O nome da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, tem surgido nos últimos tempos como opção política para o PSB em 2018. Desta vez, o presidente da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Ettore Labanca (PSB), defendeu a participação dela na chapa majoritária da legenda pelo Governo de Pernambuco.
“Dá substância política à chapa e é aceita, consensualmente, por todos os partidos da Frente Popular”, observou Labanca ao jornalista Inaldo Sampaio, esclarecendo que a postura era pessoal e não partidária ou do governo. O argumento de Labanca, que era um dos articuladores de Eduardo, surge diante da possibilidade do PMDB abrir mão da vice-governadoria para disputar o Senado.
##RECOMENDA##O vice-governador Raul Henry (PMDB), inclusive, já admitiu a possibilidade. Ele ponderou que o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) pode querer disputar o Senado e caso isso aconteça ele deixará o vaga na majoritária e vai concorrer a Câmara dos Deputados. Em 2014, Jarbas abdicou da reeleição ao Senado para que Henry fosse o vice.
A opção pelo nome de Renata, entretanto, daria ao PSB, que comanda a Frente Popular de Pernambuco, uma chapa pura para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas e isso poderia não ser aceito pelos outros partidos da aliança.
O LeiaJá entrou em contato com a direção estadual do PSB, mas até o fechamento desta matéria não conseguiu retorno do presidente Sileno Guedes. Recentemente, Guedes chegou a descartar uma candidatura de Renata e reconheceu que ela se tornou uma espécie de “conselheira” da legenda, depois da morte de Campos, para as “definições estratégicas”.
Já o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que Renata “tem todas as credenciais”, mas “nunca quis se candidatar”. “Ela se sente muito responsável pela condução da família, o que é natural. Só ela pode, por mais incentivada que seja, decidir por uma candidatura ou não”, disse.
A última vez que apareceu entre os cotados a uma eventual candidatura foi em julho. Ela foi citada como um “nome forte do Nordeste” para reforçar uma chapa liderada pelo PSDB, que tem como opções de candidatos o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria.