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A gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu em agosto de 2022, um relatório da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) que alertava sobre a gravidade da situação causada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, e optou por não agir, revelam documentos obtidos pelo jornalismo da UOL.

Na época, o orgão encaminhou ao Ministério da Justiça um relatório detalhado sobre o garimpo que ocupava a região, incluindo fotografias, que foi elaborado para embasar uma operação de combate aos crimes. Marcelo Xavier, o então presidente da Funai, cobrou a gestão, ações ''urgentes, efetivas e assertivas'' diante a situação preocupante.

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O relatório que comprova que o governo do líder do Partido Liberal tinha conhecimento do cenário que resultou em mortes e desnutrição do povo Yanomami, foi analisado no mesmo período em que o ex-mandatário iniciou sua campanha de reeleição. As informações divulgadas pela Uol, dizem que em menos de 48 horas os documentos foram arquivados pela equipe do ex-ministro Anderson Torres.

Em maio do mesmo ano, um servidor da Funai sobrevoou parte do território indígena com o objetivo de obter informações para a operação em parceria com o Ministério da Justiça, prevista para o segundo semestre. Durante o sobrevoo, foram identificados e fotografados mais de 80 pontos relacionados a atividade ilegal.

As informações revelaram a presença de 32 garimpos que atuavam em uma extensão de aproximadamente 800 quilômetros, nos rios Uraricoera, Couto Magalhães, Auaris, Parima e Mucajaí. Além disso, foram identificadas pistas de pouso, 13 pontos de apoio e três áreas descritas como portos, utilizados pelos garimpeiros na região inspecionada. Destruições ambientais também foram registradas.



 

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