m borboleta. Na Olimpíada, ele estará só nos 200m medley.

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Mesmo assim, se inscreveu para cinco provas na etapa de Santa Clara do circuito Pro Series, no fim de semana que vem, entre 3 e 5 de junho. Thiago vai nadar os 100m peito, 100m costas, 200m borboleta, 200m livre e 200m medley. Nesta semana, ele encerrou, com parte da seleção brasileira, um camping de treinamentos em altitude em Flagstaff, no Arizona.

Dos 30 nadadores convocados oficialmente para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, dez aceitaram o programa de treinos proposto pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e ficarão 20 dias treinando em altitude, em Flagstaff, no Arizona (EUA).

Localizada a mais de 2 mil metros de altitude, a Flagstaff tem um centro de treinamento para receber atletas em busca dessa preparação específica. Em fevereiro, parte da equipe do Sesi-SP foi para lá. A seleção também já passou por lá em outras oportunidades, como em 2014.

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Entre os atletas que irão para Flagstaff na próxima segunda-feira estão Thiago Pereira, Guilherme Guido, Joanna Maranhão e João Gomes Júnior. O time terá ainda Tales Cerdeira, Henrique Rodrigues, Larissa Oliveira, Kaio Márcio Almeida, Marcos Macedo e Manuella Lyrio. Eles só retornam ao Brasil em 29 de maio.

O grupo será treinado por Mirco Cevales, que deverá ser um dos técnicos da seleção na Olimpíada. Atualmente no Pinheiros, ele vem trabalhando com João Gomes Junior (segundo do ranking mundial dos 100m peito) e Larissa Oliveira (recordista sul-americana dos 100m livre e dos 200m livre).

A manhã do quinto e penúltimo dia de disputas do Troféu Maria Lenk, evento-teste de natação do Estádio Aquático Olímpico, foi a mais fraca até aqui na competição. Em quatro provas nesta terça-feira, ninguém fez índice para os Jogos Olímpicos do Rio. Até nos 100 metros livre feminino, que prometia disputa acirrada, a briga pela classificação ficou para a tarde.

Larissa Oliveira chegou perto do índice. Venceu com 54s53, a 0s10 do necessário. Etiene Medeiros, que já havia estabelecido o índice na primeira seletiva olímpica da natação brasileira, o Torneio Open/Brasileiro Sênior, em dezembro, desta vez ficou acima do exigido, com 54s67. Daynara de Paula fez o terceiro tempo (55s02) e Manuella Lyrio o quarto (55s30).

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Na final, à tarde, as velocistas brasileiras brigam não só pelo índice, mas também para entrar na equipe do revezamento 4x100m livre. Por enquanto, o melhor tempo é de Etiene, que fez 54s26 no fim do ano passado. Larissa, Daynara e Manuella vêm na sequência com as marcas desta manhã. Ambas estarão no Rio-2016 por outras provas.

Nos 200m costas masculino, Leonardo de Deus, que já tem índice, se poupou nas eliminatórias. Guilherme Guido, já classificado nos 100m costas, tentou a tomada de tempo e foi o mais rápido da manhã, com 1min59s92, mas distante da marca mínima necessária, que é 1min58s22.

Thiago Pereira e Henrique Rodrigues, que costumam nadar pelo menos na casa de 1min57 nos 200m medley, "pegaram leve" nas eliminatórias do Maria Lenk. Henrique fez o primeiro tempo (2min02s13) e Thiago o terceiro (2min03s46). Em segundo ficou Gabriel Ogawa (2min02s88), que dificilmente ameaça os índices feitos por Thiago e Henrique em dezembro.

Já nos 200m peito, nenhuma novidade. Na prova mais fraca da natação brasileira, o índice fica abaixo do recorde nacional, mas não foi alcançado. Pamela Alencar fez o melhor resultado da manhã entre as brasileiras, com 2min32s56, e ficou a mais de 5 segundos do necessário. Lorena Barreira e Thamy Ventorin são as outras brasileiras numa final que contará com cinco estrangeiras - duas argentinas, uma eslovaca, uma chinesa e uma japonesa.

Depois de fazer o índice olímpico em três provas, Etiene Medeiros conseguiu se garantir no Rio-2016 na sua especialidade, o nado costas. Atual vice-campeã mundial nos 50m, a pernambucana se qualificou para competir nos 100m costas nos Jogos Olímpicos ao ser a mais rápida das eliminatórias do Troféu Maria Lenk, na manhã deste sábado, no Estádio Aquático Olímpico, no Rio. Thiago Pereira iniciou a competição com apenas o 18.º tempo dos 200m livre.

Etiene cravou 1min00s00 na seletiva, nadando abaixo do índice exigido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que é 1min00s25. Em teoria, a nadadora do Sesi-SP ainda não está assegurada na Olimpíada porque existe a possibilidade de outras duas brasileiras serem mais rápidas que ela na final da prova. Mas, na prática, isso é praticamente impossível de acontecer. A segunda brasileira mais rápida das eliminatórias foi Natália de Luccas, do Corinthians, com 1min02s64.

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Na primeira seletiva da natação brasileira, o Torneio Open, em dezembro, em Palhoça (SC), Etiene fez índice para os 50m e para os 100m livre. Na sexta-feira, na abertura do Maria Lenk, se qualificou para nadar também os 100m borboleta. Mas ela se retirou da final e acabou superada por Daynara de Paula, sua colega de clube, que vai nadar os 100m borboleta no Rio junto com Daiene Dias.

Nos 100m costas masculino, neste sábado, Guilherme Guido ratificou o índice com 53s10, assumindo o quinto lugar do ranking mundial e ficando a apenas um centésimo do recorde sul-americano, que ele estipulou no Open, em dezembro. Daniel Orzechowski, que ao longo do ano passado demonstrou condições de bater o índice, foi só o 10.º, com 55s56, e terá que nadar a final B. Os dois representam o Pinheiros.

THIAGO COMEÇA MAL - Thiago Pereira não brilhou na sua primeira prova no Maria Lenk. Em busca de uma vaga no revezamento 4x200m livre, ele fez apenas o 18.º tempo: 1min50s92. Ele teria a oportunidade de nadar novamente à tarde, na final B, mas vai abrir mão dessa opção.

Nicolas Nilo, também do Minas Tênis Clube, foi o mais rápido das eliminatórias, com 1min46s97, baixando ainda mais a marca que obtivera no Open: 1min47s09. Assumiu o 13.º lugar do ranking mundial. João de Lucca, do Pinheiros, também ratificou o índice, com 1min47s77, melhorando em quatro décimos seu tempo.

André Pereira (1min49s36) e o garoto Felipe Ribeiro (1min49s39) fizeram respectivamente o terceiro e o quarto melhores tempos da manhã. Por enquanto, entretanto, as demais vagas no revezamento são de Luiz Altamir Melo e Leonardo de Deus, pelos resultados do Open - 1min48s34 e 1min49s03, respectivamente.

OUTRAS PROVAS - Nos 100m peito, Jhennifer Conceição conseguiu caçar a liminar do Flamengo e caiu na piscina defendendo as cores do Pinheiros - acusado pelo Fla de aliciar a atleta. Em meio à disputa entre os dois gigantes da natação brasileira, ela completou a prova em 1min09s08 e ficou distante do índice olímpico, que é 1min07s85.

Mas Jhennifer segue como melhor brasileira da prova, o que garantiria a ela a convocação para o Rio-2016 para nadar o revezamento 4x100m medley. Aí, ela poderia ser inscrita também nos 100m peito, uma vez que tem o chamado "índice B" da Federação Internacional de Natação (Fina).

Por fim, nos 400m livre, Manuella Lyrio foi a mais rápida entre as brasileiras, com o tempo de 4min16s89, muito distante do melhor resultado dela e do índice olímpico, ambos na casa de 4min09s. A atleta do Minas Tênis Clube se poupou para buscar a qualificação na final.

Um ídolo do esporte olímpico brasileiro é um dos garotos propaganda da candidatura de Los Angeles para receber os Jogos de 2024, daqui a oito anos. Na terça-feira (16) à noite, a cidade norte-americana apresentou sua campanha para sediar a Olimpíada e contou com o apoio de Thiago Pereira, que mora e treina no segundo município mais populoso dos EUA.

""Eu apoio os Jogos de Los Angeles 2024. Escolhi não apenas porque moro aqui, mas por acreditar na cidade. Competi nos quatro cantos do mundo e posso dizer que L.A. (Los Angeles) é diferente", disse Thiago Pereira, representante dos atletas no evento de lançamento da campanha.

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O curioso é que o brasileiro, de 30 anos, indicou que se vê competindo em Los Angeles, quando terá 38. "Poucos atletas tiveram a chance de competir uma Olimpíada em casa. Eu terei essa oportunidade em agosto no Rio de Janeiro. Mas, se Los Angeles for eleita, eu terei essa chance novamente, já que aqui é minha segunda cidade", afirmou.

Além de Thiago, estiveram presente no evento Casey Wasserman, presidente do comitê organizador, Eric Garcetti, prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, e Lisa Baird, representante do Comitê Olímpico dos EUA. O órgão fez uma prévia interna para escolher Los Angeles como candidata americana. Boston venceu, mas desistiu da campanha, abrindo espaço para a cidade californiana.

No lançamento da campanha, Los Angeles apresentou a logomarca e o slogan da candidatura. A logo já é considerada a mais bonita dentre as candidatas, e tem um anjo de corpo bastante atlético indo de encontro à luz do sol, o que gera uma interessante coloração. O slogan é: "Siga o sol", numa referência ao fato de Los Angeles ser um famoso destino de praia e sol.

A cidade já foi sede dos Jogos Olímpicos em duas oportunidades: em 1932 e 1984, e tem como um dos argumentos para vencer o fato de já contar com boa parte da estrutura necessária para receber a Olimpíada. Mas os americanos têm rivais de peso: Roma (sede em 1960) e Paris (em 1900 e 1924), além da azarã Budapeste, capital da Hungria. A escolha será em setembro de 2017. Hamburgo também queria se candidatar, mas a população rejeitou a ideia em votação.

Na última prova do último dia de competição da natação, Thiago Pereira atingiu a meta que traçou para Toronto e se tornou o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos com 23 - uma a mais do que o ex-ginasta cubano Erick López. O ouro no revezamento 4x100 medley, (pouco antes havia sido prata nos 200 m medley, atrás de Henrique Rodrigues) coroou uma trajetória que começou no Pan de 2003 em Santo Domingo. "O recorde não é só meu, é de todo o Brasil", disse o nadador, que ganhou duas medalhas de ouro em Toronto, ambas sem nadar a final, apenas as burocráticas eliminatórias.

Por não ter nadado a final do revezamento 4x100m medley (ajudou a equipe a se classificar pela manhã, razão pela qual teve direito à medalha), ele não subiu no pódio. Mas a organização do Pan o homenageou colocando-o sozinho no degrau mais alto e informando ao público que aquele era o recordista de medalhas do evento. Depois que pendurou o ouro no pescoço, ele foi cercado por toda a equipe brasileira - que apareceu para celebrar sua conquista. "Foi muito especial para mim ter recebido a medalha cercado por meus companheiros. Como já falei, o recorde não é só meu."

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Para atingir o seu objetivo, Thiago Pereira abriu mão de nadar duas provas para as quais estava inscrito para poder descansar mais. E ainda teve de superar o baque da desclassificação nos 400m medley, que havia vencido - resultado que o deixaria naquele momento com 22 medalhas, ao lado de Erick López.

"Eu tinha de voltar para dentro de mim, não podia deixar que aquilo me abalasse. E também não tem muito o que choramingar, aconteceu, vamos levantar a cabeça e vamos para a próxima. O dia passou e não tinha mais o que eu pudesse fazer. Aproveitei para descansar e vim para hoje (sábado) com tudo."

Segundo ele, o apoio da equipe e dos torcedores foi fundamental para reanimá-lo. "Recebi muitas mensagens, e agradeço de coração a todos. Os recordes e as medalhas passam, mas o carinho que recebi depois da desclassificação vou guardar para sempre."

Thiago falou das 23 medalhas que conquistou, destacando a importância de cada uma. "A primeira, em 2003, quando eu tinha 17 anos, foi o começo de tudo. Os Jogos no Rio foram um momento único para mim, e as oito que ganhei em Guadalajara acenderam a esperança de que eu pudesse me tornar o recordista aqui em Toronto."

Aos 29 anos, Thiago evita projetar uma nova participação nos Jogos Pan-Americanos. Ele está com foco no Mundial de Kazan (Rússia), daqui a duas semanas, e na Olimpíada do Rio, o próximo ano. Mas não descarta buscar novas marcas no Pan de Lima, em 2019, quando poderá aumentar a vantagem na liderança do ranking de medalhas. "Enquanto estiver me sentindo feliz fazendo isso não tenho motivo para querer parar."

Em Kazan, ele espera nadar melhor do que nadou em Toronto. "Neste Pan não consegui nadar tão rápido como eu queria em algumas provas, mas no Mundial pretendo melhorar."

Thiago Pereira já igualou o ginasta cubano Erick Lopez em número de medalhas em Jogos Pan-Americanos (22), mas não é mais o melhor do continente nos 200m medley. Campeão no Rio (2007) e em Guadalajara (2011) na sua prova preferida, o "Mister Pan" ficou com a prata em Toronto. Foi superado pelo também brasileiro Henrique Rodrigues.

Os dois mostraram um nível altíssimo no Centro Aquático de Toronto. Com 1min57s06, Henrique assumiu o terceiro lugar do ranking mundial - deixou para trás a lenda norte-americana Ryan Lochte. Thiago, com 1min57s42, agora é o quinto melhor da temporada. Eles também ficam atrás dos japoneses Kosuke Hagino e Dalya Seto.

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Thiago Pereira ainda nada mais uma prova em Toronto: o revezamento 4x100m medley, logo mais, para alcançar sua 23.ª medalhas pan-americana. Mas o brasileiro vai embora do Canadá sem ganhar medalha de ouro em provas individuais. Ele chegou na frente nos 400m medley, mas acabou desclassificado por uma virada irregular. A vitória ficou com outro brasileiro, Brandonn Pierry.

Nos 200m peito, Thiago Pereira foi superado pelo também brasileiro Thiago Simon, que faturou o ouro. O Mister Pan ficou com o bronze. Ele abriu mão de nadar os 100m borboleta e os 100m costas para se poupar visando as provas de medley.

MULHERES - Nos 200m medley, Joanna Maranhão não conseguiu repetir o bronze conquistado em Guadalajara. Afinal, encontrou uma prova fortíssima, vencida pela norte-americana Caitlin Leverenz, com 2min10s51, quinto melhor tempo do mundo. Também as demais medalhistas - a americana Meghan Small e a canadense Sydney Pickrem - fizeram marcas que as colocam entre as sete melhores da temporada.

A brasileira completou a prova em 2min12s39, equivalente ao 23.º lugar do ranking mundial, melhor marca dela desde a proibição dos trajes tecnológicos, em 2009. Já Gabi Roncatto, de apenas 16 anos, fez sua primeira final em Jogos Pan-Americanos. Completou a prova em 2min17s02, melhor marca pessoal.

Outra novata, Carolina Bilich, de 20 anos, participou da série forte dos 800 metros livre e terminou apenas no sétimo lugar, com 8min47s94. Considerando também os resultados da série fraca, pela manhã (nas quais competiram as atletas com piores tempos de balizamento), a melhor brasileira foi a jovem Bruna Primatti. Em sua primeira atuação em Jogos Pan-Americanos, a menina de 18 anos foi sétima colocada: 8min40s75. Carol terminou no décimo lugar geral.

Thiago Pereira poderá comemorar na arquibancada do Centro Aquático de Toronto a sua 19ª medalha em Jogos Pan-Americanos, o que o fará se igualar a Gustavo Borges como o recordista brasileiro. Afinal, ele ajudou a classificar o Brasil para a final do revezamento 4x100m livre, mas não vai nadar a final, uma vez que não está entre os mais rápidos do País.

Em uma eliminatória que tinha apenas sete equipes, o Brasil precisava apenas não errar para não ser eliminado. Por isso, poupou Matheus Santana e Marcelo Chierighini, que mais cedo nadaram as eliminatórias dos 100 metros livre (e se classificaram). Thiago entrou na equipe e, com Nicolas Oliveira, Bruno Fratus e João de Lucca, classificou o Brasil à final, com o melhor tempo, ainda que não tenha feito uma prova forte.

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Mesmo ser nadar a final, Thiago Pereira receberá medalha se a equipe brasileira do revezamento subir ao pódio, pois ele disputou as eliminatórias e consequentemente teve participação direta para um possível ouro, prata ou bronze nesta prova.

No revezamento 4x100m livre feminino, as norte-americanas pensaram diferente. Deram o máximo para baterem o recorde do campeonato: 3min37s28, baixando em mais de três segundos a marca do time dos Estados Unidos que ganhou o ouro em Guadalajara. O Brasil fez o básico e avançou com o terceiro tempo.

A manhã da delegação brasileira no primeiro dia da natação, aliás, foi absolutamente dentro do previsto. Sem surpresas, nem positivas, nem negativas. Dos oito brasileiros que nadaram eliminatórias de provas individuais, sete avançaram para as finais.

A única que não obteve sucesso foi Manuella Lyrio, nos 200m borboleta. Ela não é especialista na prova (foi terceira colocada no Maria Lenk), mas foi inscrita para tentar surpreender e, principalmente, quebrar o gelo. Acabou com o 10.º tempo, a 1s34 da final.

Os demais brasileiros fizeram o necessário para chegar à final, sem forçar para não se desgastarem. Joanna Maranhão fez o sexto tempo nos 200 metros borboleta, enquanto na prova masculina Leonardo de Deus avançou em segundo, com Kaio Márcio em sexto. Os dois brasileiros são os dois últimos campeões.

Nos 100m livre, Matheus Santana quase ficou fora da final. O garoto não fez boa eliminatória, marcou 49s52, e acabou exatamente em oitavo. Marcelo Chierighini foi um dos únicos três a quebrar a barreira dos 48s, com 48s92. A surpresa é que os dois norte-americanos estão fora da final, entre eles Cullen Jones, prata nos 50m livre nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e bicampeão olímpico em revezamentos.

A outra estrela da delegação norte-americana fez bonito. Dona de 12 medalhas olímpicas, Natalie Coughlin bateu o recorde dos campeonato nos 100m livre, com 53s85. Larissa Martins passou em quinto, com Graciele Herrmann em oitavo.

As finais da natação em Toronto começam às 20h05 pelo horário de Brasília. A disputa do revezamento 4x100m livre masculino, na qual Thiago pode bater o recorde, está prevista para 21h31.

Em Toronto, Thiago Pereira disputará pela quarta vez os Jogos Pan-Americanos. Dono de 18 medalhas (12 ouros, 3 pratas e 3 bronzes) na competição, ele está a um pódio de ultrapassar o ex-nadador Gustavo Borges e se tornar o maior medalhista brasileiro. Mas a meta vai além disso e ele tem a ambição de ser o maior vencedor de todos os tempos. Para isso, será preciso desbancar o recorde de 22 medalhas do ex-ginasta cubano Eric Lopez Ríos.

O prestígio não termina dentro da piscina. O brasileiro será o porta-bandeira da delegação na cerimônia de abertura nesta sexta-feira e estará no centro das atenções desde o primeiro dia oficial da competição. Inscrito para oito provas em cinco dias, Thiago Pereira ainda não confirma presença em todas e diz que a decisão final será tomada em conjunto com a comissão técnica da natação brasileira. De qualquer forma, o objetivo é ganhar muitas medalhas de ouro.

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Ele quer fazer valer o apelido de "Mister Pan" e não medirá esforços para realizar o seu sonho. "Para alcançar a minha meta pan-americana é preciso muita dedicação e esforço. Nadar todos os dias em uma competição como essa exige não só preparo físico, mas estratégias definidas e preparo psicológico", explicou. E acredita que está no caminho certo. "No dia a dia, nos treinos, tenho me preparado bem. Vou chegar no Pan bem confiante na conquista dos meus objetivos".

Com o calendário apertado, alguns nadadores descartaram o Pan de Toronto para focar apenas no Mundial de Esportes Aquáticos, que será disputado em Kazan, na Rússia, entre 24 de julho e 4 de agosto. É o caso de Cesar Cielo, que pretende revalidar seus títulos mundiais. Mas Thiago Pereira tenta conciliar as duas principais competições do ano e garante que vai manter a concentração em cada uma no momento certo. "Minha estratégia é nadar bem o Pan, que é meu principal foco este ano, e depois pensar no Mundial. Durante o Pan meu foco será a competição, sem segundo ou terceiro plano. Depois que bater na parede na minha última prova em Toronto, meu foco passará a ser fazer um bom papel em Kazan".

ESTRATÉGIA - O nadador faz um planejamento estratégico para diminuir o desgaste de disputar duas importantes competições consecutivas em busca dos resultados que estabeleceu como meta para essa temporada.

"Depois de Toronto, é preciso virar a chavinha para Kazan e tentar segurar o polimento e minimizar qualquer impacto das provas do Pan. Serão duas batalhas e tanto contra os melhores do mundo".

No Pan, a equipe norte-americana não terá o astro Michael Phelps, dono de 22 medalhas olímpicas. Para o brasileiro, "o maior campeão olímpico de todos os tempos faz falta em qualquer competição".

Apresentado como atleta do Minas Tênis Clube-MG em abril, Thiago Pereira treina nos Estados Unidos. No exterior, ele perde visibilidade a pouco mais de um ano dos Jogos Olímpicos do Rio, mas foi a alternativa encontrada após o fim da parceria com Alberto Pinto, o Albertinho, no ano passado.

Prata nos 400 metros medley na Olimpíada de Londres, em 2012, Thiago aposta no trabalho dos renomados técnicos Dave Salo e Jon Urbanchek para conseguir um novo pódio olímpico - quem sabe com um ouro inédito.

"Os treinos nos Estados Unidos são bastante motivadores. Todos os dias trabalho ao lado de um campeão olímpico e medalhista mundial. Meus treinadores também são referência na modalidade. Ambos são exigentes e dão treinos muito fortes".

Urbanchek está no hall da fama internacional da natação e já treinou dezenas de atletas olímpicos; ele também levou Gustavo Borges ao auge da sua carreira e colocou o brasileiro entre os melhores do mundo na década de 90. Respaldo, Thiago Pereira já tem de sobra. Agora a missão é transformar o esforço em resultados.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) confirmou nesta segunda-feira que Thiago Pereira será o porta-bandeira da equipe do País na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, marcada para a próxima sexta-feira, após receber e aceitar o convite de Carlos Arthur Nuzman.

Thiago Pereira já teve a honra de carregar a bandeira do Brasil em um Pan, o de 2007, realizado no Rio, na cerimônia de encerramento, depois de se consagrar nas piscinas ao faturar oito medalhas, sendo seis de ouro, uma de prata e uma de bronze.

