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Em todo o ano passado, 257 pessoas LGBTQIA+ tiveram morte violenta no Brasil. Isso significa que, a cada 34 horas, uma pessoa LGBTQIA+ perdeu a vida de forma violenta no país, que se manteve no posto de mais homotransfóbico do mundo em 2023. O dado foi divulgado neste sábado (20) pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga organização não governamental (ONG) LGBT da América Latina.

Há 44 anos, a ONG coleta dados sobre mortes por homicídio e suicídio dessa população LGBTQIA+ por meio de notícias, pesquisas na internet e informações obtidas com parentes das vítimas.

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O número, no entanto, pode ser ainda maior. Segundo a ONG, 20 mortes ainda estão sob apuração, o que poderia elevar esse número para até 277 casos. “O governo continua ignorando esse verdadeiro holocausto que, a cada 34 dias, mata violentamente um LGBT”, disse o antropólogo Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia.

Do total de mortes registradas pelo Grupo Gay da Bahia, 127 se referiam a pessoas travestis e transgêneros, 118 eram gays, nove foram identificadas como lésbicas e três, como bissexuais. “Pela segunda vez em quatro décadas, as [mortes de] travestis ultrapassaram em número absoluto a dos gays. Isso é preocupante porque travestis e transexuais representam por volta de 1 milhão de pessoas e os gays representam 10% da população do Brasil, cerca de 20 ou 22 milhões de pessoas. Então, a chance ou o risco de uma trans ou travesti ser assassinada [no país] é 19 vezes maior do que para um gayou uma lésbica”, ressaltou Mott.

O relatório da ONG revela ainda que a maioria das vítimas (67%) era de jovens que tinham entre 19 e 45 anos quando sofreram a morte violenta. O mais jovem deles tinha apenas 13 anos e foi morto em Sinop, Mato Grosso, após uma tentativa de estupro.

Dentre essas mortes, 204 casos se referiam a homicídios e 17 a latrocínios. O Grupo Gay da Bahia também contabilizou 20 suicídios, seis a mais do que foram registrados em 2022.

Quanto ao local da violência, 29,5% das vítimas morreram em sua residência, mas uma em cada quatro pessoas (40%) LGBT morreram nas ruas ou espaços externos. “Persiste o padrão de travestis serem assassinadas a tiros na pista, terrenos baldios, estradas, motéis e pousadas, enquanto gays e lésbicas são mortas a facadas ou com ferramentas e utensílios domésticos, sobretudo dentro de seus apartamentos”, diz o relatório.

Regiões

Outro dado que o Grupo Gay da Bahia considera alarmante é que a maior parte das mortes ocorreu na Região Sudeste. Foi a primeira vez, em 44 anos, que o Sudeste assumiu a posição de região mais impactada, com registro de 100 casos.

A Região Nordeste apareceu na segunda posição, com 94 mortes. Na sequência, vieram as regiões Sul, com 24 óbitos, Centro-Oeste, com 22, e Norte, com 17.

“Chama a atenção o aumento inexplicado da mortalidade violenta dos LGBT+ no Sudeste, que saltou de 63 casos, em 2022, para 100 em 2023, ocupando o primeiro lugar nacional, fenômeno jamais observado desde 1980: aumento de 59%. Infelizmente, tais dados evidenciam que, diferentemente do que se propala e que todos aspiramos, maior escolaridade e melhor qualidade material de vida regional [IDH] não têm funcionado como antídotos à violência letal homotransfóbica”, disse Alberto Schmitz, coordenador do Centro de Documentação Luiz Mott do Grupo Dignidade de Curitiba.

São Paulo, com 34 mortes; Minas Gerais, com 30; Rio de Janeiro, com 28; Bahia, com 22; e Ceará, com 21, são os estados que mais concentraram mortes violentas da população LGBT no ano passado.

Políticas públicas

Para a ONG, esses números alarmantes reforçam a urgência de ações e políticas públicas efetivas para combater a violência direcionada à comunidade LGBTQIA+. A começar pela contabilização oficial dessas mortes. “O Grupo Gay da Bahia sempre solicitou ou reivindicou que o poder público se encarregasse das estatísticas de ódio em relação a LGBT, negros e indígenas. Mas, infelizmente, nem o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] incluiu os LGBTs no seu cnso de forma sistemática e universal, e muito menos as delegacias e secretarias de Segurança Pública deram conta de registrar, em nível nacional, todas as violências de assédio, bullying, espancamento e mortes de LGBT”, disse Mott.

“Consideramos que essa ausência do poder público em garantir a segurança da população LGBT é um dado grave, reflexo da homofobia e homotransfobia institucional e estrutural. E a inexistência de dados oficiais, que permitiriam políticas públicas mais eficientes, também é um dado que reflete homofobia e transfobia estrutural, institucional e governamental”, acrescentou.

O Grupo Gay da Bahia enfatiza que é importante esclarecer essas mortes. “Infelizmente, as autoridades policiais conseguiram elucidar os autores de apenas 77 casos de mortes violentas”, informou o relatório. “Esse quadro reflete a falta de monitoramento efetivo da violência homotransfóbica pelo Estado brasileiro, resultando inevitavelmente na subnotificação, representando apenas a ponta visível de um iceberg de ódio e derramamento de sangue.”

Marcelo Xavier, ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), será ouvido pela CPI das ONGs em depoimento agendado para terça-feira (10), às 10h. Na ocasião, ele deverá prestar informações ao colegiado sobre a atuação de organizações não-governamentais (ONGs) e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) na região amazônica. Xavier é delegado da Polícia Federal e presidiu a Funai entre 2019 e 2022.

O autor do requerimento de convite e relator da CPI, senador Marcio Bittar (União-AC), chamou atenção para o foco de muitas dessas organizações na questão dos povos indígenas. Ele acredita que o depoimento do ex-presidente da Funai poderá ajudar a “entender de que forma essas entidades paraestatais influenciam na formulação de políticas públicas para o setor, bem como a participação delas na execução dos programas voltados para os povos indígenas”.

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Objetivos 

Instalada em 14 de junho, a comissão parlamentar de inquérito tem o objetivo de investigar as atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia entre os anos 2002 e 2023. Ela deverá concluir seus trabalhos até o dia 23 de outubro, equivalente a 130 dias (pouco mais de quatro meses) a partir da sua instalação. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) preside o colegiado.

*Da Agência Senado

O projeto Refavela, ao lado do Ceress Curso de Inglês, promove o Curso Preparatório de Entrevistas de Emprego. São 160 vagas gratuitas para essa oportunidade com inscrições online, através do site da iniciativa até esta segunda-feira (17). A formação será, das 9h às 17h, na Rua Duque de Caxias, 684 - Centro, Goiana-PE.

O curso busca popularizar as técnicas e habilidades que o entrevistado deve ter para garantir uma vaga de emprego. "O primeiro passo para que uma pessoa demonstre seu potencial é a oportunidade. A partir do momento em que as empresas abrem as portas para pessoas negras, periféricas, a gente pode preparar esses futuros profissionais para estarem aptos a concorrer e ocupar os cargos. Saber como interagir com os recrutadores, como apresentar seu currículo, como demonstrar habilidades. Essas são características fundamentais para quem deseja entrar e se inserir no mercado de trabalho", explica Emanoel Ceress, diretor de relações internacionais da Ong Refavela.

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A CPI das ONGs aprovou nesta terça-feira (27) requerimentos para obrigar todos governadores e prefeitos de capitais da Região Norte a prestarem informações sobre contratos e parcerias feitas com organizações da sociedade civil entre 2002 e 2023. 

Os requerimentos foram feitos pelo senador Marcio Bittar (União-AC), que é o relator da comissão. Bittar explicou que as solicitações são semelhantes aos requerimentos aprovados na terça-feira passada (20) para prestação de informações por órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Controladoria-Geral da União (CGU). 

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Meio ambiente

O colegiado analisará os documentos contratuais, sigilosos ou não, sobre temas relacionados à preservação do meio ambiente, mudanças do clima ou populações indígenas que foram firmados com organizações não governamentais (ONGs) ou organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips). As mesmas informações deverão ainda ser fornecidas pelos governos dos estados do Maranhão e Mato Grosso, que se somarão a informações do Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins. 

Bittar também foi o responsável por requerimentos que convidam o ex-ministro do Meio Ambiente durante o governo Bolsonaro, Joaquim Leite, e o diretor da Associação dos Moradores do Alto Tapajós (Amot), José Altino Machado. 

Audiências públicas A CPI aprovou debate a ser realizado nas cidades de Altamira e Santarém, no estado do Pará, requerido pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Para o senador, é importante ouvir a opinião dos locais sobre a atuação dessas entidades. 

— São duas cidades emblemáticas pela força das ONGs, são as que mais esse setor se movimenta. Seria necessário a gente ouvir as pessoas e outras organizações que tenham sido prejudicadas frontalmente pelas ações de ONGs — disse Zequinha. 

Indígenas

Também foi aprovado o requerimento (REQ 58/2023) do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) para realização de audiência pública com a presença do líder ianomâmi Davi Kopenawa. O objetivo será informar sobre a atuação de ONGs especialmente no estado de Roraima.

O líder indígena Aurélio Tenharim também foi convidado para comparecer à CPI, a pedido do senador Plínio Valério (PSDB-AM).  Plínio também foi autor de requerimento aprovado para que o ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) informem sobre estudos técnicos empregados na expansão de terras indígenas e criação de unidades de conservação, respectivamente. 

Objetivos

A CPI das ONGs, instalada em 14 de junho, terá 130 dias para investigar a liberação de recursos públicos para ONGs e OSCIPs.

Os senadores investigarão se houve concentração de recursos em atividades-meio, desvirtuamento dos objetivos da ação dessas entidades, casos de abuso de poder e possível intromissão dessas entidades em funções institucionais do poder público.

Plínio Valério, que presidiu a reunião, reforçou que "o objetivo da comissão não é demonizar as ONGs, mas separar o joio do trigo”. A afirmação foi dada em resposta à senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que defendeu os trabalhos do terceiro setor em geral e cobrou responsabilidade da CPI em sua investigação.

*Da Agência Senado

Da América Latina à Ásia, a ONG internacional Aldeias Infantis SOS acobertou inúmeros casos de violência sexual e de corrupção desde a década de 1980 — revela um relatório publicado nesta quarta-feira (7).

Em entrevista à AFP, sua diretora-geral, Ingrid Johansen, disse que o documento foi "difícil de ler" para os funcionários, mas mostra um desejo de "transparência".

Ao assumir a organização em 2021, a escandinava se comprometeu a "reparar os erros do passado" e trabalhar duro para reconquistar a confiança dos doadores. Como parte desse processo, uma auditoria independente foi encomendada a uma equipe liderada por Willy Mutunga, ex-presidente do Tribunal Supremo do Quênia.

O objetivo foi elucidar uma série de casos de maus-tratos na organização, fundada em 1949 na Áustria para ajudar órfãos e crianças que não recebiam cuidados adequados de suas famílias.

Com 2,5 milhões de crianças e suas famílias registradas em 137 países e territórios em 2022, a Aldeias Infantis SOS se descreve como "a maior organização do gênero no mundo".

'Cultura do medo'

Integrada por 10 membros, a comissão de investigação visitou uma dezena de países, consultou milhares de arquivos e fez 188 entrevistas com supostas vítimas, ex-diretores e atuais supervisores.

O relatório de 262 páginas é assustador.

"Confirmamos graves acusações de abusos cometidos contra menores em vários países", afirma o texto consultado pela AFP.

Foram documentados "inúmeros casos de gravidez infantil" resultantes, em particular, de estupro, e de meninas que sofreram "abortos forçados, sem o consentimento das famílias".

O relatório cita o caso de um doador que foi recebido em um centro no Nepal, "contra o regulamento" e abusou de garotos entre 2010 e 2014. Um deles chegou a ser enviado para a Áustria para visitá-lo.

Vários escândalos foram acobertados; denunciantes, intimidados; e provas, destruídas.

Também é citado o caso do Panamá, onde a comissão descreve uma "cultura do medo". O relatório se refere ao caso de uma vítima que foi forçada a se retratar, colocada em regime de isolamento e forçada a deixar o país.

De um modo geral, revela-se uma “vontade de proteger a organização”, em detrimento dos interesses das crianças.

- Crianças separadas de suas famílias -

Além do Nepal e do Panamá, os investigadores identificaram problemas significativos no Camboja, Quênia, Serra Leoa e Síria.

Na Síria, um país em guerra, a ONG acolheu, desde 2015, crianças separadas de suas famílias à força, pertencentes à oposição ao governo de Bashar al-Assad.

"Agora estão reunidos com suas famílias", disse Johansen.

Recentemente, a filial russa da ONG foi suspensa, depois que a imprensa divulgou acusações de que Moscou havia recebido crianças ucranianas que provavelmente foram "deportadas".

“Como se trata de uma acusação grave, a medida será mantida até termos 100% de certeza de que tudo está em ordem”, frisou a diretora.

Além dos casos de maus-tratos, o documento detalha um "número significativo" de casos de fraudes, abuso de poder e irregularidades na cessão de contratos, que em alguns casos chegam a "milhões de dólares".

A ONG quer rever toda sua organização. Para isso, criou um cargo de defensor dos direitos, substituiu mais de metade da equipe diretora e reforçou os centros de acolhimento. Além disso, cerca de 500 vítimas receberam apoio psicológico, logístico, ou financeiro, individualizado.

Mas, "apesar das inúmeras iniciativas", o relatório aponta que as reformas "não foram totalmente implementadas" e que certas "normas da velha estrutura dificultam o trabalho da nova direção".

A ONG Junior Achievement e a Fundação Western Union estão organizando o projeto Mulheres Empreendedoras focado em incentivar e capacitar mulheres a gerenciar seu negócio. O curso é gratuito e acontece de forma online em junho para mulheres de 18 até 35 anos.

O período de inscrições vai do dia 10 a 28 de maio, pela página do projeto. Candidatas em vulnerabilidade social, racial, LGBTQIAP+, migrantes e refugiadas terão preferências nas vagas. O curso terá duração de quatro semanas e as aulas acontecerão semanalmente ao vivo.

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Após finalizar todas as aulas, 60 mulheres serão selecionadas para participarem de uma Jornada Empreendedora de quatro dias, também online. Nestas aulas, em julho, o conteúdo será aprofundado para garantir o sucesso do negócio.

A ONG Cores do Amanhã está com vagas abertas para cursos exclusivos para mulheres. As capacitações oferecidas são de eletricista, encanadora e pedreira. As interessadas podem se inscrever gratuitamente através de formulário eletrônico.

As aulas são ministras presencialmente na sede da ONG, localizada na Rua Garora de Ipanema - 03, Sancho. As aulas de eletricista serão realizadas das 8h às 12h, já o o curso de pedreira é das 13h às 17h.

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Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na última quarta-feira, 3, na capital paulista, um frade católico de 54 anos. Conhecido por realizar projetos sociais de ajuda a crianças carentes, o frei dominicano Elvécio de Jesus Carrara é acusado de produzir e armazenar material pornográfico de menores. No momento da prisão, ele tinha fotos e vídeos pornográficos de adolescentes no celular. A polícia mineira identificou ao menos uma vítima: um adolescente de 17 anos, morador de São José del-Rei (MG).

O frade passou por audiência de custódia e, após a Justiça manter a prisão em flagrante, o religioso foi levado para uma unidade prisional da capital paulista. Telefones celulares e computadores apreendidos com frei Elvécio vão passar por perícia. Além da prisão do frei em São Paulo, a Operação Falso Profeta cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em São João del-Rei e na cidade de Goiás (GO).

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Conforme o delegado Evandro Radaelli, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) da Polícia Civil de Minas Gerais, o frade dominicano iniciou um projeto social de atendimento a crianças e adolescentes em São João del-Rei e depois expandiu o atendimento para a capital paulista. Atualmente, cerca de 300 crianças e adolescentes são atendidos pela ONG nas áreas educacional, cultural, esportiva e assistencial.

Segundo ele, ficou apurado que o padre se valia dessas atividades para manter relações de cunho sexual com adolescentes. No celular do religioso foram encontradas fotos de adolescentes nus. "Tudo indica que os abusos ocorriam por meio dessa ONG mantida pelo investigado, por meio da qual ele oferece serviços educacionais aos adolescentes. A (suposta prática de) pedofilia, nesse caso, era mascarada pela condição religiosa do investigado", disse Radaeli.

A única vítima identificada é natural do município de Goiás, cidade do interior do Estado de Goiás, e foi chamada para participar da ONG, que mantém estudos e moradias para jovens em São João del-Rei. A investigação apontou que o frade dava presentes, pagava a escola e oferecia dinheiro para ganhar a confiança do adolescente. Ele também custeava a viagem e recebia visitas do rapaz quando estava em São Paulo, onde passou a morar. Segundo o delegado, como a investigação é recente, com a divulgação do caso podem aparecer mais vítimas.

