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O Zenit não quer saber de perder jogadores pela cláusula de guerra e vai garantindo a presença de seus brasileiros na Rússia. Depois de anunciar acordo com Wendel ao longo da semana, agora o clube russo anuncia a extensão dos contratos com o meia Claudinho e o atacante Malcom até o fim da temporada de 2027.

Os jogadores acertaram o novo acordo logo depois da vitória sobre o Krylya Sovetov, por 3 a 0, nesta sexta-feira, em duelo válido pela segunda rodada do Campeonato Russo. Os gols no estádio de São Petersburgo foram de Mostovoy, duas vezes, e Kuzyaev, de pênalti.

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"O Zenit Football Club parabeniza Malcolm e Claudinho pelos acordos renovados e deseja que eles conquistem novos patamares esportivos como parte do time azul-branco-azul!", festejou o clube russo ao anunciar os acordos. Ambos estiveram em campo.

Malcom tinha contrato até 2024 e renovou por três temporadas. Revelado no Corinthians, o atacante defende o clube russo desde 2019 e rapidamente se tornou ídolo do torcedor. São 77 partidas disputadas, com 17 gols e 20 assistências. No currículo, são sete conquistas: tricampeonato russo, tricampeonato da Copa da Rússia e a Supercopa do país.

Claudinho chegou dois anos depois. Após brilhar no Brasileirão, foi para o Zenit em 2021 e logo se destacou, sendo eleito o melhor jogador do futebol russo na temporada passada. Com 33 jogos disputados, já anotou 10 gols e deu outras 10 assistências. A ampliação do vínculo por duas temporadas vem após clubes do Brasil, como o São Paulo, tentarem repatriá-lo.

No meio da disputa do Campeonato Russo, o Krasnodar resolveu suspender o contrato de boa parte dos estrangeiros de seu elenco nesta quinta-feira para que todos possam ficar perto de seus familiares enquanto o País está envolvido no conflito com a Ucrânia. Entre os oito liberados estão dois brasileiros e o paraguaio Júnior Alonso, ex-Atlético-MG.

Um dia após o técnico alemão Daniel Farke negociar uma saída amigável do clube russo, alegando "perda de perspectiva esportiva" e prezando pelo "lado sério da vida", declarações dada à revista Kicker, a diretoria optou por mandar os estrangeiros para casa. Mas todos estão cientes dos contratos assinados que não perderão a validade.

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"Krasnodar suspendeu contratos com vários jogadores. Os jogadores vão treinar sozinhos", informou o clube, que está com 29 pontos após 18 partidas disputadas no Campeonato Russo, na sexta posição. "Os atletas deixaram a sede do clube e vão treinar por conta própria, enquanto seus contratos serão válidos", completou o clube. A liberação foi um pedido dos atletas, sob intenso medo das consequências da guerra.

Os liberados são os brasileiros Wanderson e Kaio Pantaleão, além do paraguaio Júnior Alonso, campeão brasileiro e da Copa do Brasil com o Atlético-MG, o colombiano Jhon Córdoba, o equatoriano Ramirez, além do francês Cabella, o sueco Claesson, e o norueguês Botheim.

O paraguaio Júnior Alonso foi negociado em definitivo pelo Atlético-MG ao Krasnodar recentemente e o clube mineiro conseguiu fazer os russos honrarem o acordo financeiro. Agora, o time brasileiro pode ser o destino provisório do jogador enquanto não há uma resolução da invasão russa à Ucrânia. A torcida mineira pede seu retorno ao clube, que trata a situação como "complicada."

Os jogadores voltam a seus países com medo de sofrerem com as sanções impostas à Rússia após a invasão à Ucrânia. Eles já haviam se negado a treinar na quarta-feira.

Vice-líder na Rússia a equipe do Lokomotiv Moscou teve o primeiro jogador do campeonato infectado pelo Covid-19. Trata-se de Jefferson Farfán, atacante peruanoq que atua na equipe desde 2017. 

Farfán é o primeiro jogador do campeonato russo a testar positivo. O último jogo da equipe foi no dia 15 de março na vitória por 3x1 sobre o Rostov. A equipe moscovita ocupa a segunda colocação no campeonato russo com 41 pontos. O líder é o Zenit de São Petersburgo que já soma 50 pontos.

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Desde então a equipe interrompeu suas atividades e manteve seus jogadores em casa, mas ao que parece, a medida não foi suficiente para Farfán que acabou infectado. Nas redes sociais, o clube confirmou o caso e desejou saúde ao atleta. O campeonato russo tem previsão de retorno no dia 21 de junho. 