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Esses feitos levaram Thiago Pereira a receber o apelido de "Mister Pan". Afinal, ele é o atleta brasileiro com mais ouros conquistados na história do Pan - 12 -, além de estar a apenas uma medalha de igualar as 19 do ex-nadador Gustavo Borges como competidor que mais vezes foi ao pódio pelo País no evento poliesportivo.

A marca deve até ser superada por Thiago Pereira, que está inscrito para oito provas no Pan. A primeira com participação do brasileiro será a dos 200 metros peito, com eliminatórias marcadas para 15 de julho. O nadador deve desembarcar em Toronto na próxima quinta-feira.

O Brasil está em seis finais do GP de Santa Clara, última etapa do circuito norte-americano agora chamado de Pro Swim. Etiene Medeiros, nos 50m costas, Felipe Lima, nos 100m peito, e Thiago Pereira, nos 400m medley, vão brigar por medalhas à noite, na Califórnia. Kaio Márcio, Henrique Martins e Daynara de Paula fazem final nos 100m borboleta.

As eliminatórias não tiveram grandes marcas. Líder do ranking mundial nos 50m costas, Etiene foi a segunda mais rápida da manhã, com 28s28, a quase um segundo da sua melhor marca. Na final, a brasileira vai enfrentar grandes nomes da natação mundial: Missy Franklin e Natalie Coughlin.

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A piscina onde acontece o GP de Santa Clara tem nove raias e só por isso Thiago Pereira avançou à final dos 400m medley, com o nono tempo, 4min26s19, muito acima do que está acostumado. Ele estava inscrito para nadar também os 100m borboleta, mas não participou da prova.

A final dela terá dois brasileiros: Henrique Martins (terceiro tempo, 52s72) e Kaio Márcio (53s30). A marca é a melhor do ano para Kaio, enquanto Henrique fez 52s53 no Maria Lenk. Representante do Brasil nos 100m no Mundial de Kazan (Rússia) em agosto, Arthur Mendes Filho foi só o nono nas eliminatórias em Santa Clara, com 53s71, e vai nadar a final B à noite junto com Vinicius Lanza (54s09) e Glauber Silva (53s97).

Nos 100m peito, Felipe Lima passou à final com o segundo melhor tempo, 1min01s19. Daynara de Paula também passou em segundo nos 100m borboleta, com 59s59. João de Lucca (1min50s82) e Nicolas Oliveira (1min50s70) fazem final B nos 200m livre. Jessica Cavalheiro e Maria Paula Heitmann fazem final B nos 200m, enquanto Bruna Primati está na final D.

Os brasileiros que estão em Santa Clara foram enviados para a competição pelos seus clubes (Minas e Sesi, especialmente), ou são radicados nos EUA, como Arthur Mendes, que nada pela Universidade de Auburn. A seleção norte-americana está quase inteira, exceção a Ryan Lochte. Michael Phelps faz final nos 200m livre à noite.

A natação brasileira conquistou mais quatro medalhas no último dia do Arena Pro Swim - o antigo Grand Prix - de Charlotte, nos Estados Unidos. Neste domingo, o País triunfou no revezamento 4x100 metros medley masculino e na disputa dos 50 metros peito. Além disso, assegurou dois bronzes, com João de Lucca, nos 100 metros livre, e Thiago Pereira, nos 200 metros medley.

Felipe Lima garantiu o ouro nos 50 metros peito com a marca de 27s72, pior do que os 27s31 do Troféu Maria Lenk, em abril, e que o deixou em sétimo lugar no ranking mundial de 2015. Cody Miller levou a prata com 27s95 e Brendon McHugh faturou o bronze com 28s01.

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Em uma prova com pouca competitividade, o quarteto brasileiro formado por Guilherme Guido, Felipe Lima, Arthur Mendes e Cesar Cielo venceu a disputa do 4x100 metros medley em 3min38s62. As equipes da Carolina do Norte (3min42s44) e de Ontario (3min49s52) também foram ao pódio.

Na disputa dos 200 metros medley, Thiago Pereira conquistou o bronze com a marca de 1min59s51. A prova foi vencida por Ryan Lochte, com 1min57s20, o que lhe deixou à frente do segundo colocado, Josh Prenot, com 1min58s98. Já o astro Michael Phelps venceu a final B em 2min00s25.

Na disputa dos 100 metros livre, João de Lucca assegurou a medalha de bronze ao marcar 49s21, ficando atrás do norte-americano Nathan Adrian, vencedor com o tempo de 48s85, e do italiano Marco Orsi, o segundo colocado, com 49s34. Já Marcelo Chierighini foi o quinto, com 49s38.

Cielo havia sido o sétimo colocado nas eliminatórias (49s82), mas optou por não participar da final. Já Matheus Santana foi o sexto na final B, duas posições atrás de Phelps. Por sua vez, Guilherme Guido foi apenas o 21º colocado nas eliminatórias dos 200 metros costas.

Principal destaque da competição em Charlotte, a húngara Katinka Hosszu venceu neste domingo as disputas dos 200 metros medley e dos 200 metros peito. Assim, terminou o evento com seis medalhas de ouro.

Já o Brasil encerrou a sua participação com oito medalhas, pois havia faturado outras quatro nos outros dias. Cielo venceu a disputa dos 50 metros borboleta e levou a medalha de prata nos 50 metros livre, Felipe Lima ficou com o bronze nos 100 metros peito, e o time do revezamento 4x100 metros livre conquistou a prata.

Os dois maiores nomes da natação brasileira e os dois melhores do mundo na atualidade vão brigar pela mesma medalha de ouro, nesta quinta-feira, na etapa de Charlotte (EUA) do Pro Swim, o antigo Grand Prix. Cesar Cielo, Thiago Pereira, Michael Phelps e Ryan Lochte estão entre os 133 inscritos nos 100 metros borboleta, que tem eliminatórias pela manhã e final à noite, pelo horário local.

A competição será a segunda de Michael Phelps desde a volta do maior campeão olímpico de todos os tempos após cumprir suspensão. O norte-americano se aposentou ao fim dos Jogos de Londres, retornou às piscinas no ano passado, participou de duas competições e teve que se afastar. Este ano, competiu só no Pro Swim de Mesa.

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Cielo vai nadar os 100 metros borboleta só para aquecer para a final do revezamento 4x100 metros livre, que será à noite, com Marcelo Chierighini, João de Lucca, Matheus Santana e Cielo. "É só para 'sentir' a piscina e ter ritmo de competição para nadar o revezamento." Já Thiago Pereira tem focado na prova e tem o nono melhor tempo entre os inscritos.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) não informou sobre a participação da seleção em Charlotte, mas a lista de inscritos mostra que o Brasil vai com força máxima. Nos 50m livre, por exemplo, estão inscritos Cielo, Chierighini, Bruno Fratus, João de Lucca e até Felipe Lima. Guilherme Guido completa a equipe.

CIELO - De quinta até domingo, Cielo compete em quatro provas individuais: nos 50m livre, 50m borboleta, 100m livre e 100m borboleta, além do revezamento. "Vou tentar nadar minhas provas individuais o melhor possível. Estou imaginando obter tempos próximos aos que fiz no (Troféu) Maria Lenk. Como eu não estava 100% lá, imagino que não vou nadar muito acima agora também. Vamos ver se nado os 50 livre para 21s50, no sábado."

Sobre o revezamento, Cielo prefere não criar expectativas para o tempo que a equipe brasileira pode fazer. "Será bacana nadarmos juntos para cada um conhecer bem o jeito que o outro nada. Isso será importante na hora das trocas. No Minas (Tênis Clube), sei a braçada de cada um e a velocidade que chega, informações que uso para colocar no giro do braço em cima da baliza. A gente precisa ter esse conforto, meio natural, de saber como fazer, na hora certa."

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