A queima de combustíveis e a consequente emissão de dióxido de carbono (CO2) tiveram um aumento de 3,2% em 2011, quando comparado aos números de 2010. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), isso significa que foram emitidas 31,6 giga toneladas – cada giga tonelada equivale a 1 bilhão de toneladas - na atmosfera.
Ainda segundo a AIE, a queima de carvão foi a principal fonte emissora do CO2 em 2011, e respondeu por 45% da poluição. Na sequência aparecem o petróleo e o gás natural, com 35% e 20%, respectivamente. A justificativa para o aumento foi a recuperação econômica mundial, principalmente dos países desenvolvidos, após a crise de 2008 e 2009.
O destaque ficou para a China. Apontada como principal responsável pela alta nas emissões globais de CO2, ela apresentou um crescimento de 9,3% em suas emissões, o que representa um aumento de 720 milhões de toneladas, justificado, principalmente, pelo maior consumo de carvão. Seguindo os chineses, estão os Estados Unidos e a União Europeia. A Índia aparece como o quarto maior país emissor, ultrapassando a Rússia, depois de um aumento de 8,7% em seu total de emissões.
Apesar de ocupar o segundo lugar no ranking da AIE, nos EUA a mudança realizada nas usinas de energia, onde a utilização do carvão foi substituída pelo gás natural, aliada a retração econômica e um inverno que não foi rigoroso, ajudaram a reduzir as emissões em 1,7%. O mesmo aconteceu na Europa, que além do inverno fraco, apresentou um crescimento lento, ajudando a cortar as emissões de CO2 em 1,9%.
É necessário saber que o dióxido de carbono é essencial à vida no planeta, visto que é um dos compostos essenciais para a realização da fotossíntese. No entanto, a liberação desse dióxido através da queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, principalmente com os desmatamentos e queimadas, resultam em alterações nos estoques naturais de carbono e tem um desempenho essencial na mudança do clima do planeta - entenda-se: aumento da temperatura, mudanças climáticas, efeito estuda e desertificação.
Ademais, o Brasil é o oitavo maior emissor mundial de gases do efeito estufa e entre as maiores causas da nossa poluição estão o desmatamento e as queimadas florestais. Já os veículos automotores e as indústrias são as principais causas da poluição nos centros urbanos mais desenvolvidos do país. Apesar disso, estamos caminhamos no processo de diminuição de gases poluentes e na criação de recursos sustentáveis para o meio ambiente, como manter a energia renovável na matriz elétrica e aumentar a utilização de biocombustíveis no transporte nacional.
Mas apenas essas ações não são suficientes, visto que também se faz necessário diminuir a taxa de desmatamento ilegal, uma grande dificuldade brasileira, e identificar os impactos ambientais decorrentes da mudança do clima. É preciso também avaliar os pacotes de estímulo econômicos adotados pelo Brasil - aumentando o consumo de carros e eletrodomésticos, melhoramos a economia interna, porém contribuímos cada vez mais com emissão de CO2 na atmosfera.