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A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), anunciou pelas redes sociais na noite desta quarta-feira mais um exoneração em seu secretariado. Desta vez, a tucana decidiu desligar a secretária de Defesa Social (SDS), Carla Patrícia. 

Em curto comunicado, Raquel agradeceu à Carla pelos serviços prestados no comando da pasta. "Agradeço à Carla Patrícia por ter se dedicado à missão de comandar até hoje a Secretaria de Defesa Social. O combate à criminalidade e à violência são prioridade do nosso governo. O trabalho segue adiante. Vamos construir um Pernambuco mais seguro para todos".

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Troca de secretários

O primeiro secretário a deixar o governo Raquel foi Silvério Pessoa, que comandava a pasta da Cultura. A saída ocorreu no dia 20 de julho. Após o cantor, outros três secretários foram subistituídos. Regina Célia, da Secertaria da Mulher e Aloísio Ferraz, do Desenvlvimento Agrário. A última baixa ocorreu no sábado (26), quando Evandro Avelar saiu da Secretaria de Mobilidade. 

Nesta quinta-feira (6), o prefeito Simão Durando recebeu em seu gabinete a secretária de Defesa Social de Pernambuco, Carla Patrícia. Na pauta, os gestores discutiram melhorias e avanços para a segurança pública em Petrolina, sertão de Pernambuco,  além da construção de ações integradas entre as forças e a gestão municipal. 

O prefeito aproveitou o encontro para destacar o trabalho em conjunto das polícias, bombeiros, Guarda Civil e Ammpla que resultou em nenhuma ocorrência grave durante o São João de Petrolina. A atuação articulada entre os três entes da federação (Governo Federal, Estado e Prefeitura) foi defendida por Simão Durando para avançar na politica de segurança pública em Petrolina. 

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O prefeito ainda apresentou demandas da cidade e agradeceu a visita da secretária Carla Patrícia e dos comandos das polícias. “É um gesto importante essa visita para fortalecermos o diálogo com o Estado. Desde 2017, estamos trabalhando para estruturar a politica de segurança municipal. Já foram investidos mais de R$ 7,5 milhões em melhorias na segurança do município, além dos investimentos em iluminação e na área social. Estamos à disposição do Governo do Estado para colaborar no que for possível e fortalecer essa parceria", concluiu o prefeito Simão Durando. 

A reunião contou com a presença dos secretários executivos de Defesa Social e Gestão Integrada, Alexandre Alves e Flávio Duncan, além do comandante geral da Polícia Militar, Tibério Cesar, o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Luciano Fonsêca e a chefe da Polícia Cívil, Simone Aguiar. Também estiveram no encontro o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Sustentabilidade, Emicio Júnior e do executivo de Segurança de Petrolina, coronel Luiz Cláudio.

*Da assessoria 

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A Polícia Federal em Pernambuco anunciou na tarde desta quarta-feira (9), em coletiva de imprensa, realizada na sede do órgão, detalhes da Operação Pulso que investiga indícios de crimes envolvendo a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). Foram cumpridos, nesta manhã, após um ano de investigações, vinte e oito mandados de busca e apreensão, vinte e nove oitivas mediante intimações e dois mandados de prisão temporária. 

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Na operação, um empresário pernambucano e outro do Piauí tiveram prisão temporária deflagrada. Além disso, foram afastados dois membros da diretoria da Hemobrás, um membro da equipe de engenharia e mais três servidores púbicos. 

De acordo com a Polícia Federal, inúmeras irregularidades foram encontradas tanto na construção da Hemobrás em Goiana quanto no convênio com o laboratório francês responsável pela transformação de plasma em hemoderivados. Durante a operação foi percebido que inúmeras amostras de sangue coletadas que deveria ser transformadas em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças deixaram de ser fabricados em virtude de armazenamento inadequado. 

Para esta fase da operação foram mobilizados 170 policiais e os delitos investigados são os de peculato, corrupção passiva e ativa, Lei de Licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, organização criminosa. Ao todo, as penas são de detenção e reclusão que variam de um a doze anos. Haverá, inclusive, a suspensão da função publica dos servidores envolvidos.   

Segundo o superintendente regional da PF, o delegado Marcello Diniz Cordeiro, houve superfaturamento nos contratos para a construção da fábrica, além de irregularidades na logística de transporte do plasma. “Houve mudança na prestação dos serviços de uma empresa que deveria fazer o transporte, no entanto, ela acabou realizando também o depósito do plasma, passando a atuar em algo que não estava em contrato e de forma inadequada”. Ele ainda conta que estão entre outras irregularidades “armazenamento de plasma em caminhões, vantagem indevidas, depósitos em conta de sócios da empresa sem o respectivo lastro do serviço, ocultação de imóveis também por parte desses membros”.  

A delegada Carla Patrícia, chefe da Delegacia Regional do Crime Organizado (Decor), os prejuízos causados por essas irregularidades são “incalculáveis, pois é uma perda para toda sociedade brasileira, afinal, o plasma pode amenizar o sofrimento de muitas pessoas, especialmente, para a população menos favorecida”.

Operação

A PF realizou um mandado em apartamento de luxo, na área central do Recife. No momento da chegada dos policiais, maços de dinheiro foram arremessados e recolhidos pela perícia para a realização de exames, a fim de obter impressões digitais para constatar ligações com os suspeitos.

Na residência, pertencente a um dos diretores presidentes da Hemobrás, foram encontradas 70 obras de arte, sendo um dos quadros orçados em R$ 100 mil e mais R$ 15 mil em dinheiro.

A partir de agora, os materiais coletados pela PF devem ser verificados rapidamente para serem devolvidos e as obras da fábrica em Goiana continuem acontecendo. As contas dos empresários detectadas no exterior também serão investigadas.

De acordo com o delegado Wagner Menezes, coordenador da Operação Pulso, uma das irregularidades está no serviço de armazenamento, que recebeu em licitação a proposta de R$ 880 mil. Após isso, mesmo com o prazo de 60 dias para apresentar o documento, a organização informou que a empresa não teria o documento, rescindindo o contrato. Em seguida, houve despensa e então a contratação para a realização do mesmo serviço por R$ 8 milhões.

Outro contrato consistia no gerenciamento da obra da fábrica que seria de R$ 22 milhões no início da obra, mas depois o valor subiu para R$ 74 milhões em um contrato com vigência de um ano.  E as irregularidades continuam. Houve uma despesa de mais de R$ 6 milhões por erro de projeto. Um item deveria ter sido executado e como não ocorreu, o projeto inicial precisou ser refeito.

“Por ser uma investigação complexa, alguns fatos podem ter conclusão em poucos meses, mas outros podem levar anos”, explicou Diniz. Segundo a Polícia Federal, caso queiram os suspeitos podem fazer um acordo de delação premiada.

Confira a entrevista com o delegado Wagner Menezes:

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