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O roteiro do Campeonato Inglês não se repetiu no Russo. Neste sábado, o CSKA Moscou tratou de acabar com o sonho do modesto Rostov de repetir o Leicester ao conquistar o título nacional pela sexta vez. O troféu foi garantido com a vitória magra sobre o Rubin Kazan por 1 a 0, fora de casa.

Com o triunfo, o CSKA chegou aos 65 pontos, deixando o Rostov para trás, com seus 63. O time do brasileiro Mário Fernandes (ex-Grêmio) ficaria sem o título se empatasse porque o Rostov vencia o Terek Groznyi por 2 a 0. Em caso de igualdade entre os dois times em pontuação na tabela, o troféu sobraria para o Rostov, que tinha vantagem nos critérios de desempate.

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Porém, Alan Dzagoev decretou o triunfo do CSKA em Kazan ainda aos 19 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, o time de Moscou levou sustos e correu risco de sofrer o empate. Contudo, a defesa liderada por Mário Fernandes assegurou o triunfo simples para garantir a conquista nacional.

Na outra ponta da tabela, o Dínamo Moscou decepcionou ao ser rebaixado pela primeira vez. O time da capital ficou em 15º e penúltimo lugar, com apenas 25 pontos em 30 rodadas, após ser batido pelo Zenit por 3 a 0, em casa. A outra equipe que sofreu a queda foi o Mordovya Saransk, com 24 pontos.

O Zenit, do brasileiro Hulk, terminou a competição na terceira colocação da tabela, com 59 pontos, atrás do CSKA e do Rostov.

Dirigentes de alguns dos principais clubes da Rússia apresentaram nesta terça-feira uma proposta ousada: estipular um teto salarial de US$ 31 mil por mês, com limite de até cinco atletas recebendo acima disso, apenas. A ideia, se colocada em prática, pode causar uma debandada de atletas da próxima sede da Copa do Mundo.

Nos últimos anos, os clubes russos, financiados especialmente por magnatas, passaram a gastar elevadas quantias para contratar jogadores de renome. Anzhi, Zenit e Rubin Kazan montaram time caríssimos e, depois, tiveram que desmontá-los. Mesmo os tradicionais times de Moscou - CSKA, Dínamo e Lokomotiv - passaram a investir.

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Mas agora o dinheiro é pouco. O momento é de saída de jogadores, não de entrada. Valbuena foi para o Lyon, Rondón para o West Bromwich e Barrios fechou com o Palmeiras. Agora, a proposta é que até o salário máximo para jogadores de mais de 23 anos seja de 2 milhões de rublos, o equivalente a 31 mil dólares.

Se a medida for aprovado, os jogadores teriam que aceitar reduzir seus salários. As recusas devem promover um êxodo em massa. Na Rússia estão, entre outros brasileiros, o atacante Hulk e o lateral Mário Fernandes. O Zenit tem o elenco mais estrelado, com o belga Witsel, o argentino Garay, o italiano Criscito e o espanhol Javi García.

O brasileiro Hulk, do Zenit, voltou a ser alvo de racismo no futebol russo. Ele foi chamado de "macaco", neste domingo, por torcedores do Torpedo, durante o jogo entre as duas equipes, que terminou empatado por 1 a 1. O atacante, que fez o gol de seu time, respondeu à ofensa com ironia: levou a mão ao ouvido, simulando querer escutar o xingamento, e depois respondeu com um beijo.

É a segunda vez que Hulk é vítima de manifestações racistas na Rússia. Em setembro passado, torcedores do Spartak, também de Moscou, já o haviam chamado de "macaco".

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Ele pareceu não ter se abalado. "Posso apenas sentir pena do que aconteceu e pedir aos fãs do futebol para respeitar o jogo, os jogadores e manter tudo em bom tom", disse Hulk ao site do Zenit. "O futebol deve unir as pessoas, e não dividi-los por razões diferentes."

Sobre sua reação de mandar um beijo para os torcedores, ele explicou: "O que você pode fazer nessas situações além de reagir com um sorriso? Se eu trato os torcedores com respeito, talvez receba o mesmo (respeito) em troca". Mas ele admitiu não conseguir compreender, aceitar ou explicar o racismo.

O técnico do Zenit, o português André Villa-Boas, foi mais duro que o atacante brasileiro. "O jogo foi lamentável. Futebol ruim, torcedores ruins, por causa dos insultos a Hulk. Os insultos vão correr o mundo e esta é a imagem que fica da Liga Russa."

Os dirigentes russos não se pronunciaram. No entanto, sabe-se que o racismo é uma das principais preocupações dos organizadores da Copa de 2018, que não sabem como conter a intolerância e temem problemas graves durante o Mundial.

Hulk marcou de falta o gol contra o Torpedo. O Zenit lidera o campeonato com 45 pontos, cinco a mais que o CSKA.

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