Tópicos | 90 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta quinta-feira (25) da cerimônia de celebração dos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP), na Sala São Paulo, região central da cidade. Durante a cerimônia houve a entrega da Medalha Armando de Salles Oliveira para entidades com atuação de grande relevância na parceria com a USP ao longo dos anos. Instituída em 2008, a medalha é uma homenagem da Universidade às pessoas e instituições que contribuem para a sua valorização e desenvolvimento. Lula foi um dos contemplados coma medalha.

Durante seu discurso, Lula cumprimentou a universidade pela formação de inúmeras autoridades que atuaram no governo e personalidades que contribuíram para o desenvolvimento e crescimento do país e que continuam prestando seus serviços. “Embora eu não tenha tido a oportunidade de estudar na USP, eu fui muito ajudado a construir tudo o que nos fizemos nesse país por muitas mulheres e homens da USP, por isso obrigado à USP”, disse.

##RECOMENDA##

Lula afirmou ainda que a cada dia a USP fica cada vez mais com a cara de um Brasil miscigenado e não é mais pensada para que São Paulo seja o centro do Brasil. “É a cara do povo brasileiro da periferia, que durante muitas décadas nem sonhava em chegar na USP e hoje é praticamente a metade da universidade”.

O presidente reforçou que, atualmente, mais da metade dos estudantes da USP são oriundos da escola pública e isso significa que, mesmo com a adesão ao sistema de cotas, a Universidade de São Paulo está mostrando que para fazer parte do berço do conhecimento não é preciso ter nascido em berço de ouro.

“É preciso muito esforço individual e é preciso agarrar todas as oportunidades que o governo oferece à parcela menos favorecida da juventude brasileira”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso no aniversário de 90 anos da Universidade de São Paulo (USP) para afagar seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e assegurar que tem contribuído para que o chefe da equipe econômica seja reconhecido como o melhor a ocupar o cargo na história.

Após agradecer a USP por fornecer ministros aos seus governos, Lula pontuou que Haddad, um uspiano, lidera hoje um dos cargos mais importantes e lembrou também da passagem dele pela prefeitura de São Paulo e pelo ministério da Educação.

##RECOMENDA##

"Agora, mais recentemente, a um dos cargos mais importantes, mais visados do governo, tenho nada mais nada menos que o cara que foi na época o melhor ministro da Educação deste País, companheiro Fernando Haddad, e que estou trabalhando para que ele seja o melhor ministro da Fazenda deste Pais", declarou Lula diante de seu ministro da Fazenda, que assistiu à cerimônia.

Em outro momento do discurso, ao citar usuários de crack em situação de rua que andam como "zumbis" pelas vias de São Paulo, Lula lembrou que Haddad começou a encontrar uma solução ao problema. A referência foi ao programa De Braços Abertos, implementado durante a gestão de Haddad na prefeitura da capital paulista. "Mas ela a solução desapareceu, e acho que precisamos assumir a responsabilidade de resolver esse problema", emendou Lula durante a cerimônia realizada na Sala São Paulo, localizada numa área do centro da cidade com grande ocupação de pessoas em situação de rua.

O evento não contou com a presença do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que concentrou o dia em agendas com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Entre os presentes estiveram a primeira-dama do País, a socióloga Rosangela da Silva, a Janja, o vice-presidente Geraldo Alckmin e sua esposa, Lu Alckmin, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nascido em São Paulo, em 1933, Manoel Carlos iniciou como autor de novelas quando tinha 19 anos. Na TV Paulista, o teledramaturgo encantou muita gente com o projeto Helena, que teve em seu elenco nomes como Jane Batista, Paulo Goulart, Vera Nunes e Hélio Souto. Já no final dos anos 1970, ele escreveu na Globo seu primeiro folhetim, o clássico Maria, Maria.

Emendando um trabalho no outro, o escritor prendeu por diversas vezes a atenção do telespectador com histórias de tirar o fôlego, sempre com destaques baseados no cotidiano da sociedade brasileira. Para celebrar os 90 anos de idade do paulistano, nesta terça-feira (14), o LeiaJá relembra sete sucessos que marcaram a carreira do grande Maneco.

##RECOMENDA##

A Sucessora

Exibida originalmente na TV Globo, entre outubro de 1978 e março de 1979, a trama escrita por Manoel Carlos foi protagonizada pela atriz Susana Vieira. A história narra o drama de Marina, que passa a viver momentos conturbados na mansão de Roberto Stein (Rubens de Falco). Após se casar com o viúvo, a personagem descobre que não será fácil assumir o papel da nova dona da casa.

Com dificuldade de se adaptar aos novos costumes, Marina também tem que encarar as atitudes nada convencionais da governanta Juliana (Nathalia Timberg). O que depender da funcionária, a memória da ex-patroa continuará predominando por todos os ambientes do imóvel. A partir de 27 de março, às 11h45, a trama poderá ser vista em reprise no Canal Viva.

Baila Comigo

Lílian Lemmertz deu início à primeira Helena de Manoel Carlos. Em 1981, a atriz protagonizou a novela Baila Comigo. Na trama, a personagem guardava um grande mistério sobre o motivo de ter separado os filhos gêmeos, interpretados pelo ator Tony Ramos. A cena que revelou o encontro dos irmãos entrou para a história da teledramaturgia brasileira.

Felicidade

Dez anos depois da primeira Helena, Maneco escalou Maitê Proença para estrelar Felicidade. Exibida em 1991, a novela contava o drama de uma mulher que vivia na fictícia Vila Feliz, em Minas Gerais. Após enfrentar um problema no casamento com Mário (Herson Capri), a personagem de Maitê escolhe o Rio de Janeiro para viver uma nova fase. Recebendo o apoio do padrinho, Helena passa a colecionar grandes amores e intrigas, mas sempre disposta a lutar pelos seus ideais. A produção foi inspirada em algumas histórias de Anibal Machado.

Por Amor

Impossível falar das obras de Maneco e não citar Por Amor. Estrelada por Regina Duarte, Antonio Fagundes e Susana Vieira, a novela de 1997 continua no imaginário do público de casa. Quem não lembra do capítulo em que Helena troca o neto morto pelo filho de Eduarda (Gabriela Duarte)? Apesar de fazer tudo para não ver a filha sofrer, Helena sofre graves consequências ao longo do tempo. O segredo se torna um dos grandes pesadelos de sua vida.

Laços de Família

Exibida de 5 de junho de 2000 a 3 de fevereiro de 2001, Laços de Família 'estourou' com o ibope da TV Globo. Protagonizada por Vera Fischer, a novela rendeu grandes momentos entre os personagens como a morte de Íngrid (Lilia Cabral), a revelação de que Capitu (Giovanna Antonelli) trabalhava como garota de programa e a surra de Íris (Deborah Secco), além da emocionante cena de Camila (Carolina Dieckmann) raspando o cabelo em decorrência de uma leucemia.

Presença de Anita

Em 2001, o Brasil passou a conhecer o talento de Mel Lisboa. A atriz deu um show de interpretação na minissérie Presença de Anita. Vivendo em uma pequena cidade de Goiás, a jovem Anita arrancava suspiros por onde passava. Gerando repercussão no local, a moça desperta interesse do escritor Nando (José Mayer).

Adaptada com os costumes da cidade, Anita colecionava situações misteriosas, ousadas e bastante intensas. Na audiência, a produção chegou a acumular média de 30 pontos na Grande São Paulo.

Mulheres Apaixonadas

Um outro clássico eternizado pela genialidade de Manoel Carlos é Mulheres Apaixonadas. A obra estrelada por Christiane Torloni trouxe uma narrativa bem próxima da realidade dos telespectadores. Abordando alcoolismo, relação homoafetiva e câncer, a trama fez a turma de casa ficar vidrada na frente da televisão.

De acordo com Torloni, o convite para participar da novela foi especial. "Eu quase desmaiei. São aqueles telefonemas que você recebe e pensa 'minha vida vai mudar'", disse a atriz, nesta terça-feira (14), durante sua presença no programa Encontro. Ela viveu Helena.

 Nesta segunda-feira (18), completa-se 90 anos da morte do inventor e empresário Thomas Alva Edison (1847-1931), responsável por patentear diversas invenções, que se fazem presente até os dias de hoje na vida humana, entre elas, a lâmpada elétrica.

Edison também foi uma figura importante na área de telecomunicações, uma vez que conseguiu otimizar outras invenções, como o telefone, concebido pelo inventor italiano Antonio Meucci (1808-1889) e a maquina de datilografia, do padre Francisco João de Azevedo (1814-1880).

##RECOMENDA##

De acordo com o especialista em tecnologia, José Pacheco, Edison foi um empresário brilhante do século 19, que possuía capacidade de criar novas tecnologias a partir de seus conhecimentos avançados de ciência. “Seu mindset pode ser comparado aos dos empresários de sucesso do Silicon Valley desse século”, afirma.

Para Pacheco, o legado de Edison foi o fato de ter sido um dos pioneiros a transformar o desenvolvimento de novas tecnologias em um negócio lucrativo, além de reinvestir seus lucros para conceber outras invenções e conquistar mais  rendimentos. “Seus passos foram seguidos por homens como Steve Jobs (1955-2011), Jeff Bezos e Elon Musk”, destaca.

Pacheco lembra que Edison teve uma grande rivalidade com o inventor Nikola Tesla (1856- 1943), com o  qual disputou para definir um padrão de distribuição e o uso da energia elétrica. Na ocasião, Edison defendia a corrente contínua e Tesla a corrente alternada. “Podemos dizer que essa disputa acabou empatada, pois hoje a energia que chega no carregador de nossos celulares vem com corrente alternada e daí seque até nosso dispositivo como corrente contínua”, explica.

Embora tenham empatado em suas teorias, Pacheco ressalta que Tesla foi derrotado no aspecto financeiro, pois precisou vender sua patente, ao mesmo tempo em que Edison continuou com o alto faturamento de suas criações.

Segundo Pacheco, é difícil calcular o atual impacto que as invenções de Edison trouxeram as tecnologias atuais. “O fato é que é Edison foi um importante tijolo no muro que constitui o desenvolvimento humano. Ao olhar para sua história sob a perspectiva do século 21, sua forma de transformar ciência em tecnologia e lucro é seu principal legado”, finaliza.

 A contribuição de Edison para a indústria do cinema

Edison foi responsável por liderar o projeto que deu vida ao cinetoscópio em 1891, um projeto do  qual também participou o inventor William Kennedy Laurie Dickson (1860-1935). O aparelho, se destacava por apresentar imagens em movimentos. Mais tarde, ele foi aperfeiçoado pelos irmãos Auguste Lumière (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), que o batizaram de cinematógrafo.

Para a cineasta Janaina Reis, a invenção de Edison causou uma revolução na relação do homem com as imagens. “O audiovisual é uma arte mediada por essa tecnologia, que quanto mais evolui, mais a gente fica  fascinado pelas novas maneiras de captar essas imagens e contar histórias por meio delas”, comenta.

Janaina salienta que nos dias de hoje, o mundo vive imerso pelas imagens em movimento, que pode ser visto no cinema digital. Diante desta realidade, a cineasta explica que pontapé inicial foi o cinetoscópio de Edison. “O cinema é uma arte mediada por tecnologia, mas é uma invenção que vem do fascínio das pessoas por esses inventos”, define.

Ela defende que embora Edison tenha tido um importante papel na indústria audiovisual, os créditos também devem ser atribuídos a diversos cineastas e pessoas envolvidas na produção cinematográfica. 

Eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor completa 90 anos como a imagem mais famosa do Brasil. Em 1926, começou a construção do monumento de 38 metros de altura no alto do Morro do Corcovado, a 710 metros do nível do mar. Demorou cinco anos para ficar pronto e foi inaugurado em 12 de outubro daquele ano.

O dia do aniversário de um dos principais cartões postais do país começou às 7h15, com o Ato Cívico Religioso e a Santa Missa em Ação de Graças pelos 90 Anos do Cristo Redentor e em honra a Nossa Senhora Aparecida. No evento, está sendo realizado o lançamento da Medalha Comemorativa dos 90 Anos do Cristo Redentor e do Bloco Postal Especial em Homenagem ao Monumento do Cristo Redentor.

##RECOMENDA##

A Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira, fará uma apresentação sobrevoando o monumento. A Banda do Corpo de Fuzileiros Navais participará musicalmente do evento. 

O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, destaca que o monumento é o “garoto propaganda” do país.” É impossível pensar o Brasil no exterior sem que a gente reporte o nosso olhar e a nossa lembrança para esse precioso monumento no alto do Corcovado”, diz. “O Cristo Redentor nos passa a sensação de que parece que foi esculpido na colina da montanha do Corcovado. Isso é tão maravilhoso. Imaginem o que seria do Rio de Janeiro se não fosse o Cristo Redentor?”

Ele lembra que a estátua interage perfeitamente com a natureza ao redor, o Parque Nacional da Tijuca, e traz uma experiência a partir dos braços abertos. “Esses braços comunicam acolhimento e identificam ainda mais o coração do povo brasileiro, que é um coração acolhedor, que também possui braços fortes para trabalho, cheio de energia pra gente poder desenvolver essa nação tão querida”.

Restauração

A qualidade da obra impressiona a arquiteta e escultora Cristina Ventura, coordenadora da mais recente restauração do Cristo. “É uma qualidade que chama a atenção nos dias de hoje. Isso que é o mais espantoso. Você hoje não encontra estruturas muito mais recentes com a qualidade que foi feita nessa obra”, diz Cristina.

“Não tem nenhuma construção nesses moldes, nesse período, com essa audácia que foi o Cristo. Um outro marco é que o Cristo é a maior escultura art déco do mundo”, acrescenta.

A arquiteta lembra que não só engenheiros e arquitetos envolvidos no projeto foram audaciosos mas também os operários sem equipamento de proteção individual pendurados em andaimes sobre um precipício de mais de 700 metros de altura. “Eu fico imaginando isso quando nós, da equipe, fazemos as coisas com tanto amor, imagina para eles que estava construindo o Cristo Redentor. Que tipo de compromisso que essa galera não tinha aqui, sabe?”, pondera Cristina.

Para o aniversário de 90 anos, foram feitos reparos emergenciais em partes que haviam sido danificadas pelas intempéries: trechos do manto, dedo direito e parte frontal da cabeça. Além disso, como parte da manutenção preventiva, o Cristo ganhou um equipamento para medir os ventos que atingem a estátua e também um para-raios reforçado.

Cristo da Bola

Esse projeto audacioso feito de concreto armado e pedra sabão foi financiado por doações da população brasileira. Em 1921, nos preparativos para as comemorações do centenário da Independência do Brasil, um grupo católico promoveu concurso para uma estátua em homenagem a Jesus Cristo. O vencedor foi o arquiteto e engenheiro Heitor da Silva Costa, que liderou o projeto, da concepção até a inauguração da obra, em 12 de outubro de 1931.

O projeto inicial, que tinha a imagem de Cristo segurando uma cruz na mão esquerda e o globo, na mão direita, foi apelidado de Cristo da Bola pelos cariocas.

O teólogo Alexandre Pinheiro, coordenador do Núcleo de Acervo e Memória do Santuário Cristo Redentor, conta que não foi fácil na época conseguir a autorização do governo republicano para a obra. Um abaixo-assinado de 20 mil mulheres, lideradas pela escritora Laurita Lacerda, ajudou a vencer a resistência do então presidente Epitácio Pessoa.

A documentarista Bel Noronha, que é bisneta de Heitor da Silva Costa, conta que muita gente chegou a acreditar num mito de que o Cristo teria sido um presente da França para o Brasil pelo fato de a Estátua da Liberdade, em Nova York, ser um presente do governo francês para os norte-americanos. E também porque franceses trabalharam no projeto do Cristo.

Mas foi a arquidiocese do Rio de Janeiro que organizou campanhas de arrecadação de fundos que mobilizou não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil. Toda a construção do Cristo foi financiada com o dinheiro das doações dos brasileiros.

Os desenhos do projeto de Heitor da Silva Costa foram feitos pelo pintor Carlos Oswald. E Heitor buscou parcerias na França para a obra. Para fazer os cálculos estruturais, contratou o engenheiro Alberto Caquot e para fazer a estátua, o escultor franco-polonês Paul Landowski, grande expoente do movimento art déco. Landowski fez uma maquete e a escultura em tamanho real da cabeça e das mãos do monumento, cujos moldes em gesso foram enviados ao Brasil em partes numeradas.

A escultura foi reproduzida em concreto armado e revestida em pedra-sabão. Grupos de mulheres se reuniam na casa paroquial para fazer os mosaicos que eram posteriormente aplicados na estátua. Muitas escreveram os nomes dos entes queridos no verso dos triângulos de pedra-sabão.

Além de ser retratado na arte brasileira, como na música Samba do Avião de Tom Jobim, visitas ilustres como o papa João Paulo II, o líder espiritual Dalai Lama, a princesa Diana e príncipe Charles e o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com sua família, já estiveram no alto do Corcovado.

O esporte o fez chorar pela primeira vez em 1950. O alagoano era um soldado de 18 anos que trabalhava como segurança no Maracanã e ficou arrasado quando o Uruguai surpreendeu o Brasil na decisão da Copa do Mundo da FIFA.

Oito anos depois, as lágrimas tiveram um gosto diferente quando, dentro de campo, Mário Jorge Lobo Zagallo conquistou com a Seleção o seu primeiro título mundial, na Suécia. Emoção que se repetiria no Chile em 1962, como treinador no México, em 1970, e como coordenador técnico nos Estados Unidos, em 1994.

##RECOMENDA##

Numa bela homenagem a uma das maiores lendas do futebol mundial, a FIFA reuniu imagens de arquivo inéditas e alguns dos maiores nomes do esporte – o que, mais uma vez, fez Zagallo se emocionar.

Entre os nomes que reverenciam o tetracampeão mundial estão Pelé, Carlos Alberto Parreira, Jairzinho, Rivellino, Dunga, Bebeto e Ronaldo, além do treinador português José Mourinho.

O documentário, produzido em parceria com a Rios Comunicação, estará disponível hoje, no canal da FIFA no YouTube, a partir das 12h30, horário de Brasília.

Assista ao trailer:

[@#video#@]

A cantora Madonna usou o Instagram para compartilhar um momento especial com os seguidores, na última quinta-feira (3), data em que seu pai completou 90 anos de idade.

A artista postou um vídeo da celebração da data ao lado da família.

##RECOMENDA##

Na legenda da publicação, ela escreveu: "Meu pai é um sobrevivente que cresceu como um imigrante italiano nos Estados Unidos e viveu muitos traumas, mas sempre trabalhando duro por tudo que tinha. Ele me ensinou a importância do trabalho árduo e de ganhar o próprio caminho na vida... Mais uma vez, agradeço. Foi tão especial passar seu 90º aniversário com você e meus filhos em seu vinhedo".

[@#video#@]

Policiais civis da cidade de Ipirá, no interior da Bahia, foram acionados por uma assistente social do município para resgatar uma senhora, de 90 anos, que estava sendo mantida em cárcere privado pelo sobrinho, que a mantinha presa para sacar a aposentadoria da idosa.

Na casa, localizada em um povoado conhecido como Pau Ferro, havia apenas uma cama. Não roupas, remédios ou alimentos. “Ao entrar na residência, nós a encontramos desorientada. Ela informou a equipe que há alguns dias não se alimentava nem bebia água”, informou o delegado Geraldo Nascimento.

##RECOMENDA##

Não foi revelada a identidade do sobrinho, de 51 anos, que tem passagem por violência doméstica. A polícia informou que ele conseguiu fugir do local “adentrando um matagal”. Ele segue sendo procurado e deverá responder pelo crime de cárcere privado com emprego de maus tratos.

“Segundo investigações, ele a mantinha presa para sacar os benefícios de aposentadoria”, explicou o delegado.

A idosa foi socorrida por uma equipe de policias, bombeiros civis e assistentes sociais. Ela foi levada para uma unidade de saúde.

Com informações da assessoria

Ninguém escapa das marcas da idade, nem mesmo o majestoso Cristo Redentor, que passa por uma restauração para comemorar seus 90 anos em plena forma.

A arquiteta Cristina Ventura, responsável pelas obras, sobe várias escadas no interior da estátua gigante e olha para fora por um estreito orifício localizado em um dos icônicos braços abertos do monumento que domina a cidade.

"A estrutura externa, que fica exposta ao ar livre, vem sofrendo um processo de desgaste natural por conta do sol, da chuva, dos raios, as diferenças de temperatura", explica Ventura.

Localizada 710 metros acima do nível do mar, no alto do morro do Corcovado, a estátua de concreto recebe quase dois milhões de visitantes por ano e em outubro comemora 90 anos de vida.

A restauração para este aniversário inclui uma radiografia meticulosa do estado de seu revestimento (feito com milhares de pequenas pedras triangulares cortadas manualmente), de sua armadura interna de ferro e das infiltrações de umidade em sua estrutura.

Para isso, utilizam fotografias de precisão e uma equipe de montanhistas que se aventura em busca das avarias e peças que precisam de reposição.

O alpinista Marcos Sidnei coordena esse trabalho nas alturas. Ele sorri ao dizer que quem sobe ao Cristo "cada dia vê uma paisagem diferente", dependendo da configuração das nuvens, da luz ou da presença de nevoeiro sobre a cidade.

O nascimento do Cristo Redentor remonta a 1921, quando a Igreja Católica organizou um concurso para construir um monumento religioso para o centenário da independência do Brasil.

O vencedor foi o engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, que dedicou dez anos ao projeto. O artista plástico brasileiro Carlos Oswald fez o desenho final da estátua, executada pelo francês Paul Landowski.

A estátua foi inaugurada em 12 de outubro de 1931. Em 1973, foi declarado monumento histórico e em 2007, uma das sete maravilhas do mundo moderno.

A pandemia o obrigou a permanecer fechado entre março e agosto de 2020, o maior período que passou sem receber visitantes.

O projeto de restauração, que se estenderá ao longo do ano, também pretende traçar um plano de manutenção preventiva para evitar que sofra grandes danos no futuro.

Ventura sabe o tamanho do desafio que tem nas mãos: "O Cristo Redentor acolhe a população brasileira. Então, é uma responsabilidade, um privilégio muito grande estar aqui".

O último presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, um dos responsáveis pelo fim da Guerra Fria, completa 90 anos nesta terça-feira (2), data que celebrou em "quarentena" em um hospital devido à pandemia.

"Está em quarentena em um hospital enquanto durar a pandemia", disse à AFP Vladimir Poliakov, porta-voz da Fundação Gorbachev.

"Está cansado de tudo isto, como todos nós", completou, em referência às restrições em vigor devido ao coronavírus.

O ex-governante recebeu mensagens de felicitações de todo o mundo, incluindo o presidente americano Joe Biden, a chanceler alemã, Angela Merkel, e do chefe de Estado russo Vladimir Putin.

"Você pertence a um grupo de pessoas extraordinárias, de homens de Estado notáveis da era moderna que influenciaram de maneira significativa o curso da história nacional e mundial", afirmou Putin em uma mensagem a Gorbachev, com quem já teve muitas divergências.

Gorbachev celebrará seu aniversário com parentes e poucos amigos, respeitando as medidas de higiene e distanciamento necessárias e em muitos casos com videoconferências.

Ele continua trabalhando no hospital, edita livros e artigos, segundo o porta-voz.

Gorbachev recebeu em 1990 o prêmio Nobel da Paz por "ter acabado pacificamente com a Guerra Fria".

O Fluminense anunciou neste sábado (12) em suas redes sociais que o ex-jogador Benedito Custódio Ferreira, mais conhecido como Escurinho, morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos aos 90 anos de idade.

Escurinho, que sofria de mal de Alzheimer e estava internado, foi o quinto jogador com mais jogos pela equipe das Laranjeiras (490). Ele alcançou 110 gols pelo Tricolor do Rio de Janeiro.

##RECOMENDA##

“Apelidado de Flecha Negra, por sua impressionante velocidade, Benedito Custódio Ferreira, o Escurinho, […] fez história em um time que conquistou diversos títulos de 1957 a 1960. Entre os 110 gols que marcou pelo clube, tem como o mais especial o segundo da vitória de 2 a 0 sobre o Madureira, que deu o título estadual de 1959 ao Fluminense”, diz nota publicada pelo time carioca.

Outra equipe a lamentar a morte de Escurinho foi a Portuguesa do Rio: “É com muita tristeza que a Portuguesa-RJ recebe a notícia da morte de Benedito Custódio, o Escurinho, que encerrou sua carreira no clube, inclusive sendo o grande destaque da maior vitória da história da Lusa diante do Real Madrid, no Santiago Bernabeu, em 1969”.

Silvio Santos virou tema do livro Sonho Sequestrado, de Marcondes Gadelha, que escreveu sobre a campanha presidencial que o dono do SBT fez em 1989. Como prefácio da publicação, o autor convidou o próprio apresentador para escrever uma carta sobre como teria sido caso ele realmente tivesse se tornado presidente do Brasil:

"Meu caro Gadelha, como vários de meus órgãos, incluindo o óbvio, que não está funcionando há muito tempo, minha memória também a cada dia que passa vai se apagando vagarosamente. Este seu livro me lembra de acontecimentos que eu já tinha esquecido e me deixa emocionado a cada página que leio. Considero que estava qualificado para exercer a Presidência da República e tenho certeza de que a equipe que eu escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas deste país. Parte do povo mais humilde do Brasil infelizmente ainda vive debaixo de pontes, em casebres de papelão ou de madeira, onde, muitas vezes, só tem um prato de feijão para comer e ainda precisa se preocupar com sua saúde e com os remédios que precisa tomar".

##RECOMENDA##

O avô de Tiago Abravanel continua:

"Minha atuação seria toda voltada para esses temas que tanto afligem a nossa pobre população. Os demais problemas do nosso país seriam enfrentados também pelo presidente Silvio Santos, mas preservada sempre a prioridade dada à habitação e à saúde. Você, com seu talento de escritor e generosidade de amigo, me deixou por diversos momentos com lágrimas de saudade e emoção ao trazer de volta aqueles compromissos".

Por fim, ele, que apareceu recentemente em um raro clique, conclui:

"Hoje, com 90 anos, me pergunto se teria sido bom para mim, para a minha família, para a minha televisão e para as pessoas que gostam de mim ter colocado a faixa verde e amarela que estampa a capa deste excelente livro. Sei, porém, que teria sido bom para a causa. E isso me basta. O desafio, então, estava aceito em qualquer circunstância. Afetuoso abraço, Silvio Santos".

Elza Soares está completando mais uma década nessa terça-feira, dia 23. Aos 90 anos de idade, a cantora se mantém ativa nas redes sociais e vive compartilhando momentos da sua vida com os seguidores - em seu aniversário não seria diferente.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Elza publicou um texto em seu Instagram para agradecer a todos pelo carinho recebido, além de fazer uma reflexão sobre a data:

Todos os dias, me levanto, olho no espelho, sempre me encanto, com meu cabelo e a cor da pele dos meus ancestrais. Reza a lenda que eu faço aniversário duas vezes no ano. Reza a lenda e rezo eu pra agradecer por tanta vida. Pra quem passou pelo que eu passei, celebrar durante um mês inteiro é pouco. É em 23 de junho ou 22 de julho? Não importa. Eu comemoro as duas datas e nesse ano será o mês todo. É cara, mais uma primavera, mais um passaporte carimbado rumo a próxima década, mas não conto quantos anos tenho. Nunca parei pra contar. Ia dar uma trabalheira danada. Há dias em que nem nasci ainda, estou no ventre, em outros acabei de nascer, sei lá. Sou menina, filha do século 21 e mulher feita, tenho a idade de Nefertiti [referindo-se à rainha do Antigo Egito]. Vou vivendo, me reinventando e vivendo nos últimos anos, os melhores dias da minha vida. O meu muito obrigada por tudo e por tanto, obrigada ao meu São Jorge, a minha mãe Dona Rosália, meu pai, Seu Avelino, a minha família, meus filhos, minhas netas e netos, meus bisnetos, meus irmãos, aos meus empresário, minha equipe, meus músicos, meus compositores, meus amigos, meus fãs, toda imprensa, minha gravadora e cada um de vocês que em algum momento da vida dedicaram um minuto seu para curtir minha arte, minha vida, minha história. Vai começar mais uma primavera! Que venha. Estou pronta!

Regina Casé também resolveu comemorar a data e prestigiar Elza Soares. Em seu Instagram, Casé escreveu:

Desde menina sempre vi nela tudo isso que ela é! Percebi ainda criança toda essa grandeza! Nem podia imaginar que ia ter a sorte de poder estar tão perto dela! Ela pra mim é a imagem mais forte e linda de todas essas mulheres brasileiras que busco honrar e homenagear permanentemente no meu trabalho, na minha vida... Feliz aniversário Elza! Muita saúde e muito amor pra você!

Fernanda Montenegro é realmente uma das atrizes mais renomadas no Brasil. A artista, que completou 90 anos de idade em outubro de 2019, revelou que pretende trabalhar menos em 2020.

"Espero descansar um pouco. Este ano eu trabalhei muito. Foi um dos anos em que eu mais trabalhei. Fiz três filmes, fiz novela, documentário. Lançamento do livro, e aí fiz 90 anos, houve festa. Fiz leituras do Nelson Rodrigues pelo Brasil", disse ela ao TV Fama!, se referindo aos filmes A Vida Invisível, O Juízo e Piedade, à novela A Dona do Pedaço e a sua biografia Prólogo, Ato, Epílogo.

##RECOMENDA##

Mas, mesmo desacelerando no próximo ano, Fernanda nega a aposentadoria.

Fernanda Montenegro completou 90 anos de idade recentemente, no dia 16 de outubro! E de forma bastante carismática, Fernanda gravou um vídeo em sua página oficial do Facebook para fazer um agradecimento aos seus fãs pelas mensagens de aniversário que recebeu. Publicado nesta terça-feira, dia 22, Fernanda expressava bastante gratidão:

- Não tenho como agradecer tanto carinho. Cheguei aos meus noventões tão acarinhada por todos vocês. Por mais que eu agradeça, ainda falta. Posso achar que, na verdade, é uma família de opção, todos nós, falou.

##RECOMENDA##

Sem perder o bom humor, ela ainda adicionou:

- Agora é esperar o Natal, o ano bom e ano que vem eu já não vou mais contar 91, 92 ou 93. Vamos ficar nos 90 que isso já é bem confortável. Tive o privilégio de andar, falar, concatenar meus pensamentos, então vocês vão ter que me aturar por mais um tempo, brincou.

Com uma carreira vasta e lotada de realizações, Fernanda ainda aproveita para fazer um agradecimento especial aos jovens atores:

- Eu fico muito feliz de ter tido essa oportunidade, de chegar a esta idade. Tenho alguns colegas que estão na mesma faixa, são as mesmas memórias. E aos jovens, principalmente aos jovens atores, todo o meu amor, minha fé e toda a nossa resistência, finalizou.

Em 1998, Fernanda Montenegro invadia os cinemas na pele de Dora, no filme "Central do Brasil". A professora aposentada, que escrevia cartas em uma estação de trem para complementar o salário, emocionou espectadores mundo afora. A atuação de Fernanda Montenegro rendeu indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz, mesma categoria que levou Arlete Pinheiro, seu nome verdadeiro, a ser ovacionada no Oscar daquele mesmo ano pelo ator Jack Nicholson.

Aclamada por onde passa, Fernanda continua dando suporte à arte brasileira com o seu talento fortificante. Entre inúmeros personagens que deu vida na televisão, teatro e cinema, "Fernandona" foi contemplada com trabalhos impactantes, destaque para Bia Falcão (novela Belíssima), Charlô (novela Guerra dos Sexos) e Zulmira (filme A Falecida). 

##RECOMENDA##

Premiada pelas atuações, e até com um Emmy Internacional no currículo pela obra de "Doce de Mãe", a atriz é referência no mundo artístico. Para celebrar os seus 90 anos nesta quarta-feira (16), o LeiaJá listou cinco filmes que exaltam a história de Fernanda Montenegro.

Central do Brasil

O Auto da Compadecida

Casa de Areia

Eles Não Usam Black-Tie

O Outro Lado da Rua

Fernanda Montenegro comemora 90 anos de idade este mês e, na última quinta-feira, dia 3, relembrou sua trajetória ao falar sobre seu livro de memórias, Prólogo, Ato, Epílogo, durante o Conversa com Bial. A obra, lançada no dia 20 de setembro, é fruto de 18 entrevistas que foram transcritas e editadas pela biografa Marta Goés, que também estava presente durante a conversa.

"Todo dia que eu chegava na casa dela, a mesa estava recheada de fotografias da vida toda que ela revirava e aquilo já ia provocando as lembranças", contou Marta, afirmando que todo o processo de construção do livro durou cerca de 45 horas.

##RECOMENDA##

"Eu herdei essa sorte de não estar gagá", sintetizou Fernanda.

A atriz, que vive Dulce em A Dona do Pedaço, conta que sua primeira motivação para escrever foram os netos.

"Eu tive filhos tarde, meus filhos tiveram filhos tarde e vai se perdendo de onde viemos, e esse país crava na gente a brasilidade", desabafou Fernanda, que ressaltou muito seus antepassados no livro.

Durante conversa com Pedro Bial, imagens incríveis de arquivo foram mostradas. Dentre os registros raros, Fernanda relembrou a dificuldade financeira que passou com o marido, Fernando Torres, logo após o nascimento de sua filha, Fernanda Torres, em 1965. Segundo ela, a peça A mulher de todos nós, clássico do teatro francês do século 19, e que foi adaptada por Millôr Fernandes, foi a responsável por resolver os problemas do casal.

"Essa peça nos salvou da nossa desgraça econômica".

Ao falar sobre seu marido, morto em 2008, ela declarou:

"O Fernando é o responsável pela minha aceitação, na felicidade, diante da minha vocação de atriz. Nunca tive dele nenhum impedimento, nada. Se tinha ciúme, eu não percebia. Se tinha inveja, eu não percebia. Era um companheiro vocacionado, dessa maneira, até mais do que eu".

Bial indagou se a parceria artística atrapalhava ou ajudava. "Tudo é uma arte. A vida é um projeto em comum. Pode ser num palco mas pode ser em outras áreas do ser humano. Se você não tem essa parceria além do dito amor, o amor não vai existir".

Por fim, a atriz também falou sobre seu nome de batismo, Arlette Pinheiro Esteves da Silva Torres. Questionada se é chamada por alguém assim, ela revelou que apenas usa Arlette. "Ela é uma sobrevivente".

"Nasci no dia 1º de abril. Não foi algo sem impacto no plano metafísico", recordou, com a ironia que o caracteriza, durante uma de suas raras entrevistas, o escritor Milan Kundera, que comemora na segunda-feira seu 90º aniversário.

Nascido tcheco, e francês desde 1981, o autor de "A Insustentável Leveza do Ser" (1984), pintor sarcástico da condição humana, não pertence à Academia Francesa, não recebeu o Nobel da Literatura - horarias amplamente merecidas -, mas é um dos maiores autores contemporâneos.

##RECOMENDA##

O escritor que foge da mídia, mas que pode ser visto passeando com sua esposa Vera perto da rua Cherche-Midi, no 6º distrito de Paris, não deve comemorar seu aniversário.

Em seu último romance, "A Festa da Insignificância" (2014), um de seus personagens confessa desconfiar dos números que nos remetem à "vergonha do envelhecimento".

Milan Kundera gosta que falem sobre seu trabalho antes de falar sobre ele. Sua última aparição na televisão remonta a 1984, e sua última entrevista com um jornalista foi em 1986.

Quase invisível, o autor de "A Imortalidade" e "A Vida Está em Outro Lugar" é regularmente vítima de boatos macabros nas redes sociais onde, por diversas vezes, sua morte foi anunciada.

- Não levar o mundo a sério -

Nascido em Brno, na atual República Tcheca, em 1º de abril de 1929, destinado (como seus pais) a uma carreira como músico, Milan Kundera foi, a princípio, um amante da música. Seus primeiros textos, poemas escritos em tcheco, foram compostos como sonatas.

Próximo do regime comunista, Kundera se afastou com rapidez sem, porém, se tornar um dissidente.

Em 2008, uma revista checa exumou um "documento" da polícia comunista de Praga de 1950, sugerindo que o escritor denunciou um de seus concidadãos durante o sombrio período stalinista. Ferido por essas acusações, Milan Kundera não revida.

"Dificilmente perdoamos um homem grande e ilustre. Mas ainda menos, se é silencioso", escreveu em um artigo publicado pelo Le Monde a dramaturga Yasmina Reza. Escritores como Gabriel Garcia Marquez e Philip Roth saíram em sua defesa.

Quando ainda era tcheco, Milan Kundera publicou dois romances, "A Brincadeira" (1965) e "Risíveis Amores" (1968), textos que fazem um balanço amargo das ilusões políticas da geração do golpe de Praga, que em 1948 permitiu que os comunistas chegassem ao poder.

Kundera, que foi colocado na lista negra em seu país após a Primavera de Praga, exilou-se na França com Vera em 1975. Naturalizado francês em 1981, escolheu o francês como sua língua de escrita para marcar sua ruptura com seu país natal, que em 1978 retirou sua nacionalidade (Praga propôs devolvê-la no ano passado).

Na França, publicou "A Valsa dos Adeuses", "O Livro do Riso e do Esquecimento" e, em 1984, aquele que alguns consideram sua obra-prima, "A Insustentável Leveza do Ser", um maravilhoso romance de amor e uma ode à liberdade, ao mesmo tempo grave e casual, cujo tema nada mais é do que a condição humana.

O livro foi adaptado ao cinema em 1988 pelo americano Philip Kaufman, com Juliette Binoche e Daniel Day Lewis.

Analista de seu próprio trabalho, ele assinou notavelmente em 1986 o ensaio "A Arte do Romance", onde explica que "ao entrar no corpo do romance, a meditação muda a essência. Fora do romance, nos encontramos no campo das afirmações, todo mundo tem certeza de sua palavra: um político, um filósofo, um porteiro... No território do romance, não nos afirmamos: é o território do jogo e das hipóteses".

Em "A Festa da Insignificância", o romancista, através da voz de um de seus personagens, continua sua reflexão sobre o padrão de seu trabalho: "Há muito tempo compreendemos que não é possível reverter este mundo, nem para reformular, nem para deter a sua infeliz corrida para a frente. Há apenas uma resistência possível: não levar a sério".

A cineasta francesa da Nouvelle vague Agnès Varda faleceu nesta madrugada, aos 90 anos - anunciaram membros de sua famílie e equipe nestqa sexta à AFP.

"A diretora e artista Agnès Varda faleceu pem casa na noite de quinta-feira, 29 de março de 2019, em consequência de um câncer. Está cercada por aua família e amigos", afirmaram.

##RECOMENDA##

Varda, uma figura lendária, trabalhou até o fim de sua vida e no mês passado apresentou um documentário autobiográfico no Festival de Berlim.

Cineasta e fotógrafa autoditada, explorou muitas facetas de cinema e multiplicou as experiências ao longo de sua carreira, que se enquadrada em grande parte no cinema social ou politicamente engajado através de documentários ou filmes dedicados a pessoas modestas ou marginais.

Nascida em 30 de maio de 1928, Varda frequentemente usou sua própria vida como um quadro para o seu trabalho reconhecido com uma Palma de Ouro honorária em Cannes, em 2015, o que fez dela a primeira mulher a receber esta distinção.

"Seu trabalho e sua vida estão imbuídos do espírito de liberdade, a arte de ir além dos limites (...) Em suma, Varda parece ser capaz de realizar tudo o que ela quiser", indicou na ocasião o Festival de Cannes.

Entre seus filmes, destaque para "Cleo e 5 à 7" (1962), "Os Renegados" (1985), "Janela da Alma" (2001), "As Praias de Agnès" (2009) e "Varda by Agnès" (2019).

O baterista americano Hal Blaine, que tocou junto a nomes como Frank Sinatra e os Beach Boys, entre outros, morreu na segunda-feira aos 90 anos.

"Que ele descanse para sempre nos segundos e nos quartos", escreveu sua família, referindo-se aos compassos musicais em um comunicado anunciando sua morte.

##RECOMENDA##

Originalmente de Massachusetts, Harold Belsky, seu nome verdadeiro, tornou-se conhecido na década de 1960 como membro do grupo californiano The Wrecking Crew.

Ele acompanhou alguns grandes clássicos pop, como "Be My Baby", dos Ronettes, "Bridge Over Troubled Water", de Simon & Garfunkel, e "Strangers In The Night", de Frank Sinatra.

"Estou tão triste que não sei o que dizer", tuitou Brian Wilson, líder dos Beach Boys, com quem Blaine tocou no hit "Good Vibrations".

"Hal me ensinou muito. Nós devemos muito a ele nosso sucesso. Ele foi o melhor baterista de todos os tempos", acrescentou.

"Tenha uma boa viagem, querido amigo", reagiu Nancy Sinatra, a quem acompanhou em "These Boots Are Made For Walkin". "Você fez do nosso mundo um mundo melhor", acrescentou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando