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O projeto de lei que o governo enviará ao Congresso para conter a violência em manifestações aumenta as punições em caso de dano ao patrimônio público e proíbe mascarados de circularem pelas ruas sem identificação. Prevista para se apresentada nesta semana, em regime de urgência, a proposta também prevê o agravamento da pena para quem cometer atos de lesão corporal.

"Quem quiser pintar o rosto pode pintar, mas será vedado o uso de máscara ou camisa cobrindo o rosto, sem que as pessoas se identifiquem, para evitar o vandalismo", disse ao Estado o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. "A lei proíbe o anonimato. As pessoas têm de arcar com as consequências do que fazem. Ninguém pode se infiltrar em manifestações para depredar o patrimônio, agredir, matar e não ser punido."

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Pelo projeto de lei, os manifestantes mascarados que se recusarem a apresentar a identificação serão encaminhados à polícia. "Se a pessoa se negar a sair do anonimato, estará cometendo crime de desobediência. E casos de reincidência configuram sanção penal mais elevada", afirmou Cardozo.

A pena existente hoje para danos ao patrimônio público é de seis meses a um ano de reclusão. Na avaliação do governo, trata-se de penalidade "muito baixa", que precisa ser reforçada. "Em vários países, como a França e o Canadá, existem leis mais duras, que garantem a liberdade de expressão, mas coíbem com rigor a prática de crimes. É isso que estamos fazendo", insistiu o ministro.

O governo está preocupado com o clima de insegurança provocado no País perto da Copa do Mundo, num ano em que a presidente Dilma Rousseff disputará a reeleição. Além disso, na avaliação do Palácio do Planalto, a participação dos black blocs e mascarados em protestos provoca medo generalizado, sensação de descontrole e acaba diminuindo a adesão de pessoas que só querem se manifestar livremente.

Apesar desse diagnóstico, o governo não aprovou a ideia do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, que dá nova configuração ao crime de formação de quadrilha. Para Beltrame, a quadrilha já poderia ser caracterizada quando duas pessoas - e não três, como é hoje - se reunissem para cometer atos ilícitos. Na semana passada, um cinegrafista da TV Bandeirantes foi morto após ser atingido por um rojão durante manifestação no Rio.

Crítica

A proposta de Cardozo, no entanto, já provoca polêmica. Na opinião do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o Palácio do Planalto quer restringir a liberdade de expressão. "Esse projeto é antidemocrático e chavista. Parece que estamos na Venezuela", criticou Torres. "O que nos causa estranheza é ver integrantes do governo Dilma, que sofreram a repressão do Estado na época da ditadura, quererem agora criminalizar as manifestações com uma espécie de A-I 5 social."

Cardozo negou que o projeto de lei tenha o objetivo de coibir atos públicos e protestos contra o governo. "Queremos garantir a liberdade de manifestação, mas vamos atuar com rigor contra a violência e a prática de crimes", insistiu o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comandante da Polícia Militar (PM) do Rio, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, afirmou nesta terça-feira que a corporação limitará o uso de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes e combater atos de vandalismo durante protestos promovidos na cidade. Ele admitiu que o gás foi usado de forma exagerada pela PM em alguns momentos dos últimos protestos. O coronel afirmou que os policiais que cometeram abusos serão identificados. Um deles já foi afastado do Batalhão de Choque.

Em duas manifestações a PM lançou gás lacrimogêneo na porta de hospitais (no Hospital Estadual Souza Aguiar, em 20 de junho, e na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em 11 de julho). Nessas ocasiões, o gás invadiu essas unidades e causou incômodo a pacientes e funcionários. A PM alega que, no caso mais recente, usou as bombas para impedir que manifestantes invadissem o hospital.

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Policiais do Batalhão de Choque e de áreas onde os protestos são mais comuns, como a região central, serão submetidos a um curso de capacitação promovido pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

A Atos, empresa de serviços de TI, assinou acordo com a SAP para se tornar revendedora global (VAR) da fabricante alemã de software. Agora, a Atos está autorizada a revender produtos, serviços e suporte SAP por meio de um único processo mundial.

Com a ampliação da aliança entre as companhias, que existe há mais de 30 anos, a SAP se beneficiará da experiência da Atos como parceiro, fornecedor de serviços globais e provedor certificado de gestão de aplicações e serviços de hosting, afirmam.

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“Esse novo nível de entrega, previsto para ter estruturação global até o final do segundo trimestre de 2012, auxiliará a consolidar nossa identidade como uma verdadeira força global na oferta de soluções SAP”, comenta Francis Meston, vice-presidente-executivo e líder da área global de integração de sistemas da Atos.

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