Tópicos | Angela Villela Olinto

A física brasileira e professora da Universidade de Chicago, Angela Villela Olinto, tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências, título que a coloca ao lado de nomes como Albert Einstein, Martin Luther King, Winston Churchill, Nelson Mandela, Charles Darwin e outras figuras célebres da história e da ciência. Pioneira nos estudos da física de astropartículas, Olinto também foi a primeira mulher a dar aula no departamento de Física da instituição norte-americana. A integração na academia ocorreu na primeira semana de maio.

Em seguida, Olinto integrou a Academia Nacional de Ciências, que, só neste ano, elegeu 120 membros, sendo 59 mulheres, maior número já eleito em um único ano.

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A cientista é formada em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e possui doutorado em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). "Na faculdade me interessei por física de partículas e, no doutorado, pela astrofísica. Do pós-doutorado em diante, me dediquei a construir este novo campo que reúne as duas áreas de meu interesse anterior", diz Olinto sobre seu interesse pelas astropartículas, em entrevista à Exame.

Tendo ingressado no MIT nos anos 80, diz que na época não havia nenhuma cientista em seu departamento, apenas colegas homens, num turma com mais de 60 pessoas. A especialista é considerada líder no novo campo da “física das astropartículas”, que são partículas que compõem ou interagem com a matéria, como os núcleos atômicos e os neutrinos, que vêm de fontes astrofísicas distantes do sistema solar.

Em 2018, além das aulas e pesquisa, a brasileira assumiu o posto de diretora do departamento de astropartículas da Universidade de Chicago. Ela também participou da criação de um dos maiores laboratórios de observação de partículas energéticas construído na Argentina, o Observatório Pierre Auger. Angela participou fornecendo o apoio teórico para as observações e pesquisa.

O projeto, iniciado em 2010, acabou não sendo lançado por ser de alto custo. Em 2017, o grupo de cientistas conseguiu financiamento da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) para a criação de balões com telescópios para observar os feixes de luz na atmosfera e raios de alta energia.

O Observatório Espacial do Universo em um Balão de Superpressão (EUSO-SPB) foi desenvolvido com 80 pessoas de 13 países. O balão de alta pressão tem a dimensão de um campo de futebol. Durante o próximo lançamento, em 2023, o segundo balão ficará 100 dias no espaço enviando dados.

 

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