Nesta segunda-feira (31) se comemorou o Dia do Mágico, responsável por lembrar os profissionais que, por meio da arte do ilusionismo, são capazes de oferecer entretenimento e surpreender o público que os acompanha. Instituída em 1934 pelo Papa Pio XI (1857-1939), a data é uma homenagem à morte do mágico João Bosco (1815-1888), considerado um grande mágico da igreja católica. Bosco foi canonizado e hoje é tido como o padroeiro dos mágicos.
Com um misto de talento e prática, os mágicos conseguem enganar a visão humana e realizar truques que parecem impossíveis. Ao assistir um show de mágica, as pessoas se perguntam como um ser humano é capaz de conseguir realizar tamanha façanha, o que leva a uma das frases mais conhecidas dos profissionais “um mágico não revela os seus segredos”, uma vez que o segredo é o principal encanto do espetáculo.
##RECOMENDA##O mágico Felipe Barbieri conta que iniciou na carreira em 2004, período em que programas de auditórios apresentados por Gugu Liberato (1959-2019), Fausto Silva, Jô Soares e Gilberto Barros, dedicavam quadros inteiros à arte do ilusionismo. “Eu ficava fascinado na frente da TV assistindo e isso com certeza me inspirou a seguir a profissão”, lembra.
Outro que também carrega um grande carinho pela técnica do ilusionismo, é o mágico Fernando Lazzaro, que após ver um kit do Mister M que seu amigo de prédio havia ganhado, se apaixonou pela arte. “Mas o que mais me motivou foi que eu sempre gostei de aparecer, se me der um palco e um microfone, eu não saio nunca mais”, recorda.
Os desafios da profissão no Brasil
Devido a uma ausência cultural no país, Barbieri destaca que os shows de mágica no Brasil ainda não possuem tanta força, quando comparado a outros espetáculos, como o stand-up comedy. “Por aqui, a maioria dos profissionais ficam restritos às festas infantis por conta da alta demanda e, poucos conseguem avançar e se especializar em shows adultos ou corporativos”, afirma.
Barbieri lembra que no caso de shows solos com vendas de ingressos, são poucos os espetáculos que existem no Brasil, mas que os profissionais lutam para mudar este cenário e oferecer à população diversificadas opções de espetáculos de mágicas. “O interesse no assunto tem aumentado muito e os profissionais precisam estar atentos para aproveitar essa oportunidade”, aponta.
Para Lazzaro, o maior desafio é adquirir material de estudo. “Embora a internet seja uma grande aliada, a maioria dos materiais bons são em inglês e comprados em dólar. O que faz necessário conhecer a língua e poder gastar um pouco”, ressalta.
Segundo Lazzaro, outro fator que também se torna um obstáculo, é que para atingir a perfeição dos truques, será necessário muito tempo e dedicação. “Então precisamos treinar muito em frente ao espelho e saber que em 90% das vezes, não somos apenas mágicos, mas também roteiristas, diretores, marketeiros, vendedores e técnicos de som”, descreve.
O caminho para se tornar um mágico
Aos que desejam seguir com a profissão de mágico, Barbieri salienta que seu canal no YouTube, pode ser um excelente ponto de partida. “São centenas de vídeos, aulas, tutoriais e apresentações para aprender e se inspirar, com dicas, sugestões e indicações. Tenho dois cursos sobre o assunto e uma loja virtual totalmente dedicada a acessórios, livros, DVD’s e baralhos para mágica”, recomenda.
Para acompanhar o trabalho de Barbieri, acesse: https://www.youtube.com/c/FelipeBarbieri
Lazzaro salienta que o mercado brasileiro é extenso e existe espaço para qualquer pessoa que queira e esteja disposta a começar. “Para iniciar no ilusionismo, não basta saber mágica, tem que ser mágico. Faz parte da profissão o jeito de entreter, conquistar o público e até de se vestir”, explica.
O mágico recomenda a plataforma https://magicaonline.com.br/ , que segundo a definição dele, seria a Netflix do mundo da mágica. “Você tem acesso a conteúdos profissionais e de baixo custo. Além disso, me coloco à disposição para ajudar quem queira através das minhas redes sociais”, finaliza Lazzaro.
Acompanhe o trabalho de Lazzaro por meio do Instagram @artistamagico