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A presidente Dilma Rousseff anunciou aos senadores, durante reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (4) que o governo vai incluir a instalação de elevadores nos lançamentos da terceira etapa do programa "Minha Casa, Minha Vida", em locais onde o terreno for muito caro, para viabilizar a construção de mais unidades. "Será uma espécie de Minha Casa, Minha Vida vertical", disse o líder do PDT no Senado, senador Acir Gurgacz (RO) ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, após participar da reunião.

Gurgacz comentou que a presidente informou que serão construídas mais três milhões de casas na nova etapa do programa e que o governo considerou importante bancar a compra dos elevadores. O governo federal não será, no entanto, responsável pela manutenção dos elevadores, que ficará a cargo dos moradores. "Nos grandes centros, os terrenos são muito caros e a ideia do governo é verticalizar as construções para oferecer um número maior de moradia à população", comentou o senador.

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Em abril do ano passado, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sugeriu ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, uma mudança no perfil de empreendimentos da capital paulista incluídos no "Minha Casa, Minha Vida". Pela pouca disponibilidade de novos terrenos, Haddad sugeriu que fossem construídos pelo governo federal prédios mais altos. Em contrapartida, disse à época, a prefeitura bancaria a manutenção dos elevadores por cinco anos. Na conversa, Mercadante se comprometeu a fazer uma discussão técnica com o Ministério das Cidades e submetê-la ao aval de Dilma, que agora sinalizou ter aprovado a proposta.

Na reunião de hoje, a presidente Dilma reiterou que o governo vai anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3, que estava previsto para o final do ano passado e acabou adiado.

Está chegando o momento de fazer mais uma prova de vestibular. Neste domingo (07) e segunda-feira (08), serão aplicadas as provas da Universidade de Pernambuco (UPE). Para auxiliar os vestibulandos para mais um desafio, o Aprendendo na Rua traz a disciplina de geografia, com o educador Germano Sobral.

O professor falará sobre temas recorrentes em várias provas de vestibular de todo País. Entre os assuntos abordados estão: urbanização e verticalização. Assista ao vídeo a seguir:

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A proposta do novo Plano Diretor Estratégico (PDE), entregue ontem pelo prefeito Fernando Haddad (PT) à Câmara Municipal, torna mais barato o adensamento (a verticalização) e blinda as Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), expandindo-as pelos extremos da cidade. Com isso, em relação à primeira minuta apresentada, ele cede tanto à pressão dos movimentos sociais de moradia quanto ao mercado imobiliário. A proposta será debatida e votada até o início de 2014.

O projeto muda o cálculo da chamada outorga onerosa, taxa cobrada para que empreendimentos privados construam mais do que é permitido pela Lei de Zoneamento em cada área. "O preço da outorga foi recalibrado, porque estava em um patamar que poderia encarecer os imóveis da cidade", disse o prefeito. Pelos cálculos da administração, a taxa inicialmente pensada não compensaria aos empreendedores, porque sairia mais barato comprar um novo terreno do que ter mais área construída.

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"Vamos adensar os eixos de mobilidade, onde tem transporte público, mas os miolos dos bairros serão ‘desadensados’", afirma Haddad. A ideia é que locais próximos de metrô, trem e corredores de ônibus possam ter prédios mais altos. Entre os bairros onde será possível construir mais estão Moema, Morumbi, Vila Mariana, Lapa, Tatuapé, Mooca, Freguesia do Ó, Liberdade e até o eixo da Avenida Paulista.O plano continua prevendo a regra que taxa com outorga onerosa empreendimentos em que haja mais de uma vaga na garagem, com o objetivo de desestimular os automóveis.

Um pedido dos movimentos sociais foi a retirada do mecanismo que previa que empreendimentos privados pudessem comprar terrenos demarcados para habitações de baixa renda, desde que oferecessem outros no mesmo distrito. "O que vai ser possível agora, e essa foi outra sugestão do movimento, é que áreas que não sejam contíguas podem ser aprovadas como um empreendimento só", diz Haddad. Segundo ele, isso facilita que construções sociais consigam financiamento por programas federais, como o Minha Casa Minha Vida.

A Prefeitura aumentou em 20% as Zeis. Entre as áreas que passaram a figurar nessas zonas estão bairros como Parelheiros e Brasilândia e arredores hoje degradados d a Avenida do Estado. A gestão Haddad garante que não mexeu nas zonas exclusivamente residenciais, como algumas áreas dos Jardins e do Brooklin. Essa era uma demanda de várias associações de moradores de bairros.

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) fez críticas à proposta. "Você criou um adensamento das vias de passagem, de mobilidade, como se os corredores estivessem vazios", afirmou. "No fundo, esse Plano Diretor consome a cidade. Criar empregos perto das moradias é você legalizar a cidade", afirma. Ele ressalta que deveria haver previsão para legalização fundiária do extremo sul.

Próximos passos

De acordo com o vereador Nabil Bonduki (PT), caberá agora à Comissão de Política Urbana realizar audiências públicas em várias subprefeituras e reuniões técnicas para debater os capítulos do PDE. "Se for possível aprovar neste ano, seria muito bom. Agora, não deverá ser aprovado sem o amplo consenso entre vereadores", diz. O desafio, segundo ele, é que o plano não seja "só uma retórica", crítica frequente ao PDE aprovado em 2002.

No mesmo dia, a Câmara Municipal aprovou em primeira votação pacote fiscal que incentiva empresas na zona leste. Adensar a região e levar empregos é uma das principais promessas de Haddad, e integra o Arco do Futuro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O debate sobre a verticalização de São Paulo costuma acirrar ânimos. Defensores dizem que uma cidade compacta, com alta densidade de residências, escritórios e serviços em uma área com infraestrutura suficiente, aumenta a qualidade de vida. Do outro lado, há quem diga que essa proposta só aumenta os problemas urbanos já existentes.

O designer urbano Thaddeus Pawloski, que trabalha no Departamento de Planejamento da Cidade de Nova York e foi um dos palestrantes de segunda-feira do evento Arq.Futuro, acredita que São Paulo poderia ser uma cidade melhor se desse mais atenção ao primeiro grupo.

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"Áreas no centro da cidade, onde há bastante emprego e pouca gente morando, poderiam ser muito mais verticalizadas do que são. Grandes prédios aproximam pessoas do seu trabalho e aumentam o fluxo de pedestres nas ruas, o que incentiva o comércio e diminui a sensação de insegurança", afirmou Pawloski.

O designer urbano disse que ficou surpreso ao saber que, na capital paulista, o limite de área útil que um prédio poder ter é apenas quatro vezes o tamanho do terreno. "No Empire State Building, em Nova York, esse coeficiente é de 30 vezes. Em áreas próximas de grandes estações de transporte, isso poderia ser a regra", contou. Pawloski defendeu medidas que deem prioridade ao pedestre e criem boas sensações ao se caminhar pela cidade. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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