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A Anistia Internacional criticou a decisão de soldados pró-governo do Sudão do Sul de deixar, em outubro de 2015, mais de 60 homens e crianças morrerem asfixiados em um contêiner sob sol forte, e comparou o ato a um crime de guerra.

No relatório que será publicado nesta sexta-feira, a ONG relembra do ocorrido no prédio de uma igreja católica em Leer, no estado de Unidade, e pede que os soldados envolvidos sejam julgados pela Justiça.

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O crime foi mencionado pela primeira vez pela Comissão de Vigilância e Avaliação do acordo concluído em 26 de agosto passado entre o chefe de Estado, Salva Kiir, e o da rebelião, Riek Machar, outrora aliados, para pôr fim à guerra civil deflagrada em dezembro de 2013 no jovem país.

O documento se baseia nos depoimentos de 23 pessoas que viram as vítimas sendo levadas à força para o interior do contêiner, de mãos atadas. Depois, viram alguns cadáveres sendo retiradas.

"As testemunhas descreveram a situação e disseram ter ouvido as pessoas presas chorarem e gritarem angustiadas, assim como bater nas paredes do contêiner de carga, no qual não havia qualquer entrada de ventilação", segundo a AI.

"Dizem também que as autoridades civis e militares tinham conhecimento de que os detentos estavam angustiados e morrendo, mas que não fizeram nada para ajudá-los", completa o documento.

No Sudão do Sul, os contêineres metálicos de carga são utilizados, frequentemente, como celas improvisadas. No estado da Unidade, as temperaturas costumam passar dos 40ºC durante o dia.

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