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Existem pessoas que vivem o Náutico além da presença nos estádios. São trabalhadores que dedicam suas vidas em atividades profissionais essenciais para o bom andamento logístico do clube. Para que os atletas entrem no gramado e desempenhe o futebol, há um conjunto de homens e mulheres que honram a instituição e não medem esforços para deixar tudo em ordem. Mas o elo com o Timbu é muito mais forte do que simplesmente uma obrigação trabalhista. O amor pela história do clube fala mais alto e ainda arranca risos e lágrimas daqueles que não são jogadores, mas que vestem a camisa vermelha e branca com muita garra. A seguir, confira mais uma reportagem da série "Craques dentro e fora de campo": 

A história do Náutico caminha ao lado das histórias de vida de muitos funcionários. E não há exemplo melhor que o roupeiro Araponga para destacar esse amor que supera as derrotas, se apega às memórias vitoriosas e torce por um futuro promissor do time vermelho e branco. Dos 76 anos de idade do trabalhador, 48 anos são de serviços prestados ao Náutico. Araponga está no Timbu diariamente, convive com os atletas e diretores, além de guardar no peito anseios comuns entre a massa de torcedores. E entre esses desejos, o roupeiro revela o sonho de ver novamente o Náutico campeão e de volta à Série A do Campeonato Brasileiro.

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Severino Matias de Carvalho, o Araponga, é funcionário exemplar. Não se acomoda pelo tempo longo de vínculo empregatício com o Náutico e faz questão de cumprir corretamente os horários de trabalho e atividades do dia a dia do clube. Chegou ao Náutico por indicação de um irmão e não mais saiu do Timbu. "Sou o primeiro a chegar e o último a sair. Chego de 6h quando o treino é pela manhã. Quando é à tarde, chego de 10h. O segredo do trabalho é ser honesto. Só isso. Organizamos as camisas e calções de jogos, chuteiras, tudo certinho. Zelamos pela roupa do clube. Hoje, a rouparia do Náutico é a mais organizada de Pernambuco, porque tem estrutura para a gente trabalhar", relata o roupeiro, enquanto é admirado pelos colegas de trabalho durante entrevista ao LeiaJá.

Na memória do roupeiro, há grandes feitos do Náutico. São títulos e vitórias que marcaram a vida de Araponga como funcionário do clube, mas principalmente o emocionou pelo torcedor que é. Reconhecido pela administração alvirrubra, a sala de trabalho de Araponga foi feita em sua homenagem, além do próprio respeito e carinho dos torcedores e atletas com ele. Mas tantos anos no clube ainda não foram suficientes para o roupeiro realizar todos seus sonhos como alvirrubro. Ele quer que o Náutico despache o jejum de títulos que pode chegar a 13 anos. No vídeo a seguir, confira as histórias de Araponga:

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Basílio, o segurança 

De semblante sisudo, outro trabalhador alvirrubro guarda em seu currículo um bom tempo de clube. José Antônio Basílio, de 58 anos, é segurança do Náutico há uma década. Para os atletas mais novos virou uma espécie de pai. Com os mais experientes, tem uma relação honrosa e ética. Características que fazem o trabalhador ser querido entre jogadores, atletas e demais funcionários.

Como nem sempre o futebol é feito de bons resultados, Basílio já precisou entrar em ação para conter os ânimos exaltados dos torcedores. Tensos momentos que precisam ser contornados com tranquilidade. "Junto comigo há uma equipe que trabalha todos os dias, a partir das 7h. Fazemos a segurança da sede do Náutico e também aqui no CT. São mais de 20 pessoas envolvidas. Às vezes o atleta não faz um bom jogo e eu chego nele para passar tranquilidade. Todos acreditam no meu trabalho e estou sempre pronto para ajudar", explica o segurança.

Muitos atletas entendem e exaltam a importância desses e outros trabalhadores. São peças importantes para o processo logístico do clube, e toda assistência dada antes dos jogos, ajuda os atletas a desempenharam com tranquilidade o bom futebol. Prata da casa, o volante João Ananias conversou com o LeiaJá e contou como é sua relação com os trabalhadores. O segurança Basílio também traz outros relatos da sua vivência no clube alvirrubro:

O Náutico conta com 47 funcionários no seu quadro de trabalhadores do setor administrativo. Já no futebol, 42 pessoas atuam, todos os dias, pelo sucesso do Timbu.

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