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O governo britânico anunciou nesta quarta-feira (29) que, em sua luta contra a migração irregular, abrigará temporariamente demandantes de asilo em antigas bases militares e possivelmente em embarcações para reduzir as contas dos hotéis onde atualmente estão alojados.

No ano passado, um número recorde de pessoas - mais de 45 mi l- chegaram ilegalmente às costas britânicas em pequenas embarcações, contribuindo para saturar o sistema de asilo do Reino Unido.

O governo conservador quer dissuadir os migrantes irregulares de viajarem ao país e pretende enviá-los a Ruanda, país africano a 6.500 km de Londres, em um polêmico plano que está atualmente paralisado a espera de uma decisão judicial.

O primeiro-ministro, Rishi Sunak, quer reduzir pela metade o custo de alojá-los em hotéis que, afirmou, representam o equivalente a 2,8 bilhões de dólares (cerca de 14 bilhões de reais) anuais aos contribuintes britânicos.

"O alojamento dos imigrantes deve satisfazer suas necessidades básicas, nada mais", destacou o ministro de Estado de Imigração, Robert Jenrick, nesta quarta-feira no Parlamento. "Não podemos nos arriscar a nos tornarmos um imã para milhões de pessoas que se deslocam todos os anos e que buscam melhores condições financeiras", acrescentou.

Ele afirmou que o governo pretende acolher "milhares de solicitantes de asilo" em instalações adaptadas e edifícios pré-fabricados em duas antigas bases das forças aéreas britânicas no leste e sudeste da Inglaterra.

Além disso, continua "analisando a possibilidade de alojar imigrantes em barcos", acrescentou.

Esta possibilidade, evocada pela imprensa nesta quarta, foi denunciada por organizações de defesa dos refugiados.

Em uma tentativa de vencer a resistência local, Jenrick assegurou que as instalações oferecerão serviços médicos básicos e contarão com funcionários em tempo integral.

O Executivo britânico anunciou na terça planos para realocar 8.000 afegãos que chegaram ao Reino Unido fugindo dos talibãs e foram alojados em hotéis, o que suscitou duras críticas da oposição e organizações de refugiados.

O governo venezuelano voltou na segunda-feira, 23, a vincular o Brasil com o ataque a um batalhão no sul da Venezuela para, segundo o chavismo, desencadear um incidente que justificasse uma intervenção militar dos Estados Unidos. O Brasil nega qualquer envolvimento, mas a fiscalização na cidade fronteiriça de Pacaraima foi reforçada.

Sem apresentar qualquer prova, o ministro venezuelano da Comunicação, Jorge Rodríguez, disse que os governos dos países vizinhos "usam militares que desertaram das Forças Armadas para semear a violência".

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Além disso, ele acusou os líderes opositores Leopoldo López e Juan Guaidó de estarem por trás da ação.

Rodríguez afirmou que o presidente colombiano, Iván Duque, patrocinou o ataque no Estado de Bolívar (na fronteira com o Brasil).

Um soldado de 21 anos do Exército chavista morreu e fuzis foram roubados.

Segundo versão do governo de Nicolás Maduro, os desertores foram treinados na cidade colombiana de Cali e de lá viajaram para Equador, Peru e para a cidade brasileira de Pacaraima.

Na segunda, o Brasil negou qualquer envolvimento no ataque. "Reiteramos que o governo brasileiro não tem qualquer participação nas ações em questão ocorridas dentro do território venezuelano", afirmou o Ministério de Relações Exteriores brasileiro em nota.

O chavismo acusa o Brasil de facilitar a entrada e garantir que eles permanecessem perto da fronteira até o dia do ataque. Questionado sobre a possível permanência dos autores do ataque em Pacaraima, o Itamaraty foi enfático. "O Brasil não tem quaisquer satisfações a prestar ao regime ilegítimo venezuelano sobre a presença de venezuelanos em território nacional", afirmou, em nota.

Segundo Caracas, foram roubados 120 fuzis de alta potência e 9 lançadores de granadas RPG durante a ação de domingo. A maioria dos fuzis e outras armas foi recuperada e seis pessoas foram detidas.

Reação

A fiscalização aumentou em Pacaraima na segunda-feira. Policiais militares e civis vistoriavam carros e pessoas após autoridades venezuelanas afirmarem que os desertores teriam montado uma base na cidade e estariam tentando passar as armas para o País.

"Houve uma reunião entre a inteligência do Exército brasileiro em Roraima e os militares do Forte Escamoto (de onde os sublevados roubaram as armas). Eles solicitaram apoio do Exército brasileiro para recuperar os armamentos", informou uma fonte do alto escalão da Segurança Pública em Roraima que não quis se identificar. Foram solicitados reforços para evitar que os fuzis entrem no Brasil por Pacaraima, disse o secretário Estadual de Segurança Pública, Olivan Junior.

A Assessoria de Comunicação do Exército afirmou que não havia nenhuma evidência que corrobore a informação de que os participantes do ataque estiveram em Pacaraima. O capitão Igo Maiko, da Polícia Militar de Pacaraima, explicou que não pode confirmar a versão do chavismo.

"Nos dias que antecederam esse ataque, nenhuma anormalidade ocorreu em Pacaraima em relação à movimentação de traficantes ou movimentação criminosa. Para os venezuelanos é mais fácil jogar essa responsabilidade pro Brasil". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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