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É possível experimentar quase tudo nas ruas de São Paulo. Mas, sem regulamentação oficial, só pastel, caldo de cana e cachorro-quente podem ser vendidos livremente. E, mesmo assim, em barracas e carrinhos cadastrados. Hoje, são 1.554. O número reduzido de autorizações rende um mercado clandestino de compra e venda de licenças, praticado especialmente nas feiras, onde um pasteleiro cobra até R$ 500 mil pelo cadastro.

A transferência não é proibida pela Prefeitura, mas a cobrança, sim. Segundo feirantes ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, porém, a única forma de trabalhar nesse meio é investir pesado na compra de uma matrícula da Supervisão de Abastecimento de São Paulo. Os preços variam de acordo com o número de feiras que o vendedor tem autorização para trabalhar e a localização delas.

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Quem compra recebe toda a estrutura para montar a barraca. E, dependendo do negócio, o pacote inclui caminhões e acessórios diversos, como fogões e mesas. O mesmo vale para o caldo de cana, com uma diferença: o preço cai pela metade.

O cálculo leva em conta o faturamento dos produtos. "Normalmente, vende-se um copo de caldo de cana a cada três pastéis. Por isso, o pastel é mais caro", explica Angela Maria Kyota, de 43 anos. Segundo a feirante, quem vende o cadastro busca a aposentadoria.

Às vezes, as propostas enchem os olhos de quem ainda não conseguiu fazer uma poupança, apesar de dar duro nas feiras há anos. É o caso do pasteleiro Eiji Teshima, de 46 anos, que vende pastel desde os 16. Recentemente, recebeu uma oferta de R$ 500 mil. "Era um dinheiro muito bom, que usaria para comprar um imóvel. Mas, e depois? Não teria trabalho", diz.

Para quem está começando, o investimento vale a pena. Há três anos, S.S., de 39, voltou ao Brasil após uma temporada de 12 anos no Japão. "Desisti de morar lá por causa da crise e resolvi me arriscar no ramo dos pastéis. Na época, tive sorte e encontrei uma família que queria vender a licença e ainda parcelou em 24 vezes", diz. Hoje, a barraca tem sete funcionários e cinco feiras.

Nos fins de semana, a venda de pastéis chega a dobrar, principalmente nas feiras mais tradicionais, como a do Pacaembu, onde a mais famosa pasteleira de São Paulo, bicampeã do concurso que elege o melhor pastel da cidade, também comprou seu espaço. "Não me lembro quanto paguei, mas hoje não vendo nem por R$ 1 milhão", diz Maria Yonaha. A Prefeitura promete fiscalizar e coibir a prática ilegal.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Uma ação provida na manhã desta sexta-feira (18) pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, realizou a desocupação de fiteiros que estavam localizados nas proximidades de escolas da Avenida Barão de Lucena, área central do município. A ordem para realizar a operação partiu depois que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O termo não permite o comércio de bebidas alcoólicas e nem qualquer produto cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica na frente de instituições de ensino e também em um perímetro de 100 metros.     

A intervenção foi realizada por representantes da prefeitura, guardas municipais e policiais militares. Não houve tumulto durante a desocupação, apesar de vários curiosos acompanharem a retirada dos comerciantes. Na maioria das barracas foram encontradas bebidas alcoólicas.

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Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social de Jaboatão dos Guararapes, 30 estabelecimentos já tinham sido notificados e o prazo para que eles saíssem do local teria terminado nesta sexta (18).

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