Eis uma questão que muitos brasileiros tem enfrentado neste ano de 2015. Desde as primeiras medidas expansionistas com vistas a minimização dos efeitos da Crise Financeira Internacional em 2008, muitos brasileiros não pensaram duas vezes e compraram carros novos.
No entanto, aquele contexto favorável, uma combinação de: Prazo alongado, redução do IPI, crescimento da renda e pleno emprego, já não são mais os mesmos. O que mudou: Crescimento do desemprego, na RMR o desemprego em abril atingiu 8%, contra 6,5% em dezembro de 2014; renda média estagnada; inflação bem acima do teto da meta 6,5%a.a., de janeiro a junho o acumulado do IPCA já atingia 8,47%; e por fim a elevação da taxa de juros para o financiamento que já eram consideradas elevadas, agora ultrapassam os 27% a.a.
Neste contexto, o consumidor tem pensando duas vezes antes de trocar de carro, preferindo passar um pouco mais de tempo com o carro atual, esperando um cenário mais favorável para então adquirir outro veículo.
Quem está rindo à toa é o setor de manutenção e peças para veículos usados, a opção por ficar mais algum tempo com o carro usado demanda cuidados adicionais de manutenção e reparos. Em conversas com empresários do setor, percebe-se uma ampliação no faturamento e admissão de pessoal no ano de 2015, ou seja, tal setor está na contramão da crise.
Um fato interessante é que a despeito da expressiva queda nas vendas de veículos, ilustrado pela queda de 20,7% no emplacamentos no primeiro semestre do ano, o preço médio dos veículos subiu 4,5% desde dezembro.
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