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Não bastasse o péssimo cenário após a partida de ida, o Barcelona-EQU enfrenta outro importante percalço nestas semifinais de Libertadores. O voo que trazia a delegação equatoriana para encarar o Grêmio nesta quarta-feira, em Porto Alegre, ficou preso na Bolívia, o que fará com que os jogadores e a comissão técnica desembarquem no Brasil com muito atraso.

O Barcelona deixou o Equador no último domingo em voo fretado, que deveria realizar uma breve escala de cerca de 45 minutos na Bolívia para reabastecimento. Mas problemas com a documentação do avião impediram que o cronograma fosse cumprido e mantiveram a delegação em Santa Cruz de la Sierra até esta terça.

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"Fiquei nervoso porque não era o que estava planejado. O que temos que fazer agora é rezar. As coisas foram muito mal feitas, então temos que ver como vamos reagir a isso", declarou o preparador físico da equipe, Rubens Valenzuela, momentos antes do avião finalmente deixar a Bolívia.

Diante dos quase dois dias que passaram presos em Santa Cruz de la Sierra, os jogadores do Barcelona treinaram nesta terça-feira no estádio do Blooming, com portões fechados. Depois, finalmente embarcariam para o Brasil e deverão chegar a Porto Alegre somente na madrugada de terça para quarta, por volta das 3 horas.

Desta forma, a preparação do Barcelona para o duelo decisivo ficou completamente atrapalhada. Isso deve dificultar ainda mais a já complicada situação da equipe que perdeu por 3 a 0 na ida da semifinal, semana passada, em Guayaquil. Por isso, o Grêmio pode até perder por dois gols nesta quarta que estará classificado.

O Grêmio foi preciso para sair de Guayaquil com uma enorme vantagem nas semifinais da Libertadores. Em dia iluminado de Luan, Edílson e Marcelo Grohe, a equipe brasileira aproveitou as oportunidades que teve e os erros do Barcelona-EQU para fazer 3 a 0 nesta quarta-feira, mesmo atuando na casa do adversário, e colocar um pé na grande decisão do torneio continental.

Luan e Edílson tiraram proveito dos erros da zaga e do goleiro Banguera para abrir vantagem confortável no primeiro tempo. Quando o Barcelona-EQU pressionava no início da etapa final, Marcelo Grohe protagonizou uma defesa inacreditável no chute do ex-colorado Ariel Nahuelpán. Logo na sequência, Luan, de novo, apareceu na área para marcar o terceiro e acabar com qualquer possibilidade de reação do adversário.

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O resultado deixou o Grêmio muito perto de disputar sua quinta decisão de Libertadores. Campeão em 1983 e 1995, e vice em 1984 e 2007, o time gaúcho pode perder por até dois gols de diferença diante de sua torcida na Arena, quarta-feira que vem, que estará na final contra River Plante ou Lanús - o River venceu a ida, em casa, por 1 a 0.

Havia a apreensão para esta quarta sobre a condição física de Luan, que ficou um longo período afastado e só voltou a atuar nas duas últimas partidas do Brasileirão, nas quais demonstrou clara falta de ritmo. Mas logo no primeiro minutos, o melhor jogador do Grêmio aproveitou sobra na entrada para exigir boa defesa de Banguera e mostrar que estava muito bem.

O Barcelona respondeu e assustou em falha de Pedro Geromel, aos cinco minutos, que Vera jogou para fora. Mas em um jogo tão truncado, aproveitar-se dos erros adversários era necessário, e o Grêmio foi muito superior neste quesito. Aos sete, Cortez recebeu pela esquerda, passou pela marcação e cruzou rasteiro, sem força. Oyola errou ao tentar dominar e a bola sobrou no meio da área para Luan, que chegou batendo firme. Um desvio no meio do caminho ainda matou o goleiro.

A vantagem abalou o Barcelona e o Grêmio continuou fazendo sua parte: fechando bem os espaços, tocando a bola e, mais do que isso, aproveitando-se das falhas dos equatorianos. Aos 20 minutos, Banguera pareceu não confiar muito no perigo que Edílson poderia levar em falta de longe e armou muito mal a barreira. O lateral aproveitou para bater de trivela, por fora dela, matando o goleiro equatoriano, que nem se mexeu.