Suspenso pela ordem

O frade passou a ser alvo de investigação pela polícia depois que a Ordem dos Pregadores (Dominicanos) recebeu denúncias contra ele. A Ordem abriu uma apuração canônica prévia para apurar os fatos e informou a polícia. "Desde então, ele foi proibido de exercer o ministério sacerdotal, de trabalhos que o levassem a ter contatos com menores, de frequentar as cidades de São Paulo e de Goiás. O religioso, contudo, estava desobedecendo a algumas das disposições", disse, em nota, o frei André Luis Tavares, provincial dos Dominicanos no Brasil.

De acordo com o superior, o frade nunca teve permissão da igreja para abrir a ONG e manter as obras sociais que preside e para as quais arrecada fundos, fazendo isso por "iniciativa pessoal" e "à revelia das orientações das autoridades da Ordem no Brasil". "Interessa à Ordem Dominicana que os fatos sejam apurados e esclarecidos, com transparência e responsabilidade, e que as devidas medidas legais sejam tomadas", disse o provincial.

Graduado pelo Instituto Teológico de São Paulo em 1995 e com mestrado em Teologia desde 2002, frei Elvécio foi ordenado frade dominicano em 2006. Com graduação também em Filosofia e formação em gestão escolar, ele atuou como docente em colégios de Minas Gerais e da capital paulista. Em São Paulo, ele foi celebrante de missas no Colégio Rainha da Paz, onde não chegou a lecionar. Segundo a escola, em março deste ano, frei Elvécio se afastou da função alegando motivos pessoais e foi substituído por outro celebrante.

Em 2010, o frade fundou o Núcleo de Ação Cultural - Talento, Alegria e Solidariedade (Nac Tales) para atender crianças e adolescentes do bairro Colônia do Marçal, em São João del-Rei, e no Parque Bristol/Vila Caraguá, no Distrito de Sacomã, região sudeste da capital paulista. Segundo sua página oficial, o núcleo atende crianças, adolescentes e jovens, aliando práticas educacionais, esportivas, culturais e de assistência social ao desenvolvimento comunitário das famílias.

Em nota, a direção do Nac Tales informou que todas as atividades permanecerão sem qualquer alteração. "Faz-se necessário ressaltar que o ocorrido não tem qualquer relação direta com o trabalho realizado por esta ONG, motivo pelo qual manteremos firme nosso compromisso com o bem-estar das crianças e jovens, que é nosso único fundamento", disse.

Também em nota, a Arquidiocese de São Paulo lembrou que o frei Elvécio já estava sob investigação canônica, proibido de exercer o sacerdócio, e manifestou seu "firme repúdio a toda forma de abuso contra menores ou adultos vulneráveis. Outrossim, solidariza-se com as possíveis vítimas e seus familiares, reiterando o empenho da Igreja Católica pela proteção dos menores adolescentes".

A Ordem dos Pregadores (Dominicanos) tem como fundador São Domingos de Gusmão e foi confirmada pela Igreja Católica em dezembro de 1216, durante o pontificado do papa Honório III. Embora seja dirigida mundialmente por um mestre geral e, regionalmente, pelos freis provinciais, a ordem segue as diretrizes do Vaticano.

A reportagem entrou em contato com a defesa de frei Elvécio e ainda aguarda retorno.

Com o objetivo de promover a redução de danos e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a ONG Arco LGBTQIAP+ irá promover ações em Jaboatão de Guararapes e outros municípios da RMR durante o carnaval 2023. 

A redução de danos é uma abordagem que busca minimizar os riscos e danos associados ao uso de álcool e outras drogas, e ainda comportamentos de risco. Ela inclui atividades como a distribuição de preservativos e outros equipamentos de proteção individual, bem como orientações sobre o acesso a serviços de atendimento médico e psicológico. Além disso, a abordagem apresenta práticas de prevenção, como campanhas de conscientização, programas de educação sobre a temática, e divulgação de conteúdos educativos e informativos.

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A redução de danos ajuda a garantir que as pessoas possam aproveitar o carnaval de forma segura e saudável, sem colocar a si mesmas e aos outros em risco. Do mesmo modo, ela também ajuda a reduzir os custos associados aos cuidados de saúde e à segurança, e contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e tolerante.

A Casa Menina Mulher, ONG que oferece ações voltadas para crianças e adolescentes, está com as matrículas abertas para o ingresso de estudantes moradores do centro do Recife.  

Os requisitos para participar incluem ter entre 07 e 17 anos; ser aluno da rede pública de ensino; e residir nos bairros dos Coelhos, Coque, São José, Boa Vista, ou Joana Bezerra. 

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A instituição oferta atividades como oficinas de arte/educação, percussão, terapia comunitária integrativa, formação para adolescente, empreendedorismo, inclusão digital, cidadania, saúde e bem-estar, leitura/letramento, atendimento psicológico, e muitos outros cursos.  

As inscrições podem ser realizadas entre os dias 01 e 03 de fevereiro, das 09h às 17h, na Rua Leão Coroado, 55, Boa vista. A programação acontece de segunda à sexta, das 13h às 17h. Para mais informações, ligue (81) 3231-0463 ou (81) 99737-6207.

A sede da ONG Sociedade dos Forrozeiros pé-de-serra, localizada na Rua do Apolo, no bairro do Recife, foi arrombada e os criminosos reviraram tudo, levaram geladeira, bebedouro, botijões de água mineral, bombas de água, lustres e toda a fiação elétrica, além de instrumentos musicais do local. O arrombamento foi descoberto na tarde da sexta-feira (6) e os prejuízos foram contabilizados em pelo menos R$ 100 mil.

A fundadora da organização Tereza Accioly, informou que a Polícia Militar foi acionada assim que o arrombamento foi descoberto e a corporação esteve no local. A queixa também foi registrada na Polícia Civil. 

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A sede da Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-serra, localizada na Rua do Apolo, no bairro do Recife, foi arrombada e os criminosos reviraram tudo, levaram geladeira, bebedouro, botijões de água mineral, bombas de água, lustres e toda a fiação elétrica e instrumentos musicais do local, além de itens raros. O arrombamento foi descoberto na tarde da sexta-feira (6), e os prejuízos foram contabilizados em pelo menos R$ 100 mil.

A fundadora da organização Tereza Accioly, informou que a Polícia Militar foi acionada assim que o arrombamento foi descoberto e a corporação esteve no local. A queixa também foi registrada na Polícia Civil. 

A sede da Sociedade dos Forrozeiros mudou-se para a Rua do Apolo há cerca de cinco anos e nunca tinha acontecido nada parecido antes. 

Ao LeiaJá, Tereza Accioly relatou que a sede estava fechada para o recesso de fim de ano. Ela acredita, de acordo com informações de pessoas próximas, que o arrombamento aconteceu no dia 31 de dezembro. “Me falaram que tinham umas seis pessoas lá dentro. Não entramos, chamamos logo a polícia, mas não tinha mais ninguém. Foi um caos. Destruição total. Além de levar as coisas, eles destruíram tudo, jogaram no chão. Verdadeiros vândalos. É lamentável porque eles poderiam apenas ter levado os bens materiais, não quebrado tudo”, disse. 

“Levaram quadros que ganhamos e compramos, até CDs LPs raros levaram. Fizeram buraco e quebraram o telhado. Tiraram toda a fiação da casa, todos os lustres”, complementou, incrédula. 

Segundo Tereza, o local foi todo organizado antes do recesso para o retorno, em fevereiro deste ano, mas depois do ocorrido não há previsão de volta, tendo em vista toda a destruição e prejuízo causado, em torno de R$ 100 mil. 

A coordenadora da Sociedade criticou a falta de policiamento no bairro do Recife e afirmou que outras casas também foram arrombadas e levaram bens. “O roubo não foi só lá, foi em outros locais também. A área está sem policiamento e disseram que eram só eles (uma viatura e dois agentes), que passam, circulam toda a área do Recife, que é enorme, e os ladrões já sabem que não vão voltar mais. O bairro está muito desprezado, e olhe que tem muita coisa ali”, observou. 

“Acho que não mudaremos o planeta com isso, mas é nossa parte”, disse Juan Pablo Pío à AFP em sua casa de campo em Pan de Azúcar, 115 km a leste de Montevidéu, onde, entre outros animais, quatro cavalos pastam tranquilamente, sem saber que sua sorte mudou.

A ONG Santuarios Primitivo comprou e retirou os animais de um caminhão que seguia para um dos três frigoríficos autorizados no Uruguai para abate de equinos. Essa atividade aumentou mais de 60% em 2021, para exportar para países que consomem carne de cavalo. Bélgica, França e o Japão estão entre os principais destinos.

“Mudamos a vida do animal, mas o animal também muda a nossa vida”, acrescenta Pío, um dos primeiros a adotar os cavalos resgatados pela organização fundada por Pablo Amorín e Martín Erro.

Os amigos têm vários laços com o mundo equestre. Em 2019, criaram essa ONG, com a qual salvaram a vida de 250 cavalos, realocando-os em cerca de 70 fazendas e ranchos privados em todo país.

- Salvar vidas -

A primeira intenção da Primitivo era comprar os cavalos diretamente dos frigoríficos.

"Mas eles não abriram as portas para nós, então fomos para a etapa anterior", diz Amorín, em referência aos intermediários que percorrem o país recolhendo animais descartados para engordá-los e vendê-los para os matadouros, que pagam por quilo.

A ONG consegue cobrir o preço pago pelos frigoríficos para “tirar os animais do caminhão”, graças a recursos doados por organizações budistas que defendem a prática de “salvar vidas”.

Com os cavalos a salvo, o segundo passo é transferi-los para “santuários”, onde são adotados por pessoas dispostas a cuidar destes animais.

O perfil dos voluntários é variado, mas Erro afirma que há muita gente "da cidade", donos de pequenas terras improdutivas, que buscam "conexão com a natureza".

A manutenção dos equinos é de responsabilidade do adotante, mas a Primitivo exige que eles não os comercializem, nem obtenham renda com base em sua exploração.

- Indústria em expansão -

Em um país onde comer cavalos pode ser considerado um sacrilégio, o fato de o destino final da maioria dos equinos ser o matadouro não é um segredo absoluto.

Sem criação comercial para esse fim, a produção de carne de cavalo no Uruguai é uma atividade residual dos diferentes usos dos animais, como trabalho no campo, ou competições esportivas. Quando, por motivos diversos, deixam de ser úteis para estas atividades, proprietários costumam vendê-los para frigoríficos, ou intermediários, que os levam para matadouros.

O abate de cavalos no Uruguai, que de 2012 a 2020 ficou em sua maioria abaixo de 40.000 cabeças por ano, saltou em 2021 para 58.152 animais abatidos, um aumento de 61%, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC).

Da mesma forma, as vendas de carne de cavalo no exterior saltaram de US$ 18,35 milhões em 2020 (queda de -19,3% em relação ao ano anterior), para US$ 28,85 milhões em 2021 (+57%), e US$ 30,56 milhões (+5,9%), em 3 de dezembro, 2022.

De acordo com o instituto público-privado Uruguai XXI, o principal destino das exportações em 2022 foi a Bélgica, seguida de França, Japão, Rússia e Alemanha, conforme dados registrados até novembro.

A Universidade Guarulhos (UNG) deu início à Campanha do Natal Solidário, com o objetivo de arrecadar brinquedos novos e usados em bom estado para crianças de até sete anos de idade. A doação deve ser feita até o dia 10 de dezembro, das 9h às 17h, no campus Centro e no campus Itaquaquecetuba. 

A iniciativa irá beneficiar filhos dos associados de cooperativas de reciclagem, em Bonsucesso, e a ONG Lar da Tia . O projeto, que faz parte do Departamento de Extensão da Universidade, é realizado em parceria com a ONG Fazendo a Diferença e tem estimativa de contemplar cerca de 120 crianças. A previsão da entrega é de ocorra no dia 14 de dezembro, com a participação dos estudantes.  

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Segundo o reitor da UNG, Yuri Neiman, ações de responsabilidade social são prioridades na Instituição. “É de fundamental importância envolver os acadêmicos e a população em projetos que estimulem a prática do bem. Nossa campanha acontece todos os anos, o que nos permite levar um pouco de alegria e esperança para essas crianças. Conto com o apoio de todos para que possamos arrecadar o maior número de brinquedos possível”, destacou Neiman.  

No ano passado, a campanha arrecadou mais de 650 brinquedos, como bolas, carrinhos, bonecas, jogos educativos, livros, dentre outros. Os interessados também podem entrar em contato por meio do telefone (11) 2464-1759 ou e-mail: extensao@ung.com.br. Ao entregar no campus Centro, o local para a doação é no Prédio L Extensão e no campus Itaquaquecetuba, no departamento de Marketing.

O Irã executou mais de 500 pessoas desde o início de 2022, um número muito maior do que em todo ano passado – disse a ONG norueguesa Iran Human Rights (IHR) nesta segunda-feira (5).

De acordo com a ONG, pelo menos 504 pessoas foram executadas este ano. A organização ainda está em processo de confirmação de casos adicionais de pessoas que teriam sido enforcadas.

Este número se soma às crescentes preocupações com o uso da pena de morte por parte das autoridades iranianas contra as pessoas que participaram dos protestos contra o governo em setembro no Irã.

Os números da IHR incluem quatro pessoas executadas no domingo (4), acusadas de pertencerem ao serviço de Inteligência israelense, conforme a imprensa oficial.

O grupo de defesa dos direitos humanos afirmou que essas pessoas foram executadas na prisão Rajai Shahr, em Karaj, perto de Teerã, também conhecida como Gohardast, após sete meses de detenção.

"Esses indivíduos foram condenados à morte sem o devido processo, ou um julgamento justo, atrás das portas fechadas do Tribunal Revolucionário", denunciou o diretor da IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, em um comunicado.

"Suas sentenças carecem de qualquer tipo de validade legal", afirmou Amiry-Moghaddam, acrescentando que essas execuções "têm como objetivo criar temor social e desviar a atenção do público das falhas de Inteligência da República Islâmica".

Uma das enforcadas recentemente é uma mulher executada no sábado passado em Dastgerd, no centro do Irã, sob a acusação de matar seu sogro, informou o IHR.

Grupos de direitos humanos dizem estar alarmados com o número de mulheres executadas no Irã, muitas vezes sob a acusação de assassinar parceiros, ou familiares, em relacionamentos abusivos.

O IHR afirmou que o número de pessoas executadas em 2022 é o mais alto dos últimos cinco anos. Segundo esses dados, pelo menos 333 pessoas foram executadas em 2021, um aumento de 25% em relação às 267 de 2020.

A Anistia Internacional estimou, por sua vez, em 314 o número de execuções no Irã no ano passado, total superior ao de qualquer outro país do mundo, embora na China, cujos dados não estão disponíveis, possa se chegar aos milhares.

Seis pessoas já foram condenadas à morte pelos protestos no Irã, em "julgamentos fraudulentos sem acesso a seus advogados e sem as devidas garantias processuais", afirma a IHR.

A ONG diz que 26 pessoas, incluindo três menores, enfrentam acusações que podem condená-los à forca.

As autoridades descreveram os réus como "agitadores" que atacaram as forças de segurança e prédios públicos, mas as circunstâncias dos casos são contestadas por ativistas.

Os protestos das mulheres se espalharam pela ultraconservadora província iraniana do Sistão-Baluquistão (sudeste) nesta sexta-feira (2), dois meses e meio após as primeiras manifestações que abalaram o regime islâmico pela morte da jovem Mahsa Amini – informou a ONG Iran Human Rights (IHR).

Nas ruas de Zahedan, capital da província, dezenas de mulheres exibiam cartazes com a inscrição "Mulher, vida, liberdade", um dos principais lemas dos protestos, segundo vídeos divulgados na Internet.

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"Com ou sem véu islâmico, avante a revolução!", gritavam mulheres vestidas com xadores pretos, que cobrem a cabeça e grande parte do corpo, segundo imagens publicadas no Twitter e verificadas pela AFP.

"É incomum" ver mulheres se manifestando em Zahedan, disse à AFP Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor da IHR, com sede em Oslo.

As mulheres no Sistão-Baluquistão estão entre as mais "oprimidas" do Irã, e as manifestações desta sexta-feira estão entre as mais organizadas desde o início do movimento nacional de protesto, acrescentou Amiry-Moghaddam.

“As mulheres e as minorias (...) podem, graças a estas manifestações, sair às ruas e exigir seus direitos humanos fundamentais”, acrescentou.

O Irã é abalado por uma onda de protestos que começou quando Masha Amini, uma mulher de 22 anos de origem curda, morreu após ser detida em 16 de setembro por supostamente violar um rígido código de vestimenta imposto às mulheres.

Pelo menos 448 manifestantes foram mortos desde o início do movimento, que foi violentamente reprimido, segundo o IHR.

O Irã acusa os Estados Unidos e seus aliados de fomentarem esses protestos, que descreve como "distúrbios".

No início desta semana, as autoridades iranianas informaram que mais de 300 pessoas foram mortas desde o início das manifestações.

Na próxima quarta-feira (9), o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) resgata uma ação cultural que aconteceu durante 10 anos no quintal do seu casarão centenário no Sítio Histórico de Olinda. Em comemoração aos 50 anos completados em agosto, a Quartas Literárias volta com uma edição especial para promover e defender a cultura através da literatura, da poesia, da música e do teatro.

Com uma programação repleta de artistas pernambucanos, o evento inicia às 18h30 e tem como participações especiais duas escritoras negras de referência do nosso estado: Odailta Alves e Inaldete Pinheiro. 

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Com o sarau “Poemas da Travessia”, as intelectuais têm como referência o livro “Travessias” da própria Inaldete Pinheiro, que fala sobre a travessia forçada que a população negra africana sofreu até o Brasil e o sequestro da ancestralidade que ocorreu durante o período escravocrata.

“São poesias produzidas por mulheres negras idosas, adultas e jovens, que compreendem como historicamente a mulher negra sempre foi pensada para tarefas subalternizadas, porque sabemos que o racismo nos impede de acessarmos muitos espaços. E esse caldeirão de poesia preta e feminina vai lembrar essa travessia, ressignificando nossas narrativas e construindo essa poesia que traz essa mulher através da primeira pessoa, quebrando com a literatura hegemônica e o silenciamento”, explica Odailta.

Odailta Alves também levará o Projeto Mala Preta, conduzido por ela e outras escritoras negras com o objetivo de circular livros de intelectuais pretas independentes que não conseguem acessar as livrarias por todas as dificuldades do mercado editorial. 

A responsável pela produção da Quartas Literárias é Silvana Menezes, atriz, poetisa e integrante do Vozes Femininas, outra atração confirmada no evento - cujo grupo também é formado por Cida Pedrosa, Mariane Bigio e Susana Morais. Silvana fala com emoção desta atividade que coordenou por 10 anos dentro do Programa de Desenvolvimento das Leituras e Escritas Literárias do CCLF. 

“As primeiras edições aconteceram na Biblioteca Solar de Ler, que fica dentro da sede da organização. À luz de velas e de candeeiros vermelhos, esta iniciativa evoluiu e o espaço tornou-se pequeno, ocupando então o belíssimo quintal. Não tínhamos recursos de luz, fazíamos fogueiras, e era lá, ao redor do fogo sagrado, que líamos nossos versos escritos em guardanapos, datilografados em máquinas de escrever antigas ou digitados. Os artistas começaram a subir as ladeiras de Olinda para participar das edições das Quartas”, relembra o início da ação.

Além do Poemas da Travessia e Vozes Femininas, a nova leva de poetas e poetisas pernambucanos se juntam aos precursores da ideia e colaboram para a realização de uma noite muito especial. São eles: Allan Sales, Ana Neves, Rafaela Valença, Kerlito de Lenira, Adélia Coelho, Renata Santana, Malungo, Gleison Nascimento e Flávia Gomes. Estes compõem a Roda Literária, que também terá o microfone aberto para as pessoas presentes que sintam o desejo de recitar.

O Grupo Totem é uma das atrações teatrais do evento, grupo que existe desde 1988 na cena e se tornou uma das referências em Pernambuco. O Grupo Teatral da EREFEM Compositor Antônio Maria, unidade educacional localizada em Rio Doce - Olinda, é formado por crianças e adolescentes e se junta aos mais experientes para também realizarem uma apresentação nesta edição especial da Quartas Literárias.

Para abrir a noite e garantir o gênero musical do encontro, a Banda Colírio Elétrico faz uma versão acústica de seu show. Navegando pelo blues, rock, folk e country, a banda é formada por Paulo Guimarães nos vocais, Luciano King na guitarra, Edinaldo Nascimento no baixo, Maurilio Luna no Teclados e Isaac Olindino na bateria.

Bebidas e comidas também estarão disponíveis para compra no local. A entrada é gratuita.

 

Serviço:

Quartas literárias - Edição Especial #CCLF50Anos

Dia 09 de novembro

A partir das 18h30

No CCLF | Rua 27 de Janeiro, 181 - Carmo, Olinda

Entrada gratuita

 

Os efeitos das mudanças climáticas ameaçam 1 bilhão de crianças, e o padrão geral de vida dos menores em todo o mundo estagnou na última década, advertiu nesta quarta-feira a ONG KidsRights.

A pandemia de Covid-19 também teve grande impacto nas crianças. A escassez de alimentos e remédios causou a morte de 286 mil menores de 5 anos, segundo o estudo anual da ONG holandesa.

O índice KidsRights classifica anualmente 185 países segundo seu cumprimento da Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças, com base em dados da ONU. Islândia, Suécia, Finlândia e Holanda lideram a classificação de 2022, que termina com República Centro-Africana, Serra Leoa, Afeganistão e Chade.

O estudo de 2022 é "alarmante para nossas gerações atuais e futuras de crianças", assinalou Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights. "Um clima que muda rapidamente ameaça, agora, seu futuro e seus direitos básicos".

“Não houve nenhum progresso significativo no padrão de vida das crianças na última década. Além disso, seus meios de vida foram afetados gravemente pela pandemia", acrescentou Dullaert.

Pela primeira vez em duas décadas, o número de crianças que trabalham subiu a 160 milhões, o que representa um aumento de 8,4 milhões nos últimos quatro anos, segundo o índice KidsRights.

O estudo destaca, no entanto, o progresso de alguns países, como a Bolívia, que reduziu por quase a metade o número de acidentes de trabalho infantis, ou Angola, que reduziu em mais da metade a mortalidade dos menores de 5 anos.

A Suíça, que ficou em segundo lugar no ano passado, caiu para 31º, "devido à aplicação insuficiente do princípio do 'interesse superior das crianças' nas decisões que as afetam", informou a ONG.

Ao menos 36 pessoas morreram na repressão dos protestos que explodiram há uma semana no Irã após a morte de uma mulher detida pela polícia da moral, denuncia uma ONG com sede em Nova York.

Mahsa Amini, 22 anos, foi detida pela polícia da moral em 13 de setembro em Teerã por utilizar "roupas inapropriadas". Ela faleceu três dias depois no hospital e sua morte provocou uma onda de protestos no país.

De acordo com ativistas, ela foi agredida de maneira fatal na cabeça, mas as autoridades iranianas negaram qualquer envolvimento das forças de segurança e anunciaram uma investigação.

Um meio de comunicação estatal informou que 17 pessoas morreram nas manifestações, mas várias ONGs, incluindo o Centro para os Direitos Humanos no Irã (CHRI), com sede em Nova York, anunciaram balanços mais graves.

"As autoridades reconheceram a morte de pelo menos 17 pessoas, mas fontes independentes citam 36 óbitos", denunciou o CHRI no Twitter.

"O número deve aumentar. Os líderes mundiais devem pressionar as autoridades iranianas para permitir protestos sem o uso de força letal", acrescentou a ONG.

Após a morte de Mahsa Amini, manifestações foram registradas nas principais cidades do Irã, incluindo Teerã, Isfahan (centro) e Mashhad (nordeste).

A Anistia Internacional denunciou recentemente uma "repressão brutal" e advertiu que as forças de segurança usaram balas de borracha e gás lacrimogêneo contra a multidão.

As 10 crises de deslocados "mais esquecidas" do mundo estão na África, afirma a ONG Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) em um relatório publicado nesta quarta-feira, no qual expressa preocupação com as consequências da guerra na Ucrânia para este continente.

O NRC publica uma lista anual das 10 "crises de deslocamento mais esquecidas" com base em três critérios: falta de vontade política da comunidade internacional para encontrar soluções, falta de cobertura da imprensa e falta de financiamento para as necessidades humanitárias.

A classificação de 2021 "reflete o fracasso crônico das autoridades políticas, dos doadores e dos meios de comunicação no momento de abordar os conflitos e o sofrimento humano neste continente", afirmou o secretário-geral do NRC, Jan Egeland, em um comunicado.

Embora normalmente uma grande proporção de países africanos seja incluída (8 de 10 em 2020), 2021 é o primeiro ano em que "todos os 10 estão em África", segundo o relatório.

Assim como no ano anterior, a República Democrática do Congo (RDC), "um caso de manual de abandono, que aparece na lista pela sexta vez consecutiva" - destaca o NRC -, aparece em primeiro lugar, com 5,5 milhões de deslocados, especialmente no nordeste do país.

"Trata-se de uma das piores crises humanitárias deste século e, no entanto, aqueles dentro e fora da África que têm o poder de mudar a situação ignoram as ondas de ataques brutais e seletivos contra a população civil que estão desintegrando as comunidades", afirmou a ONG.

No oeste da África, Burkina Faso, que tem mais de 1,75 milhão de deslocados, sobretudo no norte do país, cenário de atentados de grupos extremistas, ocupa o segundo lugar, à frente de Camarões, Sudão do Sul, Chade, Mali, Sudão, Nigéria, Burundi e Etiópia.

A fome aumenta na maioria destes países, em particular com o agravamento da situação alimentar após o "aumento dos preços dos trigo e dos combustíveis provocado pela guerra na Ucrânia", alerta o NRC.

"Além disso, vários países doadores estão decidindo ou considerando cortar a ajuda à África para redirecionar os recursos à Ucrânia e ao acolhimento de refugiados em seus países", completa o relatório.

Dezenas de perfis que se passavam por ONGs ambientalistas e disseminavam informações falsas sobre a Amazônia estavam ligados a dois militares do Exército, constatou o relatório de ameaças encomendado pela Meta, detentora do Facebook e Instagram, publicado nessa quinta-feira (7). As contas foram derrubadas pela plataforma.

A análise da agência Graphika, contratada pela Meta para monitorar as postagens, identificou que a rede de fake news era controlada pela dupla que estava "servindo ativamente no exército em dezembro de 2021, de acordo com registros do governo brasileiro de pagamentos de funcionários federais".

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A rede de desinformação contava com 14 contas e 9 páginas no Facebook, e 39 contas no Instagram. Todas foram derrubadas sob a justificativa de apresentar "comportamento inautêntico coordenado".

Defensores do governo federal

O documento indica que os perfis enalteciam o governo federal, criticavam defensores do Meio Ambiente e defendiam que nem todo desmatamento é ruim. Os perfis também apoiaram os atos do último 7 de setembro e o Projeto de Lei 490, que modifica as regras de demarcação de território indígena. 

As primeiras páginas surgiram em 2022, como a “Resistência Jovem” e “Orgulho Sem Terra”, que postavam memes sobre questões sociais, como a reforma agrária e a pandemia.

Em 2021, os perfis passaram a fingir ser ONGs e ativistas, como a “NatuAmazon” e a “Amazônia Sustentável”, mas não alcançaram tanto engajamento. Cerca de 1.200 seguidores acompanhavam as páginas no Facebook e mais de 23 mil no Instagram.



Exército se afasta dos envolvidos

Em nota, o Exército alegou que soube das contas através da imprensa e que “não fomenta a desinformação por meio das mídias sociais”.

"A instituição possui contas oficiais nessas mídias e obedece as políticas de uso das empresas responsáveis por essas plataformas. Assim, o Exército já entrou em contato com a empresa Meta para viabilizar, dentro dos parâmetros legais vigentes, acesso aos dados que fundamentaram o relatório, no que diz respeito à suposta participação de militares nas atividades descritas", destacou o documento.

"A Instituição requer de seus profissionais o cumprimento de deveres militares, tais como o culto à verdade, a probidade e a honestidade", complementou.

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