Tópicos | Viana

O governo do Maranhão informou que os conflitos ocorridos no último domingo (30) no município de Viana (MA) resultaram em sete vítimas, e não 13, conforme informado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Segundo o governo estadual, das sete pessoas feridas no ataque de pistoleiros, cinco são índios gamela e dois, não indígenas. O governo maranhense declarou ainda que não houve indígenas com as mãos decepadas, como foi divulgado. De acordo com o governo, o que ocorreu é que "um dos gamelas teve fratura exposta nas mãos". A vítima foi operada e continua internada. Dos sete feridos, três permanecem internados.

##RECOMENDA##

O governador Flávio Dino (PCdoB) declarou que, assim que foi informado sobre a "lamentável violência ocorrida no povoado Bahias", a Polícia Militar do Maranhão "atuou imediatamente" após ter conhecimento do "conflito entre moradores da região e um grupo que reivindica reconhecimento como povo Gamela, evitando assim uma tragédia maior".

A PM permanece com local com reforço do efetivo, segundo o governo. Equipes da Polícia Civil foram ao local e a Secretaria de Estado de Segurança Pública instaurou inquérito para investigar as condições em que o conflito ocorreu. Uma equipe da Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular também foi deslocada para a área em conflito.

À reportagem, Flávio Dino disse que enviou novo ofício ao Ministério da Justiça para dar uma definição sobre as terras. "O que aconteceu ontem foi grave. Uma pessoa foi muito agredida com pauladas e teve fratura exposta. Neste momento ela não corre risco de morte", disse o governador.

A dificuldade de informações detalhadas sobre o conflito se deu por conta do encaminhamento das vítimas para hospitais diversos. Somente no fim da tarde desta segunda-feira, 1, foi possível fazer uma análise geral sobre as vítimas. "A essência do conflito está na indefinição da Funai e do Ministério da Justiça, que não definem o que é território indígena ou o que não é. O conflito fica latente e qualquer fagulha causa explosão", disse Dino.

Um grupo de índios gamelas, do município maranhense de Viana, a 214 quilômetros de São Luís (MA), foi atacado na tarde de domingo por pistoleiros ligados a invasores de terras e fazendeiros. De 13 feridos, três foram levados para um hospital da capital. O Conselho Missionário Indigenista (CIMI) informou que o gamela Aldeli Ribeiro levou dois tiros na coluna e teve as mãos decepadas. Um irmão dele, José Ribeiro, foi atingido com um projétil no peito. Inaldo Cerejo, uma liderança indígena atuante no Estado, foi baleado no rosto e nas costas. Até a tarde de ontem, o estado dos índios internados era grave.

Em nota, o CIMI destacou que dezenas de gamelas deixavam uma área reivindicada pela etnia no povoado de Bahias, interior de Viana, quando foram surpreendidos pelo bando armado. O ataque ocorreu entre 16h30 e 17 horas. Nesse momento, ainda segundo o CIMI, uma patrulha da Polícia Militar estava no local, mas não interveio. As lideranças indígenas cobram uma investigação para descobrir a autoria do atentado. Elas também exigem do governo do Estado e da Fundação Nacional do Índio (Funai) proteção para as famílias gamelas que moram em aldeias no município.

##RECOMENDA##

O governo do Maranhão disse em comunicado que as polícias Civil e Militar atuaram conjuntamente para inibir os "conflitos". "Ao chegar ao local, os policiais agiram para dissipar o confronto entre os fazendeiros e os índios gamela, que resultou na lesão de cinco pessoas (três fazendeiros e dois indígenas), todas socorridas pelos militares e encaminhadas para unidades de Saúde de Viana e Matinha", ressaltou. A nota não informa o nome dos supostos fazendeiros feridos. A Funai e o Ministério da Justiça não se pronunciaram sobre o atentado contra os gamelas.

Cerca de 700 famílias gamelas vivem numa área de apenas 530 hectares próxima ao povoado de Bahias. Há três anos, lideranças da etnia iniciaram um processo para retomar áreas ocupadas ilegalmente por fazendeiros nos anos 1980. A Polícia Civil de Viana registra pelo menos dois outros ataques aos gamelas. Em 2015, pistoleiros atiraram num acampamento montado pelos índios. No ano passado, em outro ataque, três homens com coletes à prova de balas invadiram o território dos gamelas e atiraram para intimidar.

Senadores do PT não conseguem esconder o seu desapontamento em relação à postura adotada pelo senador Jorge Viana (PT-AC) diante do pedido de afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Viana, que é o primeiro vice-presidente da Casa, assumiria o posto se o Supremo Tribunal Federal (STF) tivesse confirmado a saída do peemedebista.

Para um senador petista, Viana não precisaria ter se movimentado para garantir a queda de Renan, mas tampouco deveria ter atuado de maneira tão firme para que o peemedebista permanecesse no cargo.

##RECOMENDA##

Integrantes da bancada do PT dizem que foram pegos de surpresa com a informação de que Viana chegou a procurar a presidente do STF, Cármen Lúcia, para negociar uma saída para o caso e tentar evitar uma crise institucional.

À reportagem, o senador acreano desconversou ao ser questionado sobre o descontentamento de parte dos seus colegas do PT. "Não dá para agradar todo mundo. Pelo menos eu vou dormir tranquilo", disse.

Desde o primeiro momento em que o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, proferiu a liminar (decisão provisória) determinando o afastamento de Renan no cargo, Viana se mostrou desconfortável com a possibilidade de assumir a presidência do Senado.

Ao desembarcar em Brasília no início da noite de segunda-feira, 5, o petista foi primeiro falar com Renan na residência oficial, para somente depois se reunir com os integrantes da bancada do PT no Senado. No encontro, chegou a cogitar a possibilidade de antecipar a eleição da Mesa Diretora, marcada para fevereiro, para não ter de permanecer no comando da Casa.

Viana também resistiu à ideia do PT de usar o cargo para trancar a pauta de votação das medidas econômicas do governo do presidente Michel Temer, como a da proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos.

Publicamente, o senador sempre evitou fazer conjecturas sobre o que faria se fosse efetivado na presidência da Casa e afirmou que estava trabalhando para evitar uma guerra entre os Poderes.

Nesta quinta-feira, 8, Renan elogiou a postura de Viana e disse que o senador não era petista, mas sim uma "instituição suprapartidária".

Sanção

Apesar do descontentamento, Viana não deverá sofrer nenhum tipo de sanção oficial por parte da bancada ou da direção do PT.

Alguns senadores também tentaram minimizar o ocorrido. "Esse assunto é passado", disse a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Para Paulo Paim (PT-RS), Viana manteve o perfil conciliador que lhe é característico. "Ajudou a evitar uma crise institucional."

O único representante pernambucano na Copa do Brasil de Futebol Feminino, o Vitória venceu o Viana, do Maranhão, por 3 a 0 e garantiu uma vaga nas quartas de final da competição, na noite desta quinta-feira (20), no estádio Carneirão, em Vitória de Santo Antão. No primeiro confronto, as pernambucanas foram derrotadas por 2 a 1.

O destaque da partida foi a atacante Ronaldinha, que marcou dois gols no partida, o primeiro aos 20 minutos do primeiro tempo. Aos 30 minutos, Thamires ampliou. O terceiro gol saiu aos 41 minutos, novamente com Ronaldinha. Na próxima partida, o tricolor das tabocas irá enfrentar o Tana Luso, do Pará. O primeiro confronto entre as equipes será na próxima quarta-feira (26). 

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando