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Os preços no varejo aceleraram de forma intensa em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido no âmbito do IGP-DI, subiu 0,49% no mês passado, após alta de 0,12% em agosto. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a principal contribuição veio da alimentação, impulsionada pelo comportamento das carnes bovinas.

O grupo Alimentação subiu 0,55% em setembro, após ter avançado 0,13% no mês anterior, divulgou nesta terça-feira, 07, a instituição. As carnes bovinas exerceram a principal contribuição, com elevação de 2,72%. Em agosto, elas já haviam ficado 0,34% mais caras.

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A gasolina, por sua vez, aumentou 0,90%, após queda de 0,40% em agosto. O movimento levou à aceleração do grupo Transportes (-0,02% para 0,51%). Além disso, a tarifa de eletricidade residencial passou de -0,11% para 2,01%, impulsionando a classe Habitação (0,34% para 0,48%).

Na passagem do mês, também ganharam força os grupos Comunicação (-0,53% para 0,67%), diante dos pacotes de telefonia fixa e internet 2,76% mais caros; Educação, Leitura e Recreação (0,12% para 0,64%), em função da alta de 3,82% no item show musical; Vestuário (-0,50% para 0,02%), com um aumento de 0,24% nas roupas, após terem ficado no negativo em agosto; e Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,50%), com avanço de 0,31% nos preços de medicamentos.

No sentido contrário, perdeu força apenas o grupo Despesas Diversas (0,19% para 0,11%). Nesta classe de despesa, o destaque partiu do item clínica veterinária (1,81% para 0,51%). No IPC como um todo, o índice de difusão - que mede a proporção de itens com alta de preços - atingiu 63,61%, contra 59,17% em agosto, segundo a FGV.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, alta de 0,15%, mais do que o avanço de 0,08% em agosto. A influência veio do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,16% para 0,33%), já que o custo da mão de obra ficou estável (0,00%) pelo segundo mês consecutivo.

O fim da queda nos preços da Alimentação, com destaque para o avanço na inflação das carnes bovinas, impulsionou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado no âmbito da primeira prévia de setembro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Além disso, itens como passagens aéreas, planos de saúde e móveis para a residência também levaram o índice a registrar taxa maior do que no mês anterior.

O IPC subiu 0,18% na leitura anunciada nesta terça-feira, 09, ante 0,03% na primeira prévia de agosto. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a maior contribuição veio do grupo Alimentação (-0,23% para 0,01%). Ainda há itens em queda, como tomate (-20,01%) e batata-inglesa (-8,98%), mas a principal pressão veio das carnes bovinas, que subiram 1,14%. No mês passado, a alta havia sido de 0,92%.

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Mas o movimento de aceleração no varejo foi disseminado. Sete das oito classes de despesas pesquisadas ganharam força. Além dos alimentos, apresentaram avanço mais intenso Educação, Leitura e Recreação (-0,13% para 0,37%), com a alta de 4,63% em passagens aéreas; Habitação (0,28% para 0,41%), com os móveis para residência 0,90% mais caros; Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,47%), diante do aumento de 0,73% nos valores de planos e seguros de saúde; e Despesas Diversas (0,18% para 0,40%), com um reajuste de 3,87% em clínicas veterinárias.

Apesar de ainda em queda, apresentaram taxas menos negativas (contribuindo para a aceleração) os grupos Comunicação (-0,44% para -0,17%), com aumento de 1,69% nos pacotes de telefonia fixa; e Vestuário (-0,39% para -0,37%), diante da queda menos intensa nos preços de roupas masculinas (-0,09%). No sentido contrário, apenas o grupo Transportes desacelerou (0,07% para 0,05%), influenciado pela queda de 0,51% no item tarifa de ônibus urbano.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,44% para 0,12% na primeira prévia do IGP-M de setembro, informou há pouco a FGV. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços avançou 0,26%, contra taxa de 0,04% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra, por sua vez, ficou estável (0,00%), contra alta de 0,79% na primeira prévia de agosto.

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