Júnior Rocha: 'Nunca passei por tantas dificuldades'

Santa Cruz foi muito inferior e deixou de faturar mais de meio milhão com a eliminação na primeira fase

por Renato Torres | qui, 01/02/2018 - 00:09
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A temporada do Santa Cruz está aumentando ainda mais o desgosto que o rebaixamento à Série C em 2017 deixou. Nesta quarta-feira (31), a Cobra Coral foi muito mal em Feira de Santana-BA e acabou eliminada da Copa do Brasil na primeira fase, para o Fluminense de Feira. Resultado amargo, o quinto jogo do ano sem vitória. Tantos jogos sem vencer, já ameaçam até o trabalho do treinador recém-contratado.

"Enfrentamos uma equipe com padrão de jogo e que sabe jogar em sua casa. Não fomos eficientes para defender e na hora de atacar. Não dá para tirar os méritos do Fluminense. Estamos passando por uma reconstrução, é hora de juntar os cacos e trabalhar mais para não repetir os erros de hoje", lamentou o técnico Júnior Rocha.

Perder para o time baiano tem um peso ainda maior, pois a classificação valia um prêmio de R$ 560 mil, algo que banca em torno de dois meses de salários do elenco. Ver tanto dinheiro ir pelo ralo, no momento em que o clube tenta se reequilibrar, mexe até com o comandante. 

"Era um jogo importantíssimo. O clube passa por uma reconstrução, também financeira, e era importante essa classificação. A diretoria tem cumprido suas obrigações, diferente do que foi ano passado quando criou uma fama de mau pagador, e temos que assumir a responsabilidade. Eu nunca passei por uma situação tão difícil em minha carreira. Precisamos de hombridade para trabalhar ainda mais e dar a esse grande clube o que ele realmente merece", disse.

Fica claro que a maior dificuldade do Santa está em transformar a posse de bola em jogadas ofensivas. Para Júnior Rocha, isso acontece devido às dificuldades dos atletas que atuam mais colados na área adversária. E, pelo discurso, só novas contratações podem mudar o quadro. "A gente chega bem ao último terço, mas nossa dificuldade é ali, onde o jogador decide. Exige coragem, personalidade, tivemos que buscar soluções dentro do grupo e como não vem resolvendo, vamos buscar peças fora", revelou o treinador.

Nem mesmo o estilo de jogo, de preferência do comandante, deve permanecer o mesmo para os próximos jogos. "Tivemos o maior tempo até agora para trabalhar que foram três dias. Estamos avaliando e esse período de testes de peças era planejado. Não eram esperados os resultados. Vamos ter que encontrar soluções dentro do próprio grupo. Quando uma peça não funciona, testamos outra. Temos que mudar o sistema de jogo, pois este claramente não está dando certo", desabafou.

O Santa volta a campo no próximo sábado (3), às 20h, quando encara o Salgueiro no Cornélio de Barros, pela 5ª rodada do Estadual.

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