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A 4ª edição do programa Gera Jovem Igarassu iniciou na última terça-feira (9). A iniciativa oferece aulas práticas de qualificação profissional, empreendedorismo e acesso a cadastros a jovens para ter o primeiro emprego. O programa, em parceria com o Hub Canoa Grande Igarassu, é realizado nos dois polos do Complexo Tecnológico de Empreendedorismo e Negócios (CTEN), na Vila Saramandaia e Loteamento Agamenon Magalhães.

De acordo com a Prefeitura de Igarassu, no polo Saramandaia ainda há vagas para os interessados, que devem comparecer à unidade para se inscrever.  Os participantes que não puderam comparecer nesta terça-feira, ainda têm chance de participar na quinta-feira (11). As aulas acontecem nos mesmos dias nos dois polos de oferta do programa. 

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Três homens e uma mulher, entre de 16 a 24 anos, morreram após serem encontrados passando mal no começo da manhã desta segunda-feira, 1º, dentro de uma BMW estacionada no Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O caso é apurado pela Polícia Civil.

Qual é a principal linha de investigação?

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A hipótese de morte acidental, devido à asfixia por intoxicação de monóxido de carbono, que estaria vazando do veículo, é a principal linha de investigação. Porém, a Polícia Civil avalia outras hipóteses e aguarda o resultado dos laudos periciais cadavéricos e que estão sendo realizados no veículo. Após a ocorrência, familiares das vítimas relataram que a BMW havia passado por uma adulteração recente no escapamento, informação que agora é apurada pela polícia.

Qual foi a causa da morte?

Conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMSC), as vítimas sofreram paradas cardiorrespiratórias. Houve tentativas de reanimá-las, mas elas não resistiram. O Corpo de Bombeiros afirma que as mortes foram decretadas no próprio local, "após 40 minutos de procedimentos avançados de reanimação" por integrantes da corporação e socorristas do Samu. Conforme a corporação, a causa das paradas cardiorrespiratórias ainda é desconhecida.

Quem estava no carro?

As vítimas são uma mulher, de 19 anos, e três homens, de 16, 21 e 24 anos. O delegado plantonista Bruno Effori afirmou ao Estadão que o grupo era composto por amigos e familiares de Paracatu, município no interior de Minas Gerais. Eles haviam passado o réveillon em Balneário Camboriú e estavam voltando para São José, município onde estavam hospedados.

Por que a BMW estava no Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú?

Após a festa da virada, um carro seguiu com parte da família para a cidade vizinha e outro, com as quatro vítimas, foi para a rodoviária de Balneário Camboriú por volta de 3h. O objetivo era buscar uma quinta pessoa, que havia chegado de ônibus de Minas.

Assim que estacionaram no local, porém, os quatro passageiros começaram a passar mal dentro do carro. Com isso, o grupo optou por aguardar um pouco por lá mesmo após a chegada da pessoa que haviam ido buscar, mas não houve melhora. O resgate, então, foi acionado.

A Tattoo Week (TW), maior evento de tatuagem do mundo, recebe até o próximo dia 8 inscrições para cursos presenciais e gratuitos de tatuagem e piercing, voltados para jovens maiores de 18 anos, moradores de favelas do Rio de Janeiro.

As inscrições podem ser feitas no Instagram (@tattooweek). O evento chega ao Rio no dia 19 e será no Expo Mag até o dia 21 deste mês. As aulas teóricas e práticas incluem também conhecimentos em biossegurança.

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A presidente da associação Tattoo do Bem, braço social da Tattoo Week, Esther Gawendo, disse à Agência Brasil que, diante da elevada procura, a ideia é manter o projeto ao longo do ano, visando promover a inclusão de jovens moradores de comunidades cariocas. Os interessados devem comprovar também a conclusão, pelo menos da primeira dose, de vacinas contra doenças infectocontagiosas, como hepatite e tétano.

Também diretora executiva da iniciativa, Esther informou que serão três turmas de piercing, totalizando em torno de 100 alunos, e 30 jovens para o curso de tatuagem, mais complexo. “Nossa primeira ideia era atender 20 alunos para o curso de tatuagem e 40 para o de piercing. Por conta da alta procura que a gente teve, a ideia é continuar mantendo esse projeto no decorrer do ano”, avaliou.

Inspiração

O curso de tatuagem será ministrado pela Escola 4 Art Tattoo – Estúdio de Tatuagem e Artes, de São Gonçalo, pelos tatuadores Mandrak e Gilson Dreadlock, junto com outros profissionais da equipe. O de piercing, pela própria Esther. Faz parte ainda do time de professores de tatuagem o tatuador Rapha Lopes (@raphafons), natural do Morro do Andaraí e pentacampeão na Tattoo Week.

Esther disse que Rapha Lopes e Gustavo Tattoo, bicampeão da TW, eram tatuadores de favela e hoje, por meio da tatuagem, conseguiram mudar suas vidas, tornando-se profissionais e mostrando aos jovens que é possível transformar sonhos em realidade. Gustavo Tattoo era de Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, e teve uma trajetória de sucesso.

O ativista social da favela Santa Marta e padrinho do projeto, Thiago Firmino, considera a iniciativa da Tattoo Week muito importante para trazer esperança e renda para jovens de favelas. Defendeu que a iniciativa pode se transformar em um programa de governo apoiado pela prefeitura carioca ou pelo governo do estado. “Iniciativas como esta precisam ser valorizadas e apoiadas para fazer a diferença na vida dessas pessoas. Toda ajuda é bem-vinda”, enfatizou.

Profissionalização

Esther frisou que o objetivo é profissionalizar jovens das favelas, afastando-os da ociosidade, de modo que possam gerar renda para suas famílias. Segundo a presidente da Tattoo do Bem, o setor de arte na pele tem crescido 30% ao ano no Brasil e constitui importante mercado gerador de emprego e renda. “Queremos dar oportunidade para o jovem poder desenvolver uma carreira e ter uma profissão, podendo tornar-se um empreendedor”, sinalizou.

