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O Comitê de Ética da Fifa suspendeu nesta sexta-feira o ex-dirigente esportivo Manuel Dende, ex-presidente da Federação de Futebol de São Tomé e Príncipe. Ele foi afastado do futebol por um período de quatro anos por ter supostamente recebido propina do catariano Mohamed bin Hammam, ex-candidato à presidência da Fifa.

Além da suspensão, a Dende terá que pagar uma multa no valor de 75 mil francos suíços (cerca de R$ 290 mil). O Comitê de Ética não revelou maiores detalhes sobre as acusações que o ex-dirigente enfrenta nos casos de corrupção - ele teria recebido propinas e "presentes".

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Mas o livro "The Ugly Game" (O Jogo Feio, numa tradução livre) apresentou denúncia de que Dende teria recebido US$ 50 mil (R$ 192 mil) em dinheiro de Bin Hammam. Segundo a obra, o ex-dirigente de São Tomé e Príncipe pedira US$ 232 mil ao catariano em sua conta pessoal para construir campos de futebol de grama sintética em seu país, na África.

Bin Hammam foi banido do futebol em 2011 após seguidas denúncias de corrupção, principalmente para obter votos na eleição presidencial da Fifa daquele mesmo ano. Ele enfrentaria o suíço Joseph Blatter, que acabou sendo reeleito.

Muito poderoso no mundo do futebol antes de tentar desbancar Blatter, o catariano foi presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC) e membro do então Comitê Executivo da Fifa, hoje substituído pelo Conselho da Fifa.

Mohamed bin Hammam disse nesta terça-feira que as acusações de ter enriquecido sua família e apoiadores enquanto presidia a Confederação Asiática de Futebol possuem motivação política e que planeja combater "este claro abuso de poder" em mais um capítulo da sua polêmica com a Fifa.

Em uma carta a 20 associações asiáticas, Bin Hammam confirmou que fez pagamentos a dirigentes, mas disse que o dinheiro usado saiu de suas próprias contas bancárias e foram realizados por um desejo de ajudar pessoas em necessidade, incluindo Zhang Jilong, atual presidente da Confederação Asiática de Futebol, que ordenou a realização de uma auditoria pela PriceWaterhouseCoopers, que provocou o início de uma nova investigação pelo comitê de ética da Fifa.

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"Jilong foi um dos que veio me pedir apoio financeiro e o ajudei com uma quantidade significativa de minha conta pessoal", escreveu Bin Hammam. "Eu vou deixá-lo explicar as circunstâncias do presente para vocês, se ele quiser".

O catariano, de 63 anos, teve o banimento por toda a vida do futebol cancelado pela Corte Arbitral do Esporte em julho. Anteriormente, a Fifa havia aplicado essa punição em razão do suborno de eleitores do Caribe quando ele desafiou Joseph Blatter na eleição presidencial da entidade no ano passado.

As acusações da PWC são objeto de investigações separadas da Confederação Asiática de Futebol e da Fifa. Bin Hammam as classificou como uma mera perseguição. "É uma repetição do que a Fifa fez anteriormente quando eu estava contra o senhor Blatter nas eleições presidências do ano passado", escreveu.

A auditoria acusa Bin Hammam de ter recebido milhões de dólares de pessoas físicas ligadas aos contratos de AFC durante seu mandato, que começou em 2002, e de ter gasto recursos da entidade em diversos itens pessoais. Além disso, há acusações de irregularidades em contratos e distribuição ilegal de recursos para dirigentes.

Bin Hammam está cumprindo uma suspensão provisória de 90 dias, imposta pela Fifa, em razão das novas acusações. A Comissão de Ética da entidade, através do procurador Michael García, abriu uma investigação sobre as novas acusações de irregularidades financeiras cometidas pelo dirigente.

O ex-diretor do FBI Louis Freeh foi acionado nesta segunda-feira pela Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês) para ajudar na investigação de corrupção sobre Mohamed bin Hammam, presidente suspenso da entidade, em um sinal de que a apuração está se intensificando.

Presidente em exercício da AFC, Zhang Jilong apelou às 46 federações para que cooperem com as investigações sobre as acusações de que Bin Hammam enriqueceu a si e seus familiares, além de ter recompensado seus apoiadores com dezenas de milhares de dólares em dinheiro, entre outras irregularidades. As acusações foram feitas em uma auditoria interna que resultou em uma suspensão provisória do dirigente por 30 dias no mês passado.

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A suspensão aconteceu três dias antes da Corte Arbitral do Esporte cancelar o banimento por toda a vida imposto pela Fifa a Bin Hammam em um outro caso, em que ele foi acusado de tentar subornar os eleitores durante a campanha presidencial de 2011, quando tentava suceder Joseph Blatter.

"Gostaríamos de salientar que é fundamental que o Grupo Freeh receba apoio incondicional e sem reservas e cooperação de todos os dirigentes da AFC, órgãos e membros associados", disse Jilong, nesta segunda-feira, em um comunicado. "Os processos atuais não são incriminatórios ou para desacreditar certas pessoas, mas visam estabelecer a verdade e, em uma escala mais ampla, assegurar a integridade e os interesses do futebol sob jurisdição da AFC".

Bin Hammam não se pronunciou sobre as últimas acusações, mas seu advogado declarou que elas fazem parte de uma estratégia da Fifa para bloquear seu retorno ao mundo do futebol. Uma auditoria, elaborado pela empresa PricewaterhouseCoopers, que foi apresentada em 13 de julho, apontou uma série de irregularidades.

Entre elas, estão acusações de que o catariano recebeu milhões de dólares de pessoas físicas ligadas aos contratos de AFC durante seu mandato, que começou em 2002, e gastou recursos em diversos itens pessoais, tais como uma lua de mel e um tratamento odontológico para seu filho, além de ter feito pagamentos em dinheiro para sua família. Além disso, há acusações de irregularidades em contratos e distribuição ilegal de recursos para dirigentes.

A Fifa informou que irá realizar uma audiência na próxima quinta-feira para analisar a apelação apresentada pelo catariano Mohamed bin Hammam, que foi banido pelo resto de sua vida de qualquer atividade ligada ao futebol por sua participação em um suposto esquema para compra de votos por meio do pagamento de subornos para a eleição presidencial da entidade.

Em julho, a Fifa baniu Bin Hammam, que era presidente da Confederação Asiática de Futebol, depois de considerá-lo culpado por supostamente ter desembolsado US$ 40 mil para subornar dirigentes do Caribe durante sua campanha para substituir Joseph Blatter como presidente da entidade. Em seguida, o suíço foi reeleito mais uma vez para seguir à frente do organismo que controla o futebol mundial.

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Apesar de apelar contra a punição imposta contra ele, o próprio Bin Hammam admite que espera que o grupo que analisará sua apelação confirme a sua condenação. Porém, o catariano enfatizou que pretende passar por todos os processos legais da Fifa antes de levar o seu caso à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Bin Hammam retirou a sua candidatura à presidência da Fifa dias antes das eleições que reelegeram Blatter, em junho. E, punido pela entidade com uma suspensão provisória na época, ele acabou perdendo o cargo de presidente da Confederação Asiática de Futebol e também o seu posto no Comitê Executivo da Fifa.

Ao ser condenado, o catariano se tornou o dirigente mais importante da Fifa a ser acusado de corrupção nos 107 anos de história do organismo.

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