Aldo Vilela

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Jornalista

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Com toda crise existente no Brasil, quem mais ganha são os partidos políticos, este ano não vai faltar dinheiro

Aldo Vilela, | sex, 25/05/2018 - 11:55
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A Justiça Eleitoral aprovou nesta por unanimidade, uma resolução para regulamentar a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral público, de R$ 1,716 bilhão, para financiar campanhas nas eleições deste ano. A legenda que receberá mais dinheiro será o MDB (13,64%), que deve ficar com R$ 234,19 milhões. Em segundo lugar surge o PT (12,36%), com R$ 212,2 milhões, seguido por: PSDB (10,83%), com R$ 185,8 milhões; PP (7,63%), com R$ 130,9 milhões; e PSB (6,92%), com R$ 118,7 milhões. Partido Novo, PMB, PCO e PCB (0,57%) serão as legendas com menos recursos do Fundo Eleitoral, tendo direito a R$ 970 mil cada. Tendo como parâmetro o tamanho das bancadas no Congresso no dia 28 de agosto de 2017, o Tribunal Superior Eleitoral calculou qual a porcentagem dos recursos que caberá a cada partido. Ficou definido, entre outros, que cada partido somente receberá os recursos após a executiva nacional da legenda aprovar e divulgar amplamente os critérios para distribuição do dinheiro entre os candidatos, que podem ser alvo de contestação pela Justiça Eleitoral. Após liberados, os valores serão transferidos para uma conta do diretório nacional de cada partido, que deverá promover a distribuição entre os candidatos, conforme os critérios divulgados. Nas prestações de contas eleitorais, a Justiça Eleitoral verificará se os critérios foram obedecidos. A resolução aprovada nesta quinta prevê também que 30% dos recursos de cada partido deve ser aplicado na candidatura de mulheres, conforme confirmado na semana passada pelo próprio TSE.

Professores da Rede Municipal do Recife encerram greve

Após reunião com representantes da Prefeitura do Recife, o Sindicato dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) decidiu encerrar a greve e retomar as atividades a partir desta sexta-feira (25), depois de nove dias de paralisação. A Prefeitura do Recife aceitou a proposta da categoria e garante o pagamento do reajuste no índice do piso salarial para todos os níveis de profissionais. Desta forma, 21 categorias já fecharam acordo com a PCR. 

 

Gás Natural Veicular não faltar nos postos pernambucanos

O gás natural veicular (GNV) é distribuído através de gasodutos (de forma canalizada), tem fornecimento ininterrupto  e  oferece diversas vantagens, entre elas a economia de mais de 55% em relação aos combustíveis líquidos, além de não oferecer prejuízos com o desabastecimento no mercado brasileiro.  “O GNV não está em falta e o fornecimento para o mercado pernambucano está garantido”, assegura o diretor presidente da Companhia Pernambucana de Gás - Copergás, Roberto Fontelles.

Números

O volume de GNV comercializado em Pernambuco, nos três primeiros meses de 2018 apresentou uma alta de 12% em relação à média do ano passado. Hoje, o estado possui uma frota de 49,7 mil veículos que utilizam o gás natural veicular (fonte: Denatran), com abastecimento em 67 postos de combustíveis presentes em 19 municípios da Região Metropolitana e do Agreste do estado.

O balanço do protesto em números e de maneira cronológica

· Cerca de 350 mil caminhoneiros espalhados por 21 estados e o Distrito Federal mantiveram a mobilização contra a alta do preço do diesel no país nesta quarta-feira (23), terceiro dia de greve da categoria.

· Segundo cálculos da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, até o momento são 245 os pontos de interdição em estradas federais e estaduais.

· Os motoristas criticam o ajuste diário dos preços de combustível que, segundo eles, dificulta o planejamento do frete.

· Os caminheiros reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/PASEP e CONFINS a isenção do CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos e contribuição, representam quase a metade do valor do diesel na refinaria.

· Segundo os caminheiros, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, tendo em vista, o diesel representar 42% do custo da atividade.

Mais balanços do ocorrido até esta sexta 25 de maio 2018 

· A paralisação tem causado diversos transtornos, como a escassez de alimentos e outros produtos em supermercados, a falta de combustível em postos e aeroportos e a dificuldade de trafegar pelo país por causa de barreiras montadas com caminhões.

· A paralisação dos caminhoneiros em mais de 20 estados atinge até as postagens da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos suspendeu temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados (Sedex e PAC [entrega não expressa].

· A operação dos Correios envolve mais de 25 mil veículos, 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas de norte a sul do país. A empresa entrega mensalmente cerca de meio bilhão de objetos postais, entre eles 25 milhões de encomendas.

