Tópicos | balanço 2014

O risco de a Eletrobras ser retirada da listagem das empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York com o aval da SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, se transformou no problema mais imediato a ser enfrentado pela equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer.

O impasse é considerado mais emergencial porque a estatal tem prazo até o próximo dia 18 de maio para apresentar à SEC formulário referente ao balanço de 2014, que está pendente. A empresa já admitiu na quarta-feira, 11, em comunicado ao mercado financeiro que poderá não cumprir o prazo de entrega da documentação dos exercícios de 2014 e 2015 e evitar a deslistagem dos seus ADRs, negociados no mercado norte-americano. Caso isso ocorra, fontes do governo avaliam que há risco também de desaceleração da dívida da empresa. Isso significa que os credores da estatal poderão, na prática, cobrar antecipadamente dívidas da companhia.

##RECOMENDA##

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que assumirá o Ministério do Planejamento, já entrou em campo na quarta-feira para buscar informações junto à área econômica sobre o problema da estatal na tentativa de buscar uma solução.

A crise em torno do balanço da empresa foi classificada por ele como uma verdadeira "bomba" a ser desarmada. Jucá listou "80 pontos emergenciais" que precisam ser resolvidos pelo governo Temer e esse está no topo. O impasse da estatal foi provocado por problemas do balanço da empresa de dois anos atrás, que está pendente na SEC por falta de apresentação de documentação.

O prazo para a estatal entregar o formulário 20-F ao órgão regulador está próximo, mas a companhia enfrenta problemas em relação às conclusões da comissão externa de investigação de suas finanças. No comunicado de quarta-feira, a Eletrobras informou que o atraso ocorreu após a citação da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, nas investigações feitas pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a possibilidade de a estatal não cumprir o prazo é elevadíssima. "A situação financeira da empresa é grave", reconheceu uma fonte do governo. No ano passado, a Petrobras também teve problemas com auditoria do seu balanço e correu o risco de ter a dívida acelerada, o que provocou grande turbulência e desconfiança no mercado no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

O formulário 20-F, referente ao balanço de 2014, deveria ter sido arquivado junto à SEC até o dia 30 de abril de 2015. O prazo, contudo, não foi respeitado porque, segundo a Eletrobras, a estatal havia iniciado um processo de contratação de empresa especializada para averiguar a existência de eventuais irregularidades que violariam a Lei Anti-Corrupção norte-americana e as leis brasileiras. O escritório escolhido para conduzir as investigações foi o norte-americano Hogan Lovells.

O prazo para a entrega do formulário foi estendido até o dia 15 de maio e novamente a Eletrobras não conseguiu cumprir o calendário estabelecido pela SEC. Três dias depois, no dia 18 de maio, passou a valer um novo prazo de seis meses, concedido pela Bolsa de Nova York, para que a estatal apresentasse o formulário. Uma vez não respeitado o novo calendário, o prazo para a entrega voltou a ser ampliado, desta vez para o dia 18 de maio de 2016.

A Eletrobras informou que está mantendo contato com a SEC e a bolsa americana para discutir os procedimentos necessários para possibilitar o arquivamento dos formulários. Segundo a empresa, os trabalhos de investigação em curso, conduzidos pelo Hogan Lovells, ainda não estão substancialmente completos, portanto, as informações disponíveis não são suficientes para que a companhia avalie, de acordo com a legislação do Brasil e dos Estados Unidos da América, a eventual ocorrência de impactos sobre as demonstrações financeiras.

Se houver o cancelamento da autorização por parte da bolsa, a Eletrobras informou que poderá alterar seu Programa de ADRs para que eles possam continuar sendo negociados no mercado Over the Counter (OTC).

A produção física têxtil caiu 5% em 2014 na comparação com 2013, ao totalizar 2,1 milhões de toneladas produzidas, de acordo com projeção feita pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e divulgada nesta quinta-feira, 22. Já o segmento de vestuário recuou 2% nesse período, ao somar 6 bilhões de peças produzidas.

As importações totais de têxteis e confecção, por sua vez, tiveram alta de 4,8% em 2014, para US$ 7,081 bilhões. Já as exportações caíram 6,7%, para US$ 1,176 bilhão. Com isso, a balança comercial do setor fechou o ano com déficit de US$ 5,905 bilhões. Os dados não incluem as vendas internas e externas de fibra de algodão.

##RECOMENDA##

Apesar do déficit, o faturamento do setor em reais cresceu 3,6% em 2014 ante 2013, ao totalizar R$ 130,2 bilhões. Em dólar, contudo, o faturamento caiu 4,8%, ao somar US$ 55,4 bilhões. Para a conversão, a Abit afirma que levou em conta uma cotação média do dólar do ano passado de R$ 2,35.

Já o investimento do setor têxtil e de confecção totalizou US$ 1,1 bilhão no ano passado, queda de 30% em relação a 2013. A Abit informou ainda que o setor encerrou 2014 com saldo negativo de 20 mil vagas formais fechadas, segundo números do Caged.

2015

A produção física de têxtil deverá aumentar 0,3% em 2015 na comparação com o ano anterior, prevê a Abit. Já o segmento de confecção deve crescer 0,7% nesse período, depois de recuar 2% no ano passado.

As importações totais de têxteis e confecção, por sua vez, deverão aumentar 3,6% em 2015, para US$ 7,34 bilhões, ante US$ 7,081 bilhões no ano passado. Já para as exportações, a Abit projeta alta de 2,7%, ao somar US$ 1,21 bilhão, ante US$ 1,176 bilhão em 2014.

Com o crescimento das vendas externas maior do que as internas, o déficit da balança comercial do setor deve aumentar para US$ 6,13 bilhões em 2015, mais do que os US$ 5,905 bilhões do ano passado. Os dados não incluem as exportações e importações de fibra de algodão.

O faturamento do setor em dólar também deverá recuar para US$ 51,5 bilhões neste ano, cerca de 7% a menos do que os US$ 55,4 bilhões de 2014. Para o saldo de empregos, a Abit estima o fechamento de 4 mil postos formais neste ano, menor que os 20 mil fechados em 2014.

A Polícia Federal de Pernambuco (PF-PE) divulgou, na manhã desta sexta-feira (2), o balanço das operações realizadas durante todo o ano de 2014. Ao todo, foram deflagradas 20 operações de grande, médio e pequeno porte; 112 pessoas tiveram prisões preventivas e temporárias decretadas; e 110 mandados de buscas e apreensões foram cumpridos.

O ano de 2014 também foi marcado por sete apreensões significativas de notas falsas. R$ 59.805 foram apreendidos, ocasionando a prisão de 7 pessoas. O número foi inferior a 2013, quando onze pessoas foram apreendidas pelo crime.

##RECOMENDA##

Já no combate às drogas, 4 operações ocorreram no sertão pernambucano. Ao todo, foram erradicados do Estado 1,290 milhão pés de maconha. O número de maconha pronta para consumo apreendida chegou a quase cinco toneladas.

A PF ainda contabilizou 35 pessoas presas por envolvimento com tráfico de drogas e 144 quilos de pasta base de cocaína, 12 quilos de crack, 31 quilos de haxixe, 44 quilos de cocaína pura e 9 mil comprimidos de Artane, um remédio controlado, apreendidos.

No biênio 2013/2014, a Polícia Federal de Pernambuco deflagrou 11 operações no combate à pedofilia no estado. Sete prisões foram efetuadas em flagrante e 21 suspeitos ainda estão sendo investigados pelo crime. Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e 76 inquéritos policiais foram instaurados.

Outro fato comemorado pela PF foi a campanha de desarmamento, que incentiva a população a entregar voluntariamente armas com o pagamento de indenizações que variam de R$ 150 a R$ 450, dependendo do calibre e do tipo do armamento. A Polícia Federal encerrou 2014, após 1.134 dias de campanha, com 7.881 armas e 13.952 munições, o que corresponde a seis armas entregues por dia e 42 por semana. De acordo com o último relatório do Ministério da Justiça, com estes números, Pernambuco se encontra em segundo lugar no número absoluto de entregas de armas de fogo no país, perdendo apenas para São Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando