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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta quinta-feira (14) alerta, divulgado pela Rede Internacional de Autoridades de Segurança Alimentar (Infosan), sobre surto de Salmonella Typhimurium em chocolates da marca Kinder. De acordo com o aviso, o Brasil não está incluído na lista de países para os quais o produto foi distribuído.

Em nota, a agência informou nesta quinta-feira (15) que está monitorando as informações das autoridades na Europa sobre os casos de infecção pela Salmonella Typhimurium, associados ao consumo de chocolates da empresa Ferrero, fabricados na Bélgica e distribuídos para diferentes países.

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Os representantes da empresa Ferrero no Brasil enviaram comunicado oficial à Anvisa, no qual informaram que a contaminação ocorreu na fábrica em Arlon, na Bélgica, e que as operações foram suspensas

A empresa informou ainda que iniciou o recolhimento dos produtos em todos os países de destino, e que a contaminação não atinge os chocolates comercializados no Brasil.

“A Anvisa segue o monitoramento do caso junto à empresa e acompanha as informações veiculadas por outras autoridades internacionais”, destaca a nota.

Como medida preventiva, a agência recomenda aos consumidores que tenham ou pretendam adquirir chocolates da marca Kinder, que verifiquem no rótulo os dados do fabricante do produto, especialmente de Arlon, na Belgium.

Os produtos Kinder, feitos nessa fábrica são: Kinder Surprise Maxi 100 g, Kinder Surprise 1 x 20 g, Kinder Surprise 3 x 20 g (60 g), Kinder Surprise 4 x 20 g (80 g), Kinder Schokobons WHITE 200 g, Kinder Schokobons 200 g, Kinder Schokobons 125 g, Kinder Schokobons 300 g, Kinder Mix Peluche 133 g, Kinder Mix Advent Calendar 127 g, Kinder Mini Eggs Hazelnut 100 g, Kinder Mini Eggs Mix 250 g, Kinder Happy Moments 162 g. O encaminhamento de denúncias pode ser feito por meio da Ouvidoria da Anvisa, na plataforma Fala.BR.

Ontem, o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) notificou a Ferrero do Brasil no sentido de que a companhia formalize o recall do chocolate Kinder ou apresente esclarecimentos sobre a segurança do produto no país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) caminha para elevar o alerta internacional em relação ao vírus zika nesta terça-feira (8) quando uma reunião de emergência ocorrerá na entidade para reavaliar o surto. A informação foi passada por Bruce Aylward, diretor-executivo do Departamento de Surtos da OMS, aos principais cientistas de todo o mundo em uma reunião realizada nesta segunda-feira (7) apontando para a relação entre o vírus e a microcefalia.

O jornal O Estado de S. Paulo foi o único meio de comunicação do Brasil a ter acesso à reunião entre os principais cientistas internacionais e que vai avaliar nos próximos três dias estratégias para lidar com o fenômeno.

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No dia 1º de fevereiro, a OMS declarou apenas a microcefalia como emergência internacional, alertando que ainda não existiam indícios claros da relação com o zika. Aylward, porém, insiste que o cenário "mudou".

"Se compararmos com a situação há um mês, os dados apontam em uma direção. Desde então, muito aconteceu. Não podemos provar nada ainda. Mas passamos de uma evidência muito fraca para uma evidência moderada de associação causal", disse. "Isso gerou uma nova urgência para os debates", afirmou.

Aylward lembrou que tanto os novos estudos como a proliferação de casos tem mudado a percepção da OMS sobre o caso. "Agora, temos 41 países desde janeiro de 2015 com casos de zika e o número continua a aumentar", insistiu.

Segundo ele, também já existem nove países onde é forte a relação entre a Síndrome de Guillain-Barré e o vírus. "Há um mês, eram apenas três países", indicou.

Outros estudos ainda conseguiram isolar o vírus em mães que tiveram filhos com microcefalia, enquanto um estudo publicado no New England Journal of Medicine também reforçou a associação em mulheres brasileiras. "Outros estudos ainda mostram os efeitos do vírus nas células", indicou.

O diretor apontou que não é hábito na OMS reconvocar a reunião de emergência de especialistas apenas um mês depois do encontro inicial. "Vamos revisitar a questão", disse.

Outro fator que pesou foi sua visita ao Brasil. "Não há dúvida de que houve um aumento do número de casos de microcefalia no Brasil e são casos novos e distintos", disse. Segundo ele, ao visitar Pernambuco, a OMS também se deparou com uma situação em que mulheres" não contam com instrumentos para lidar com a situação". "Precisamos de diagnósticos. Precisamos de vacinas", disse.

Quanto ao mosquito Aedes aegypti, Aylward também insistiu para a necessidade de "maior e melhor controle". "O Brasil tem o desafio da dengue e já entrou na guerra com o zika sabendo das dificuldades", indicou.

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