Tópicos | carne de cavalo

O ministro da Economia da França, Benoit Hamon, acusou nesta quinta-feira a varejista Spanghero de ter rotulado fraudulentamente carne de cavalo como se fosse bife. A fraude resultou na suspensão imediata da licença de funcionamento da varejista pelo Ministério da Agricultura da França.

Uma investigação realizada na França revelou que o escândalo envolve um total de 28 empresas em 13 países. Ao todo, 750 toneladas de carne de cavalo foram vendidas como carne de boi.

##RECOMENDA##

De acordo com o ministro, funcionários da Spanghero estavam plenamente cientes de que a carne de cavalo, mais barata que a de boi, havia sido rotulada erroneamente.

Hamon disse que a Spanghero recebeu uma carga de carne de cavalo de um intermediário holandês e passou o produto adiante como se fosse carne de boi a uma empresa de processamento de alimentos congelados.

Na avaliação do ministro, a processadora em questão, identificada como Comigel, deveria ter percebido o problema no momento do descongelamento da carne, isso se já não tivesse notado nada de errado com os documentos. As informações são da Associated Press.

Carne de cavalo foi encontrada pela primeira vez em um lote de lasanhas congeladas vendidas pelos supermercados Real na Alemanha, informou nesta quinta-feira (14) o distribuidor.

O Real retirou da venda, por medida de precaução, lotes de lasanha da marca "Tip". As análises de laboratório revelaram a presença de carne de cavalo ao invés de carne bovina, informou o grupo em um comunicado.

A rede de supermercados destacou que esta é uma medida tomada "apenas por precaução, já que em nenhum momento se detectou risco para a saúde dos consumidores".

A rede de supermercados Edeka, o maior distribuidor alemão de produtos alimentícios, também solicitou uma série de análises para seus produtos, assim como a empresa de venda de produtos congelados a domicílio Eismann e a rede Kaiser's-Tengelmann.

A União Europeia anunciou na quarta-feira uma campanha de testes de DNA em todos os Estados membros e uma coordenação das investigações pela Europol, após uma reunião de crise em Bruxelas.

O caso explodiu depois da descoberta na semana passada na Grã-Bretanha de lasanhas congeladas da marca Findus, que supostamente deveriam conter carne bovina, mas que tinham carne de cavalo.

Os ministros europeus da Agricultura se reúnem nesta quarta-feira (13) em caráter de emergência para analisar as medidas que devem ser adotadas após o escândalo provocado pela detecção de carne de cavalo, comercializada como carne bovina, em alimentos processados, sobretudo na lasanha.

Bruxelas convocou uma reunião extraordinária para a tarde desta quarta-feira entre os países afetados (França, Grã-Bretanha, Luxemburgo, Suécia, Romênia e Polônia), além da Irlanda, que tem a presidência semestral da UE, ante o impacto da fraude.

No entanto, esclareceu que nenhuma decisão será adotada nesta quarta-feira.

Na Alemanha, também há suspeitas de que um fornecedor do estado federado da Renânia do Norte-Westfália, o mais populoso do país, tenha recebido produtos de lasanha pré-pronta com carne de cavalo.

O presidente francês, François Hollande, afirmou que o caso era "grave" e comemorou a decisão dos ministros de assumir o comando do assunto.

"O presidente da República destacou que é um caso grave para a confiança dos consumidores e potencialmente grave para o setor francês (da carne)", afirmou o porta-voz do governo, Najat Vallaud-Belkacem.

Cada vez mais pressionada, a Comissão Europeia não descartou a possibilidade de tornar obrigatória a menção sobre o local de origem da carne nas embalagens das comidas processadas.

"Sim, estamos considerando o assunto", disse o comissário de Saúde e Consumo, Tonio Borg, em uma coletiva de imprensa, ao se referir à possibilidade de mencionar "o local de origem dos pratos processados".

"Alguns países são a favor, outros acreditam que é complicado. Vamos ver se pode ser feito, se não é muito complicado. Deixo a porta aberta", afirmou.

Desde o escândalo da "vaca louca", a carne bovina fresca deve mencionar sua origem. Não é o caso para os produtos elaborados com carne, que têm a obrigação apenas de mencionar o tipo de carne utilizada.

Diante da envergadura do escândalo, a Comissão Europeia se defendeu das crescentes acusações de falta de segurança alimentar.

Trata-se de um problema de fraude na rotulagem dos produtos, insistiu Borg.

"O fato desta carne ter cruzado vários países significa que alguns descumpriram a lei ou simplesmente cometeram uma fraude".

"Seria injusto e inapropriado para a UE converter este caso em um assunto de segurança alimentar sem ter provas", advertiu Borg.

"Não se trata de uma falta de legislação, é sim que esta não foi cumprida. A lei é muito clara, se houver carne de cavalo na lasanha, isto deve estar incluído no rótulo", disse.

O comissário ressaltou que, até o momento, não há nenhum indício de que se esteja diante de um problema de saúde pública.

Bruxelas esclareceu que agiria apenas diante de um alerta sanitário, como ocorreu com a epidemia em 2011 da bactéria E. coli, que atingiu mais de 4.000 pessoas e deixou 50 mortos.

Mas, se não houver risco sanitário, a competência recai sobre os Estados membros.

Até o momento, as investigações realizadas em vários países não esclareceram onde o erro ocorreu.

Ministros de países da União Europeia (UE) se encontra nesta quarta-feira para discutir o problema da rotulagem de produtos feitos com carne. O encontro é um dos desdobramentos do escândalo provocado pela descoberta de que carne de cavalo estava sendo vendida como bovina em vários lugares do continente.

A Irlanda que, atualmente, ocupa a presidência rotativa da UE, disse em seu site que a reunião foi convocada "para considerar as implicações mais amplas na UE, após as revelações recentes sobre a presença de carne de cavalo em produtos de carne".

##RECOMENDA##

Ministros e responsáveis pelas questões de saúde da Comissão Europeia também devem discutir os passos que a UE pode tomar para resolver o problema. As informações são da Dow Jones.

A União Europeia e seus países membros estão investigando o que aconteceu no caso de carne de cavalo encontrada em hambúrgueres e lasanhas, após autoridades do Reino Unido acionarem um mecanismo de alerta do bloco, afirmou Frederic Vincent, um porta-voz para assuntos de saúde da União Europeia.

Na sexta-feira, o Reino Unido "ativou um sistema de alerta rápido e anunciou que agora os países membros estão investigando o que realmente aconteceu", disse Vincent durante coletiva de imprensa regular. "Durante o fim de semana, várias medidas foram tomadas para determinar o que aconteceu", acrescentou. Ele afirmou também que, até o que sabia, a carne em questão não está contaminada, ou estragada.

##RECOMENDA##

O escândalo na Europa em torno da carne de cavalo vendida como carne de boi se espalhou ainda mais neste domingo diante da notícia de que seis grandes redes varejistas da França retiraram produtos das prateleiras, com o governo francês prometendo apresentar em poucos dias, em caráter de urgência, resultados feitos em produtos com carnes.

Um legislador britânico pôs mais lenha na fogueira ao pedir a proibição temporária da carne importada da União Europeia (UE), após um ministro francês sugerir que Londres estava ameaçando os padrões de segurança alimentar ao pressionar por cortes de orçamento na UE.

Vários tipos de produtos alimentícios foram retirados das prateleiras na Grã Bretanha, França e Suécia depois que emergiu a notícia de que companhias de comida congelada estavam usando carne de cavalo - identificadas como carne vinda da Romênia - no lugar da carne de boi para preparar lasanhas e outros pratos de massas, tortas e moussaka, um prato típico grego feito com carne de boi moída. As informações são da Dow Jones.

A empresa sueca de alimentos Findus e a fornecedora francesa de carnes Spanghero disseram neste sábado que estão prontas para entrar na justiça, após o escândalo em que carne de cavalo apareceu em produtos rotulados como carne bovina.

"Nós fomos enganados", disse o diretor administrativo da Findus France, Matthieu Lambeaux, em comunicado. "Vamos apresentar queixa contra 'X' na segunda-feira", revelou. "X" é um termo jurídico usado na França quando não se sabe quem são os responsáveis pela suposta violação.

##RECOMENDA##

A Spanghero disse neste sábado que estava pronta para processar o seu fornecedor na Romênia. "Compramos carne bovina de origem europeia e revendemos. Se realmente for carne de cavalo, iremos atrás do fornecedor romeno", afirmou à agência France Press o presidente da empresa, Barthelemy Aguerre, sem revelar nomes.

A Findus recolheu na sexta-feira várias refeições congeladas da França e da Suécia, um dia após a descoberta de que uma lasanha vendida na Grã-Bretanha continha 100% de carne equina.

A rede de supermercados britânica Aldi se zangou ao descobrir que dois de seus produtos congelados de marca própria - lasanha de carne bovina e spaghetti ao molho bolonhesa - apresentavam entre 30% e 100% de carne de cavalo. As refeições foram todas produzidas em Luxemburgo pela fornecedora francesa Comigel, que diz que a carne veio de um abatedouro romeno via Spanghero, no sudoeste da França. As informações são da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando