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Neste sábado (27) e domingo (28), acontece, no Bairro do Recife, o Festival Recife Sabor & Arte - Gastronomia de Rua, que conta com 12 estandes de degustação comandados por chefs da cidade. O evento, coordenado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE) e promovido pela prefeitura local. O festival acontece ao lado da Praça do Arsenal da Marinha, a partir das 15h, e integra a programação do projeto Recife Antigo de Coração, que acontece sempre no último final de semana de cada mês. 

A proposta é oferecer uma grande diversidade de pratos a preços populares entre R$5 e R$10. Chefs de conhecidos restaurantes recifenses estão por trás das criações servidas no festival. César Santos, do Oficina do Sabor, leva os pratos Gratinado de Macaxeira com Charque e Linguiça Matuta e o Bobó Pernambucano; André Falcão, do La Pasta Galeria, estará presente com o seu Gnocchi de Batata Doce com Ragu de Linguiça e Pudim de Pistache; e Thiago Chagas, do restaurante Reteteu, oferece o menu de Carne de Sol, purê de queijo coalho e feijão verde e Picadinho Reteteu. 

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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou nesta sexta-feira, 27, a lei que autoriza a venda de comida de rua na capital paulista nos "food trucks", os furgões móveis. Haddad, porém, vetou a venda de alimentos em barracas ou carrinhos montados dentro de garagens ou em qualquer tipo de imóvel particular - na periferia da capital e nos arredores de faculdades, por exemplo, é comum moradores transformarem a garagem em lanchonete, sorveteria ou bar, entre outros tipos de comércio improvisados nos chamados "puxadinhos".

Outro veto foi ao período de concessão (dois anos, renováveis por mais 12 meses), o que será definido pela Prefeitura de São Paulo em decreto que será publicado em 60 dias.

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A mudança deve agora atrair, além de barracas do tradicional churrasco grego e do yakissoba, pratos da alta-gastronomia com preços mais em conta. Alguns restaurantes como o francês La Casserole, a hamburgueria americana PJ Clarke’s e o brasileiro Dalva & Dito, do chef Alex Atala, pretendem ganhar versões informais em "food trucks".

O projeto, de autoria dos vereadores Andrea Matarazzo (PSDB), Arselino Tatto (PT), Floriano Pesaro (PSDB), Marco Aurélio Cunha (PSD) e Ricardo Nunes (PMDB), foi aprovado pela Câmara de São Paulo no fim de novembro, em segunda votação. Na sanção, o prefeito de São Paulo autoriza o comércio de comida de rua em furgões com até 6,30 metros de comprimento ou em carrinhos e barracas desmontáveis ao fim do expediente de venda. O vendedor com licença para trabalhar na calçada deverá manter 1,2 metro de passagem livre para os pedestres.

Haddad, porém, vetou a criação de uma comissão, com integrantes da sociedade civil e das subprefeituras, que definiria os permissionários em cada região da cidade. O decreto que regulamentará o funcionamento da venda de comida de rua no município deve sair em 60 dias. No decreto, o prefeito, com auxílio de uma comissão formada por técnicos da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal da Saúde, definirá quais tipos de alimentação poderão ser vendidos nos furgões e como será a emissão das licenças. A Prefeitura deve estar com a estrutura montada para receber os pedidos de concessão de ponto nas 31 subprefeituras só a partir do segundo semestre de 2014.

Furgões

A mudança deverá espalhar pelas ruas de São Paulo os furgões comuns em Nova York e em algumas capitais da Europa. A legislação em vigor na capital paulista hoje só permite que vendedores de cachorro-quente tenham autorização para trabalhar nas ruas. Mas, desde abril de 2007, nenhuma licença é emitida.

Nas feiras livres, estão liberados apenas os vendedores de pastéis. Até os sanduíches de calabresa foram proibidos nos estádios de futebol a partir de 2010, por determinação da Vigilância Sanitária. A feira realizada na Liberdade, no centro da capital, aos domingos é uma das únicas exceções, com barracas que vendem de guiozas a codornas assadas na brasa. Nos fins de tarde no centro, principalmente na Rua Barão de Itapetininga, é comum ver vendedores informais de espetos e de yakissoba correrem da fiscalização da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Doações

A lei aprovada pela Câmara Municipal também reduzia regras para a distribuição de comida nas ruas da cidade, o que hoje só pode ser feito com autorização da subprefeitura da região. Na sanção da nova lei, Haddad determinou que a distribuição de alimentos industrializados, "registrados nos órgãos de vigilância sanitária e que não dependam de manipulação para preparo", estão livres dos pedidos de autorização. Hoje, muitas organizações não governamentais (ONGs) são multadas por distribuir alimentos principalmente no centro, reduto de centenas de moradores de rua, sem pedido prévio de autorização feito na Subprefeitura da Sé.

É possível experimentar quase tudo nas ruas de São Paulo. Mas, sem regulamentação oficial, só pastel, caldo de cana e cachorro-quente podem ser vendidos livremente. E, mesmo assim, em barracas e carrinhos cadastrados. Hoje, são 1.554. O número reduzido de autorizações rende um mercado clandestino de compra e venda de licenças, praticado especialmente nas feiras, onde um pasteleiro cobra até R$ 500 mil pelo cadastro.

A transferência não é proibida pela Prefeitura, mas a cobrança, sim. Segundo feirantes ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, porém, a única forma de trabalhar nesse meio é investir pesado na compra de uma matrícula da Supervisão de Abastecimento de São Paulo. Os preços variam de acordo com o número de feiras que o vendedor tem autorização para trabalhar e a localização delas.

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Quem compra recebe toda a estrutura para montar a barraca. E, dependendo do negócio, o pacote inclui caminhões e acessórios diversos, como fogões e mesas. O mesmo vale para o caldo de cana, com uma diferença: o preço cai pela metade.

O cálculo leva em conta o faturamento dos produtos. "Normalmente, vende-se um copo de caldo de cana a cada três pastéis. Por isso, o pastel é mais caro", explica Angela Maria Kyota, de 43 anos. Segundo a feirante, quem vende o cadastro busca a aposentadoria.

Às vezes, as propostas enchem os olhos de quem ainda não conseguiu fazer uma poupança, apesar de dar duro nas feiras há anos. É o caso do pasteleiro Eiji Teshima, de 46 anos, que vende pastel desde os 16. Recentemente, recebeu uma oferta de R$ 500 mil. "Era um dinheiro muito bom, que usaria para comprar um imóvel. Mas, e depois? Não teria trabalho", diz.

Para quem está começando, o investimento vale a pena. Há três anos, S.S., de 39, voltou ao Brasil após uma temporada de 12 anos no Japão. "Desisti de morar lá por causa da crise e resolvi me arriscar no ramo dos pastéis. Na época, tive sorte e encontrei uma família que queria vender a licença e ainda parcelou em 24 vezes", diz. Hoje, a barraca tem sete funcionários e cinco feiras.

Nos fins de semana, a venda de pastéis chega a dobrar, principalmente nas feiras mais tradicionais, como a do Pacaembu, onde a mais famosa pasteleira de São Paulo, bicampeã do concurso que elege o melhor pastel da cidade, também comprou seu espaço. "Não me lembro quanto paguei, mas hoje não vendo nem por R$ 1 milhão", diz Maria Yonaha. A Prefeitura promete fiscalizar e coibir a prática ilegal.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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