O Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) realizará no próximo dia 31 de maio o Congresso Estadual da legenda. O encontro que ainda está em definição de local e programação, discutirá a conjuntura política da legenda, a reorganização interna e o Processo de Eleição Direta (PED).
Segundo a presidente estadual do PT-PE, deputada Teresa Leitão, as articulações para o evento já estão bem avançadas. “Queremos utilizar um final de semana e o domingo é um dia mais fácil da vinda de todos. Já têm os delegados eleitos, e por decisão da nacional, o encontro é aberto a simpatizantes. As teses já estão escritas e é um momento muito importante para o PT se posicionar”, adiantou ao Portal LeiaJá.
##RECOMENDA##A dirigente do partido também reconheceu as problemáticas da legenda. “Nós estamos com gargalhos, é inegável. Houve uma relação histórica do PT com o movimento sindical que é chamado agora a se posicionar também em relação às medias provisórias, a atritos que agente precisa aprofundar e discutir”, pontuou. Leitão também frisou que depois de um primeiro momento de mais dificuldade, o governo “começa a se ajustar e precisa do PT que não é o só o partido da presidente como é o maior partido da base de sustentação”, avaliou.
Garantindo está atenta aos rumos do governo e também, aos rumos do PT, a parlamentar detalhou as pautas do evento. “Este congresso vai debater também a organização do PT e o PED é uma das pautas (...). O tema é o mesmo do congresso nacional, exceto teses locais, porque o PT na Alepe precisa ter um norte dado pelo próprio partido como vem sendo feito agora. O partido já se posicionou várias vezes em relação aos mandatos, mas temos também os vereadores e tem questões das relações partido/mandatos e partidos/prefeituras”, analisou.
Vinda de Dilma – Alvo de críticas da oposição, a segunda vinda da presidente Dilma Rousseff (PT) na última quinta-feira (14) também foi analisada pela petista que confirmou as dificuldades do governo. “Ela reconheceu que há uma crise macroeconômica que não começou hoje e que não é do Brasil. Desde 2008 que o capitalismo entrou em crise e o Brasil não entrou logo na crise pelas medidas que foram tomadas de incremente do consumo de valorização do salário mínimo, de investimento no pleno emprego. Tudo isso a gente conseguiu segurar”, defendeu.
Para Teresa Leitão, houve por parte da oposição uma prévia para tudo dar errado. “Na Assembleia Legislativa mesmo eu tive que falar, porque não gostaria de falar na véspera, que eu não sou peru (risos). Mas tive que falar porque o deputado Aloísio Lessa disse que ia ser um clima de enterro, fúnebre, porque o que existe no Estaleiro é apenas desemprego e o que a gente viu foi exatamente o contrário. A gente viu foi o reconhecimento desde a direção do Estaleiro Atlântico Sul, a fala dos trabalhadores, a fala da Transpetro, da Petrobras, dos empreendedores, em muito a reconhecer que é um momento de crise, mas que a indústria naval não parou”, protegeu.
De acordo com a deputada o discurso da presidente foi focado na concepção de gestão, no conteúdo nacional dos investimentos e na defesa do que foi aprovado para a divisão dos royalties do petróleo. “Quem não quer ver isso é porque está no papel de oposição que atualmente o papel da oposição no Brasil é de botar gosto ruim. Agora, o próprio governador reconheceu isso, o próprio prefeito de Ipojuca reconheceu, porque tem que toda vez que Dilma vir aqui anunciar um investimento se tem tantos já no Estado” rebateu a petista, descrevendo ações em andamento no Estado com recursos provindos do Governo Federal.