Tópicos | carne de cavalo

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou, no início da manhã desta quinta-feira (18), em Caxias do Sul, uma operação contra um grupo que abatia e vendia carne de cavalo para estabelecimentos da região. Os agentes foram enviados para cumprir seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão referentes a oito alvos.

Em análise às conversas interceptadas com autorização da Justiça, o MPRS apurou que o grupo investigado abastecia estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne (em forma de hambúrgueres e bifes) provenientes do abate clandestino de equinos, suspeita que foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias de Caxias do Sul - identificados como Natural Burguer e Mirus Burguer - em cujos lanches foi encontrada presença de DNA de cavalo. Também eram misturadas carnes de peru e suíno.

##RECOMENDA##

“Eram distribuídos em torno de 800kg semanais”, conta o coordenador do Gaeco – Seguranca Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, que está à frente da operação.

Segundo o MPRS, o grupo não possui autorização para o abate e comercialização de nenhum tipo de carne. Assim, as atividades de abate, beneficiamento, armazenamento e comercialização vinham ocorrendo sem qualquer fiscalização.

[@#galeria#@]

Com informações da assessoria do MPRS

Uma fiscalização conjunta das polícias Civil e Militar e da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) apreendeu 4 toneladas de carne clandestina de cavalo em Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, na madrugada da sexta-feira (21). Uma pessoa responsável por armazenar as carnes foi presa em flagrante.

A carga seria comercializada na própria região. Um livro com o nome dos possíveis compradores foi levado para a Delegacia de Limoeiro. 

##RECOMENDA##

O suposto responsável pelos abates fugiu no momento da fiscalização, mas se apresentou à polícia na manhã da sexta-feira. Ele vai responder ao processo em liberdade. A carne foi levada para incineração no matadouro de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana.

A Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) cumpriu a prisão preventiva expedida pela Justiça de um proprietário de um açougue e interditou o estabelecimento comercial, em Tubarão. A 'Casa de Carnes Boi Nobre' estaria comercializando carne equina como se fosse bovina, ludibriando os consumidores e colocando em risco a saúde pública.

Segundo a PC-SC, as investigações iniciaram há seis meses após dois homens serem presos em Imaruí, no Sul do Estado, em que cavalos estavam sendo mortos em um abatedouro clandestino. Diversas amostras de carne comercializadas pelo estabelecimento foram coletadas durante as investigações e encaminhadas para Brasília/DF para realização de exame pericial, em cooperação firmada com o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.

##RECOMENDA##

Os exames periciais de sequenciamento genético realizados pelo Setor de Perícias em Meio Ambiente e pelo Setor de Perícias em Genética Forense do I.N.C. constataram que, misturados à carne bovina, havia carne de cavalo e de búfalo.

Além disso, diligência anterior no estabelecimento constatou uma série de irregularidades como armazenamento de carnes estragadas com outras a serem comercializadas, peças de carne inteira e moída sem qualquer identificação de procedência, além de precária higiene no local que tinha forte mau cheiro.

Os responsáveis pelo abate clandestino dos cavalos foram interrogados e confirmaram que vendiam a carne equina à casa de carnes de propriedade dos investigados. Também foi verificado que um dos proprietários da casa de carnes ofereceu quantia em dinheiro para que a dupla responsável pelo abate mentisse em seus depoimentos à Polícia.

Os proprietários do estabelecimento responderão por receptação qualificada e crimes contra as relações de consumo, podendo ser condenados a uma pena de até 18 anos de reclusão.

Com informações da assessoria da PC-SC

Após seis anos do descobrimento do escândalo de carne de cavalo vendida como carne bovina na Europa, o julgamento de quatro suspeitos, incluindo dois ex-executivos da empresa Spanghero, se inicia nesta segunda-feira (21), com previsão até 13 de fevereiro, em Paris. A fraude veio à tona no início de 2013, após uma inspeção na Irlanda do Norte revelar problemas de rotulagem e embalagem em um estoque de insumos congelados.

As redes de supermercado Tesco, Islândia e Lidl descobriram que seus bifes continham carne de cavalo. Com isso, muitas fábricas agroalimentares europeias começaram a testar os produtos. No fim de janeiro, o grupo sueco Findus alertou o grupo francês de congelados, o Comigel, “sua lasanha está contaminada, chegando a 100% em alguns casos”.

##RECOMENDA##

O Comigel prepara refeições para cerca de 28 empresas em 13 países, incluindo grandes distribuidores, como Picard, Carrefour, Auchan e Monoprix. Seu fornecedor de carne também é francês, a Spanghero, estabelecida na região de Occitânia. Mesmo que a carne de cavalo encontrada em “carne pura” não tenha passado por esta empresa, ela é acusada por ter ciência da fraude.

Os quatro suspeitos de envolvimento no escândalo são: o ex-executivo da empresa de processamento de carne, Jacques Poujol; o ex-diretor do site, Patrice Monguillon, e dois comerciantes holandeses, Johannes Fasen e Hendricus Windmeijer. Há a suspeita que os acusados tenham enganado a Tavola, filial luxemburguesa do grupo Comigel Pratos congelados, entre 2012 e 2013, através da venda de mais de 500 toneladas de carne de cavalo comercializadas como carne bovina. Além desse fato, a própria Spanghero vendeu mais de 200 toneladas de cavalo em forma de merguez e diversas refeições preparadas.

Rótulos alterados

Johannes Fasen vendeu os produtos da Spanghero excluindo qualquer referência à espécie animal nos documentos apresentados, com exceção de um código aduaneiro. Ele havia acabado de ser sentenciado em 2012, na Holanda, por envolvimento em outra fraude com carne de cavalo.

Já a Spanghero é acusada de comercializar a carne como "carne desossada", sabendo que era de cavalo, já que o valor de mercado é mais barato. Além disso, ela modificou os rótulos do produto. A empresa de alimentos preparados ainda é acusada de negligência.

O escândalo alimentar revelou a complexidade do abastecimento e processamento europeu. Hoje, os matadouros não vendem carcaças, mas destrincham os animais para aproveitar ao máximo todas as partes. Eles também fabricam o famoso "minério", uma massa aglomerada de 10 a 25 kg de restos de corte e tecidos gordurosos, que se tornou matéria-prima para refeições prontas em centros industriais.

Resultados de testes realizados na Europa acusaram a presença de vestígios de carne de cavalo em quase 5% das 4.497 amostras de produtos de carne bovina analisadas. Em alguns países, como França e Grécia, esse porcentual foi bem maior.

Os testes foram iniciados em fevereiro pela União Europeia, Suíça e Noruega, depois que DNA equino foi encontrado em produtos de carne bovina em vários países do continente. Autoridades encontraram vestígios de carne de cavalo em 200 amostras.

##RECOMENDA##

Quase um quarto de todos os testes positivos da União Europeia foi de amostras da França, onde fica a processadora de alimentos Spanghero. A empresa forneceu lasanha congelada e outros produtos que continham carne de cavalo a varejistas no Reino Unido e em outros países. Já as amostras gregas responderam por quase 20% dos testes positivos da UE. Cerca de 13% das amostras dos dois países continham carne de cavalo - a maior taxa em toda a Europa.

"Os resultados divulgados nesta terça, 16, confirmaram que esta é uma questão de fraude alimentar, e não de segurança alimentar", disse o comissário de saúde da UE, Tonio Borg. "Nos próximos meses, a Comissão Europeia vai propor controles mais rigorosos ao longo da cadeia produtiva de alimentos, em linha com as lições que aprendemos." As informações são da Dow Jones.

O serviço veterinário polonês encontrou DNA de cavalo em três amostras de carne rotulada como bovina, armazenadas em abatedouros em três províncias do país, Mazovia, Lodz e Warmia-Masuria, disse o governo em comunicado.

Desde que as autoridades irlandesas fizeram o primeiro teste com hambúrgueres congelados e descobriram que eles tinham DNA de cavalo, há um mês, um escândalo com carne de cavalo varreu a Europa e levou supermercados em vários países a retirar das prateleiras produtos com carne processada.

##RECOMENDA##

"Esses três resultados foram encontrados em um universo de 121 amostras de carne. Outras 80 amostras seguem sob análise no Laboratório Nacional", disse o serviço veterinário. As informações são da Dow Jones.

A empresa Panzani, propriedade do grupo espanhol Ebro, anunciou nesta terça-feira (26) que detectou a presença de carne de cavalo em latas de ravioli comercializadas na França e fabricadas para sua marca William Saurin.

Os produtos envolvidos foram retirados imediatamente de venda, disse a empresa.

##RECOMENDA##

A Panzani afirmou que a William Saurin "foi enganada por um de seus fornecedores", ressaltando que "não se trata da Spanghero", a empresa envolvida em casos anteriores de produtos rotulados como elaborados com carne bovina e que continham carne de cavalo.

A Panzani esclareceu que apenas os raviolis estão envolvidos no problema e que seus outros produtos a base de carne "não contêm traços de cavalo".

Este caso confirma que o escândalo da carne de cavalo em pratos preparados na França ultrapassa o âmbito do circuito descoberto até agora, que passava pela empresa Spanghero.

O governo francês já havia dado a entender que existem outros circuitos de fraude.

Os Estados Unidos não importarão mais carne procedente dos países europeus afetados pelo escândalo da carne de cavalo, revelou nesta segunda-feira à AFP o departamento de Agricultura.

O escândalo da carne de cavalo vendida como produto bovino atinge vários países da Europa, incluindo Alemanha, França, Eslovênia, Itália e Espanha.

Uma fonte do departamento americano de Agricultura destacou que os países europeus que retiraram do mercado produtos contendo carne de cavalo não exportam para os Estados Unidos.

Os Estados Unidos não importam carne de cavalo e não têm matadouros de equinos no país, lembrou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Em mais um capítulo do escândalo, a filial americana da Ikea afirmou nesta segunda-feira que as almôndegas que vende nos Estados Unidos têm apenas carne de porco e bovina procedente da América do Norte.

Em cerca de 15 países europeus, a Ikea suspendeu a venda de alguns tipos de almôndegas devido à presença de carne de cavalo.

A empresa finlandesa agroalimentar Pouttu anunciou nesta segunda-feira que irái distribuir entre os pobres seus pratos congelados kebab elaborados com carne de cavalo, depois que autoridades sanitárias deram sua autorização.

Segundo a empresa, mais de uma dezenas de associações teriam se manifestado para que esses pratos retirados do mecado fossem distribuídos aos mais carentes.

"É bom poder ajudar as pessoas que mais precisam", afirmou à AFP um porta-voz da Pouttu, Esko Virta.

Um total de 1,7 tonelada de pratos permanece armazenada nos congelados da Pouttu.

Para a agência de segurança alimentar é importante que se alerte aos consumidores sobre a verdadeira natureza do produto, ou seja, que contém carne de cavalo.

Pouttu assegurou que não tem nenhuma dúvida da origem da origem da carne de cavalo, que procede do Brasil ou do Canadá, e que o erro se encontra apenas no rótulo.

Os pratos devem ser distribuídos o mais rápido possível, já que sua data de validade vence no início de março.

A gigante sueca de móveis Ikea, que também vende em suas lojas especialidades culinárias, anunciou nesta segunda-feira (25) que retira da venda na Suécia as almôndegas de carne, suspeitas de conter carne de cavalo após uma análise realizada na República Tcheca.

"Recebemos hoje a informação de que nossas almôndegas de carne podem conter carne de cavalo após uma análise realizada na República Tcheca (...) suspendemos a venda e a distribuição de almôndegas de carne no país" (Suécia), disse o grupo em um comunicado.

##RECOMENDA##

A Itália encontrou seu primeiro caso de contaminação de carne de cavalo em lasanhas congeladas produzidas no país, segundo informou neste sábado (23) a agência de notícias italiana Ansa. A carne de cavalo foi encontrada em testes realizados com 2.400 embalagens de "lasanha à bolonhesa" produzidas por uma empresa de Bolonha.

O relatório das autoridades identificou a empresa Primia como sendo a fabricante dos produtos e afirmou que ela usou a carne fornecida por outra companhia da cidade de Brescia, no norte da Itália. Os testes foram conduzidos como parte da operação de fiscalização da polícia italiana envolvendo 121 marcas em todo o país. Mais cedo, as autoridades afirmaram que não haviam encontrado carne de cavalo em produtos da Nestlé.

##RECOMENDA##

O escândalo da carne de cavalo disfarçada de carne bovina começou na Irlanda no mês passado. Autoridades encontraram carne equina em alguns produtos rotulados como hambúrgueres de carne bovina vendidos em supermercados. Desde então, episódios semelhantes ocorreram em vários países da Europa. Supermercados do Reino Unido, da França, Alemanha e Suíça retiraram produtos como lasanhas congeladas, hambúrgueres e massas à bolonhesa de suas prateleiras.

O presidente da França, François Hollande, disse neste sábado que quer ver rótulos adequados relativos à procedência de produtos congelados para evitar uma repetição do escândalo. "Eu quero que os produtos prontos tenham rótulos obrigatórios", disse ele, em visita a uma exposição agrícola em Paris. "Até que isso ocorra, apoiarei todas as iniciativas voluntárias de colocar esses rótulos para que os consumidores saibam a origem dos produtos que estão consumindo, especialmente da carne." As informações são da Dow Jones.

[@#video#@]

Na segunda-feira a empresa suíça Nestlé revelou que realizou testes em alguns de seus produtos e constatou que eles continham carne de cavalo, e não de vaca, como suas embalagens informavam. A carne era fornecida pelo brasileira JBS, o maior produtor de carnes do mundo, que havia comprado o produto de outra empresa na Alemanha.

##RECOMENDA##

O escândalo da fraude no comércio de carne na Europa respingou no grupo brasileiro JBS. Na segunda-feira a suíça Nestlé revelou que realizou testes em alguns de seus produtos e constatou que eles continham carne de cavalo, e não de vaca, como suas embalagens informavam. A carne era fornecida pelo JBS, o maior produtor de carnes do mundo, que havia comprado o produto de outra empresa na Alemanha antes de repassar para a Nestlé.

O escândalo na indústria alimentícia foi primeiro revelado na Inglaterra, há pouco mais de duas semanas, indicando a presença de carne de cavalo em produtos que se apresentavam como sendo carne de vaca, até mesmo em grandes redes de fast-food, como a Burger King. A polêmica, em poucos dias, se espalhou por vários países europeus, escancarando falhas no sistema de controle sanitário da União Europeia (UE) e uma cadeia de produção envolvendo intermediários, produtos e empresas que, no final da linha, nem mesmo sabem a origem do que estão vendendo. Mas se até agora o escândalo envolvia empresas de porte médio, a nova revelação demonstra que a fraude está instalada no setor de carnes da Europa e respinga nas maiores empresas do setor.

##RECOMENDA##

A Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo, confirmou na segunda-feira que, depois de realizar exames em seus produtos, constatou que também teria sido vítima da fraude. A informação foi revelada uma semana depois de a própria Nestlé ter emitido um outro comunicado garantindo que seus produtos não haviam sido afetados pelo escândalo europeu.

Em comunicado no Brasil, o JBS informou que a empresa Schypke “não pertence ao seu grupo econômico e não possui qualquer relação societária ou operacional com a companhia”. Além disso, segundo a nota, o fornecedor alemão teria sido “auditado e aprovado” por todos os seus clientes europeus antes de começar a vender seus produtos para a JBS Toledo.

“A JBS Toledo informa ao mercado que suspendeu todos os contratos com a Schypke e que não comercializará mais produtos europeus até que a confiança na segurança do sistema de fornecimento do bloco seja restabelecida”, diz o comunicado. “Nenhum caso de violação foi identificado nos produtos fabricados pela própria JBS.”

Pedindo desculpas aos consumidores, a Nestlé insiste que vai aumentar a partir de agora os programas de controle de qualidade, adicionando aos exames a verificação de DNA de cavalo em sua produção na Europa. A companhia garantiu que suspendeu todo o fornecimento vindo da empresa alemã e que vai substituir os produtos atingidos por carne 100% de vaca. Nas últimas duas semanas, empresas registraram a queda da venda de alimentos prontos em quase 50%, enquanto as autoridades políticas do continente não disfarçam a saia-justa diante do escândalo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Quase um terço dos adultos na Grã-Bretanha parou de consumir alimentos prontos devido ao escândalo da carne de cavalo, enquanto 7% pararam de comer qualquer tipo de carne, segundo uma pesquisa publicada no último domingo. A pesquisa da ComRes, encomendada pelos jornais Sunday Mirror e The Independent on Sunday, mostrou que 31% dos adultos pararam de consumir alimentos prontos.

De acordo com a pesquisa, 53% dos entrevistados é favorável à proibição da importação de todos os produtos de carne até que sua origem seja verificada. Cerca de 44% consideraram que o governo britânico respondeu bem à crise, enquanto 30% discordaram.

##RECOMENDA##

Na sexta-feira, a Agência de Padrões de Alimentos (FSA, na sigla em inglês) do país informou que 29 das 2.501 amostras de carne bovina testadas no Reino Unido recentemente continham DNA equino. As informações são da Dow Jones.

A União Europeia concorda em começar imediatamente com testes para identificar carne de cavalo em produtos vendidos como carne de boi, em busca de reafirmar aos seus nervosos consumidores que a comida do país é segura e para dar fim ao escândalo da carne de cavalo que tomou conta da Europa. Os testes irão também procurar pela presença de fenilbutazona, um anti-inflamatório utilizado em cavalos que pode ter efeitos adversos para a saúde humana.

A crise continuou a ecoar na sexta-feira, quando a Áustria e Noruega confirmaram que refeições prontas de bife bovino continham carne de cavalo, aumentando preocupações de que mais casos em mais países venham à tona após terem sido detectados já no Reino Unido, França, Alemanha e Suíça.

##RECOMENDA##

No Reino Unido, testes verificaram que 29 de 2.501 produtos comercializados no país continuam mais de 1% de carne de cavalo. "A grande maioria dos produtos bovinos no país não contêm carne de cavalo. Os exemplos que temos são totalmente inaceitáveis", disse Catherine Brown, chefe executiva da agência britânica de segurança alimentar, a FSA, que conduziu os testes.

O governo francês acusou na quinta-feira a Spanghero por vender 750 toneladas de carne de cavalo com o rótulo de carne bovina ao longo de seis meses, dos quais 500 toneladas foram enviados à fabricante de comidas prontas congeladas francesa Comigel.

A carne foi usada para preparar 4,5 milhões de produtos fabricados pela Comigel para 28 companhias diferentes em 13 países da Europa. As informações são da Dow Jones.

O escândalo envolvendo o comércio irregular de carne de cavalo não para de crescer de proporções na Europa. As autoridades sanitárias da França cancelaram ontem a autorização de venda de produtos da marca Spanghero, fornecedor da carne da fabricante de congelados Findus.

O caso, descoberto no Reino Unido, já envolve a França, a Romênia - país de procedência da carne - e a Holanda, onde trabalhariam intermediários responsáveis pelo tráfico, além de dez países em que carne equina foi consumida em lugar de bovina.

##RECOMENDA##

Ontem, a Direção Geral da Concorrência, o Consumo e a Repressão de Fraudes (DGCCRF) da França acusou a Spanghero de "fraude econômica". Por ordem do Ministério da Economia Social e do Consumo, as autorizações da marca foram suspensas pela vigilância sanitária, obrigando a empresa a anular os trabalhos em sua linha de tratamento de carne.

Além disso, as autoridades sanitárias da Europa estão realizando 2,5 mil testes de DNA em todo o continente para identificar a eventual presença de carne de cavalo nos produtos.

Em Bruxelas, o comissário europeu de Saúde, Tonio Borg, convocou a imprensa para esclarecer que o escândalo não configura uma crise de segurança alimentar, já que não há risco no consumo. "Nós não devemos semear o pânico", exortou.

O problema é que as suspeitas de fraude despertaram temor na população, ainda traumatizada pelo mal da vaca louca no Reino Unido. Consumidores acusam as autoridades sanitárias de falta de controle sobre os alimentos na Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa de proteínas JBS afirmou nesta sexta-feira, em comunicado ao mercado, que todas as operações realizadas no Brasil no segmento de bovinos não "ferem nenhuma regra concorrencial, inclusive na medida em que continua existindo no setor intenso grau de rivalidade, além de ser factível a entrada de novos agentes, já que as barreiras de entrada no segmento são baixas".

Esse argumento, segundo a empresa, será apresentado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), já que na sessão de julgamento da próxima quarta-feira (20), seis casos de aquisições da JBS, inclusive a compra do Bertin, em 2009, serão julgados em um só processo.

##RECOMENDA##

Reportagem da edição desta sexta-feira do jornal O Estado de S.Paulo diz que o órgão antitruste identificou cerca de 70 operações de aquisições e arrendamentos no Brasil e 20 no exterior que não foram notificadas. Com isso, a participação da empresa nas vendas de carne bovina no País teria passado de 15% para 40%. Parecer do Cade sobre as últimas aquisições da empresa - da SSB (curtume em Colíder/MT e unidade frigorífica em Juara/MT) e da unidade frigorífica em Ponta Porã (MS) - diz que é "questionável do ponto de vista da racionalidade econômica" e levanta "indagação sobre eventual estratégia de afastamento da concorrência".

Para a JBS, o parecer é "opinativo e inconclusivo" e defende a necessidade de aprofundar os estudos sobre o grau de rivalidade no setor e o impacto das operações tanto no âmbito do abate como no que diz respeito ao preço da carne ao consumidor final, devendo o Conselho fazer tal aferição.

Ainda sobre aspectos concorrenciais, a JBS, no comunicado, esclarece que os preços pagos ao produtor nacional têm se mantido estável ou em elevação desde o momento das aquisições efetuadas pela companhia. "Reconhecemos a importância de bem remunerar seus fornecedores visando a manutenção e incentivo da produção pecuária do país", declarou a empresa.

Concentração

A JBS citou que a própria produção agropecuária brasileira tem apresentado grande concentração. Segundo o comunicado, cerca de um terço dos animais abatidos pela JBS provém de apenas 3% dos pecuaristas existentes no Brasil. Porém, a companhia ressaltou que, com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da publicação especializada ANUALPEC, da consultoria Informa Economics FNP, a participação da JBS no abate nacional é de 15,4% do total (base 2011), "o que demonstra a baixa concentração existente na indústria nacional".

A empresa de alimentos também explicou, no comunicado, que "sempre atuou em conformidade com a legislação" e entende que arrendamentos e aluguéis de ativos não são de submissão obrigatória do Cade. "Quando submeteu ao órgão de defesa econômica ato envolvendo locação de ativos, essa se deu por se tratar de uma operação de longo prazo (10 anos) e acompanhada por uma opção de compra, diferentemente dos demais arrendamentos de frigoríficos bovinos, que possuem vigência, via de regra, de dois anos", disse a empresa, referindo-se à operação feita com a Doux Frangosul, no ano passado, na área de aves.

Por fim, a JBS esclareceu que "todas as suas participações de mercado foram computadas nos cálculos de participação de mercado das operações apresentadas ao Cade. "Dessa forma, a JBS entende que sempre atuou com a máxima transparência no fornecimento de dados e informações e espera que, em uma análise eminentemente técnica, todas as suas operações serão aprovadas junto ao Tribunal Administrativo do Cade (...)", declarou.

A empresa agroalimentar francesa Spanghero negou nesta sexta-feira (15) ser responsável pela fraude de pratos pré-cozidos que continham carne de cavalo apesar de serem apresentados como produtos com carne bovina, um caso que envolve 13 países europeus.

A Spanghero negou as acusações do governo francês que a apresentou como principal responsável pela fraude. "Não sei quem" é o causador desse escândalo, "mas, certamente, não somos nós", disse o chefe da empresa, Barthelemy Aguerre, em declarações a uma rádio.

"O governo se apressou" em suas acusações. "Acredito que demonstrarei nossa inocência", acrescentou.

O ministro francês de Consumo, Benoît Hamon, tinha afirmado na quinta-feira que Spanghero cometeu um "erro econômico" e prometeu "sanear a cadeia" da confecção de pratos cozidos.

Esta sociedade "sabia que revendia carne de cavalo como carne bovina que havia chegado até ela com a etiqueta aduaneira correspondente", afirmou Hamon.

Uma equipe de veterinários começou nesta sexta-feira a controlar a empresa, situada em Castelnaudary (sudoeste da França). Seus 300 operários estão parados desde quinta-feira, devido à decisão do governo de retirar suas autorizações sanitárias.

O escândalo, que envolve 750 toneladas de carne que seriam usadas na fabricação de mais de 4,5 milhões de pratos, adquiriu uma nova dimensão sanitária na quinta-feira, com a descoberta na Grã-Bretanha de um medicamento potencialmente nocivo para o homem em várias carcaças.

Nesta sexta-feira, a União Europeia aprovou um plano para combater a fraude. "Os estados membros aprovaram o plano da Comissão Europeia para detectar a fraude na comercialização da comida", anunciou a CE, que especificou que ele será posto em prática "imediatamente".

O plano busca estabelecer a "presença de carne de cavalo não declarada nas etiquetas" dos produtos e detectar "resíduos de fenilbutazona", através de testes de DNA.

Os testes serão realizados durante o mês de março e os resultados devem estar prontos até 15 de abril.

"Os consumidores esperam que a UE, as autoridades nacionais e todos os que participam na cadeia alimentar lhes deem as garantias que necessitam sobre os ingredientes que seu prato tem", disse o comissário europeu de Salud e Consumo, Tonio Borg.

O comissário europeu responsável pela Saúde, Tonio Borg, negou nesta sexta-feira que houvesse um problema de "segurança sanitária", afirmando que se tratava de um problema de "etiquetagem".

Bruxelas esclareceu que, além de se comprometer a encontrar o responsável pela fraude, só atuaria diante de um alerta sanitário, como a epidemia de 2011 da bactéria E. coli, que causou mais de 4.000 contaminações e cerca de 50 mortos. Contudo, se não há risco sanitário a competência recai nos Estados membros.

O escândalo, que começou em janeiro no Reino Unido, onde a carne equina é culturalmente considerada tabu, se internacionalizou na semana passada com a descoberta na Inglaterra de lasanhas da marca sueca Findus fabricadas pela empresa francesa Comigel com carne supostamente romena que transitou pela Holanda e Chipre antes de chegar à fornecedora Spanghero.

Vinte e nove produtos a base de carne bovina em uma mostra de 2.501 analisados pela indústria alimentar no Reino Unido continham mais de 1% de carne de cavalo, anunciou nesta sexta-feira, a Agência de Segurança Alimentar (FSA) britânica.

Entretanto, outros países europeus anunciaram nesta sexta-feira que tinham detectado ou que tinham suspeitas de que pudesse haver carne de cavalo em produtos comercializados em seus territórios.

O grupo norueguês de distribuição NorgesGruppen anunciou que tinha confirmado a presença de carne de cavalo em lasanhas vendidas em seus estabelecimentos antes que fossem retiradas da venda.

Na Áustria, foram encontrados vestígios de carne de cavalo não declarada em massa recheada com "carne bovina" fabricada pela empresa alemã Gusto GmbH, segundo a Agência Austríaca para a Saúde e a Segurança Alimentar.

Na Dinamarca, a televisão pública afirmou que as autoridades sanitárias estavam realizando investigações sobre um matadouro que poderia ter introduzido carne de cavalo em "carne bovina" destinada a fabricantes de pizza.

Na Alemanha, foi informado pela primeira vez na quinta-feira que foi encontrada carne de cavalo em lasanhas baratas de dois grandes supermercados.

Também na quinta-feira, após anunciar que haviam detectado um anti-inflamatório potencialmente daninho para a saúde humana em oito carcaças, as autoridades britânicas realizaram as três primeiras detenções.

A fenilbutazona, um medicamento comumente utilizado em equinos, mas com uso limitado em humanos devido a possíveis efeitos adversos para a saúde, está proibida na cadeia alimentar pela União Europeia (UE).

Contudo, o Ministério da Saúde britânico minimizou os efeitos deste medicamento, que é receitado também a adultos com formas severas de artrite ou ataques agudos de gota.

burs-prh/kat/dmc/mc/lmm/mv

O grupo norueguês de distribuição NorgesGruppen anunciou nesta sexta-feira que foi confirmada a presença de carne de cavalo em lasanhas vendidas em seus estabelecimentos antes que fossem retiradas de circulação.

"O NorgesGruppen recebeu uma confirmação definitiva hoje, sexta-feira, 15 de fevereiro, de que lasanhas (vendidas sob a marca) First Price continham carne de cavalo", afirmou o grupo em um comunicado.

Trata-se do primeiro caso confirmado de fraude da carne na Noruega.

Esta descoberta confirma a amplitude do escândalo na Europa.

Na quinta-feira, a agência francesa anti-fraudes havia indicado que o assunto se refere a 750 toneladas de carne que correspondem a 4,5 milhões de pratos processados vendidos em 13 países europeus.

Produtos fraudulentos também foram encontrados no Reino Unido, onde os primeiros casos foram descobertos, além de Alemanha, Suíça e França, sede da empresa Spanghero, protagonista do escândalo.

"O NorgesGruppen retirou imediatamente as lasanhas First Price das prateleiras de seus mercados no fim da semana passada após o aparecimento de suspeitas em torno da utilização de carne de cavalo na produção alimentícia europeia", acrescentou o grupo.

Número um da grande distribuição na Noruega, o NorgesGruppen possui muitas marcas, como Kiwi, Meny, Joker e Spar, assim como lojas de maior qualidade, como Central, Ultra e Jacob's.

A atacadista francesa Spanghero negou nesta sexta-feira ter cometido qualquer fraude no caso do escândalo da carne de cavalo, erroneamente rotulada como carne bovina e escondida em refeições congeladas. O executivo-chefe da Spanghero, Barthelemy Aguerre, afirmou ter provas de que a empresa é inocente de qualquer delito.

O executivo disse à rádio RTL que a unidade da Spanhero no sul da França recebeu de fato um lote de carne de cavalo junto com carne bovina e que "não tocamos nele". Ele não deu detalhes nem revelou se denunciou a entrega de carne de cavalo, dizendo apenas: "Vou provar minha inocência".

##RECOMENDA##

O ministro francês de Direitos do Consumidor, Benoit Hamon, disse na quinta-feira que aparentemente as vendas fraudulentas de carne ocorreram durante vários meses, alcançando 13 países e 28 empresas. Hamon apontou a Spanghero como um dos culpados, mas afirmou que havia outros responsáveis.

A agência policial da União Europeia, Europol, está coordenando uma investigação de fraude em todo o continente, em meio à suspeita de uma conspiração criminosa internacional para substituir a carne bovina, mais cara, por carne de cavalo. A polícia do Reino Unido anunciou na quinta-feira a detenção de três homens por suspeita de fraude em duas processadoras de carne inspecionadas no início desta semana pela Agência de Padrões de Alimentos (FSA) do país.

Hamon afirmou que a Spanghero integrava uma cadeia que começou com dois matadouros romenos, que afirmaram ter rotulado claramente a carne vendida por eles como de cavalo. A carne teria então sido comprada por um comerciante registrado em Chipre e enviada a um armazém na Holanda. A Spanghero teria adquirido a carne desse comerciante e revendido para a processadora francesa de alimentos congelados Comigel. A carne processada foi comercializada sob a marca sueca Findus em produtos como lasanha, entre outros, que informavam conter carne bovina moída.

Hamon afirmou que a Spanghero estava ciente de que a carne foi erroneamente rotulada quando a vendeu para a Comigel. Por sua vez, Aguerre disse que, se havia um código aduaneiro indicando a presença de carne de cavalo, a Spanghero não sabia disso. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando