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O caminho é difícil e de abdicação. Às vezes é estressante, chato e arranca até lágrimas. Não é fácil ver alguns amigos curtindo, viajando, enquanto você dedica todo o seu tempo aos livros. E o que falar dos aulões em pleno domingo, cedinho, mesmo horário em que muita gente está curtindo um dia ensolarado, de frente para o mar? Mas toda essa renúncia pode sim valer muito a pena e o caminho até a vitória começa a ser traçado neste final de semana.
##RECOMENDA##Mais de 7 milhões de pessoas, a maioria jovens, serão submetidas, neste sábado (24) e domingo (25), ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Considerado a principal forma de ingresso no ensino superior brasileiro e até em universidades estrangeiras, o Enem é cercado de expectativa e fortes emoções. É justamente o lado emocional, quando não há um controle do candidato, que pode causar alguns malefícios. Por isso, nestas últimas horas que antecedem as provas, é preciso ter calma e saber que todo o esforço do ano precisa ser concretizado agora.
Mas controlar o emocional de fato não é fácil. Os feras vivem diante de toda uma expectativa familiar e das amizades. Muitos, inclusive, há anos tentam passar no curso dos sonhos, porém, por causa da forte concorrência e até mesmo por causa do nervosismo, acabam deixando escapar seu lugar na universidade. Há mais de 15 anos convivendo com a missão de ensinar e ao mesmo tempo tranquilizar seus alunos, o professor de matemática do Colégio Boa Viagem (CBV), Fabiano Nader, acredita que agora o fera precisa se sentir confortável, seja relaxando ou, inclusive, continuando a estudar.
“É uma coisa muito particular de cada estudante. O fera precisa fazer o que deixa ele confortável. Acredito que o melhor a se fazer não é mudar a rotina, mas também sei que não é indicado revisar tudo o que foi estudado durante o ano todo, porque não existe mais tempo para isso. É fundamental chegar bem na prova e evitar estresse. Não discuta sem necessidade com quem quer que seja”, orienta o professor.
Nader, além de ser professor, é pai de uma jovem que também vai fazer o Enem. Manuela Nader, 16, acredita que pelo fato de ter um “pai/professor”, a pressão por um bom desempenho é bem maior. “Acho que existe sim uma pressão porque meu pai é professor. Porém, também acho interessante essa profissão dele, porque consigo ver de perto como é o dia a dia de um professor”, conta a jovem, aos risos. Diferente do que a filha pensa, o docente afirma que não pressiona a garota e por isso deixa um recado para os pais: “O papel da família é de total apoio. O fera precisa estar bem emocionalmente”.
Para o também professor de matemática, Ricardo Berardo, o aluno que estudou precisa ficar ciente de que este é o momento de colocar em prática tudo o que ele viu durante o ano. Segundo ele, as questões vão abordar justamente o que o fera estudou e por isso o emocional não pode interferir nesta etapa. De acordo com Berardo, o bom desempenho dos candidatos reflete também nos professores. “Acreditem! Nosso sucesso é o sucesso de vocês. Pensem em tudo que vocês fizeram o ano todo. O esforço foi grande e por toda esta dedicação, tanto de vocês, feras, quanto de nós, professores, estou torcendo muito”, declara o docente.
A emoção dos feras
Rodrigo Soares, de 20 anos, e Rannaly Souza, de 21, estão entre os feras que sonham em cursar medicina. Objetivo difícil, diante da graduação que é uma das mais concorridas no Brasil. Durante quatro anos eles “bateram na trave”, mas não desistiram e neste final de semana prometem colocar nas provas as melhores respostas. Ambos alegam estar mais maduros e confiantes na aprovação. Veja a seguir depoimentos deles sobre a expectativa para a prova. Confira também como foi a última aula antes do Enem de um curso preparatório localizado no Centro do Recife:
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