Números

·  Pesquisas indicam que cerca de 80% da carga do agronegócio brasileiro seja transportada por rodovias. Por conta da perecibilidade da carga, agropecuaristas tiveram de colocar o pé no freio para tentar minimizar perdas.

· A Cooperativa C.Vale de Palotina (PR) foi uma das primeiras a anunciar que suspenderia, a partir da quarta-feira (23), o abate diário de 530 mil frangos e 50 mil tilápias.

· Representante de mais de 140 agroindústrias de avicultura e à suinocultura, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destaca que já há relatos de unidades produtoras com turnos suspensos.

· A Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceira maior produtora de carnes de aves e suínos do país, disse que vai parar totalmente as atividades das indústrias de processamento de aves e suínos em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, na quinta e sexta-feira, devido a problemas causados pela greve dos caminhoneiros.

· O impacto calculado pela Aurora devido à suspensão das atividades 7 indústrias de aves e 8 indústrias de suínos estarão inoperantes.

· Com isso 28 mil trabalhadores diretos estarão dispensados temporariamente do trabalho.

· A Central Aurora Alimentos, cerca de 8 mil produtores rurais terão que adotar regime de restrição alimentar aos plantéis de aves, suínos e bovinos.

· A escassez ou falta de rações prejudicará o desenvolvimento de um plantel de 32 milhões de frangos e 1 milhão 260 mil suínos porque, quando o movimento dos caminheiros cessar, os prejuízos continuarão se manifestando nas aves e animais mal-nutridos.

· Cerca de 2 milhões de aves e 40 mil suínos deixarão de ser processados apenas nesses dois dias.

· Em consequência, 300 caminhões câmaras-frias/dia, 200 caminhões com cargas vivas/dia e 120 caminhões de ração/dia deixarão de circular.

· As cooperativas agropecuárias do Paraná, que faturam cerca de R$ 150 milhões por dia na produção e comercialização de fertilizantes, grãos, carnes, leites e derivados, estão entres os setores da economia paranaense mais prejudicados pelo bloqueio das estradas pelos caminhoneiros

· As Cooperativas de leite sem ter como escoar a produção, tiveram de jogar fora milhares de litros do produto e suspender a ordenha dos animais. O setor de leite também está sendo afetado.

· No Rio Grande do Sul, o Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat) destaca que há cargas perecíveis paradas nas estradas do estado.

Uma dura realidade

· Sem a liberação dos veículos, os laticínios gaúchos ficam impossibilitados de realizar a captação de 12,6 milhões de litros de leite cru em 65 mil propriedades rurais do Rio Grande do Sul, informou o sindicato.

· Na mesma linha, o presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, afirmou que todo o setor de animais vivos, de leite e o abastecimento em geral estão sendo muito afetados.

· O leite é um produto vivo e sujeito a rígidas normas de captação. Se os veículos não chegarem às propriedades dentro do prazo, os produtores terão sua produção descartada.

· Com relação a batata, por exemplo, o preço praticamente dobrou desde o início da semana e a previsão é que mais alimentos acompanhem essa alta caso os protestos continuem.

· O tubérculo se transformou na primeira grande vítima desse terceiro dia de paralisações. No Ceasa, o saco do produto foi de R$ 70 para R$ 150 nesta quarta-feira – e o impacto já chegou ao consumidor. O gerente do Mercado Super G, em Curitiba, conta que o quilo da batata saltou de R$ 1,99 para R$ 4,79. Além disso, vários outros itens já estão começando a faltar.

· A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que as interrupções nas estradas causaram desabastecimento nos supermercados, sobretudo frutas, verduras e legumes, que são perecíveis e o abastecimento é diário. 

· Carnes e produtos industrializados, que recebem proteínas no processo de fabricação, também estão com as entregas ameaçadas por conta do atraso no abastecimento, informa a entidade.
 

· Em nota divulgada nesta quarta-feira, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), maior central de abastecimento de frutas, legumes, verduras, flores, pescados e diversos do país, informou que já sentiu reflexo na entrega de produtos oriundos de outros estados, como a batata, do Paraná, manga e mamão, vindos da Bahia e do Espírito Santo, melão procedente do Rio Grande do Norte e melancia de Goiás. Com isso, o preço da batata já subiu, informa a empresa.

· Aos passageiros, a Infraero recomenda que procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos.

· Aos operadores de aeronaves, a Infraero orienta que façam a consulta sobre a disponibilidade de combustível na origem e no destino do voo programado, recomenda.

 

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