Caso fosse candidato à reeleição, o presidente Michel Temer (MDB) teria um desafio pela frente: reverter o quadro de rejeição. Segundo dados da pesquisa do Instituto Datafolha divulgados nesta quarta-feira (31), no primeiro turno 60% dos entrevistados não votariam nele "de jeito nenhum". Temer já afirmou diversas vezes que está fora do páreo pela Presidência.
O candidato escolhido por ele também não estará em bons lençóis, de acordo com o levantamento. Ao aferir a força do presidente como cabo eleitoral, o Datafolha registrou que 87% dos eleitores questionados afirmam que não votariam no nome indicado pelo emedebista.
No quesito rejeição, segundo o Datafolha, o senador Fernando Collor (PTC-AL) é o pré-candidato com o maior índice de rejeição: 44%. Collor comandou o país entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment, por suspeita de corrupção. Ele é seguido pelo também ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rejeitado por 40% dos entrevistados. O levantamento, inclusive, foi às ruas e ouviu 2.826 eleitores entre 29 e 30 de janeiro, depois de Lula ser condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Outros percentuais
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é rejeitado por 29% do ouvidos pelo Datafolha, seguido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) 26%; o apresentador Luciano Huck (sem partido) 25%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) 23%; Ciro Gomes (PDT) e Rodrigo Maia (DEM), cada um com 21%.
Ainda estão na lista dos que não seriam votados no primeiro turno “de jeito nenhum”: o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) rejeitado por 19%; o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) 19%; o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) 15%; o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (PSC) 14%; o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa (sem partido) 14%; o senador Alvaro Dias (Podemos), a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) e o líder do MST, Guilherme Boulos (sem partido), cada um com 13%.
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