A violência entre jovens está cada vez mais elevada nos estádios de futebol aqui de Pernambuco, esporte tão apreciado e que atrai uma média de público muito grande. Porém, independente de qual seja o time, na maioria das vezes, o que era para ser motivo de alegria termina em confusões. O final do jogo do Sport Clube do Recife, na noite desta quinta-feira (19), foi um exemplo disso. A partida terminou 0x0 na Ilha do Retiro, no bairro da Madalena, Recife, e foi contagiada por brigas contracenadas por torcedores nas proximidades do estádio.
Enquanto o time enfrentava o América em campo, jovens se reuniram em grupos, começaram uma confusão e atiraram pedras, uns nos outros. O tumulto aumentava conforme mais pessoas deixavam o estádio. “Todo final de jogo é isso, os amiguinhos se encontram para brincar” ironiza o Policial Militar, que se identificou apenas como Marcelo, enquanto realizava a organização de trânsito. O policial ainda completa: “O nome disso é cultura. Se você aprende a respeitar o outro, não faz isso”.
“Quem quer levar pedrada na cabeça? Ninguém tem cabeça de ferro não”, conta o menor G. L. de 16 anos, “Deus me livre ir embora sozinho, fico aqui esperando os meninos saírem. Estou com mais cinco colegas e, se vierem pra cima da gente, retribuiremos, mas se eu estiver só, preparo as canelas pra correr”, contou o morador oriundo de Coqueiral, município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
De acordo com o policial militar Marcelo, em relação aos outros jogos, o índice de crime e violência desta partida foi um dos menores. Não foi registrado nenhum índice de prisão no local.