Levei minha filha ao cinema para conferir o novo blockbuster da Dreamworks, Madagascar 3. De óculos 3D no rosto, a diversão dela, e minha, começou já nos primeiros segundos de filme. A partir daí foram pouco mais de 90 minutos de muitas gargalhadas e emoções. Ao terminar, perguntei se ela gostou e a resposta, que também ouvi de crianças de todas as idades, foi: MUITO!
Na hora de escrever a coluna, lembrei daquele momento e de que foram poucos os filmes que ela pediu para ver novamente ainda no cinema e resolvi refletir sobre isso com vocês.
Bom, o filme traz basicamente a mesma história dos anteriores: a jornada do grupo de animais de volta para o zoológico de Nova Iorque. Depois de ficarem na África por um bom tempo, os bichos sentem saudades das mordomias da cidade grande e resolvem voltar a todo custo. Eles fazem a primeira parada em um belo passeio por Monte Carlo, onde aprontam a maior confusão e, para fugir da vilã, se escondem com um grupo de animais circenses numa aventura por Roma e Londres.
Entre os personagens, também não temos grandes novidades. Os protagonistas continuam sendo os mesmos Alex, Marty, Glória e Melman. A tecnologia, bem, é o primeiro 3D da franquia, mas 3D já não é novidade para ninguém, né? O filme traz, é verdade, diversos elementos da gramática cinematográfica, mas muitos o trazem. Mas Madagascar usa toda a linguagem do cinema de animação, assim como a própria história, em alguns momentos, como pano de fundo para diálogos inteligentes e divertidíssimos.
E o segredo deve estar justamente aí. O filme não trata as crianças como bobas e, ao contrário, as estimula com diálogos inteligentes, piadas metalinguísticas e uma enxurrada de referências externas. O filme foi cuidadosamente produzido para divertir e conta com cores vibrantes e variadas, humor, aventura, romance, drama, superação, e principalmente com o carisma dos personagens. Alguém consegue ficar imune ao Leão apaixonado por NY ou pela Zebra que quer novos desafios? Até mesmo a impensável relação entre a alegre hipopótamo Glória e o desajeitado e hipocondríaco Girafa Melman aproxima os pequeninos (e os grandões também, é claro) da história.
Ah, e os pinguins? Se fossem ingleses, poderiam receber a autorização 00 e se tornar grandes agentes secretos a serviço de Sua Majestade. No filme, apesar de coadjuvantes, eles roubam a cena com sua inteligência e diálogos maravilhosos, a atenção e a expectativa de crianças e adultos. E a história, mesmo sem novidades, é boa e cheia de desafios construtivos.
É imporante saber que "Madagascar 3: Os Procurados" continua no topo da bilheteria americana, já tendo faturado US$ 35,3 milhões de sexta-feira a domingo em seu segundo fim de semana. Na estreia, o filme faturou US$ 60,3 milhões. O filme custou cerca de US$ 145 milhões e já arrecadou US$ 278 milhões pelo mundo, sendo US$ 120,5 milhões em apenas dez dias no mercado americano. O primeiro faturou cerca de US$ 532 milhões e o segundo quase US$604 mil
Nos comentários, quero saber a opinião de vocês. E quem quiser uma desculpa para ir ao cinema sem mostrar que gosta de Madagascar, tem sempre um sobrinho ou primo a espera de um convite!