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O Comitê de Ética da Fifa anunciou nesta quarta-feira (27) que suspendeu por toda a vida o dirigente Boniface Mwamelo, de Zâmbia, por aceitar suborno para manipular vários jogos internacionais em 2010. O ex-vice-presidente e tesoureiro da Federação de Futebol de Zâmbia também recebeu uma multa de 10 mil francos suíços (R$ 37,3 mil).

Mwamelo foi considerado culpado por parte da Câmara de Justiça do Comitê de Ética da Fifa por ter aceitado subornos e, assim, violado o Código de Ética. A entidade que comanda o futebol mundial não deu mais dados sobre os casos que envolvem o dirigente zambiano.

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A investigação sobre Mwamelo foi aberta pelo Comitê de Ética no dia 18 de outubro de 2017 e foi finalizada nesta quarta-feira com o anúncio da suspensão do dirigente de qualquer atividade relacionada ao futebol, tanto nacional como internacional, pelo resto de sua vida.

O país já passou por outros casos de fraude no futebol. Vários jogadores da Zâmbia foram condenados em tribunal na Finlândia em 2011 pelo envolvimento com apostadores de Cingapura. A partir daí, a Fifa investigou a Federação de Futebol do país africano por permitir que alguns destes jogadores participassem de partidas domésticas quando eles estavam suspensos em todo o planeta como resultado do caso finlandês.

O Comitê de Ética da Fifa suspendeu nesta sexta-feira o ex-dirigente esportivo Manuel Dende, ex-presidente da Federação de Futebol de São Tomé e Príncipe. Ele foi afastado do futebol por um período de quatro anos por ter supostamente recebido propina do catariano Mohamed bin Hammam, ex-candidato à presidência da Fifa.

Além da suspensão, a Dende terá que pagar uma multa no valor de 75 mil francos suíços (cerca de R$ 290 mil). O Comitê de Ética não revelou maiores detalhes sobre as acusações que o ex-dirigente enfrenta nos casos de corrupção - ele teria recebido propinas e "presentes".

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Mas o livro "The Ugly Game" (O Jogo Feio, numa tradução livre) apresentou denúncia de que Dende teria recebido US$ 50 mil (R$ 192 mil) em dinheiro de Bin Hammam. Segundo a obra, o ex-dirigente de São Tomé e Príncipe pedira US$ 232 mil ao catariano em sua conta pessoal para construir campos de futebol de grama sintética em seu país, na África.

Bin Hammam foi banido do futebol em 2011 após seguidas denúncias de corrupção, principalmente para obter votos na eleição presidencial da Fifa daquele mesmo ano. Ele enfrentaria o suíço Joseph Blatter, que acabou sendo reeleito.

Muito poderoso no mundo do futebol antes de tentar desbancar Blatter, o catariano foi presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC) e membro do então Comitê Executivo da Fifa, hoje substituído pelo Conselho da Fifa.

Michel Platini não vai comparecer à audiência marcada para sexta-feira no Comitê de Ética da Fifa porque acredita que o seu caso foi julgado antecipadamente. Os advogados de Platini disseram em um comunicado nesta quarta-feira que o veredicto "já foi anunciado na semana passada pela imprensa".

Embora os investigadores da Fifa tenham pedido a imposição de uma banimento por toda a vida, Platini poderia receber uma pena de vários anos, que, porém, o deixaria afastado do futebol e acabaria com a sua ambição de assumir a presidência da entidade.

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"Com esta decisão, Michel Platini quer expressar sua indignação mais profunda com um processo que ele considera como meramente político, destinando-se a evitar que ele dispute a presidência da Fifa", disseram os advogados do craque francês. Platini parece ter perdido a presunção de inocência e será representado apenas por seus advogados, acrescenta o comunicado.

A decisão foi anunciada menos de 90 minutos após os juízes do Comitê de Ética da Fifa prometerem um julgamento justo de Platini, mesmo que ele tivesse ameaçado boicotar a audiência, o que realmente ocorrerá.

"Nós gostaríamos de sublinhar claramente que a câmara decisória do comitê de ética vai lidar com o caso com apreço, da mesma forma como com qualquer outro procedimento de forma independente e de uma maneira imparcial", declarou o comitê através de um comunicado.

O caso gira em torno de um polêmico pagamento de US$ 2 milhões a Platini, aprovado por Joseph Blatter e realizado pela Fifa em 2011. A versão de ambos é que o pagamento se tratou de um salário retroativo.

Blatter, que também corre o risco de receber uma suspensão vitalícia, disse que vai participar da sua audiência nesta quinta-feira. Será o retorno do suíço para a Fifa após uma ausência forçada de mais de dois meses em razão do seu afastamento da presidência da entidade.

Os veredictos devem ser apresentados até a próxima terça-feira. As punições podem ser contestadas no Comitê de Apelações da Fifa e, em seguida, na Corte Arbitral do Esporte. Os casos devem ser resolvidos em janeiro, um mês ates do Congresso da Fifa, marcado para 26 de fevereiro, em Zurique, quando será eleito o próximo presidente da entidade.

O Comitê de Ética da Fifa anunciou nesta quinta-feira que doará a uma ONG 48 relógios de luxo que a CBF deu de presente para executivos do futebol mundial às vésperas da Copa do Mundo do ano passado. Os relógios, fabricadas por uma das patrocinadoras da entidade brasileira, causou polêmica antes do Mundial e quase gerou uma punição aos dirigentes nacionais.

"O Comitê de Ética vai doar 48 relógios à ONG global streetfootballworld. A câmara investigatória do Comitê decidiu mais cedo que a decisão sobre os relógios caberia ao Comitê porque eles foram presentes não autorizados, segundo o Código de Ética da Fifa", anunciou a entidade.

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Ao todo, a CBF presenteou 65 executivos do futebol, entre membros do Comitê Executivo da Fifa e presidentes de federações nacionais, antes do início do Congresso da Fifa, que costuma preceder a Copa do Mundo. A entidade brasileira deixou os relógios em sacolas nos quartos dos dirigentes no hotel em que estava hospedados. Vários desses cartolas alegaram que nem sequer olharam o que havia dentro das sacolas e, por isso, não denunciaram o fato.

A Fifa decidiu investigar o caso e afirmou que a CBF "não deveria ter oferecido os relógios". A entidade lembrou que, de acordo com suas regras, dirigentes não podem receber presentes, salvo os que tenham apenas um valor simbólico. Os relógios, da marca Parmigiani, uma das patrocinadoras da CBF, foram avaliados em R$ 5 milhões. A confederação alega ter desembolsado R$ 1,3 milhão por eles.

Após abrir processo para investigar o caso, a Fifa decidiu não punir a CBF. Mas exigiu que a entidade brasileira recuperasse os relógios e doasse o valor correspondente a instituições de caridade no Brasil. Um ano depois, os valores não chegaram a ONGs, como definiu a Fifa.

Nesta quinta, então, o Comitê de Ética tomou uma decisão sobre os relógios. Mas ressaltou que somente 48 dos 65 relógios foram recuperados. De acordo com o órgão, vários executivos alegaram que não receberam o "presente".

Aqueles que foram recuperados serão direcionados à ONG streetfootballworld, que deverá vender os relógios e utilizar o valor arrecadado para ajudar "iniciativas do Brasil que utilizem o futebol como ferramenta de mudança social", informou o Comitê de Ética da Fifa, em comunicado.

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