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A vereadora Marília Arraes (PSB) vai abrir, nesta quarta-feira (9), quatro pedidos de investigações contra a Prefeitura do Recife (PCR) para que o prefeito Geraldo Julio (PSB) explique porque a gestão fechou um contrato de R$ 6,5 milhões e sem licitação com a empresa Mais Serviços de Saúde Ldta, que fornece alugueis de ambulância. 

A irregularidade foi denunciada por Arraes nessa terça (8) na Câmara dos Vereadores. Durante o discurso, ela pontuou que além das suspeitas nos trâmites contratuais, os donos da empresa Eugênio Pereira Lima Filho e Myriam Elihimas Lima foram “coincidentemente” investigados pela Operação Assepsia, da Polícia Federal, que apurou fraudes em licitações e desvios de verbas em Natal no ano de 2012. 

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Na época eles eram sócios do Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social (ITCI), considerado pela PF como uma empresa de fachada. De acordo com a vereadora, os dois são réus em processos na Justiça Federal consequentes da Assepsia. E, apesar disso, prestam serviços a PCR com uma empresa com a razão social alterada que se transformou numa possível filial da ITCI no Recife.

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“A ‘nova’ empresa, que agora se chama Mais Vida Serviços de Saúde, chegou, veio e venceu. Quer dizer, venceu sem nem concorrer. Isso mesmo: em outubro de 2013, já na gestão do prefeito Geraldo Julio, a empresa de Myriam e Eugênio abocanhou, sem licitação, um contrato de R$ 708 mil para alugar ambulâncias à Secretaria de Saúde. Repito: sem licitação”, denunciou Marília. Segundo ela, depois o contrato foi renovado com aditivos que somam os R$ 6,5 milhões. 

“Poderia ser apenas coincidência, mas é coincidência demais para ser apenas acaso. Interessante também é que tomamos conhecimento que esta turma também anda trelando na Paraíba. Já há investigações em curso que apontam que Eugênio praticou irregularidades muito parecidas com as que estamos denunciando”, acrescentou a ainda socialista.

Os pedidos de investigação serão impetrados por Arraes no Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público de Pernambuco. “Não somos nós que vamos dizer se essa história tem coincidências demais. São as autoridades competentes. O mínimo que se espera é que a administração pública municipal colabore com todas as investigações. Afinal, pode ser que haja mais coincidência. Enquanto isso, deixo uma pergunta para o prefeito Geraldo Julio: o senhor acredita em coincidências?”, indagou, ironizando.

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