De um lado, a escola campeã do carnaval de 2015. Do outro, a vencedora de três edições seguidas da festa no Sambódromo do Anhembi. As líderes em títulos Vai-Vai e Mocidade Alegre vão travar uma batalha por mais um troféu. Após fazer uma homenagem à cantora Elis Regina, que lhe rendeu o 15º título no ano passado, a Vai-Vai levará o charme e a beleza da França para a avenida. A viagem começará com a Torre Eiffel. Moda, gastronomia e a aviação estarão entre as influências do país que serão apresentadas no desfile. "No aspecto visual, estamos muito melhores. O enredo exige mais isso. O ano passado foi de muita emoção. Esse ano vai ser mais transpiração", diz Thobias da Vai-Vai, vice-presidente e presidente de honra da agremiação.
Champanhe, pão, perfume e o famoso cabaré Moulin Rouge serão representados pelos integrantes da escola nas alas. A obra O Pequeno Príncipe, do escritor Antoine de Saint-Exupéry, será apresentada pela ala das crianças da saracura. "Vai ser um carnaval luxuoso. A confecção das fantasias foi de alto nível e as pessoas podem ficar atentas às alas coreografadas. O público vai viajar para a França com a Vai-Vai." O encerramento promete uma homenagem às vítimas dos ataques terroristas em novembro de 2015.
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Já a Mocidade Alegre, dona de dez títulos, vai contar a lenda de Ayo, o orixá do som e da música, para celebrar os cem anos do samba. A aposta da agremiação é para a abertura do desfile feita pela comissão de frente, composta por 15 integrantes, que vai mostrar Xangô libertando Ayo com um oxé, tipo de machado de duas lâminas.
O carnavalesco Sidnei França promete um desfile intenso. "Os carros alegóricos estão bastante fiéis à proposta do tema, bem coloridos. É um enredo que deu possibilidade para muita coisa bacana, já que fala da história do samba através de uma energia ancestral, um orixá africano chamado Ayo. Pela carga lúdica, fantasiosa e mitológica do enredo, a escola consegui desenvolver um carnaval bastante vigoroso."
Ele diz ainda que as alegorias e fantasias vão apresentar o tema de forma clara, permitindo a interação com a arquibancada. "Eu zelo bastante para que a estética da escola tenha uma leitura fácil para que as pessoas possam se envolver. O público entende e acaba entrando na viagem da escola", afirma.
Disputa
Mas a disputa pelo título não tem só favoritas. A noite começa com a Unidos do Peruche, que volta ao Grupo Especial após ser a campeã do Grupo de Acesso em 2015. O centenário do samba será o foco do desfile, e a comissão de frente foi inspirada por uma canção de Noel Rosa.
O desconhecido foi terreno fértil para a construção do enredo da Império de Casa Verde, que vai explorar os grandes mistérios da humanidade. A existência da cidade de Atlântida, de vida em outros planetas, as técnicas de construção das pirâmides do Egito e a morte estão entre os questionamentos que serão feitos na avenida.
A Acadêmicos do Tucuruvi vai cantar a fé desde os rituais indígenas até as principais comemorações religiosas do País, como as celebrações para o Padre Cícero, Nossa Senhora Aparecida e os santos das festas juninas. O Natal encerra o desfile.
Desde 2012 na elite do samba, a Dragões da Real quer surpreender o público do Anhembi com um enredo sobre o ato de presentear. Lembrancinhas de viagem, oferendas e presentes que inúteis vão fazer parte do desfile. A X-9 Paulistana encerra o desfile levando o açaí para a avenida. Além falar sobre o fruto, vai mostrar os lugares mais importantes do Pará.
Abertura dos portões
A partir das 19 horas.
Acesso
A São Paulo Transporte (SPTrans) terá duas linhas de ônibus que vão fazer o trajeto entre as estações de Metrô e os Terminais Rodoviários do Tietê e da Barra Funda até o Anhembi. A passagem custará: R$ 3,80. Os táxis vão parar perto da Ponte da Casa Verde com a Avenida Brás Leme. A SPTrans aconselha o uso de transporte público, mas há estacionamento no Pavilhão de Exposições.
O que não levar
São vetados bebidas alcoólicas, substâncias tóxicas, fogos de artifício, papel em rolo, balões, armas de fogo e branca, copo de vidro, caixas térmicas e guarda-chuva com ponta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.