O curso de tatuagem será dado nos dias 15, 16, 17, 18 e 19 de janeiro, no Expo Mag. No mesmo local, nos dias 18 e 19, haverá o curso de piercing. A formatura dos alunos está programada para o dia 19. Todos os participantes receberão certificado de biossegurança e de conclusão dos cursos.

Durante o evento, a entrada será gratuita na sexta-feira (19), a partir da doação de dois quilos de alimento não perecível, que serão direcionados a programas assistenciais da cidade. Para o sábado (20) e o domingo (21), o ingresso terá valor a partir de R$ 40 e poderá ser adquirido pelo link ou diretamente na bilheteria do evento.

No ano passado, 10,9 milhões de jovens com idade entre 15 e 29 anos, o correspondente a 22,3%, não estudavam, nem trabalhavam. É o menor valor absoluto da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileira de Estatística e Geografia (IBGE). O dado consta da Síntese de Indicadores Sociais 2023: uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo instituto.

Anteriormente, o menor valor havia sido apurado em 2014 (11,2 milhões). O total de jovens vem se reduzindo na população brasileira. Em 2012, eram 51,9 milhões, que representavam 33,6% da população em idade de trabalhar. Entre 2012 e 2022, o número de jovens diminuiu 5,9%, somando 48,9 milhões de pessoas, em consonância com o processo de envelhecimento populacional no país.

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Considerando exclusivamente esses dois anos, o total de jovens que não estudavam e não estavam ocupados caiu de 11,3 milhões, em 2012, para 10,9 milhões, em 2022, uma queda de 3,6%. Isto é, a diminuição do contingente de jovens que não estudam e que não estão ocupados foi inferior à do total de jovens e, por isso, a taxa do grupo nessa condição não foi a menor da série, embora tenha sido o menor em valor absoluto, em 2022. As menores taxas foram verificadas em 2012 (21,8%) e 2013 (22,0%), sendo a de 2022 (22,3%) a terceira menor taxa da série iniciada em 2012.

Em 2016 e em 2020, os percentuais de jovens que não estudam e não estão ocupados aumentaram e os de jovens ocupados diminuíram em decorrência das crises econômicas e da pandemia de covid-19. Em 2021 e em 2022, com o aumento dos jovens ocupados, o percentual de jovens que não estudam e não trabalham diminuiu.

Entre os 10,9 milhões que não estudavam, nem estavam ocupados, 43,3% eram mulheres pretas ou pardas; 24,3%, homens pretos ou pardos; 20,1%, mulheres brancas; e 11,4%, homens brancos.

No ano passado, 4,7 milhões de jovens não procuraram trabalho, nem gostariam de trabalhar. Nesse grupo de jovens, 2 milhões eram mulheres cuidando de parentes e dos afazeres domésticos. 

O percentual de jovens nem-nem entre as mulheres (28,9%) é quase o dobro do observado entre os homens (15,9%). A condição nem-nem é a principal para mulheres de 18 a 24 anos (34,3%) e a segunda de 25 a 29 anos (33,8%). Para homens, a condição nem-nem é mais expressiva entre 18 e 24 anos (21,4%). Entre 15 e 17 anos, a maioria dos jovens de ambos os sexos está estudando.

Quanto menor o rendimento domiciliar, maior a taxa de jovens que não estudam e não trabalham.

Em 2022, a taxa nos domicílios com menores rendimentos (49,3%) era mais que o dobro da média (22,3%) e 7 vezes maior que os da classe com os 10% maiores rendimentos (7,1%). Em 2012, era cinco vezes maior. A extrema pobreza e a pobreza são elevadas (14,8% e 61,2%). Entre os jovens pobres que não estudavam, nem estavam ocupados, 47,8% eram mulheres pretas ou pardas.

“Os jovens, grupo de pessoas de 15 a 29 anos de idade, de acordo com o Estatuto da Juventude, enfrentam maior dificuldade de ingresso e estabilidade no mercado de trabalho, tendo em vista sua inerente inexperiência laboral, representando o grupo mais vulnerável aos períodos de crise econômica, especialmente entre os menos qualificados. Em compensação, quando as condições no mercado de trabalho estão desfavoráveis, os jovens tendem a permanecer mais tempo no sistema de ensino, adquirindo qualificações que contribuirão para reduzir essa vulnerabilidade no futuro. Isso ocorre quando o investimento público em educação torna atrativa a continuidade dos estudos a ponto de contrabalançar o aumento do desemprego, da inatividade e do desalento”, diz o IBGE.

Mercado de trabalho

O rendimento-hora da população ocupada branca (R$ 20,1) era 61,4% maior que o da população preta ou parda (R$11,8) em 2022. Por nível de instrução, a maior diferença (37,6%) estava no nível superior completo: R$ 35,30 para brancos e R$ 25,70 para pretos ou pardos.

Em 2022, 40,9% dos trabalhadores do país estavam em ocupações informais. A proporção de informais entre mulheres pretas ou pardas (46,8%) e homens pretos ou pardos (46,6%) superava a média, enquanto mulheres brancas (34,5%) e homens brancos (33,3%) tinham taxas abaixo da média. 

Na população ocupada do país, os brancos eram 44,7%, e os pretos ou pardos, 54,2%. As atividades com menor rendimento médio tinham maior proporção de trabalhadores pretos ou pardos, como a agropecuária (62,0%), a construção (65,1%) e os serviços domésticos (66,4%).
Em 2022, o nível de ocupação dos homens alcançou 63,3% e o das mulheres, 46,3%. Essa desigualdade persistia, mesmo entre os trabalhadores com ensino superior completo: 84,2% para os homens e 73,7% para as mulheres. 

 

Os jovens moradores do Grande Recife terão a oportunidade de se formar em panificação pelo projeto "De Grão em Pão", oferecido pela Fundação Bunge. A ação tem como principal objetivo qualificar jovens de 18 a 29 anos nas áreas de panificação, culinária e confeitaria. Além de suprir a demanda por profissionais no setor de panificação, o projeto também se concentra em fornecer oportunidades de capacitação para uma faixa etária frequentemente desempregada no Brasil.

Neste programa, 20 alunos serão escolhidos no Recife para participar. Eles passarão por um mês de formação socioemocional e, posteriormente, 15 jovens serão selecionados para continuar com a formação técnica. Durante o projeto, os participantes receberão apoio para despesas de transporte e alimentação, bem como todo o material necessário para as aulas técnicas, que serão ministradas por chefs renomados.

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Após a conclusão do curso, esses jovens serão encaminhados para oportunidades de trabalho em padarias, em parceria com o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Pernambuco. O "De Grão em Pão" faz parte do programa "Comunidade Integrada", que busca promover o desenvolvimento sustentável em áreas onde a Bunge atua, com foco na geração de renda. Este projeto conta com o apoio de diversos parceiros, incluindo a Academia Bunge, Harald Chocolates, Instituto Gastronômico das Américas (IGA), Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Pernambuco e Associação dos Industriais de Panificação de Pernambuco.

O programa terá duração de 12 meses, com várias etapas, como seleção dos 20 participantes, preparação socioemocional, qualificação profissional para os 15 finalistas, imersão prática no mercado de panificação e confeitaria, formatura, integração no mercado de trabalho e acompanhamento de carreira profissional com orientação da Fundação Bunge.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, nesta segunda-feira (23), o ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo, que deixou uma pessoa morta e duas feridas. Segundo o presidente, não podemos “normalizar” que jovens tenham acesso a armas.

“Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas”, escreveu no X, antigo Twitter.

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O ministro da Educação, Camilo Santana, também se pronunciou sobre o ataque e classificou o fato como “inaceitável”.

“Meus sentimentos aos familiares e amigos das vítimas desse episódio de violência na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo. Um fato profundamente lamentável, inaceitável, que entristece a todos nós”, disse Santana.

Uma aluna morreu e outros três ficaram feridos na manhã desta segunda, após um adolescente de 15 anos, que também é aluno da Escola Estadual Sapopemba, entrar armado e efetuar os disparos. O autor dos tiros foi apreendido.

 

No próximo dia 23 de setembro, a cidade de Guarulhos receberá a quarta edição da Conferência Municipal de Juventude, no Teatro Adamastor, das 8h às 17h. O tema deste ano é “Reconstruir no Presente, Construir o Futuro: Desenvolvimento, Direitos, Participação e Bem Viver”. 

Durante o evento, serão escolhidas as propostas para serem encaminhadas à conferência estadual, prevista para ocorrer em outubro na cidade de Olímpia. Além da eleição dos representantes (delegados) para participar da etapa estadual.

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Os interessados em participar devem preencher o formulário de inscrição até as 10h, do dia 23 no seguinte link: bit.ly/4ConferenciaJuventudeGru.

O objetivo é promover a participação ativa dos jovens do município, na formulação de políticas públicas e suas diretrizes; visando o desenvolvimento integral e à construção de uma sociedade mais inclusiva e participativa.

A iniciativa conta com o apoio da da Subsecretaria da Juventude, integrante da Secretaria de Direitos Humanos de Guarulhos.

Serviço - Conferência Municipal de Juventude de Guarulhos

Data: 23 de setembro de 2023

Horário: 8h às 17h

Local: Teatro do Centro Educacional Adamastor

Endereço: Avenida Monteiro Lobato, número 734 - Macedo, Guarulhos/SP

Inscrições online: bit.ly/4ConferenciaJuventudeGru

Um estudo global elaborado pela Open Society Foundations (OSF) mostra que os jovens (geração Z e millennials) são, entre os grupos etários, aqueles que têm menos fé em um sistema político baseado na democracia. Por outro lado, o mesmo levantamento também apontou que quase 90% da população prefere viver em um estado democrático.

O estudo foi realizado entre maio e julho de 2023 pelo instituto de pesquisas Savanta e Gradus Research, em 30 países de todas as regiões e com uma variedade de sistemas políticos, totalizando 36 mil entrevistados.

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Apenas 57% dos entrevistados entre 18 e 35 consideram que a democracia é preferível a qualquer outra forma de governo, em comparação com 71% dos mais velhos. Além disso, uma significativa minoria de jovens (42%) considera que o regime militar é uma boa forma de governar um país. Um número semelhante (35%) considera que ter um líder forte que não se preocupa com eleições ou consulta as legislaturas é uma boa forma de governo.

"Nossas descobertas são ao mesmo tempo preocupantes e alarmantes. Pessoas em todo o mundo ainda querem acreditar na democracia. Mas, geração após geração, essa fé está se desvanecendo à medida que crescem as dúvidas sobre a sua capacidade de proporcionar melhorias concretas às suas vidas. Isso tem que mudar", disse Mark Malloch-Brown, presidente da Open Society Foundations e ex-secretário-geral adjunto da ONU.

Apesar disso, o relatório conclui que o conceito de democracia continua sendo amplamente popular em todas as regiões do globo, com 86% dos ouvidos pela pesquisa afirmando que preferiam viver em um estado democrático. No Brasil, de acordo com a pesquisa, viver em um país que é democraticamente governado é importante para 90% dos respondentes.

O estudo também indicou que existe uma descrença generalizada de que estados autoritários possam cumprir as prioridades de forma mais eficaz do que as democracias. Apenas 20% consideram os países autoritários mais capazes do que as democracias de cumprir "o que os cidadãos querem".

Entre as prioridades apontadas pelos entrevistados, pobreza e desigualdade (20%), mudanças climáticas (20%) e corrupção (18%) foram as que mais apareceram.

A resposta dos entrevistados também indicou uma forte crença nos direitos humanos, com 95% dos ouvidos rejeitando a ideia de que não há problema em os governos violarem os direitos daqueles que parecem diferentes deles.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por ano, mais de 700 mil pessoas tirem a própria vida em todo o mundo. Segundo a organização, o número pode chegar a 1 milhão se forem considerados os casos não registrados. No Brasil, são aproximadamente 14 mil suicídios todos os anos — uma média de 38 pessoas por dia. Neste domingo (10), é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Especialistas apontam que a maioria dos casos é relacionada a transtornos mentais, como depressão, e alertam que esses problemas têm se manifestado cada vez mais cedo.

Segundo o psiquiatra Rodrigo Bressan, presidente do Instituto Ame Sua Mente, pesquisas indicam que 75% dos transtornos mentais do adulto começam antes dos 24 anos. No caso dos adolescentes, metade tem início antes dos 14 anos. “A gente acaba vendo o indivíduo que está deprimido com 20, com 30 anos, mas na verdade a doença, a maioria, começou muito mais cedo”, diz.

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Um dos problemas que têm se apresentado cada vez mais cedo é a autolesão. Um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), analisou casos de 61 alunos de 10 a 16 anos. Além de mostrar que 83% dos casos parecem ocorrer por causa de conflitos familiares não resolvidos, revelou ainda que a maioria está associada à depressão. “Nós encontramos um índice de correlação 65%”, afirma o doutor em psicologia Antonio Augusto Pinto Junior, coordenador do Estudo sobre a Estruturação do Ego e da Personalidade de Adolescentes que se Automutilam. Ele avalia ser necessário outra pesquisa justamente para compreender melhor essa associação entre a depressão e os quadros de autolesão.

Esse tipo de comportamento, segundo Antonio Augusto, começa a se apresentar cada vez mais cedo, por volta dos 10 anos. Foi o caso de Clara, filha de Gabriela (nome fictício). A jovem começou a apresentar o comportamento por volta dos 10, 11 anos. “Começou a me chamar a atenção o uso de moletom, e foi aí que eu vi que ela estava se automutilando e fiquei muito preocupada . Ela apresentou ainda o comportamento de querer tirar a própria vida, que tudo estava muito difícil para ela, que as pessoas não a entendiam”, conta Gabriela, que encaminhou a filha para atendimento médico. O diagnóstico foi depressão. Hoje Clara tem acompanhamento, está medicada e vive feliz, segundo a mãe.

Assim como Clara, quem se autolesiona costuma cobrir braços e pernas com roupas de mangas compridas como moletons. Mas pode também utilizar outros artifícios, como pulseiras. Foi o caso de uma aluna de uma escola em Santos, em São Paulo, atendida pela psicóloga orientadora Helena Maria Fernandes Martins, que trabalha em unidades de ensino do litoral paulista. O fato foi descoberto por um colega da menina, como conta Helena. “Ela se cortou na sala de aula, debaixo da carteira. Outro aluno viu e veio conversar comigo. A menina usava esse artificio, de ter várias pulseiras no pulso.“ Helena ressalta a importância de alunos e professores terem treinamento em saúde mental para reconhecerem quem precisa de ajuda.

Segundo o estudo da UFF, as partes do corpo escolhidas para a autolesão, na maior parte dos casos, são braços, mãos ou pulsos: 94,1%. Em 88,5% dos casos, são utilizados objetos cortantes, como gilete, apontador e estilete.

Para a psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere, de prevenção do suicídio, na maioria das vezes, a autolesão é um pedido de ajuda. Segundo ela, existem alguns jovens que vão experimentar esse comportamento por curiosidade, o que também exige atenção. Se isso acontecer repetidamente, o alerta tem que ser ligado.

Nesse casos, diz ela, o jovem pode estar sofrendo bullying, cyberbullying, abuso físico, sexual ou de substância. Karen Scavacini ressalta que o adolescente pode estar ainda com alguma questão psiquiátrica não identificada ou não tratada como alteração de humor, personalidade, alimentar, a própria ansiedade, depressão, ou mesmo questões relativas à sexualidade, vulnerabilidade social e a conflitos familiares.

"O que a gente tem visto é uma baixa tolerância às frustrações. E a autolesão é vista como uma forma de alívio”, explica a psicóloga.

Rodrigo Bressan diz que, quando o sofrimento é muito intenso, pode haver uma relação entre autolesão e suicídio. Normalmente, esses casos estão associados à depressão. “Alguém que está fazendo autolesão está em um sofrimento emocional muito grande. A gente tem que lembrar que  90% dos casos estão associados a um diagnóstico psiquiátrico, em especial a depressão, e o mais importante que a gente tem que tratar o que está por detrás."

Mudança de comportamento, queda no rendimento escolar, isolamento constante, no grupo de amizade, aparecimento de corte, queimadura, machucado, uso de mangas longas mesmo no calor podem ser sinais. 

Papel de pais e professores

Na maioria dos casos, quem diagnostica ou identifica a prática da autolesão é o professor. “Isso sinaliza uma demanda de capacitação, de treinamento, de formação dos professores, entendendo a escola como porta de entrada para a identificação precoce de várias modalidades de sofrimento psíquico na infância e na adolescência”, destaca Antonio Augusto.

Ricardo Oliveira tinha 19 anos quando sobreviveu a duas tentativas de suicídio. Hoje, ele é psicólogo e voluntário na Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). Ricardo acredita que uma conversa sobre o assunto na juventude poderia ter ajudado. “Com certeza a relação com o tratamento seria diferente, até a visão porque tinha uma visão com preconceito. Eu acho que [se tivesse] alguém explicando e conversando, com certeza, as ações seriam ser diferentes”, diz ele.

Rodrigo Bressan diz que a conversa com o adolescente, em situações como essas, é sempre delicada. Não se pode ter uma postura arrogante, nem com rótulos. Também não se deve dizer que  a pessoa está fazendo algo errado ou que é “maluca”.  Não se pode criar barreiras, mas, sim, mostrar a percepção de um comportamento diferente.

“Você dá a autoria da conversa para o adolescente. Quando ele tem autoria, a chance de ele se abrir para conversar aumenta”. Bressan avalia que “todo o comentário, mesmo que nas entrelinhas, de julgamento afasta o adolescente”.

Para Karen Scavacini, o Setembro Amarelo, mês que marca a campanha de conscientização sobre prevenção ao suicídio, é uma oportunidade para escolas e pais debaterem a questão da saúde mental. De acordo com a psicóloga, pode ser feita uma conversa em torno de um filme ou de uma série. “Caso perceba que esse jovem precisa de ajuda, [o ideal é] oferecer escuta, acolher”, diz.

O apoio psicológico às crianças e aos adolescentes nas escolas é também uma das pautas prioritárias nas ações desenvolvidas pelo Departamento de Saúde Mental, que foi criado nesta gestão do Ministério da Saúde, segundo o psiquiatra Marcelo Kimati, assessor técnico da pasta, que ressalta a expansão da rede de saúde mental no país: “Desobstruindo uma fila que estava obstruída ao longo do último ano no qual nós não tivemos a habilitação de novos serviços para criança e adolescente.”

O Ministério da Saúde ampliou o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial com investimento de mais de R$ 200 milhões em 2023. Os recursos destinados a estados e Distrito Federal somam R$ 414 milhões no período de um ano.

Rodrigo Bressan também defende a parceria entre pais e a escola. ”Os professores são um dos agentes que podem contribuir, e muito, para a prevenção dos transtornos. Lógico que em contato com os pais.”

Onde obter ajuda

Para quem precisa de ajuda, o site mapasaudemental.com.br traz um mapeamento de locais, em todo o país, que oferecem atendimento em saúde mental.

O Instituto Ame Sua Mente tem, por exemplo, o projeto Bússola, para auxiliar os professores a lidar com problemas de saúde mental. O Vita Alere também oferece diversas atividades que incluem atendimentos, cursos, consultorias e palestras.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pelo telefone 188 ou no site cvv.org.br.

Em caso de necessidade, também é possível conseguir ajuda em centros de Atenção Psicossocial (CAPs), unidades básicas de Saúde (UBSs), unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atende pelo número 192.

 

 

Mais de um milhão de participantes iniciaram, às 9h deste domingo (27), a realização das provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2023. Os portões de acesso aos locais de exame foram fechados às 8h45. Os participantes buscam certificação para ensino fundamental ou ensino médio, no período da manhã e da tarde.

Ao todo, 1.104.146 participantes estão inscritos no exame, dos quais 193.572 buscam a certificação para o ensino fundamental e 910.574 para o ensino médio. As mulheres são maioria, com 613.097 participantes. Já o público masculino conta com 491.049 inscritos. 

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No período da manhã, os participantes terão quatro horas para realizarem as provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha. Aqueles que buscam a certificação no ensino fundamental serão avaliados em ciências naturais e matemática. Para o ensino médio, serão verificados os conhecimentos em ciências da natureza e suas tecnologias, além de matemática e suas tecnologias.

No período da tarde, a prova terá cinco horas de duração. Para os participantes que buscam a certificação no ensino fundamental, serão aplicadas as provas de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física, redação, história e geografia. Já para a certificação no ensino médio, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, além de redação, e ciências humanas e suas tecnologias.

Encceja

O Encceja foi realizado pela primeira vez em 2002, para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade adequada. O exame é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação. Já a emissão do certificado e da declaração de proficiência é responsabilidade das secretarias de Educação e dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia que firmam Termo de Adesão ao Encceja.

O programa 'Impulso Digital', iniciativa da ONG pernambucana Junior Achievement em parceria com a Avanade, oferta imersão gratuita em tecnologia para jovens entre 14 e 29 anos. As inscrições estão abertas e seguem atá sexta-feira (11), através do site da iniciativa.

Além dos conteúdos teóricos, como HTML, CSS e JavaScript, os estudantes terão acesso à oportunidade de construir um currículo profissional e aprender estratégias para se destacar em processos seletivos, bem como a dicas de especialistas para conseguir a tão sonhada vaga no mercado de tecnologia.

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 Ao final do programa, as três melhores landing pages desenvolvidas durante o curso serão premiadas com chromebooks e mentorias de carreira exclusivas com especialistas da área na Avanade.

O quantitativo de jovens que não trabalham e nem estudam atingiu um alto índice no Brasil, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O levantamento realizado pela instituição aponta que, em 2022, 36% da população com idade entre 18 e 24 anos estão nessa condição, ou seja, fazem parte da 'geração nem-nem'. Os números colocam o país em segundo lugar no ranking mundial, ficando atrás apenas da África do Sul.

Outro estudo, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que 73% da geração nem-nem é formada por mulheres. Essa quantidade, de acordo com a organização, tem como causa principal a gravidez precoce. Na mesma pesquisa, aponta-se que mais de três milhões de brasileiros estão desocupados e buscando um emprego há mais de dois anos.

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O mesmo levantamento afirma que existe cerca de cinco milhões de pessoas desistiram de procurar emprego, devido à falta de perspectiva. Ainda segundo o Ipea, metade deles não completou o ensino fundamental, 25% estão na faixa etária de 18 a 24 anos.

O papa Francisco almoçou nesta sexta-feira (4), em Lisboa, com um grupo de 10 participantes da Jornada Mundial da Juventude originários de diversos países, incluindo do Brasil.

Durante o encontro, o líder da Igreja Católica falou sobre temas caros a seu pontificado, como aborto, eutanásia, cultura do descarte e caridade.

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O almoço ocorreu na sede da Nunciatura Apostólica e teve a presença de três pessoas de Portugal e uma do Brasil, da Colômbia, dos Estados Unidos, das Filipinas, da Guiné Equatorial, da Palestina e do Peru.

"Sejam sempre felizes porque os santos são felizes, não existe um santo triste", disse o Papa. Além disso, afirmou que os jovens precisam ser "goleiros na vida" para impedir os "gols das coisas injustas".

"Garanto a vocês que foi o melhor almoço da minha vida, não por aquilo que eu comi - ainda que eu goste de comer -, mas pela companhia", disse, sorridente, a equato-guineense Maria Madalena, de 31 anos e que sentou ao lado de Jorge Bergoglio.

O cardápio do almoço foi macarrão, carne e sorvete, mas sem pastel de nata, doce típico português que o Papa disse querer provar antes de ir embora, segundo os jovens.

Da Ansa

No dia 16 de agosto, a Prefeitura de Guarulhos promoverá o “Mutirão Estagiando”, evento destinado a jovens com idade entre 16 e 29 anos, que estão em busca de emprego. O mutirão acontecerá na sede da Subsecretaria da Juventude, das 12h às 17h. 

Os requisitos para participar são: cursar o ensino médio, técnico ou superior; levar currículo impresso e documento pessoal com foto.

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No local, será realizada triagem e encaminhamento para entrevista final em diversas empresas da município, que oferecem cerca 500 vagas nas áreas de: administração, atendimento ao cliente, comercial, contabilidade, design gráfico, marketing, nutrição, recepção, recursos humanos, pedagogia, reposição de mercadorias, serviços gerais, telemarketing e tecnologia da informação.

O mutirão integra o projeto Estagiando, que visa à integração de estudantes no mercado de trabalho, com vagas de estágio remunerado. A iniciativa é realizada em parceria com as empresas Bellotis Estágios, Brilho Próprio Estágios, Agência Conecta, IGEduc, Ellenco Estágios e Matioli Estágios.

 

Serviço - Mutirão Estagiando

Data: 16 de agosto de 2023 

Horário: 12h às 17h

Local: Subsecretaria da Juventude de Guarulhos

Endereço: Rua Guarulhos, número 22 - Gopoúva, Guarulhos/SP

Outras informações no telefone: 2408-5604

O papa Francisco recordou nesta quinta-feira (3) aos jovens "a urgência dramática" do aquecimento global e defendeu uma "ecologia integral", no segundo dia de sua visita a Lisboa para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"Devemos reconhecer a urgência dramática de cuidar da casa comum. No entanto, isso não pode ser feito sem uma conversão do coração e uma mudança da visão antropológica subjacente à economia e à política", afirmou o pontífice durante um encontro com estudantes na Universidade Católica de Lisboa.

"Não podemos contentar-nos com simples medidas paliativas ou com tímidos e ambíguos compromissos", insistiu Francisco, 86 anos, depois de ouvir os depoimentos de vários jovens na instituição fundada em 1967 e presidida por jesuítas.

Francisco voltou a defender o conceito de "ecologia integral", uma marca de seu pontificado desenvolvida na encíclica "Laudato Si" (2015), dedicada à defesa do meio ambiente, que vincula ecologia e justiça social, integrando estreitamente o ser humano com a natureza

"Temos necessidade duma ecologia integral, de escutar o sofrimento do planeta juntamente com o dos pobres; necessidade de colocar o drama da desertificação em paralelo com o dos refugiados; o tema das migrações juntamente com o da queda da natalidade", afirmou.

"Não queremos polarizações, mas visões de conjunto", acrescentou o papa diante das 6.500 pessoas que compareceram ao evento, segundo as autoridades locais.

O líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos iniciou na quarta-feira a visita de cinco dias a Lisboa para participar da jornada de encontros festivos, culturais e religiosos, um evento que reúne centenas de milhares de jovens de todos os continentes.

Após um primeiro dia dedicado às autoridades e ao clero local, Francisco presidirá durante a tarde de quinta-feira uma grande cerimônia de boas-vindas aos peregrinos em um parque no centro da cidade, ocupado pela JMJ.

Antes, o pontífice visitará Cascais, uma cidade histórica que fica 30 quilômetros ao oeste de Lisboa, onde se encontrará com jovens da rede internacional de ensino Scholas Occurrentes.

Depois das edições no Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019), esta é a quarta JMJ para o papa Francisco, que tem a saúde cada vez mais frágil. Hospitalizado três vezes desde 2021, atualmente o pontífice argentino precisa de uma cadeira de rodas ou de uma bengala para seus deslocamentos.

Considerada a maior reunião internacional de católicos, a JMJ foi criada em 1986 por iniciativa de João Paulo II. Esta edição deveria ter acontecido em 2022, mas foi adiada devido à pandemia.

A empresa de telecomunicações Algar está com seu programa Talentos do Futuro aberto, a iniciativa visa capacitar jovens em vulnerabilidade social para o mercado de trabalho. As vagas são gratuitas para todo Brasil de forma online e de forma presencial em Uberlândia, Minas Gerais.  

Para participar do Talentos do futuro é preciso ter de 15 a 17 anos, ter renda per capita de até 1,5 salário mínimo e estar ou ter cursado ensino médio em escola pública.

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Os candidatos terão aulas de noções básicas de português, matemática e informática, também vão trabalhar a comunicação e trabalho em equipe.

Os interessados têm até 11 de agosto para se inscrever por meio de formulário online.  

O papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do Festival dos Jovens em Medjugorje, na Bósnia e Herzegovina, e pediu que eles não deixem espaço para o egoísmo e a preguiça.

"Que não haja lugar em sua vida para o egoísmo nem para a preguiça. Aproveitem sua juventude para jogar, junto com o Senhor, as bases de sua existência. Seu futuro pessoal, profissional e social dependerá das escolhas que fizerem nos próximos anos", aconselhou o pontífice.

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O Papa também pediu a confiança dos jovens: "Muitas vezes temos dificuldade de compreender e acolher Sua vontade, queremos uma vida diferente, sem desafios, sofrimentos, queremos ser diferentes, mas não devemos ter medo de que aceitar a Sua vontade signifique renunciar à nossa liberdade".

"Caros jovens, Deus tem um projeto de amor para cada um de vocês. Vocês são preciosos e importantes para Ele, obra de Suas mãos. Só Ele conhece seu coração e desejos mais profundos, e ama vocês com amor absoluto", concluiu. 

Da Ansa

O Brasil é o segundo país, de um total de 37 analisados, com maior proporção de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, que não estudam e não trabalham. O país fica atrás apenas da África do Sul. Na faixa etária considerada no relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 36% dos jovens brasileiros não estudam e estão sem trabalho.

“Isso os deixa particularmente em risco de distanciamento de longo prazo do mercado de trabalho”, alerta o relatório Education at a Glance, de 2022, que avaliou a educação em 34 dos 28 países-membros da OCDE, além do Brasil, da África do Sul e da Argentina. 

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Carlos Alberto Santos, de 18 anos, se esforça para mudar esta situação. Ele terminou o ensino médio no ano passado e, mais recentemente, um curso técnico de administração. Está há dez meses sem trabalhar, concluiu outros cursos complementares e busca uma colocação no mercado de trabalho.

  “Esse período é até preocupante porque ao completar meus 18 anos em março, ter saído do estágio, terminar os cursos, às vezes a gente naturalmente se sente meio inútil mesmo. Por um lado, perde a perspectiva, principalmente quando tem muito esforço, muita dedicação. Eu me inscrevi em várias vagas, eu já fui em muitas entrevistas em vários lugares, tanto em São Paulo quanto aqui próximo da minha cidade, e é realmente preocupante”, diz o jovem, que mora em Ferraz de Vasconcelos, cidade da região metropolitana de São Paulo.

De família de baixa renda, ele vive com a mãe e a irmã e guarda as lições do pai, já falecido. “Meu pai dizia para estudar e, se a gente quisesse realizar os nossos desejos, era importante que a gente tivesse como prioridade o estudo e se esforçasse. E minha mãe diz a mesma coisa, não sinto pressão, pelo contrário, mas eu sei que é importante ter um trabalho, quero ter o meu espaço e vou me dedicar para isso.” 

O jovem faz parte do Projeto Quixote, em São Paulo. Lá ele fez os cursos Empreendendo o Futuro e o Vivendo o Futuro. Com a preparação, ele espera ainda conseguir um trabalho. “Tenho tantos sonhos, tantos desejos e eu acredito que só dessa forma, enfim, com um trabalho, vou poder realizar, porque qualificação eu tenho, eu me esforcei, estudei, tirei boas notas, enfim, acho que é o melhor para mim”, diz Carlos Alberto, que pretende ainda estudar psicologia futuramente. “Gostaria de trabalhar em ONGs como o Quixote para ajudar jovens. Acredito que é importante, porque foi significativo para mim.” 

Entre as formações do Projeto Quixote, Carlos Alberto participou da formação para o mundo do trabalho, que busca desenvolver competências básicas para o trabalho e estimular o protagonismo de adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

Causas

Os motivos e a quantidade de jovens que estavam sem estudar e sem trabalhar variam conforme a renda familiar, mas se encontram nessa condição principalmente os mais pobres. “A situação dos jovens que não estudam, não trabalham e nem procuram trabalho tem relação com a origem socioeconômica. É comum entre os jovens de famílias mais pobres. A maioria são jovens mulheres, que tiveram que deixar de estudar e não trabalhavam para poder exercer tarefas domésticas, criar filhos ou cuidar de idosos ou outros familiares, reforçando esse valioso trabalho, que não é reconhecido como deveria. Nas famílias mais ricas, nessa condição estão jovens de faixa etária mais baixa, geralmente no momento em que estão se preparando para a faculdade”, afirma a socióloga Camila Ikuta, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

Diagnóstico feito pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego revelou que, dos 207 milhões de habitantes do Brasil, 17% são jovens de 14 a 24 anos, e desses, 5,2 milhões estão desempregados, o que corresponde a 55% das pessoas nessa situação no país, que, no total, chegam a 9,4 milhões. 

Entre os jovens desocupados, 52% são mulheres e 66% são pretos e pardos. Aqueles que nem trabalham nem estudam - os chamados nem-nem - somam 7,1 milhões, sendo que 60% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são pretos e pardos. 

Brasília (DF) - Especial Jovem Nem-Nem. Arte: Agência Brasil Arte Agência Brasil

A economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em infância e juventude, Enid Rocha, reafirma que o fator de desigualdade de renda influencia a condição dos jovens nem-nem. 

“Tem o fator de renda, raça e gênero. São mulheres, são os negros - e os negros são mais pobres no Brasil”, destaca. Mas completa: “Há um conjunto de vulnerabilidades desses jovens, que não têm acesso a mais anos de estudos, não têm acesso à capacitação profissional e grande parte são mulheres, mais envolvidas nas tarefas domésticas e nos cuidados familiares. Com isso, elas liberam outra pessoa no domicílio para procurar trabalho e elas ficam responsáveis pelo trabalho não remunerado dentro do domicílio.” 

A socióloga Camila Ikuta, técnica do Dieese, acrescenta que, para auxiliar as mulheres jovens a voltarem a estudar e/ou trabalhar, é preciso ainda cuidar das crianças que elas cuidam. “Para amenizar essa situação, o país precisa de mais políticas públicas focadas na juventude, como a ampliação de creches públicas e de equipamentos de saúde, políticas de permanência estudantil e melhoria dos sistemas de qualificação e intermediação profissional nesse momento de transição entre escola e trabalho”, defende.

Na visão da economista do Ipea Enid Rocha, o preocupante é quando o jovem desengaja. “Ou seja, ele não faz parte da força de trabalho, não procura mais emprego e se desinteressou. É até um jovem difícil de encontrá-lo, porque não está inscrito em cadastros escolares e no Sistema Nacional de Emprego [Sine]”.

Impactos

A pandemia agravou a situação desses indivíduos, que tiveram que interromper a educação e a formação profissional. “Eles ficaram dois anos nessa situação. E estudos mostram que, quando os jovens ficam no mínimo dois anos fora do mercado de trabalho, sem adquirir experiência profissional e sem estudar, ele carrega essa ‘cicatriz’ profissional”.

A economista explica o termo: “Ele volta ao mercado de trabalho com esta marca de não aquisição de capital humano durante o tempo que ficou parado. E quando ele acessa um trabalho, entra em piores condições, com salários mais baixos, com inserção precária, ou seja, sem formalização. Isso traz uma ‘cicatriz’ ao longo da sua trajetória laboral. As empresas, ao compararem a trajetória de um jovem que ficou dois anos sem trabalhar e sem estudar com o outro, ele é sempre preterido ou recebe salários menores”, explica Enid. 

No artigo Os Jovens que Não Trabalham e Não Estudam no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, os técnicos do Ipea Enid Rocha Andrade da Silva e Fábio Monteiro Vaz mostram que o legado negativo do cenário pandêmico pode durar décadas.  Mas, na visão de especialistas, há medidas que podem ser adotadas para a reintegração desses jovens. 

Políticas públicas

Para a economista do Ipea, é preciso fazer uma busca ativa desses jovens que estão desengajados. “Saber onde eles estão e oferecer o que está faltando, oferecer uma segunda chance de escolarização. E o mercado de trabalho também deveria procurar esses jovens, dar uma oportunidade por meio, por exemplo, do programa de aprendizagem das empresas, que existem, mas, na verdade, dão preferência para aquele jovem com maior escolaridade. É um programa para incentivar as empresas a contratarem esses jovens, para adquirirem experiência profissional, mas não é o que acontece. A política ativa do mercado de trabalho deve fomentar a oferta de trabalho para esses jovens.”  O jovem Carlos Alberto sente essa falta de oportunidades.

“Além da qualificação, é preciso realmente dar oportunidade de uma vaga de fato. A pessoa pode ser qualificada durante o período que está no trabalho, os jovens podem estar sendo ajudados, sendo qualificados, mas ao mesmo tempo recebendo alguma renda para ajudar os familiares e se ajudar de alguma forma. Não é só focar na qualificação, só cursos não são suficientes. Acho muito pouco e ao mesmo tempo vago”, defende o rapaz. 

A economista do Ipea defende também a capacitação socioemocional e a mentoria individual.  “Outro item da maior importância é capacitar esse jovem com habilidades socioemocionais. Esses jovens não têm experiência para participar de uma entrevista de emprego, elaborar o seu currículo. Há programas de juventude na Itália, por exemplo, em serviços parecidos com o Sine no Brasil, em que o jovem faz o seu currículo com apoio, tem psicólogos e pessoas que o capacitam para entrevista profissional. Precisamos de uma gama de políticas, de programas que apoiem esse jovem que já está desengajado.”  

Porta-voz do Levante Popular da Juventude, Daiane Araújo diz que é preciso ampliar políticas de permanência e assistência estudantil - Arquivo pessoal/Divulgação A porta-voz do Levante Popular da Juventude, Daiane Araújo, defende políticas de permanência e assistência estudantil.

“O jovem está vivendo em um Brasil que voltou para o mapa da fome, com uma taxa de desemprego tão forte. Ele entra na universidade, mas é fruto das famílias que hoje estão na linha da fome, que estão desempregadas e que muitas vezes têm que fazer das tripas coração para ter no mínimo uma refeição por dia. É preciso pensar políticas de permanência estudantil, para que os jovens possam entrar nas escolas, nas universidades e conseguir permanecer.” 

O Levante Popular da Juventude é uma organização de jovens militantes voltada para a luta de massas em busca da transformação estrutural da sociedade brasileira. 

Outra medida, reforça Daiane, são as políticas voltadas para o primeiro emprego. “Esses jovens só encontram trabalhos mais ‘uberizados’ ou mais precarizados. É necessário refletir sobre uma política voltada para o primeiro emprego tanto dos jovens que estão saindo do ensino médio, mas, também do jovem que está saindo hoje do ensino superior com formação acadêmica e o mercado de trabalho não tem absorvido”, analisa Daiane Araújo, de 26 anos, estudante de arquitetura e urbanismo e também diretora da União Nacional de Estudantes (UNE). 

Na segunda matéria deste especial, veja como um projeto em Fortaleza ajuda a potencializar trajetórias e criar oportunidades para os jovens.

A Secretaria de Esportes e Lazer Guarulhos abriu cerca de 288 vagas para o Centro de Formação Esportiva de Basquete 3x3, nesta semana. A iniciativa é voltada para crianças e adolescentes entre 10 a 17 anos. As inscrições vão até o dia 4 de agosto ou até preencher todas as vagas, os interessados podem devem preencher o seguinte formulário: https://forms.gle/iCninqwSfAgUZdSz8.

O projeto será realizado em três endereços: CSE João do Pulo, Bosque Maia e Areninha do Jardim Ottawa. No primeiro mês, os candidatos passarão por clínicas nos três locais citados. Depois, serão selecionados 72 finalistas, que receberão treinamentos específicos para se tornarem atletas no CSE João do Pulo.

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O objetivo é a formação integral de jovens, para desenvolver suas capacidades, habilidades e os valores da prática esportiva. A prática será feita através de um convênio com a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo.

Segundo o chefe da Divisão de Esporte da Secretaria de Esporte e Lazer de Guarulhos, Eduardo Espósito, o basquete 3x3 ganhou espaço nos últimos anos "Estamos muito felizes em viabilizar esse projeto para o município, promovendo mais uma modalidade de formação esportiva para nossas crianças e adolescentes. Esperamos um grande interesse da população no basquete 3x3, que é uma adaptação, jogado apenas em meia quadra, e que informalmente já é praticado há muito tempo entre os jogadores de basquete. Há alguns anos virou modalidade oficial da Fiba (Federação Internacional de Basquete) com torneios e competições, e agora também é modalidade olímpica”, explica.

CSE João do Pulo

Endereço: Avenida Maria Cerri, número 213 - Jardim Divinolândia, Guarulhos/SP

Areninha do Jardim Ottawa

Endereço: Avenida Iraububa, sem número - Jardim Ottawa, Guarulhos/SP

Bosque Maia

Endereço: Avenida Paulo Faccini, sem número - Centro de Guarulhos/SP

Nessa quinta-feira (6), o governo de Pernambuco, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), abriu as inscrições para o Programa Embaixadores da Juventude. As inscrições vão até 6 de agosto.

Serão selecionados 25 jovens para serem Embaixadores das Nações Unidas em Pernambuco. Eles precisarão ter idade entre 18 e 25 anos, serem de nacionalidade brasileira e que residam em Pernambuco, além disso devem ter contato com o ensino médio (concluído, cursando ou trancado) e ter renda salarial per capita de até três salários mínimos.

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O objetivo do programa é aumentar a liderança e o ativismo entre a população jovem com foco na Agenda 2030 das nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Serão feitas capacitações, exercícios de liderança, desenvolvimento de habilidades pessoais e interpessoais e estímulo ao debate inclusivo e produtivo.

Confira outras informações no edital.

Por Mateus Moura, com informações de assessoria

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