Tópicos | Agnès Varda

O Festival de Cinema de Cannes divulgou nesta segunda (15) o poster oficial de sua próxima edição, que ocorre entre os dias 14 e 25 de maio. O cartaz exibe uma foto da diretora Agnès Varda, que morreu em março.  

A imagem foi feita durante as filmagens de seu primeiro filme, o drama 'La Pointe-Courte' (1955). Agnès foi uma das poucas mulheres a fazer parte da nouvelle vague, movimento praticamente dominado por homens. Em sua carreira, dirigiu 46 filmes. 

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Por André Filipe

A cineasta francesa da Nouvelle vague Agnès Varda faleceu nesta madrugada, aos 90 anos - anunciaram membros de sua famílie e equipe nestqa sexta à AFP.

"A diretora e artista Agnès Varda faleceu pem casa na noite de quinta-feira, 29 de março de 2019, em consequência de um câncer. Está cercada por aua família e amigos", afirmaram.

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Varda, uma figura lendária, trabalhou até o fim de sua vida e no mês passado apresentou um documentário autobiográfico no Festival de Berlim.

Cineasta e fotógrafa autoditada, explorou muitas facetas de cinema e multiplicou as experiências ao longo de sua carreira, que se enquadrada em grande parte no cinema social ou politicamente engajado através de documentários ou filmes dedicados a pessoas modestas ou marginais.

Nascida em 30 de maio de 1928, Varda frequentemente usou sua própria vida como um quadro para o seu trabalho reconhecido com uma Palma de Ouro honorária em Cannes, em 2015, o que fez dela a primeira mulher a receber esta distinção.

"Seu trabalho e sua vida estão imbuídos do espírito de liberdade, a arte de ir além dos limites (...) Em suma, Varda parece ser capaz de realizar tudo o que ela quiser", indicou na ocasião o Festival de Cannes.

Entre seus filmes, destaque para "Cleo e 5 à 7" (1962), "Os Renegados" (1985), "Janela da Alma" (2001), "As Praias de Agnès" (2009) e "Varda by Agnès" (2019).

A próxima edição do Atelier Cinéma, que acontece nesta sexta (13) na Aliança Francesa do Derby, traz para o público o premiado documentário Os Catadores e eu – de Agnès Varda, lançado em 2000. O longa foi eleito um dos 1000 melhores filmes de todos os tempos, pelo jornal norte-americano The New York Times.

A sessão começa às 19h30 e a entrada é gratuita. Após a exibição do documentário, Catarina Andrade, mestre e doutorada em cinema, e Marcelo Pedroso, diretor do filme O lixo sai, a gente fica, farão um debate com o público.

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Os Catadores e eu foi inspirado no quadro Des Glaneuses, do pintor francês Millet, pintado em 1857 para mostrar a pobreza da população rural francesa. O documentário de Agnès Varda segue por um temática semelhante – ela foi ao encontro de catadores de lixo e dos respingadores (quem vive dos restos das colheitas das zonas rurais), para mostrar de forma lúcida a forma de vida dessas pessoas.

Serviço

Atelier Cinèma - exibição do filme Os Catadores e eu

Sexta (13) | 19h30

Aliança Francesa (Rua Amaro Bezerra, 466 - Derby)

Gratuito

Agnès Varda acredita que, ao se abrir uma pessoa, o que se encontra são paisagens. Cada um carrega as suas dentro de si, e a cineasta pensa que, no seu caso, as paisagens são praias. No alto dos seus oitenta anos de idade, Agnès revisita vários aspectos da sua própria vida, como a época em que foi fotógrafa e sua luta no movimento feminista.

Varda é viúva do também cineasta Jacques Demy, e seu casamento também faz parte de As Praias de Agnès, além de pessoas importantes para sua história e os filmes que realizou. As Praias de Agnès estreia nesta sexta (13) no Cinema da Fundação. Continuam em cartaz os filmes Pina e Habemus Papam.

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Confira a os horários de exibição no blog do Cinema da Fundação.

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