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A gigante americana da informática IBM vai cortar cerca de 3.900 empregos, pouco mais de 1% de sua força de trabalho, relacionados com as atividades que liquidou, disse à AFP na quarta-feira (25) uma fonte próxima ao assunto.

No entanto, a empresa de informática com sede no estado de Nova York não mencionou cortes de empregos em seu relatório de resultados trimestrais divulgado na quarta-feira ou em uma ligação com analistas para discutir resultados financeiros.

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A IBM disse que assumiria um pagamento único de US$ 300 milhões no primeiro trimestre deste ano, que segundo a fonte estaria relacionado às demissões.

"Não é uma ação baseada nos resultados de 2022 ou nas expectativas para 2023", disse um porta-voz da IBM à AFP.

Amazon, Meta, Microsoft e Alphabet, empresa matriz do Google, apresentaram recentemente planos de redução de pessoal, depois de contratar muitos funcionários durante a pandemia para atender à crescente demanda.

O sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região confirmou a greve com duração de 24 horas de bancários planejada para esta quarta-feira (10). A paralisação é contra a execução do plano de cortes de custos do Banco do Brasil (BB), que prevê o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários durante o primeiro semestre deste ano.

Segundo João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CNBB), o movimento, até o momento, teve boa adesão, principalmente na cidade de São Paulo nos agrupamentos de caixa. Ainda, os cofres do banco em São Paulo, Campinas e Brasília estão fechados. De acordo com ele, diante da importância do banco no Brasil, a paralisação nacional pode causar "algum problema de recurso e numerário nas agências ou nos bancos privados também".

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A greve foi acordada durante assembleia virtual do sindicato e contou com a adesão de 87% dos trabalhadores, informa o sindicato. A instituição também informa que a dirigente sindical e bancária do BB, Adriana Ferreira, afirmou que os funcionários da instituição "exigem negociação e transparência" e que os bancários "não irão aceitar passivamente este desmantelamento do Banco do Brasil".

A paralisação desta quarta é apenas mais uma no calendário de greves do BB. Segundo Fukunaga, houve a promulgação de um "Estado de greve", o que dá aval para novas paralisações sem a necessidade de convocação de assembleias. Para ele, a agenda de greve é contra a "política direcionada do atual governo" de dar prioridade aos bancos privados. "Está havendo uma desregulamentação do sistema financeiro, principalmente privilegiando os bancos de investimento", afirma.

"A remuneração do bancário do BB não se equipara à dos bancários de bancos privados", comenta ele, afirmando que os trabalhadores de bancos privados têm maior remuneração. Em sua visão, "só existe banco público se existe política de estado direcionada para banco público".

O dirigente sindical enfatiza que a atual política adotada pelo banco prejudica os trabalhadores, principalmente sob contexto de pandemia. Dessa forma, o impacto nas férias, 13º, licença saúde e comissão fizeram com que "muitos caixas ficassem revoltados", apontou. Segundo ele, ainda há um efeito direto na população com a "precarização do atendimento".

Apesar da possibilidade de novas paralisações, Fukunaga aponta que só terá uma visão geral dos avanços da greve ao final do dia, quando se saberá ao certo o movimento de adesão e um possível aceno da instituição. Enquanto isso, o dirigente sindical afirma que "não houve contato do banco para negociação".

"Estamos fazendo os atos porque há a falta dessa negociação com o banco", afirma Fukunaga. "Tivemos uma mesa de mediação de três meses com o Ministério Público, exatamente por falta de negociação. Mas ontem teve a última mediação. Nós encerramos a mediação porque o banco não avançou nas discussões conosco", conta o dirigente.

Apesar da decisão do sindicato, Fukunaga afirma que "estamos abertos à negociação". Na nota de pronunciamento, a assessoria do BB disse que as medidas adotadas são parte de um "conjunto de ações que buscam adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente o voltado ao agronegócios".

Ainda no começo do ato, o diretor de empréstimos e financiamentos do BB, Marco Túlio de Oliveira Mendonça, afirmou que ainda não tem uma visão nacional da adesão à greve, e que o banco não tem falado muito sobre o tema, mas "temos mais reforçado um posicionamento em relação às medidas de reorganização".

Em janeiro, os bancários do BB realizaram atos nacionais no dia 15 e 21 de janeiro. Em 29 do mesmo mês, foi realizada uma paralisação de 24 horas. Também houve mobilizações nas redes todos estes dias.

O vice-presidente Hamilton Mourão apontou uma possível falha de comunicação no plano do Banco do Brasil (BB) para fechar agências e demitir funcionários. A situação levou o presidente Jair Bolsonaro a decidir demitir o atual presidente do banco, André Brandão, conforme o Estadão/Broadcast revelou.

"Eu acho que houve uma comunicação talvez deficiente do banco nisso aí, né? Porque normalmente as pessoas que queriam sair eram pessoas que já tinham completado o seu tempo para aposentar", disse Mourão no Palácio do Planalto. "Talvez pouquíssimas pessoas tivessem um rebaixamento de cargo e não pudessem se aposentar."

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Na segunda-feira (11), a instituição informou ao mercado um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 112 agências da instituição, além de programas de desligamento, com expectativa de adesão de 5 mil funcionários. O banco estima que a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano.

A proposta do Banco do Brasil abriu uma crise no governo e deve levar à demissão do presidente do banco, André Brandão, menos de quatro meses após sua posse. O presidente Jair Bolsonaro decidiu demiti-lo pelo desgaste provocado com o anúncio, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda tentava demovê-lo da ideia.

Perguntado sobre a crise, Mourão afirmou que o assunto não foi discutido com ele e que isso é tratado pelo presidente da República e por Guedes. Conforme o Estadão/Broadcast publicou, analistas classificaram a decisão como ingerência política do chefe do Planalto na estatal - na contramão do discurso que o elegeu em 2018.

O presidente Jair Bolsonaro evitou responder à pergunta de um apoiador, nesta manhã de quinta-feira (14), sobre a permanência do presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, no cargo. Em encontro com adeptos na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse estar com pressa, que não poderia "gravar" e pediu desculpas por ser breve.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Bolsonaro decidiu demitir Brandão pelo desgaste provocado com o anúncio de fechamento de 112 agências, com desligamento de 5 mil funcionários do banco. O ministro da Economia, Paulo Guedes, entretanto, ainda tenta demovê-lo da ideia.

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Apesar de a reestruturação do banco ter agradado investidores e equipe econômica, o comunicado foi considerado inoportuno no momento em que o Executivo negocia apoio com parlamentares em troca de aliados nos comandos da Câmara e do Senado.

A proposta do Banco do Brasil (BB) de fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários abriu uma crise no governo e deve levar à demissão do presidente do banco, André Brandão, menos de quatro meses após sua posse. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente Jair Bolsonaro decidiu demiti-lo pelo desgaste provocado com o anúncio, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda tenta demovê-lo da ideia.

Embora a reestruturação do banco tenha agradado investidores e tenha sido considerada positiva pela equipe econômica para um reposicionamento do banco com enfoque no digital, o anúncio foi considerado inoportuno neste momento em que o Palácio do Planalto negocia apoio para os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A eleição está marcada para o início de fevereiro.

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Em campanha pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), Bolsonaro recebeu em um só dia oito deputados e ouviu reclamações sobre o fechamento de agências do BB em cidades menores. O presidente argumentou que não foi avisado antes do plano de reestruturação, embora Brandão tenha sido contratado exatamente com a missão de enxugar o banco.

No ano passado, em um evento, o presidente já tinha sido cobrado por um manifestante para reabrir uma agência. Em 2019, Bolsonaro chegou a admitir que pediu ao Banco do Brasil que abrisse uma agência num município do Maranhão que o elegeu. Agora, o anúncio do fechamento de mais de uma centena delas, em meio à pandemia do novo coronavírus, foi considerado um desgaste político inoportuno.

Com os rumores sobre a possível demissão de Brandão, as ações do Banco do Brasil na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fecharam na quarta-feira com queda de 4,71%.

Desgaste

A saída de Brandão seria mais um desgaste para Guedes, já que o enxugamento do banco é uma orientação da equipe econômica. Próximo do presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, o presidente Bolsonaro sempre tem feito comparações na atuação entre os dois bancos.

Guedes já perdeu vários integrantes da sua equipe em choque com as determinações do presidente. Foi assim com os secretários Salim Mattar, por causa do fracasso da agenda de privatizações; Paulo Uebel, pelo atraso no envio da reforma administrativa; e Marcos Cintra, pela resistência à recriação da CPMF.

Antes do BB, Brandão atuava como chefe global da instituição para as Américas do HSBC. Foi escolhido por Guedes para fazer a transformação no banco e não estaria disposto também a retroceder nesses planos.

Desde o início do governo, Bolsonaro tem se mostrado sensível às críticas de parlamentares e prefeitos sobre fechamento de agências do BB e da Caixa.

A pressão aumentou com o anúncio do BB, que foi visto também pelos políticos como a abertura de caminho para privatização do banco. A Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos está programando convocar o presidente do BB para ir ao Congresso explicar o plano de reestruturação.

Brandão entrou no lugar de Rubem Novaes, que pediu demissão em meio a um processo de desgaste que incluía insatisfação da equipe econômica com a velocidade das vendas de ativos do BB e com o desempenho da instituição no crédito, segundo fontes.

Além disso, à época causou mal-estar a reação de Novaes ao questionar decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que impedia o banco de fazer propaganda em sites acusados de espalhar fake news, prática associada à ala ideológica do governo.

Depois de pedir demissão, o executivo também causou polêmica ao declarar que não se adaptou à cultura de "compadrio" e "corrupção" de Brasília. Disse também que o BB precisava de sangue novo para fazer frente a desafios tecnológicos. 

O Banco do Brasil (BB) informou ao mercado nesta segunda-feira (11) que aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 112 agências da instituição, além da criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). O banco diz que a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano.

O plano de reorganização prevê ganhos de eficiência e otimização em 870 pontos de atendimento do País, com a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 escritórios leve digital).

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"A reorganização da rede de atendimento objetiva a sua adequação ao novo perfil e comportamento dos clientes e compreende, além das medidas de otimização de estrutura descritas acima, outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas de apoio e rede, privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais", fala o comunicado do BB. A economia líquida anual estimada por estes movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

Além disso, o banco aprovou um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) para otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos em suas unidades, e um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. "A estimativa do BB é que cerca de 5 mil funcionários venham a aderir aos dois programas de desligamento", diz o banco, complementando que o número final de adesões, assim como o respectivo impacto financeiro, serão informados após o encerramento dos períodos de adesão, que ocorrerá até 5 de fevereiro.

Pressionados por maior uma concorrência com fintechs e mudanças regulatórias, os grandes bancos privados fecharam as portas de 430 agências no ano passado, totalizando uma rede física de menos de dez mil pontos. Adicionando nesta conta ainda o crescimento das operações digitais, que diminui a dependência de profissionais, o quadro de colaboradores também se reduziu, com Itaú Unibanco, Bradesco e Santander enxugando suas equipes em 6,923 mil pessoas, cujas saídas foram motivadas, principalmente, por programas de demissão voluntária (PDVs).

A expectativa dessas instituições é de que o trabalho duro feito do lado das despesas ajude a compensar, em 2020, menores margens financeiras e crescimento contido nas receitas de serviços e tarifas. Os ganhos dos grandes bancos têm sido impactados pelo aumento do número de players no setor com a multiplicação das fintechs e ainda mudanças regulatórias como a do cheque especial, que limitou os juros mensais em 8% desde o mês passado.

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O Itaú fechou 200 agências no quarto trimestre. Apenas no Brasil, a rede encolheu em 172 pontos. No ano, foram encerradas 436 unidades, empurrando a rede física para 4,504 mil pontos, considerando Brasil e América Latina. Para 2020, a sinalização do banco, ao menos até aqui, é de que o ritmo de fechamento de agências vai se arrefecer.

O rival Bradesco seguiu a mesma direção, com o adendo de que não conseguiu cumprir sua meta do lado das despesas, que cresceram 7,2% no ano passado, acima do guidance que ia de 0% a 4%. Com uma rede de 4,478 mil agências, o banco enxugou sua rede em mais de 100 pontos no ano passado, sendo que a maioria fechou as portas no último trimestre. Na outra ponta, o Santander Brasil abriu 45 agências no ano passado.

A meta do Bradesco para 2020 é fechar outras 300 agências. Para compensar o estouro do guidance de custos no ano passado, o banco estabeleceu orçamento base zero de gastos para 2020, com áreas como tecnologia de informação, marketing e patrimônio tendo de gastar menos que no ano passado.

Do lado do número de colaboradores, todos os grandes bancos privados enxugaram seus times. O Itaú desligou 5.454 pessoas no ano passado, fazendo com que seu quadro caísse de mais de 100 mil funcionários para menos de 95 mil como reflexo de um novo programa de PDV.

O concorrente Bradesco reduziu sua equipe em 1,276 mil pessoas também com um processo de demissão voluntária, que fez o quadro baixar para 97,329 pessoas. O Santander, embora não tenha anunciado uma iniciativa de PDV, enxugou seu quadro em silêncio. Foram apenas 193 funcionários no ano, mas no trimestre o corte chegou a 1.663 colaboradores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reorganização das secretarias do Recife com a redução de gastos, entre eles o corte de cargos comissionados, será realizada nos próximos 90 dias. Foi o que definiu o prefeito Geraldo Julio (PSB) durante uma reunião com a equipe de secretariado para planejar os primeiros meses da nova gestão. Durante o encontro, foram definidos o cronograma e as etapas pelas quais os secretários devem direcionar sua nova organização de estrutura, equipe, planejamento e metas a serem cumpridas até 2020.

A reunião, que aconteceu nessa quarta (4), foi comandada pelo prefeito. De acordo com o titular da pasta de Planejamento, Administração e Gestão de Pessoas, Jorge Vieira, com o orçamento mais enxuto, a realocação dos recursos deve ser mais “inteligente”, por isso a necessidade do novo planejamento. 

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"Em janeiro, faremos a readequação da estrutura organizacional da Prefeitura do Recife, depois, cada secretário vai fazer seu diagnóstico, com base no monitoramento dos últimos anos, e em seguida, a negociação do orçamento, pois os recursos esse ano tem que ser realocados de forma muito inteligente, pois como todos sabemos o país atravessa uma crise muito grande. Nós teremos que ter estruturas enxutas e inteligentes, para cumprir as entregas que temos que fazer para a população. Após negociado o orçamento, faremos a pactuação de metas para então começarmos a ter nosso plano de trabalho monitorado pelo prefeito Geraldo Julio", detalhou.

Para o secretário de Planejamento Urbano, Antônio Alexandre, o cenário econômico do país deve nortear os auxiliares de Geraldo. "Em função de uma crise profunda que atingiu estados e municípios do Brasil, tivemos que fazer uma reavaliação, e revisitar os compromissos, os objetivos e as estratégias definidas na primeira gestão. Nessa reunião, o que fizemos foi um alinhamento estratégico que pode ser resumido por uma busca de uma eficiência administrativa e gerencial cada vez maior, fazendo mais com menos, gastar melhor, fazendo melhor, respondendo às demandas da sociedade com o projeto de futuro para a cidade, sem diminuir na qualidade do serviço prestado", frisou.

O governo interino de Michel Temer editou uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU), com data de quinta-feira, 19, para retificar a Medida Provisória 726, que trata da reorganização da Presidência, dos ministérios e de vários cargos de confiança. A correção não aponta quais pontos do texto original que sofreram alterações.

Ao comparar as duas versões - a primeira com seis páginas e a segunda com sete -, é possível identificar na retificação, por exemplo, a criação dos cargos de natureza especial de secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, de Secretário Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e de Secretário Especial Nacional da Cultura do Ministério da Educação e Cultura.

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Além disso, há mudanças na redação de trechos relacionados a atribuições de algumas pastas, como o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O novo texto ainda transfere as competências do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos para o Ministério da Justiça e Cidadania, ressalvadas as competências sobre políticas para a juventude. Essa ressalva sobre o público jovem não constava da MP original

Os estudantes do movimento contrário à reorganização escolar em São Paulo desocuparam 53 escolas, mas mantiveram a ocupação em 145 unidades, de acordo com a Secretaria Estadual da Educação. Duas diretorias estaduais de ensino, nas cidades de Sorocaba e Santo André, também foram devolvidas pelos alunos.

A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do estado suspender a reorganização do ensino, que levaria ao fechamento de 93 escolas, medida que afetaria 311 mil alunos. A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Noronha, explica que o ideal seria a extinção definitiva desse projeto e que respeita a decisão dos alunos de continuar ocupando escolas.

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O levantamento da Apeoesp mostra que os estudantes devolveram 64 escolas, mas 149 unidades permanecem ocupadas. De acordo com a Secretaria da Educação, à medida que as escolas são devolvidas, as aulas de reposição são retomadas. O cronograma de retorno varia entre as unidades.

Ontem, o governador Geraldo Alckmin disse que não há razão para que as ocupações das escolas prossigam no estado após o adiamento do projeto. “Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa, agora é retomar as aulas para poder, o mais rápido possível, concluir o ano letivo. Esse é o objetivo”, disse.

Por causa da revogação do decreto, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Herman Voorwald, entregou pedido de exoneração ao governador Geraldo Alckmin.

Uma manifestação de estudantes e funcionários da USP contra a política de ensino do governo Alckmin bloqueia totalmente a Avenida Francisco Morato, na região do Butantã, zona oeste de São Paulo, em direção ao centro, na manhã desta sexta-feira, 4. Com palavras de ordem contra o fechamento de escolas da rede de ensino fundamental e médio e também contra problemas de estrutura na USP eles fazem passeata em direção à Marginal do Pinheiros.

Por volta das 8h30, a avenida era uma das vias mais congestionadas da cidade, com 3,2 quilômetros de lentidão no sentido centro, desde a Avenida Jorge João Saad até a Ponte Eusébio Matoso.

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Estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino, realizada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), bloqueiam ao menos cinco vias das zonas sul e oeste da capital paulista na manhã desta quinta-feira, 3. Um sexto "travamento", na região central, acabou após os manifestantes serem dispersados com bombas de gás pela Polícia Militar.

Os protestos pedem que o governador Geraldo Alckmin recue da decisão de fechar escolas no Estado. Inicialmente, os alunos organizaram ocupações nas unidades de ensino, mas desde o início desta semana passaram a também bloquear ruas e avenidas importantes da capital. Alguns atos anteriores terminaram com manifestantes detidos e confronto com policiais.

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Nesta manhã, os estudantes interditaram completamente a Marginal do Pinheiros, no sentido Interlagos, na altura da Ponte Eusébio Matoso, na zona oeste. Na região, o cruzamento da Avenida Professor Francisco Morato com a Avenida Jorge João Saad, sentido centro, também foi travado. Na Lapa, a manifestação acontece no cruzamento da Rua Heitor Penteado com a Avenida Pompeia, no dois sentidos.

Já na zona sul, os manifestantes bloquearam a Avenida João Dias, próximo ao terminal de ônibus, no sentido centro. Na Estrada do M'Boi Mirim o protesto ocorre na altura da Rua José Barros Magaldi.

Todos os atos bloqueiam completamente as vias. Na quarta-feira, 2, o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que não vai permitir que os protestos não deixem ao menos uma faixa livre para o trânsito e elogiou a atuação da PM até o momento, classificada por ele como "legítima" e "sem excesso". Moraes também disse que as manifestantes precisam avisar o poder público previamente sobre os atos.

Ainda nesta manhã, os alunos chegaram a ocupar o cruzamento das Avenidas Angélica com a São João, mas a PM usou bombas de gás para dispersar o grupo. Segundo testemunhas, uma das bombas chegou a atingir uma moto, que foi danificada.

O protesto de estudantes contrários à reorganização da rede estadual de ensino, realizada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), terminou em confronto e com a apreensão de ao menos dois adolescentes na manhã desta quarta-feira, 2, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes bloquearam totalmente a Avenida Doutor Arnaldo em direção ao Sumaré, próximo ao cruzamento com a Rua Cardeal Arcoverde.

Por volta das 9 horas, duas de quatro faixas da avenida permaneciam ocupadas enquanto um grupo de pessoas estava aglomerado em volta de uma viatura da Polícia Militar. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a manifestação que agora bloqueia a Avenida Doutor Arnaldo começou por volta das 7h45.

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Segundo um dos policiais que participou da apreensão, os alunos foram retirados à força da manifestação, pois se recusavam a liberar ao menos um faixa da Doutor Arnaldo.

Às 7h25, houve outra manifestação de alunos na região do Morumbi, na zona sul da capital. Os estudantes também protestavam contra a reorganização e fecharam os dois sentidos da Avenida Giovanni Gronchi. O protesto foi breve e logo a via foi liberada.

Reorganização

Em setembro, o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, divulgou uma reforma para que as escolas estaduais tenham ciclo único. A medida faz com que 754 unidades ofereçam só os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), finais (6º ao 9º) ou ensino médio. Com isso, mais de 300 mil alunos serão transferidos e 93 escolas, fechadas.

O governo tem enfrentando oposição porque não dialogou com as comunidades escolares antes do anúncio do projeto. As Faculdades de Educação da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) já repudiaram os argumentos pedagógicos da proposta. Pesquisadores ligados à Universidade Federal do ABC (UFABC) também apontaram fragilidades no estudo da secretaria que baseou a reforma.

Um protesto de estudantes contra a reorganização escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB), bloqueia totalmente a Avenida Doutor Arnaldo em direção ao bairro Sumaré, próximo ao cruzamento com a Rua Cardeal Arcoverde, na zona oeste da capital, na manhã desta quarta-feira, 2.

Confronto

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Na noite de terça-feira, 1, outro protesto de estudantes terminou em confronto com a Polícia Militar, em São Paulo. Os manifestantes usaram carteiras de escola para fechar a Avenida 9 de Julho, no centro. Os policiais dispersaram o ato com bombas de efeito moral e spray de pimenta.

A Tropa de Choque avançou em direção ao protesto e quatro pessoas, entre elas dois menores, foram detidas. Outras três relataram ferimentos leves. Os estudantes responderam atirando objetos em direção aos PMS.

Das 94 escolas que serão fechadas na reorganização da rede estadual de São Paulo, 24 estão na capital paulista, segundo o secretário da Educação do Estado, Herman Voorwald. Ele não detalhou quais colégios serão afetados, mas sinalizou que o projeto deve envolver unidades de regiões centrais, tanto na capital como em outros municípios, onde há menor demanda de alunos e maior número de classes ociosas.

O secretário de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) participou ontem de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, onde foi recebido com protestos. Voorwald defende que nenhuma unidade perderá a função educativa. "Nenhuma escola deixará de ter uma atividade educacional", disse ele, ressaltando que parte dos 94 prédios será cedida para municípios ou readequada para Educação de Jovens e Adultos (EJA).

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A lista de escolas envolvidas na reorganização deve ser divulgada nesta semana. Uma das unidades que vão sair da rede será a Escola Estadual Elísio Teixeira Leite, na Parada de Taipas, zona norte da capital. O fechamento foi confirmado por fontes da Diretoria Regional de Ensino Norte 1.

Aberta em 2001, a unidade é uma das "escolas de lata" da rede estadual. Com uma estrutura metálica e isolamento de alvenaria, a unidade atende alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). De acordo com funcionários, de 12 salas, 9 têm turmas entre 37 e 40 alunos no período da manhã e da tarde. "A escola não está vazia ou subutilizada; as três salas são usadas para aulas de arte, de música, reforço. Foi determinação da secretaria não fazermos turmas menores para usar essas salas vagas", disse uma professora que pediu anonimato.

Os alunos da escola temem serem transferidos para escolas superlotadas. Eles organizaram um abaixo-assinado que já conta com 14 mil assinaturas.

"Essa é a nossa escola, nos identificamos com ela. Os professores conhecem a mim e a minha família e isso faz toda a diferença no ensino. Apesar da estrutura não ser boa, nós não queremos que ela feche e os alunos sejam mandados para outra unidade superlotada", disse Gabriela Arcanjo, de 14 anos.

O secretário diz que o projeto não deixará salas mais cheias do que atualmente. "Nós temos hoje uma quantidade de salas vazias ociosas que não está sendo utilizada. O que ocorreu com o tempo foi o esvaziamento de escola estaduais e a não reorganização do sistema."

Ciclo único

O projeto prevê que, no ano que vem, 2.197 (43%) das 5.147 escolas sejam de ciclo único - anos iniciais do fundamental (1º ao 5º), anos finais (6º ao 9º) e ensino médio. Atualmente, o Estado já tem 1.443 unidades nesse perfil. O argumento para a reformulação é de que, além de acabar com espaços ociosos, é possível melhorar a qualidade de unidades de ciclo único.

Diretor da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (Umes), Caio Santos, de 18 anos, participou da audiência pública ontem na Assembleia pra criticar a proposta. Ele foi aluno até o ano passado da Escola Estadual Irene Branco da Silva, na Penha, zona leste. "Minha sala tinha mais de 40 alunos. Não dá para falar em melhorar qualidade fechando escolas. O melhor seria diminuir o número de alunos por sala e investir na educação", diz.

A professora Lisete Arelaro, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), criticou o plano. "É um equívoco completo e sem discussão. Nenhum professor universitário participou da consulta", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Há exatamente um ano a morte do ex-governador Eduardo Campos abalou o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Aquele 13 de agosto, além de tristeza para sete famílias, trouxe também frustração ao projeto de ascensão política de um partido que dava os primeiros passos firmes para um possível, e posterior, comando do país. A partir do desaparecimento do líder, como os socialistas costumam dizer, 'um desafio maior se iniciava': o de encontrar um novo norte e recomeçar sobre os mesmos (ou novos) conceitos.

A escolha da ex-senadora Marina Silva para disputar à presidência da República no lugar de Campos, os imbróglios em torno de Roberto Amaral, a escolha precoce da nova Executiva Nacional, o início do processo de fusão com o PPS e o recuo dele marcaram as movimentações da legenda nos últimos 12 meses.  

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Sob o comando da mesma linhagem desde 1993 – quando o avô de Eduardo Campos, Miguel Arraes, assumiu a presidência do partido – o PSB precisou, neste um ano, reaprender a andar já que Campos era dono de uma percepção política ímpar e centralizadora, como alguns pessebistas revelaram ao Portal LeiaJá.   

“O PSB passa por um processo de reorganização e reaprendizado. Todos têm esta noção. A responsabilidade de todo mundo aumentou (sem Eduardo Campos)”, observou o prefeito do Recife, Geraldo Julio. “O que nós fizemos neste ano sem ele foi mudar a forma de gestão do PSB. Nós tínhamos uma gestão muito centralizada em Eduardo, ele era nossa grande referência nacional. Hoje estamos com lideranças médias e que gerenciam o partido de forma horizontal”, acrescentou conjecturando o secretário-geral do PSB e presidente nacional da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande.

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Entre essas novas “médias lideranças” do PSB, a maior apreensão era de que houvesse uma grande dispersão do partido, o que visivelmente não aconteceu. “O partido, no primeiro momento que perde a sua grande liderança, corre sempre um grande risco de dispersão ou de desentrosamento. Mas nós estamos 100% dedicados a cuidar do partido. Felizmente foi um primeiro semestre de muitas reuniões, discussões e debates. O PSB está unido na responsabilidade de seguir a história de Eduardo”, avaliou o vice-presidente nacional do PSB e ex-deputado federal, Beto Albuquerque (RS).

Apesar da visão positiva de Albuquerque, algumas lideranças, como Roberto Amaral – que assumiu a presidência do partido logo após a morte de Campos –, protagonizou imbróglios internos e terminou sendo isolado dentro do PSB. Posicionamentos dele, como ficar contrário ao apoio da legenda a Aécio Neves no segundo turno das eleições em 2014, foram encarados como divergentes a “linha Eduardo Campos”, o que ocasionou o desembarque de Amaral do cargo de presidente do PSB e a eleição de Carlos Siqueira para substituí-lo. 

"A escolha de Siqueira foi para o amadurecimento de outros quadros, para que se possam inaugurar novas lideranças. Eles (Paulo Câmara, Rodrigo Rollemberg, Geraldo Julio e Beto Albuquerque) podem se firmar como lideranças, apesar das incertezas, e colocarem o partido para frente", avaliou o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes. 

Eduardo Campos e o recuo da fusão com o PPS

Se o ex-governador Eduardo Campos teria ou não recuado com o processo de fusão entre o PSB e o PPS, nunca saberemos. Mas o certo é que, de acordo com líderes da legenda, as articulações para a junção dos dois partidos foi iniciada por ele com a projeção de dois cenários: a vitória nas eleições para presidente da República e uma reforma política mais ampla. 

Apesar da frustração dos dois cenários, o processo de fusão foi ensaiado e entusiasmado por socialistas, como o vice-governador de São Paulo Márcio França, no entanto não vingou. Após divergências internas e a rejeição da proposta por alguns diretórios, inclusive o de Pernambuco, a ideia excluída dos planos do PSB.  

“A fusão nasceu de uma articulação que iniciou com ele ao imaginar primeiro uma reforma política no país e a possibilidade completa de ganhar as eleições, o que não aconteceu. Neste novo cenário não valia a pena (a fusão). Se ele estivesse aqui estaríamos numa situação diferente, com a presidência da República com certeza. Projetar isso neste momento é impossível”, detalhou Sileno Guedes.

Para Renato Casagrande, Eduardo teria prezado pela união do partido diante do processo de fusão. “Não podemos dizer se ele tinha recuado, mas ele teria trabalhado pela unidade partidária como nós fizemos. Nós avançamos naquilo que era preciso avançar, estamos mantendo o assunto em aberto”, observou o secretário-geral do PSB. 

O PSB em Pernambuco e a ausência de Eduardo Campos

Casa política de Campos, o PSB de Pernambuco era o que mais sofria influência do ex-governador. Apesar de não presidir a agremiação no estado, todas as decisões políticas passavam pelo crivo do Palácio do Campo das Princesas, onde ele permaneceu por sete anos e quatro meses. 

No comando estadual desde 2011, Sileno Guedes pontuou que dentre as características de Eduardo a que mais sente falta é a agilidade na contextualização e decisão das questões partidárias.

“São tantas coisas (que fazem falta), mas, sobretudo, o time dele é a falta mais latente. Ele tinha um sentimento muito aguçado para tomar decisões e dar encaminhamento. Eduardo era muito preciso, todos nós que ficamos por aqui temos a necessidade de ouvir mais e falar menos”, observou.

O futuro do PSB e a hereditariedade de Campos

Mesmo com a ausência do líder maior, o PSB tem boas perspectivas para os próximos anos. De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, a expectativa é “continuar crescendo” e ter bons resultados nas próximas eleições. “Continuamos crescendo sobre a inspiração das ideias e do brilhantismo de Eduardo. O PSB não parou. Temos perspectivas muito boas para as eleições de 2016 e 2018. Ele (Eduardo Campos) continua mais presente do que nunca no nosso partido”, ressaltou. 

Segundo Siqueira, apesar do crescimento, Pernambuco continua sendo um dos estados mais expressivos da legenda. O que na ótica socialista deve ser perpetuada pela hereditariedade política de Eduardo Campos, apostada em João e Pedro Campos, filhos do ex-governador.

Recentemente Pedro foi anunciado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), como o filho que dará “continuidade à obra de Eduardo”. E João é apontado nos bastidores como possível candidato a um cargo eletivo em 2018. 

Veja o trecho de um pronunciamento de Pedro Campos no dia 11 de agosto deste ano:

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Pedro e João se tornaram interlocutores da família em eventos públicos desde a tragédia há um ano. Os dois subiram em palanques pelo estado para reforçar as campanhas de Marina Silva à presidência da República e de Paulo Câmara ao Governo de Pernambuco. Depois do período eleitoral ficaram imersos a um silêncio que é quebrado durante as homenagens prestadas ao pai, inclusive, com análises políticas da conjuntura nacional.

 

O Partido dos Trabalhadores de Pernambuco (PT-PE) realizará no próximo dia 31 de maio o Congresso Estadual da legenda. O encontro que ainda está em definição de local e programação, discutirá a conjuntura política da legenda, a reorganização interna e o Processo de Eleição Direta (PED). 

Segundo a presidente estadual do PT-PE, deputada Teresa Leitão, as articulações para o evento já estão bem avançadas. “Queremos utilizar um final de semana e o domingo é um dia mais fácil da vinda de todos. Já têm os delegados eleitos, e por decisão da nacional, o encontro é aberto a simpatizantes. As teses já estão escritas e é um momento muito importante para o PT se posicionar”, adiantou ao Portal LeiaJá

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A dirigente do partido também reconheceu as problemáticas da legenda. “Nós estamos com gargalhos, é inegável. Houve uma relação histórica do PT com o movimento sindical que é chamado agora a se posicionar também em relação às medias provisórias, a atritos que agente precisa aprofundar e discutir”, pontuou. Leitão também frisou que depois de um primeiro momento de mais dificuldade, o governo “começa a se ajustar e precisa do PT que não é o só o partido da presidente como é o maior partido da base de sustentação”, avaliou. 

Garantindo está atenta aos rumos do governo e também, aos rumos do PT, a parlamentar detalhou as pautas do evento. “Este congresso vai debater também a organização do PT e o PED é uma das pautas (...). O tema é o mesmo do congresso nacional, exceto teses locais, porque o PT na Alepe precisa ter um norte dado pelo próprio partido como vem sendo feito agora. O partido já se posicionou várias vezes em relação aos mandatos, mas temos também os vereadores e tem questões das relações partido/mandatos e partidos/prefeituras”, analisou. 

Vinda de DilmaAlvo de críticas da oposição, a segunda vinda da presidente Dilma Rousseff (PT) na última quinta-feira (14) também foi analisada pela petista que confirmou as dificuldades do governo. “Ela reconheceu que há uma crise macroeconômica que não começou hoje e que não é do Brasil. Desde 2008 que o capitalismo entrou em crise e o Brasil não entrou logo na crise pelas medidas que foram tomadas de incremente do consumo de valorização do salário mínimo, de investimento no pleno emprego. Tudo isso a gente conseguiu segurar”, defendeu. 

Para Teresa Leitão, houve por parte da oposição uma prévia para tudo dar errado. “Na Assembleia Legislativa mesmo eu tive que falar, porque não gostaria de falar na véspera, que eu não sou peru (risos). Mas tive que falar porque o deputado Aloísio Lessa disse que ia ser um clima de enterro, fúnebre, porque o que existe no Estaleiro é apenas desemprego e o que a gente viu foi exatamente o contrário. A gente viu foi o reconhecimento desde a direção do Estaleiro Atlântico Sul, a fala dos trabalhadores, a fala da Transpetro, da Petrobras, dos empreendedores, em muito a reconhecer que é um momento de crise, mas que a indústria naval não parou”, protegeu.

De acordo com a deputada o discurso da presidente foi focado na concepção de gestão, no conteúdo nacional dos investimentos e na defesa do que foi aprovado para a divisão dos royalties do petróleo. “Quem não quer ver isso é porque está no papel de oposição que atualmente o papel da oposição no Brasil é de botar gosto ruim. Agora, o próprio governador reconheceu isso, o próprio prefeito de Ipojuca reconheceu, porque tem que toda vez que Dilma vir aqui anunciar um investimento se tem tantos já no Estado” rebateu a petista, descrevendo ações em andamento no Estado com recursos provindos do Governo Federal. 

 

Os projetos que versam sobre a reforma do sistema político no país devem começar a ser apreciadas pela Câmara dos Deputados no dia 26 de maio. A data foi divulgada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ele, os textos vão ao plenário com ou sem a aprovação final da Comissão Especial criada para discuti-los. 

O prazo, segundo Cunha, é para que as mudanças possam valer já para as eleições municipais de 2016. Além das propostas que tramitam na Câmara, há ainda a possibilidade de se fazer um referendo popular, caso isso aconteça, os textos só vão valer para 2018.

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Para o presidente, o sistema proporcional usado hoje em dia “está falido, pois permite que, muitas vezes, um candidato a deputado pouco votado possa ser eleito pelos votos de outro mais votado. E aqueles que tiveram uma votação mais expressiva acabam virando suplentes”.

“Durante as eleições, todos defendem a reforma política, mas, na hora de votar, não há consenso e por isso a proposta não sai do papel”, argumentou o peemedebista, nessa sexta-feira (24), ao participar do projeto Câmara Itinerante, em Cuiabá.

O novo presidente do PDT de Pernambuco deve ser escolhido nesta sexta-feira (6). Lideranças da legenda, inclusive o presidente nacional, Carlos Lupi, se reúnem, às 14h30, para definir a nova composição da Executiva Estadual e as principais diretizes a serem seguidas até as eleições de 2016.

Em junho do ano passado, Lupi fez uma intervenção no diretório estadual da legenda e assumiu interinamente à presidência, destituindo o prefeito de Caruaru, José Queiroz, do cargo. A medida foi tomada para permitir que o PDT firmasse uma aliança com o PTB na disputa pelo Governo do Estado, com o ex-deputado federal Paulo Rubem disputando o cargo de vice-governador ao lado de Armando Monteiro (PTB). 

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A participação de Rubem no palanque de Monteiro aconteceu a contragosto de líderanças como o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa, o deputado federal Wolney Queiroz e o prefeito de Caruaru. Todos aliados do PSB e que apoiaram a eleição do governador Paulo Câmara.  

 

 

A reforma política será o tema principal do primeiro ano da próxima legislatura no Congresso Nacional. Frisado como compromisso de reeleição pela presidente Dilma Rousseff (PT), o assunto é motivo de divergências entre o Legislativo e o Executivo. Um dos poucos consensos entre eles é sobre a necessidade do modelo político vigente ter uma reformulação. Na listagem dos principais pontos para serem revistos estão o fim do financiamento privado de campanha, tempo de mandato e reeleição, coligações partidárias e sistema eleitoral. 

A maior divergência é o método que será usado para a efetivação da reforma, nos discursos a presidente voltou a defender a realização de um plebiscito para uma consulta popular e a criação de uma Constituinte Exclusiva para tratar do assunto. Esta já é uma ideia defendida pela petista desde junho de 2013 e foi reforçada a partir de uma coleta de assinaturas em setembro deste ano para que o método seja visto pelo Congresso como de iniciativa popular. 

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A ideia da Constituinte, no entanto, é considerada sem sentido pelo deputado federal eleito Daniel Coelho (PSDB). “Não vejo sentido, o Brasil não esta precisando de uma nova eleição. Isso vai ter custo para a nação. Se você tiver que eleger mais deputados para esta exclusiva as deturpações seriam as mesmas”, cravou. 

A consulta dos temas urgentes por meio de plebiscito também não é bem vista por parlamentares da oposição. Segundo eles, a reforma política é de grande complexidade para ser definida em um plebiscito. “Jogar para um plebiscito, você pode levar uma discussão técnica, séria, que diz respeito à institucionalidade, para um movimento muitas vezes emocional que pode descambar para o populismo”, frisou o líder da bancada do DEM e deputado federal reeleito, Mendonça Filho. 

Em contrapartida, para o senador Humberto Costa (PT) “povo quer discutir e participar dessa decisão” e, por isso, a melhor forma de pontuar o que deve ser feito é com a consulta. “Quando o Congresso é que tem a iniciativa ele termina por discutir as mudanças de acordo com os interesses dos parlamentares que estão aqui e não necessariamente com os interesses da população”, condenou. “O plebiscito será antecedido de um amplo debate com a sociedade, ela vai conhecer as grandes diferenças poderá definir aquilo que considera ser o melhor para ela própria”, observou o aliado da presidente Dilma. 

A necessidade da reforma por uma só voz

Mesmo com pontos divergentes, oposição e governo falam por uma só voz sobre a necessidade de uma reforma no sistema político brasileiro. De acordo com o deputado federal reeleito Eduardo da Fonte (PP), “o tema que tem que ser debatido e feito”. “É importante que a gente possa aprimorar as regras eleitorais. É fundamental que em fevereiro de 2015 já se inicie. Não podemos disputar as eleições com prática de 20 anos atrás”, disse.

Corroborando Da Fonte, a pernambucana Luciana Santos (PCdoB) alertou da dificuldade de aprovar as propostas pela reforma com a nova composição do Congresso Nacional. “Não vai ser fácil com este novo composição do Congresso. Ela é uma reforma estruturante necessária, passamos por uma crise de identidade política muito forte e temos que cuidar disso”, observou. “O que nós temos que fazer é botar o debate externo para a sociedade, fazendo consultas externas. Qualquer caminho que tenha a consulta popular é mais legítimo”, argumentou lembrando a Lei da Ficha Limpa, criada por demanda da população. 

A dificuldade de consenso mencionada por Luciana, já foi expressa antes mesmo do início da nova legislatura. Para Coelho, que assume o primeiro mandato federal em janeiro, a reforma política é “extremamente importante”, mas Executivo não vai facilitar a aprovação das propostas. “Não acredito na vontade política do PT e de Dilma a fazer, agora é extramente importante para o país rediscutir o modelo político. A quantidade de partidos que a gente tem hoje é um dos pontos inadmissíveis”, observou. “Propostas já existem muitas no Congresso, agora vai ser um desafio muito grande para os partidos de oposição tentar forçar o governo a aprovar os projetos”, vaticinou. 

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