Com o segundo gol, o Grêmio recuou demais e viu o Barcelona ocupar o campo de ataque. Mas o time equatoriano insistia nas jogadas pelo alto, rebatidas por Geromel e Kannemann. Somente aos 35, Esterilla conseguiu finalizar após cruzamento da esquerda, mas isolou.

As entradas de Marcos Caicedo e Ayoví no intervalo, porém, mudaram totalmente o Barcelona, que no segundo tempo voltou a ser a equipe veloz que eliminou Santos e Palmeiras. Logo com 30 segundos, Caicedo passou como quis por Jaílson e cruzou. A bola chegou em Damián Díaz, que dominou de costas para o gol e tentou de calcanhar, jogando em cima de Grohe.

Aos dois minutos, o goleiro gremista precisou fazer um "milagre". Ayoví levou vantagem sobre Cortez, foi à linha de fundo e cruzou para Díaz, que não pegou em cheio de cabeça. A bola sobrou para Ariel, que finalizou da pequena área, com força. Grohe voou, esticou o braço e realizou uma defesa inacreditável.

Se o Barcelona desperdiçava as oportunidades, a precisão do Grêmio fez novamente a diferença aos cinco minutos. Na primeira ida da equipe ao ataque no segundo tempo, Edílson tabelou com Luan pela direita, passou pela marcação e levantou a cabeça para encontrar no meio da área o mesmo Luan, que finalizou de primeira, sem chances para Banguera.

O Barcelona tentou responder rapidamente e perdeu outra grande chance aos 14, com Damián Díaz, mas a cada minuto, o time equatoriano esmorecia mais. Foi então que apareceram as oportunidades para o Grêmio golear. Luan, aos 33, jogou por cima o grande momento que teve dentro da área. Aos 43, o estreante Cícero recebeu de Ramiro e finalizou rente ao travessão.

 

FICHA TÉCNICA:

BARCELONA-EQU 0 X 3 GRÊMIO

BARCELONA-EQU - Banguera; Velasco, Luis Caicedo, Arreaga e Beder Caicedo; Minda, Matias Oyola, Esterilla (José Ayoví), Damían Díaz e Washington Vera (Marcos Caicedo); Ariel Nahuelpán (Erick Castillo). Técnico: Guillermo Almada.

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Edílson (Léo Moura), Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Jaílson (Michel), Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios (Cícero). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Luan, aos sete, e Edílson, aos 20 minutos do primeiro tempo. Luan, aos cinco minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Néstor Pitana (Fifa/Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Beder Caicedo (Barcelona-EQU); Lucas Barrios (Grêmio).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil (Equador).

Um dia após a eliminação do Santos nas quartas de final da Copa Libertadores pelo equatoriano Barcelona, Bruno Henrique se manifestou sobre um dos momentos marcantes da derrota por 1 a 0, na Vila Belmiro, a sua cusparada em Damián Diaz. Através de uma nota oficial, ele pediu desculpas ao adversário, aos seus companheiros de clube e aos torcedores santistas, se declarando arrependido pelo seu ato.

"Ainda muito chateado com a eliminação, venho aqui pedir desculpa a todos pela minha atitude no jogo de ontem. Aos meus companheiros, aos torcedores e, principalmente, ao jogador do Barcelona com quem me desentendi. No calor do momento do jogo, cometi um grande erro ao cuspir em um adversário e colega de profissão. Me arrependo e peço desculpa", afirmou, na nota oficial divulgada no perfil de Bruno Henrique no Instagram nesta quinta-feira.

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O incidente envolvendo Bruno Henrique aconteceu nos minutos finais da partida e provocou a expulsão do atacante pelo árbitro peruano Victor Carrillo. Além disso, o volante Gabriel Marques, do Barcelona, também recebeu o cartão vermelho no lance, pois revidou com um tapa o ato do jogador santista.

Após a partida, o técnico do Santos, Levir Culpi, assegurou não ter visto a cusparada dada por Bruno Henrique, mas avaliou que o ato foi provocado pelo descontrole emocional do seu jogador diante da catimba da equipe equatoriana.

"Não vi o lance, estou sabendo agora, através de vocês. Isso explica uma certa perda de equilíbrio, algo já previsto. Eles prenderam o jogo por uns dez minutos, conversaram com o árbitro, são espertos. E nós fomos imaturos", disse Levir.

No embalo da torcida e de sua boa campanha na Copa Libertadores, o Botafogo enfrenta o Barcelona, de Guayaquil (Equador), nesta terça-feira, às 21h45, no estádio do Engenhão, no Rio, para encaminhar a sua classificação às oitavas de final. Líder do Grupo 1 junto com os equatorianos com sete pontos, uma vitória deixará a equipe alvinegra bem perto da vaga.

Nesta Libertadores, o Botafogo superou inúmeros obstáculos difíceis para chegar onde está agora. Nas fases preliminares da competição, mostrou raça e teve competência para eliminar Colo-Colo, do Chile, e Olimpia, do Paraguai. Na fase de grupos, entrou na chave considerada mais difícil e já derrotou até o atual campeão Atlético Nacional na casa deles, na Colômbia.

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Por isso, esse embalo em campo anima muito o torcedor, que promete encher o Engenhão nesta terça-feira - pouco mais de 40 mil ingressos foram colocados à venda e até a noite de domingo cerca de 28 mil já tinha sido adquiridos. Para dar ainda mais confiança, o treinamento desta segunda foi aberto ao público e a festa foi grande.

Apesar de toda a descontração, o técnico Jair Ventura concedeu entrevista coletiva e pediu seriedade aos jogadores. "A ansiedade não pode atrapalhar. Temos que aproveitar esse clima leve que a torcida está nos proporcionando e ter inteligência para atacar. A gente tenta por vezes não colocar muito peso, mas ao mesmo tempo temos uma responsabilidade. Temos a oportunidade da vaga, mas talvez vencendo não estaremos classificados e perdendo não é o fim do mundo. Temos que ter equilíbrio", afirmou.

O treinador optou por não revelar o time, mas avisou que não fará surpresas. O zagueiro Carli e o volante Airton, que deixaram o duelo contra o Sport, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na última quarta-feira com dores, foram confirmados. O meia argentino Montillo, no entanto, segue fora.

"Estamos fazendo um treinamento especial com ele. Ainda não volta nesse jogo, o planejamento é para a partida contra o Grêmio. Ele vem de um campeonato diferente (estava no futebol chinês), temos que ter calma. Nosso calendário é uma loucura. Então é preciso cuidado. É um jogador importante, que vai nos ajudar muito", informou o treinador.

Sobre o adversário, Jair Ventura demonstrou preocupação com o contra-ataque. "Vai jogar no nosso erro. É uma estratégia. Temos que atacar pensando em defender. Propor o jogo de maneira inteligente. Acho que o jogo aqui vai ser até mais difícil do que lá. É o que me preocupa na equipe deles. Mas estamos preparados", disse.

Ainda sem um destino certo para este ano, Ronaldinho segue aceitando convites para atuar em algumas partidas amistosas. Na noite da última sexta-feira, ele foi ao Equador e disputou um jogo festivo do Barcelona de Guayaquil para apresentação do elenco para a temporada 2016, contra o Universidad San Martín, do Peru.

Foi uma verdadeira festa no Estádio Monumental Banco Pichincha. Após um show de luzes e muita festa da torcida, Ronaldinho foi o último jogador do Barcelona a entrar em campo. E levou todos que estavam nas arquibancadas ao delírio. Destaque da celebração, ele vestiu a camisa 91, idade do clube equatoriano.

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Em campo, Ronaldinho também apareceu bem e deu uma assistência no primeiro tempo para o segundo gol de sua equipe. O resultado não importava tanto, mas o Barcelona venceu o rival peruano por 4 a 3. O astro brasileiro foi substituído aos 33 minutos do segundo tempo, para mais uma vez ser ovacionado pela torcida.

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